Aula 04 Conhecimentos Gerais I p/ SEE-BA (Todas as Especialidades de Professor)
Professor: Greisi Goulart
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Conhecimentos Gerais I para SEE-BA Todas as especialidades de professor Prof.ª Greisi Goulart Aula 04
APRESENTAÇÃO DO TEMA
AULA 04 As diferentes correntes do pensamento pedagógico brasileiro e as implicações na organização do sistema de ensino.
Seja bem-vindo (a) à Aula 04 do Curso de Conhecimentos Pedagógicos para SEE-BA, especialmente dedicado às diversas especialidades do cargo de Professor Padrão P – Grau IA.
Não deixe de acompanhar as novidades no canal do aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e dos nossos possíveis recados gerais com dicas complementares, até a data da prova.
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APRESENTAÇÃO DA AULA 04 Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico. A aula 04 abordará o seguintes item constante no tópico “Conhecimentos Gerais – Educação Brasileira: temas educacionais e pedagógicos”, que serão exigidos para o cargo de Professor Padrão P – Grau IA:
“As diferentes correntes do pensamento pedagógico brasileiro e as implicações na organização do sistema de ensino.” Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos relacionados. Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas relacionados a este item, neste sentido, focaremos nos temas cuja intuição indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova discursiva vindoura. No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”, pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas aos problemas apresentados.
"Eu não acredito que você tem que ser melhor do que todos os outros. Eu acredito que você tem que ser melhor do que você jamais pensou que poderia ser." Ken Venturi
Certamente você está melhor e mais preparado a cada dia. Estude e acredite! Só depende de você!
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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.
Observação importante: Além das aulas em PDF, estaremos disponível para retirar dúvidas dos alunos matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que entender necessário, disponibilizaremos materiais extras aos matriculados, visando contribuir neste processo de preparação para a prova.
Observação importante II: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos.
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As diferentes correntes do pensamento pedagógico brasileiro e as implicações na organização do sistema de ensino. Nesta aula vamos estudar as correntes pedagógicas brasileiras, também chamadas de tendências pedagógicas brasileiras, e suas implicações na organização de nosso sistema de ensino. Vamos começar pelos pensamentos para depois fazermos uma correlação com fatos históricos e seus reflexos para nossa situação atual, ok?!
As diferentes correntes do pensamento pedagógico brasileiro As correntes de pesamento pedagógico, ou as tendências pedagógicas como chamam alguns autores, podem ser classificadas em dois grupos: as de cunho liberal – Pedagogia tradicional, pedagogia renovada (progressivista e não-diretiva) e tecnicismo – e as de cunho progressista – pedagogia libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos. Naturalmente, como nos ensina Libâneo (2013), existem outras correntes vinculadas a uma ou a outra dessas tendências. Mas, como essas são as mais conhecidas e as mais cobradas em prova, vamos nos focar nessas sete tendências. Importante!
Por meio do conhecimento dessas tendências pedagógicas e de seus pressupostos básicos, o professor passa a ter condições de avaliar os fundamentos teóricos que utiliza em sua prática diária, bem como capaz de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que sociedade se deseja construir. Prof. Greisi Goulart
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AS CORRENTES PEDAGÓGICAS LIBERAIS A pedagogia liberal acredita que a escola tem por função preparar os alunos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões de cada um. Desse modo, o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas da sociedade de classe, por meio do desenvolvimento da cultura individual. A ênfase está no aspecto cultural e as diferenças entre as classes sociais não são consideradas. Assim, embora a escola passe a difundir ideias de igualdade de oportunidades, não considera a desigualdade de condições. 1. CORRENTE LIBERAL TRADICIONAL
