Penso, Logo Anulo

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Umuarama, sexta-feira, 05 de setembro de 2008

WANDERLEI BELLINI

Penso, logo anulo Por Dartagnan da Silva Zanela* Por que eu devo sentir-me obrigado a dar um voto de confiança para alguém que não é digno deste gesto? Por que eu devo confiar em alguém que não inspira a menor confiança? Julgamos que essas duas perguntas apontas nas linhas iniciais deste modesto libelo são indagações que de modo algum devem ser caladas na (depre)cívica alma do povo brasileiro neste ano de 2008 da Graça de Nosso Senhor. Fazer essas duas perguntas seria a atitude que toda pessoa decente deveria necessariamente fazer, pois votar, nada mais é do que atribuir a outrem um gesto de confiança de que este fulano irá dirigir a coisa pública de modo que venha a refletir os valores que você julga serem os corretos, os mais elevados. Votar, neste sentido, não é apenas um ato de escolher de uma pessoa, ou de apoiar uma legenda partidária, não mesmo. Votar, antes de tudo, é um gesto de escolha de valores, um ato axiológico por excelência. Isso mesmo, meu amigo. Os candidatos, cínicos ou não, os partidos políticos, putrefazes ou não, são apenas símbolos que representam os valores que nós, simiescos cidadãos brasileiros, escolhemos para refletir o que há de mais semelhante com a nossa fingida existência. Podemos dizer que em num processo eleitoral, temos a presença de inúmeros espelhos que nos são apresentados para que escolhamos em qual nós desejamos ver a nossa imagem refletida, nada mais e nada menos que isso. Não? Ora meu caro amigo leitor, não seja hipócrita, ainda mais no obsequioso silêncio desta solitária leitura desta medíocre missiva. É praticamente impossível que no atual contexto a nossa classe política possa ser melhor do que a que se apresenta, visto que, nós, enquanto sociedade, somos tão torpes quanto eles. Se não é assim, então me diga por que não temos uma quantidade de políticos decentes proporcional ao número de brasileiros que se auto-declaram respeitáveis? Simplesmente porque, realmente, a quantidade é totalmente proporcional. Nós, enquanto sociedade, fingimos uma decência da mesma forma que fingimos levar a sério tudo o mais em nossas vidas. Somos tão sérios no trato das coisas que merecem a nossa atenção que tratamos a democracia como se fosse uma grande

festa, carnavalizando o pleito e transformando nossas escolhas em uma grande brincadeira de pessoas que cresceram apenas biologicamente e, por isso, julgam que tal avanço é o suficiente para se tomar decisões, mesmo que adotemos por prática sistemática a desinformação contínua como sinônimo de auto-consciência. Por essa razão toda manifestação da sociedade civil (des) organizada contra a corrupção e demais bandalheiras sempre soa de maneira inócua junto a classe política de nosso país, visto que, eles conhecem muito bem a clientela deles. Alias, eles nos conhecem muitíssimo melhor do que nós a nós mesmos. Eles sabem muito bem do que é feito a alma do brasileiro médio, sabem muito bem que a palavra dignidade foi a muito tempo arrancada de nosso dicionário e se nós teimosamente insistirmos em fingir ser o que não somos continuaremos a ser muito bem representados, pois, nós, brasileiros, somos exatamente isso: uma sociedade de fingidos, de comediantes que encenam de tempos em tempos uma palhaçada eleitoreira em um palco com um dramático fundo civilizacional e decadente pensando que estamos realizando um grande épico. Tal qual nossa classe dirigente. Por essas e outras que considero o voto nulo não um simples gesto de repúdio ou de protesto. Anular o voto, na atual conjuntura política é um gesto de auto-afirmação da própria dignidade enquanto valor que nos diferencia enquanto o que somos: seres dotados de razão. Obviamente que apenas anular o voto nada significa. Este gesto deve refletir o contrário da situação reinante e, tal reflexo deve necessariamente se dar em nossa conduta cotidiana. Do contrário, será apenas mais uma macaqueação do que se apresenta em meio à fauna política brasileira: mais um anão moral fingido ser um gigante ético. Campanha de moralização deve iniciar em nossa morada íntima, em nossa própria consciência. O primeiro voto nulo que devemos sufragar é contra nós mesmos, para que realmente possamos com esse gesto irradiar algo de autêntico em nossa sociedade. Caso contrário, continuaremos a ser o que somos: apenas mais um fingido em meio a uma multidão de dissimulados.

A câmera e o policiamento moderno Dirceu Cardoso Gonçalves* O uso racional de câmeras para a vigilância preventiva de vias e locais públicos é, hoje, um recurso indispensável para a modernização do policiamento. Equipamentos sensíveis e de última geração, irão transformar o superado sistema de observação pessoal num processo dinâmico, inteligente e de resultados. Com seus preços diminuindo, tornamse acessíveis e poderão substituir com vantagem a presença física do efetivo policial e de viaturas, que com isso só se deslocarão para o atendimento efetivo das ocorrências. Nenhuma polícia do mundo possui homens e veículos suficientes para manter o arcaico patrulhamento permanente. Com o monitoramento por câmeras, os locais vão ser vigiados em tempo integral, tanto pelos policiais do centro de controle, quanto pela gravação das imagens que, após qualquer ocorrência ou no caso de dúvidas, poderão ser resgatadas e oferecer subsídios e provas para a investigação e planejamento operacional. Sabedores disso, os infratores deixarão de agir na área vigiada. Mas, se agirem, serão prontamente filmados e acompanhados em tempo real. Os equipamentos serão os “olhos” da polícia. Farão em tempo integral, aquilo que o helicóptero realiza em situações especiais. Os controladores podem acompanhar os suspeitos e infratores, orientando os policiais de campo a intervir somente no momento mais indicado. Isso aumenta a eficiência e diminui sensivelmente a letalidade e o estresse do trabalho policial. Algumas cidades do interior já desfrutam, há anos, da vigilân-

