1. Aluno: Victor Cavallini
2. Turma: Direito 2009.01 Diurno – 105
3. Informações sobre o livro: BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as idéias. 5. ed. São Paulo: Editora Ática, 1997. 59 p.
4. Síntese do livro: A arte de exprimir o pensamento consiste em saber ordenar as idéias, o que pode ser feito a partir de uma previsão do que se vai expor. Refletir para elaborar um plano, que serve para fixar a ordem do desenvolvimento da exposição, uma vez que ele não é outra coisa senão previsão. O plano é o itinerário a se seguir: um ponto de partida, uma introdução onde se indica o que se quer dizer, e o outro de chegada, onde se conclui, e entre os dois há etapas, as partes da composição – o desenvolvimento. O plano seria importante, principalmente, para a pessoa se guiar na sua reflexão, expressando o seu pensamento com maior eficácia. Ou seja, a criação de um plano se torna algo extremamente vantajosa no que tange a dar clareza à exposição, pois permite um pensamento muito mais claro, por ser feito por partes. Elaborar o plano é ter a exposição mentalmente pronta, é simplesmente prever o que será comunicado, encontrando as combinações e ligações naturais do tema, as partes de cada conjunto. O ideal de harmonia é aquele plano onde se identificam a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. A introdução é onde se anuncia o assunto, onde se encerra toda a exposição, dando a idéia de como será toda a exposição. A introdução precisa conter certa dose de entusiasmo, para prender o ouvinte/leitor, incitar o auditório. A introdução é um convite. Antes de anunciar, é preciso compreender plenamente o assunto que será tratado. Nesse processo dever ser visto o que se deve reter, aprofundar e abandonar. Do recolhimento à seleção surge a ordem, com um encadeamento do pensamento. Essa introdução é essencial para dar ao ouvinte/leitor um sentido geral ao tema, um motivo para acreditarem que o tema é importante.
Numa introdução é essencial definir o tema, delimitá-lo, situar o assunto no tempo e no espaço (criar um contexto) e, principalmente, motivar o ouvinte, incitá-lo a prestar atenção na exposição. Só depois que o ouvinte está inserido no tema é que se deve apresentar o plano, que servirá para comunicar como será tratado o assunto. Terminada a introdução, passa-se ao desenvolvimento do corpo do assunto por partes. Essa divisão torna o assunto mais comunicativo, pois divide as dificuldades em parcelas. Para compreender é preciso explicar, e só se explica, realmente, decompondo. O ideal para se decompor é estabelecer um plano provisório e partir dele, pois à medida que o trabalho se desenvolve, vai surgindo um plano definitivo. Depois de ser feito um estudo no processo de elaboração, procede-se à divisão. A quantidade ideal de partes são duas no mínimo, e três no máximo. O plano em duas partes é o mais cômodo, pois é mais fácil de opor a segunda à primeira. A divisão e as subdivisões visam à clareza e à compreensão. As subdivisões não devem distrair a atenção do leitor do tema principal. Quando não for possível a oposição, o mais aconselhável é fazer uma progressão. Mais importante que dividir as partes é como ligar essas partes. A ligação é essencial para a compreensão do assunto, se faz necessária uma transição. Importante também é verificar a proporção do plano: se está tudo dentro do tema central delimitado pela introdução, se há o equilíbrio e se a mensagem que se queria passar foi suficientemente exposta. Além da proporção entre as partes do desenvolvimento, é importante observar a proporção entre o mesmo com a introdução e a conclusão. O desenvolvimento é a parte mais importante, onde serão embasadas as idéias, por isso é essencial que ele seja maior que as demais partes. Finalmente, se chega ao ultimo ponto da exposição: a conclusão. Ela deve se uma síntese de todas as idéias anteriormente apresentadas, a síntese da essência do conjunto. Ela deve ser breve, enérgica, marcante. Nela deve se precipitar de chofre sobre o fim. A mensagem da conclusão deve ser marcante, pois, ao se chegar ao final, é preciso que a idéia final fique afixada a mente dos ouvintes. É preciso, também, projetar o tema para além: sugerir, clamar por novos horizontes, estimular ainda mais ao estudo do tema, claro que respondendo a todas as questões levantadas durante o resto do texto. 5. Opinião sobre o livro: A leitura do livro não me foi muito agradável, pois considerei suas informações um tanto inúteis para mim. Basicamente, o livro diz que devemos fazer uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão – ou seja, é quase uma aula de redação da sexta ou sétima série. Tudo o que o autor fala, de maneira bastante superficial, me pareceram informações que enrolam muito e falam pouco, ele se alonga muito em questões irrelevantes – quase o tempo todo.
Quase toda a leitura foi desnecessária para mim, com exceção da parte em que é listada uma série de tipos de desenvolvimento que devem ser evitados. No entanto, não é apresentada nenhuma alternativa a esses modelos, e o leitor fica sem saber o que se deve saber (já que a listagem é a dos mais utilizados, e nem tanto os piores). Outro ponto que chega a repugnar o leitor é a exaltação aos franceses em detrimento do resto do mundo. Lendo-se a bibliografia, observa-se que as leituras são quase que exclusivamente de livros franceses. Para o autor o resto do mundo parece não ser bom em ordenar as idéias, o que é uma afirmação muito antiquada, tendo em vista que esse autor parece aceitar o determinismo geográfico (teoria refutada há anos). Ele, mesmo sendo brasileiro, deixa subentendido que o povo brasileiro só serve para jogar futebol, enquanto os franceses pensam melhor que todo mundo, e deveriam ser seguidos pelo resto do mundo. Bem, se este autor fosse tomado como referência para se ter uma idéia de povo brasileiro, seria verdadeira a premissa de que no Brasil as pessoas se deixam guiar pelos grandes filósofos e pensadores franceses, os semideuses que, como só eles, souberam pensar melhor que as pessoas que nasceram em outro país. Em suma, o livro foi entediante, as informações foram inúteis por já serem conhecidas mesmo sem um estudo aprofundado, o autor me enojou por negar as suas raízes, por parecer maravilhado com um país, por parecer considerar outra cultura melhor que a da sua pátria, não demonstrando nenhum valor nacionalista. Em vez de procurar exaltar os pensadores franceses que tem as “mentes mais desenvolvidas de todas as eras”, ele deveria se preocupar em tentar superar esses autores, e promover algo em que ele realmente se insira: o seu próprio país.