A tendência liberal tradicional caracteriza-se por enfatizar o ensino humanístico, de cultura geral. Tem como objetivo a transmissão dos padrões, normas e modelos dominantes. Para essa tendência, o indivíduo é educado para assumir seu papel na sociedade por meio do seu próprio esforço, mas as diferenças de classe social não são levadas em consideração e na prática escolar não há preocupação em estabelecer uma relação com o cotidiano do aluno. Quanto aos pressupostos de aprendizagem, acredita que o ensino consiste em repassar os conhecimentos para a criança e que acriança tem a mesma capacidade de assimilação de um adulto, desconsiderando, portanto, as características próprias de cada idade. A criança é vista como um adulto em miniatura, apenas menos desenvolvida. Assim, os conteúdos são separados da realidade social e da capacidade cognitiva dos educandos, sendo colocados como verdade absoluta. O ensino é centrado no professor, dono do conhecimento e da verdade. Predomina, nessa corrente de pesamento a ênfase nos exercícios repetitivos e de recapitulação da matéria, exigindo uma atitude receptiva e mecânica do aluno. Os conteúdos são organizados pelo professor, numa sequência lógica, e a avaliação é realizada por meio de provas escritas e exercícios de casa. A metodologia é baseada na memorização, havendo uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva. O material concreto é mostrado, mas o aluno não lida diretamente com ele, não o repensa ou o reelabora. Prof. Greisi Goulart
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De acordo com Libâneo (2013, p. 68) :
“A Didática tradicional tem resistido ao tempo, continua prevalecendo na prática escolar. É comum nas nossas escolas atribuir-se ao ensino a tarefa de mera transmissão de conhecimentos (...) expor externamente a disciplina e usar castigos. Trata-se de uma prática escolar que empobrece até as boas intenções da Pedagogia Tradicional que pretendia, com seus métodos, a transmissão da cultura geral, isto é, das grandes descobertas da humanidade, e a formação do raciocínio, o treino da mente e da vontade.”
2. CORRENTE LIBERAL RENOVADA PROGRESSIVISTA
A corrente de pensamento liberal renovada, ou pragmatista, acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões individuais. A escola continua a preparar o aluno para assumir seu papel na sociedade, porém já há uma preocupação com a auto-realização do aluno. A tendência liberal renovada progressivista é focada no aluno e acredita no “aprender a aprender” ou “aprender fazendo”. Valoriza as tentativas experimentais, a pesquisa, o estudo do meio natural e social, etc., levando em conta os interesses o aluno. Assim, aprender passa a ser uma atividade de descoberta, sendo o ambiente apenas um meio estimulador para a autoaprendizagem. O aluno constrói seu conhecimento, de acordo com a fase de seu desenvolvimento: o aluno retém aquilo que incorpora em suas atividades e o que é incorporado passa a compor a estrutura cognitiva, sendo utilizado em novas situações de aprendizagem. De acordo com Piaget, trata-se da tomada de consciência. Nesse sentido, a proposta metodológica dessa escola tem como característica os experimentos e as pesquisas. O professor assume o papel de elaborar situações desafiadoras da aprendizagem, deixando de ser um simples expositor. Respeita e busca atender as necessidades de seus alunos, sendo a aprendizagem construída com o uso de planejamentos e testes.
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3. CORRENTE LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA
Na corrente liberal renovada não-diretiva acentua-se o papel da escola na formação de atitudes. Há grande preocupação com o desenvolvimento da personalidade, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Assim há mais ênfase nos aspectos psicológicos do que nos pedagógicos ou sociais. O esforço deve buscar uma mudança dentro do indivíduo, promovendo uma adequação pessoal às solicitações do ambiente. Aprender é modificar suas próprias percepções. Apenas se aprende o que estiver significativamente relacionado com essas percepções. Por isso, os conteúdos escolares passam a ter significação pessoal, indo ao encontro dos interesses e motivação do aluno. A retenção acontece pela relevância do aprendido em relação ao “eu”. Dessa forma, a avaliação escolar passa a não fazer sentido, tornando-se mais adequada a autoavaliação. O ensino é, portanto, centrado no aluno, sendo o professor um facilitador. Nos métodos são incluídas atividades que visem facilitar a aprendizagem tais como, exercícios de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, trabalhos em grupos. Aprender torna-se um ato interno e intransferível. Já o relacionamento entre o professor e ao aluno é marcado pela afetividade. Segundo Libâneo (2013, p. 69): “Por falta de conhecimento aprofundado das bases teóricas da pedagogia ativa, falta de condições materiais, pelas exigências do cumprimento dos programas oficiais, o que fica são os métodos e técnicas. Assim, é muito comum os professores utilizarem procedimentos e técnicas como trabalho de grupo, estudo dirigido, estudo do meio, etc., sem levar o aluno a pensar, a raciocinar cientificamente, a desenvolver sua capacidade de reflexão e a independência de pensamento.”