cia eletrônica em suas ruas principais. Seus resultados poderão servir de subsídios para a montagem de um esquema mais amplo. A própria capital de São Paulo também tem pequenas áreas monitoradas e vem aumentando a presença do equipamento nas vias públicas. O ideal é que, ainda na fase inicial, seja elaborado um estudo avançado para que o sistema possa ser interligado e receber as ampliações conforme as necessidades e os recursos disponíveis. A estrutura será mais eficiente se policiais e a viatura só entrarem em cena nos momentos necessários e com o efetivo e armamento próprios para aquele tipo de ocorrência, evitando possíveis excessos e riscos próprios e de terceiros. Pode-se argumentar que câmeras nas ruas acabam com a privacidade do cidadão. Mas quem está em local público naturalmente já não goza de uma privacidade ampla. Melhor que sua presença seja guardada eletronicamente, inibindo alguém que queira agredi-lo e, se isso acontecer, que identifique prontamente o agressor e este receba a justa punição. A tecnologia está disponível. A União, o Estado e o município não podem tardar para utilizá-la, pois os criminosos – especialmente o crime organizado – já usam tudo o que o monitoramento e a câmera podem oferecer de suporte às suas atividades. Os românticos tempos da cavalaria, do “rapapá” e de outras figuras que fizeram a fama da eficiência policial, já estão no passado... *Diretor da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo) [email protected]

*dartagnanzanela.k6.com.br blog: http://zanela.blogspot.com

A Tribuna do Povo oferece diariamente espaço para a publicação de artigos e cartas dos nossos leitores. As pessoas interessadas devem encaminhar os textos, devidamente assinados, com identificação e endereço para contato para os e-mails: [email protected] ou [email protected].

- Cumprimente as pessoas. Isso se chama Amizade! Deseje a cada um o melhor. Isso se chama Sinceridade! Programe o seu dia, a sua semana. Isso se chama Ação! Acredite que tudo dará certo. Isso se chama Fé! - Faça tudo com alegria. Isso se chama Entusiasmo! Dê o melhor de si. Isso se chama Perfeição! Ajude a quem precisa. Isso se chama Doação! - Compreenda que nem todos são como você. Isso se chama Tolerância! Receba as bênçãos com gratidão. Isso se chama Humildade! Essa é uma fórmula infalível que vai ajudar a sua semana a ser mais feliz. (valeu Cristina). - Tem grampo no ministro, tem grampo nos telefones da Rádio Bianca, tem grampo pra todo lado. Os “arapongas” estão na escuta de tudo. - Engraçado, li que Sabrina Sato não quer ser a gostosa, quer ser a engraçada. Não pode ser a engraçada gostosa? Ou a gostosa engraçada? - O que você está achando do Lero-Lero dos nossos candidatos? Fica frio, essa tortura só vai até o dia 02 de outubro, depois a gente descansa deles. - Domingo tem Chile x Brasil. Li que a esperança do Dunga é o Ronaldinho Gaúcho. Pode tirar o “zóio”! Ronaldinho é pura frescura. Quem sabe Nilmar, se escalado, ou Juan na Lateral esquerda. Sei não. - Dia 10 enfrentaremos a Bolívia no Engenhão e sei não. Se o Dunga não ganhar os 6 pontos que serão disputados, ele será colocado na rua. Quer saber? Não ligo se acontecer. - Dia 12 de setembro tem show/ baile com Tradição ao vivo no Harmonia Clube de Campo. Depois do show à beira da piscina, teremos Ruy Lopes e Renan no salão do clube. - David Portes – o camelô – estará no Centro Cultural neste dia 10 a partir das 20.00 horas. Apoio da Unimed e Tim. - Quem lê nossa coluna? O Arnaldo da Casa das Divisórias que fica na Brasil 3599 – fone 3626.1111. Arnaldo fará as divisórias do consultório odontológico do Dr. Diego Bellini em Mariluz.

EXPEDIENTE

- Anote em sua agenda: Dia 27 tem o famoso, o gostoso, o delicioso, o imperdível jantar Carneiro ao Queijo na Toca do Leão Jamil Hellú, na promoção do Lions Clube de Umuarama.

Editado por PAPER MIDIA LTDA. CNPJ: 03.598.527/0002-39 Av. Presidente Castelo Branco, 3815 - Cep 87501-170 - Umuarama - Paraná

- Senhor prefeito! Por acaso já foi encontrado o servidor que fraudou o Decreto, mudando-o para 3.000 milhões de reais no caso da Gráfica?

Diretor Geral: Emilio Fernando Martini Diretor Administrativo: Sebastião Dias Editora: Silvia G. Lira - MTB 5042

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- A Gelateria Suíça serve caldo verde, caldo de feijão, caldo Slavo, Caldo de ervilha, canja e creme de palmito, além do gostoso sorvete da Guri por quilo. Onde fica? Na Apucarana 4061. Até amanhã com mais uma coluna. Fla ganhou do Figueira, 3x2.

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