4. CORRENTE LIBERAL TECNICISTA
A escola liberal tecnicista valoriza a profissionalização, modelando o indivíduo para integrá-lo ao modelo social vigente, tecnicista. Atua no aperfeiçoamento do sistema capitalista, articulando-se com o sistema Prof. Greisi Goulart
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produtivo. Utiliza, para isso, a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia comportamental. Tem como foco produzir indivíduos “competentes” para o mercado de trabalho, sem se preocupar com as mudanças sociais. Skinner foi o expoente principal dessa corrente psicológica, também conhecida como behaviorista, que vê o indivíduo como depositário passivo dos conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações. Os behavioristas acreditam que aprendemos pela imitação e formação de hábitos, por isso a ênfase na repetição, nos drills, na instrução programada. A tendência tecnicista é, de certa forma, uma modernização da escola tradicional e, apesar das contribuições teóricas do estruturalismo, não conseguiu superar os equívocos apresentados pelo ensino da língua centrado na gramática normativa. Assim, os conteúdos que ganham destaque são os objetivos e neutros. O educador administra os procedimentos didáticos e o aluno apenas recebe as informações. O professor tem uma relação profissional e interpessoal com o educando.
AS CORRENETES PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS As tendências pedagógicas progressistas analisam de forma crítica as realidades sociais, sustentando implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. A educação, para essas tendências, assume um caráter pedagógico e político ao mesmo tempo, pois permite o entendimento da realidade histórico-social, explicando o papel do sujeito como um ser capaz de construir sua própria realidade. Divide-se em três tendências. Vamos ver quais são!
1. CORRENTE PROGRESSISTA LIBERTADORA
A tendência progressista libertadora é também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire. Essa escola relaciona a educação à luta e organização de classe do oprimido. Paulo Freire insiste que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não é elaborada Prof. Greisi Goulart
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uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes possibilite reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros. Dessa forma, o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade, sendo os conteúdos, retirados da pratica social e cotidiana dos educandos, vistos como uma invasão cultural. No contexto da luta de classes, Paulo Freire afirma que o saber mais importante para o oprimido é a descoberta da sua situação de oprimido, a condição para se libertar da exploração política e econômica, através da elaboração da consciência crítica passo a passo com sua organização de classe. Assim, conforme Gadotti (apud SILVA) a escola libertadora vai além dos limites da pedagogia, abrangendo também as áreas da economia, da política e das ciências sociais. Como pressuposto de aprendizagem, a força motivadora deve partir da codificação de uma situação-problema. Esta será analisada criticamente e pelo exercício da abstração se buscará identificar, por meio de representações da realidade concreta, a razão de ser dos fatos. Assim, como afirma Libâneo (apud SILVA), aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, ou seja, da situação vivida pelo aluno, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade. Portanto o conhecimento que o aluno transfere representa uma resposta à situação de opressão a que se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica. Entre os métodos utilizados, destaca-se a problematizarão da experiência social em grupos de discussão. A relação do professor com o aluno é vista como em um mesmo nível, ou seja, trata-se de uma relação horizontal, na qual ambos passam a fazer parte do ato de educar.
2. CORRENTE PROGRESSISTA LIBERTÁRIA
A corrente libertária entende que somente o vivido pelo educando é incorporado e utilizado em situações novas, por isso o saber sistematizado só terá relevância se for possível utilizá-lo na prática. Dáse grande importância à aprendizagem informal, via grupo. Toda forma de repressão deve ser evitada, pois a aprendizagem visa favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres. Prof. Greisi Goulart
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Dessa forma, na escola progressista libertária predominam as práticas democráticas, pois a tendência acredita que a consciência política resulta em conquistas sócias. Os conteúdos enfatizam as lutas sociais e são estudados por meio de metodologia relacionada com a vivência grupal. O professor é visto como um orientador do grupo, não devendo a impor suas ideias e convicções.
As
tendências
progressistas
libertadora
e
libertária
defendem
a
autogestão pedagógica e o antiautoritarismo.
3. CORRENTE PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS
Na escola progressista crítico-social dos conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, predominam os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. Assim, a escola deve preparar o aluno para a vida adulta e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização, para que ele possa participar de forma organizada e ativa na democratização da sociedade. Assim, a escola deve garantir a apropriação crítica do conhecimento cientifico e universal à classe trabalhadora, desempenhando um papel de luta importante. Para a tendência progressista crítico-social dos conteúdos a aprendizagem parte do que o aluno já sabe, segundo o princípio da aprendizagem significativa. A transferência da aprendizagem só se efetiva quando ocorre a síntese, ou seja, quando o educando supera sua visão parcial e confusa e passa a ter uma visão mais clara e unificadora. A escola crítico-social dos conteúdos utiliza o método dialético, que é entendido como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola. Na relação entre professor e aluno, o aluno entra com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
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Para José Carlos Libâneo:
As tendências pedagógicas liberais (tradicional, renovada e tecnicista), por
se
declararem
neutras,
nunca
se
comprometeram
com
as
transformações da sociedade, embora, na prática, buscassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista.
As tendências pedagógicas progressistas (libertadora, libertária e críticosocial dos conteúdos), de base empirista e marxista, têm em comum a análise crítica do sistema capitalista.
Trouxemos 2 quadros para facilitar a visualização de todas as tendências pedagógicas, suas principais características e o momento histórico no qual se destacaram. Utilize-os para sua revisão! ;)
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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO LIBERAL Características
Pedagogia Tradicional
Pedagogia Liberal Renovada Progressivista
Ênfase
Conhecimento; Aprender a Desenvolvimento aprender, ou intelectual aprender fazendo
Pedagogia Liberal Renovada Nãodiretiva
Pedagogia Tecnicista
Formação de atitudes
Eficiência; e Produtividade
Período em que Desde 1549 até Início do século Início do século se manifesta, início do século XX XX no qual as XX ideias são mais fortes, mais evidentes
Década de 1960
Centro
Professor
Aluno
Aluno
Método
Professor
Autoritário; Dono do conhecimento
Auxiliar
Facilitador
Administrador
Aluno
Passivo; Receptor
Ativo
Realizado
Produtivo
Método
Aula expositiva; Exercícios repetitivos; e ações mecanizadas com foco na memorização
Pesquisas; Projetos; Experiências; Trabalhos em grupo
Relacionamentos Autoaprendizagem Aprendizagem significativa
Instrução programada; Microensino; Uso de tecnologias
Destaques
Jesuítas; Herbart
Piaget; Dewey; Anísio Teixeira
Carl Rogers
Skinner; Bloom Estratégia Concursos
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CORRENTES DO PENSAMENTO PEDAGÓGICO PROGRESSISTA Características
Libertadora
Libertária
Crítico-social dos Conteúdos
Ênfase
Conscientização e transformação
Participação crítica
Conteúdo indissociável da realidade
Período em que se manifesta, no qual as ideias são mais fortes, mais evidentes Centro Professor Aluno
Décadas de 1970
Autogestão pedagógica Animador
Orientador Crítico e participativo
Década de 1980
Conteúdo e sociedade Mediador Transformador
Método
Temas geradores; Vivência grupal: Diálogo; reuniões, eleições, Grupos de discussão etc.
Análise crítica; Teoria e prática; Experiência e saber
Destaques
Paulo Freire
Snyders; Dermival Saviani
Freinet; Miguel Arroio
Estratégia Concursos
Agora, iremos dar uma passada por toda a história do pensamento pedagógico brasileiro, citando alguns resultados práticos (criação de escolas, leis, etc.). Trabalharemos no formato de linha do tempo, dando destaque a alguns temas. Acreditamos que esse formato esquemático é um dos mais interessantes para quem está se preparando para uma prova de concurso, pois facilita a assimilação dos acontecimentos com os períodos históricos e respectivas correntes predominantes no período, as quais acabamos de ver. Faremos uma correlação com os estudos de Saviani, que se destaca, entre vários autores, pelo estudo do pensamento pedagógico de forma crítica, relacionado-o a acontecimentos históricos e às contribuições para nossa realidade atual. Eventualmente, será útil você retornar ás nossas tabelas das tendências para relacionar os acontecimentos históricos com as ideias que estavam se manifestando naquele momento. Prof. Greisi Goulart
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Lembramos que a organização do nosso sistema de ensino atual é estudada a fundo nas aulas de legislação (Conhecimentos Gerais II). Aqui traremos uma abordagem mais crítica, relacionando questões mais práticas. Nesse sentido, é oportuno destacar que o estudo de todas as matérias é fundamental para sua prova, pois os assuntos se relacionam e se complementam. Naturalmente, como são séculos de história, não iremos esgotar todo o assunto, traremos o que tem mais chance de ser cobrado. Vamos lá!
Educação no Brasil Colônia – 1500 a 1822 1500 1547
a O Brasil foi descoberto em 1500 por Pedro Alvares Cabral. Até 1530, a exploração do Brasil (ou Terra de Santa Cruz, como era chamado na época) era limitada a expedições para coleta de paubrasil, madeira considerada nobre. Em 1534, com a finalidade de proteger o território, o sistema de Capitanias Hereditárias foi criado pelo rei de Portugal, D. João III. Nesse período, nada significativo foi feito no que se refere à educação.
1548
Foi expedido, o Regimento do Governador Geral da colônia, Tomé de Sousa, também conhecido como Regimento de 17 de dezembro de 1548: este foi criado por D. João III e apresentava a política para a colônia portuguesa. Trazia questões relacionadas a concessão de sesmarias, a defesa do território, a organização do comércio, a instalação do governo, ao tratamento que deveria ser dado aos índios e invasores, etc. Esse documento regeu o Brasil, então colônia de Portugal, por mais de 100 anos.
1549
Com a autorização de D. João III, aportaram na Baia de Todos os Santos, em 29 de março de 1549, seis representantes da Companhia de Jesus (jesuítas): Padres Leonardo Nunes, Antônio Pires, João de Azpilcueta Navarro, os Irmãos Vicente Rodrigues e Diogo Jacomo, sendo estes chefiados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Os jesuítas vieram com o Governador Tomé de Sousa para catequizar os nativos (índios) da Província de Santa Cruz.
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Os jesuítas Os jesuítas são membros da Companhia de Jesus, que foi fundada em 1543, em Paris, na França, sendo liderada por Inácio de Loyola. Acreditavam que poderiam propagar a fé católica, por meio da educação. No Brasil colonial, logo que chegaram, fundaram igrejas perto das aldeias e, paralelamente à catequização dos índios, desenvolveram, principalmente para os filhos dos portugueses e para os futuros membros da própria Companhia, a educação formal, escolar. Todavia, não demorou muito para que os jesuítas começassem a falar a língua dos nativos (índios). Para facilitar a catequização e na intenção de proteger os índios dos maus exemplos e da exploração do homem branco, desenvolveram o sistema de aldeamento, também conhecido por missões ou reduções jesuíticas. Percebendo que os adultos tinham mais dificuldades no aprendizado e no aculturamento, decidiram por priorizar a educação das crianças índias (os curumins). As aulas das primeiras escolas, muitas vezes, eram realizadas em cabanas improvisadas, ou mesmo ao ar livre. Cabe destacar que os jesuítas se utilizaram de vários recursos didáticos para facilitar o aprendizado, como o canto e o teatro. Para Saviani (2007), podemos falar em pensamento pedagógico no Brasil desde a chegada dos jesuítas, pois, ao fundarem escolas e colégios, colocaram em prática determinadas ideias educacionais configurando, de certa forma, um tipo de pensamento pedagógico.
1553
Chega no Brasil colônia, vindo na expedição do segundo Governador Geral da Colônia, Duarte da Costa, um dos mais conhecidos jesuítas, Padre José de Anchieta.
1554
Fundação, no sertão de Piratininga, de um colégio pelos jesuítas. Diversos outros colégios foram fundados pelos jesuítas, no geral, tratavam-se de escola que ensinavam a ler, escrever e contar. Os mais lembrados: Rio de Janeiro (1568), Olinda (1576),
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Ilhéus (1604), Recife (1655), São Luís, Paraíba, Santos, Belém, Alcântara (1716), Vigia (1731), Paranaguá (1738) e Desterro (1750). 1555
Em 1555, o Padre José de Anchieta esboça uma gramática em tupi, que será publicada em 1595, em Coimbra, Portugal, sob o título de “Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil”.
1556
Fundação do Colégio da Bahia, com o curso de humanidades e o noviciado. Diz-se que existiram várias investidas, religiosas e até civis, visando tornar o Colégio uma universidade.
Padre José de Anchieta e a Ordem Jesuítica Cabe destacar que o Padre José de Anchieta foi autor de diversas gramáticas, além de catecismos e outras obras voltadas para a catequização dos indígenas em tupi-guarani. Além de outras atividades que desenvolveu, Anchieta foi mestre-escola do Colégio de Piratininga, bem como Reitor do Colégio Espírito Santo. Com relação aos colégios da Ordem, deve-se frisar que o ensino era gratuito, visto que os colégios possuíam rendas estáveis vindas de impostos sobre alguns gêneros alimentícios.
1599
Ficou pronto o documento “Ratio Atque Institutio Studiorum Societatis Jesu”, ou apenas “Ratio Studiorum”, Plano de Estudos da Companhia de Jesus. Esse documento regulamentava todas as escolas e colégios administrados pelos jesuítas.
O Plano de Estudos da Companhia de Jesus Inácio de Loyola, o fundador da Companhia, foi quem começou a escrever o Plano de Estudos da Companhia de Jesus. O documento Prof. Greisi Goulart
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continha orientações que nortearam as atividades das escolas e colégios jesuíticos durante quase dois séculos e meio na Europa e nas regiões do Novo Mundo onde havia atuação da Ordem. O objetivo do Plano era uniformizar a formação dos frequentadores das instituições jesuíticas de ensino, de todas as partes do mundo. É uma espécie de manual que detalha a conduta do corpo docente e discente, as responsabilidades, o desempenho, o relacionamento entre os membros da Companhia e entre os mestres e seus alunos. No Plano, pode-se verificar, por exemplo, direcionamentos para o comportamentos ante o Provincial, o Reitor, o Prefeito de Estudos, os professores e outros funcionários. Também contêm orientações sobre a administração e a organização das escolas, sugerindo materiais didáticos e metodologias, com vistas a garantir a boa formação. Considerando a dedicação dos membros da Ordem em sistematizar sua pedagogia, as orientações contidas no Plano quase não foram questionadas à época.
1623
Entra para a Ordem jesuítica Antônio Vieira, que ficará conhecido como Padre Antônio Veira. Vieira será conhecido como defensor dos novos-cristãos, dos cristãos-velhos, dos negros escravizados e, principalmente, dos índios, tendo em vista sua luta contra a exploração e escravização dos nativos.
Padre Antônio Vieira O Padre Antônio Vieira foi grande crítico dos religiosos que atuavam em favor do Santo Ofício. Seu posicionamento crítico fez com que a inquisição o acusasse de herege em 1649, embora, 26 anos mais tarde, tenham-no absolvido.
1748
D. Luis da Cunha acreditava que o ensino de latim nas escolas gerava desordem civil e impossibilitava o aprendizado de ofícios úteis, criando, muitas vezes, eclesiásticos sem vocação. Dessa forma, em 1748, D, Luis escreve o “Testamento Político” ou
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“Carta Escrita pelo Grande D. Luis da Cunha ao Senhor Rei D. José I”, documento que enfatiza “o mal” da propagação do latim por meio das escolas. Opiniões como esta, irão incentivar mais a frente, na Reforma Pombalina, a retirada do latim das escolas. 1750
D. José I assumiu o trono português e nomeou como Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal (1699-1782).
O Iluminismo e o as reformas do Marquês de Pombal para a educação Na Europa, em especial, na França, em meados do século XVIII, começou uma difusão de ideias que visavam combater o Regime Absolutista. Os princípios básicos dos iluministas era a igualdade jurídica, o racionalismo e a crença no progresso. Este grupo acreditava que a sociedade deveria ser transformada e que a educação seria um dos melhores instrumentos para promover essa transformação. Assim, os iluministas começaram a lutar por várias reformas em todo o continente Europeu, incluindo Portugal. Os iluministas portugueses queriam mudanças para o País e para todas as suas colônias. Na mesma época difundia-se o Liberalismo, que é uma doutrina político-econômica e sistema doutrinário que teve início no século XVII, por meio dos trabalhos do filósofo inglês John Locke (que já era considerado um iluminista) sobre política. Adam Smith, filósofo e economista escocês, fortaleceu o liberalismo econômico no século XVIII. O Liberalismo pode ser entendido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que tem como principal característica a defesa da liberdade política e econômica. Assim, tem-se que os princípios básicos do Liberalismo são liberais são: o livre mercado (liberdade econômica), a defesa da propriedade Prof. Greisi Goulart
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privada, a mínima participação do Estado nos assuntos econômicos do país (combate ao absolutismo); e a igualdade perante a lei (estado de direito). Com base nos princípios que vinham sendo propagados, em especial naqueles difundidos pelos iluministas, o Marquês de Pombal decidiu promover mudanças em Portugal e nas suas colônias. Todavia, enquanto nos outros países as mudanças vinham sendo realizadas diminuindo poderes dos Monarcas, Pombal quis implementar suas mudanças mantendo o poder com a Monarquia, os quais continuariam no topo da hierarquia social. Justamente por isso, o Marquês de Pombal passou a ser reconhecido como um expoente do “despotismo esclarecido”, afinal, embora tenha desenvolvido várias reformas na administração, estas eram vistas como extremamente autoritárias. As reformas de Pombal para a educação visavam formar o nobre negociante, simplificando e abreviando os estudos, para que um maior número fosse logo encaminhado a cursos superiores. Havia um incentivo para que os brasileiros fossem completar seus estudos na Universidade de Coimbra. Uma das diretrizes da Reforma Pombalina era privilegiar o ensino das Primeiras Letras em detrimento do latim. Seus métodos eram baseados no “Verdadeiro Método de Estudar” (1746), de Luiz Antonio Verney, e na obra da Congregação do Oratório intitulada o “Novo Método de Gramática Latina” (1752). No Alvará de 28 de junho de 1759 constava, em anexo, as “Instruções para os Professores de Gramática Latina”, que valorizavam a língua portuguesa e o conhecimento da sua gramática, sendo base para o aprendizado futuro de outras línguas. A meta da difusão do ensino era civilizar costumes e tornar mais ativa e produtiva a sociedade. Além disso, visava garantir a legitimidade da monarquia, por meio da difusão do temor a Deus e da obediência ao Rei. Dessa forma, percebe-se que as Reformas de Pombal não pretendiam abolir a “pedagogia cristã”, já que esta asseverava a importância das regras de civilidade, por meio do temor a Deus e da obediência ao Rei.
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Acabou que, embora, as Reformas Pombalinas tenham tido um caráter despótico, acabaram contribuindo para que fosse se desenvolvendo no Brasil uma elite letrada crítica, que criticava a administração portuguesa, inclusive, no referente à educação.
1755
Foi escrito o Diretório para os Índios. Este documento foi tornado público pelo Marquês de Pombal somente em 1757 e tinha entre seus objetivos extinguir o trabalho missionário dos religiosos junto aos indígenas e elevar os aldeamentos a condição de vilas ou aldeias, que seriam administradas por um diretor. Este Diretório buscava incorporar os índios a sociedade dos brancos. Assegura uma escola, com um mestre para os meninos e outro para as meninas. As aulas deveriam ser em português.
1759
O Marquês de Pombal expulsa os jesuítas do Brasil e cria as Aulas Régias ou Avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica. Essas aulas não eram articuladas. Cada aula régia ou avulsa era autônoma e isolada, com um único professor. Cabe frisar que essas aulas não impediram o funcionamento de colégios de ordens religiosas.
Saviani chama esse período que vai de 1549 (chegada dos jesuítas) a 1759 (expulsão dos jesuítas), de período da pedagogia tradicional. O autor divide o período em duas fases: 1) 1549-1599 - fase conhecida como pedagogia basílica ou pedagogia heroica; e 2) 1599 a 1759 - fase conhecida como pedagogia jesuítica ou pedagogia Ratio Studiorum.
1768
Foi criado em Portugal o Tribunal da Real Mesa Censória, que unificou os Tribunais do Ordinário, do Desembargo do Paço e do Santo Ofício, conhecidos como a Tríplice Censura, afastando Portugal da Santa Sé. O “Índex Expurgatório”, que deveria ser elaborado por esse Tribunal, deveria trazer os livros proibidos nos
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territórios portugueses. 1771
Atribuída à Real Mesa Censória a administração das escolas de Estudos Menores do Reino.
1772
Foi instituído o imposto “Subsídio Literário” para subsidiar as escolas Menores. Todavia, a imposto era baixo, não foi cobrado regularmente e foi mal utilizado, sendo desviado para o tratamento de outras questões.
1787
O Tribunal da Real Mesa foi extinto, sendo substituído por um tribunal civil e eclesiástico, chamado “Real Mesa da Comissão de Exame sobre os livros e Censura dos Papéis Impressos”, que será extinto em 1794.
1807
Em 30 de novembro, as tropas de Napoleão Bonaparte invadem Lisboa.
1808
A Família Real chega no Rio de Janeiro em 7 de março de 1808 e o Brasil deixa de ser uma simples colônia para receber o título de Reino Unido à Portugal.
A vinda da Família Real e as mudanças na educação Com a vinda da Família Real, muitas mudanças sociais, econômicas e políticas ocorrerão na colônia. Como muitos intelectuais e pessoas do meio político virão em busca de boa formação para si e seus filhos, muitas mudanças na educação e na cultura também serão feitas. Com isso a Colônia progredirá. O ensino imperial será estruturado em três níveis: primário, secundário e superior. Porém, como não havia exigência da frequência ao curso primário para ingresso em outros níveis, muitas famílias da elite decidiram por educar seus filhos em casa, afinal, nesse período, há poucas escolas e muitas delas são particulares.
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O príncipe decidiu seguir o modelo político educacional do Marquês de Pombal, controlando o ensino por meio de sua autorização para abertura de escolas e nomeações de professores. No que se refere ao nível superior, muito pouco foi feito. Há evidências de que os diretores eram, ao mesmo tempo, os professores dos cursos, estando submetidos diretamente às ordens do governo absolutista. Com a chegada da Família Real, diversas organizações educacionais e culturais serão abertas, a exemplo da Imprensa Régia, que imprimia o Jornal Gazeta, da Biblioteca Nacional, do Museu Nacional, das Academias de Guardas-Marinha.
1812
Foram criadas as escolas de serralheiros, oficiais de lima e espingardeiros. No Rio de Janeiro foi criado o primeiro laboratório de química.
1814
São criados cursos de formação técnica na área de agricultura.
1816
É criada a Escola de Belas Artes.
1817
É criado o Jardim Botânico, para estudos de botânica e análogos. Também são criados cursos de química, abrangendo química industrial, geologia e mineralogia.
1818
Cursos de desenhos técnicos são criados.
Muitos desses cursos preparavam os alunos bem rapidamente, somente para serem práticos e atenderem as demandas emergenciais da sociedade que se formava. No entanto, já colaboraram para o desenvolvimento local e o distanciamento de Portugal.
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1820
Foi fundado o colégio da Caraça, em Minas Gerais, o qual formou várias personalidades da elite intelectual do Brasil, tais como presidentes, deputados, senadores, eclesiásticos, etc.
1821
Por conta da Revolução Constitucionalista ou Revolta do Porto que vinha acontecendo desde 1820 em Portugal e pretendia acabar com o absolutismo português, príncipe D. João VI retorna àquele país.
Educação no Brasil Império – 1522 a 1889
1822
Dom Pedro I declara a independência do Brasil em 7 de setembro.
1827
O método Lancaster foi oficialmente adotado no Brasil, por meio de lei.
O método Lancasteriano O método de ensino Lancasteriano foi desenvolvido no século XVIII, na Inglaterra, pelo quaker Joseph Lancaster (1770-1838) e pelo pastor anglicano Andrew Bell (1753-1832). O método era baseado na difusão da formação primária, a partir do aprendizado de muitos alunos, por um único professor. Lancaster afirmava que podia ministrar o ensino a centenas de alunos. Para isso, fazia com que os alunos mais adiantados fossem monitores dos demais alunos, por esse motivo, o método de ensino Lancasteriano também é conhecido como monitorial ou mútuo. Como no século XIX, havia uma escassez de professores, este método se demonstrou adequado. Assim, em 1823, o imperador, Dom Pedro I, declara a iniciativa de implantar uma escola de ensino mútuo e, em 1827, uma lei estabelece o método como oficial no Brasil. Todavia, por volta das décadas de 1840 a 1870 diversos métodos e tendências passaram a ser misturados nas escolas brasileiras, de modo que, no final Prof. Greisi Goulart
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do século XIX, a partir de discussões voltadas para o processo pedagógico, o método Lancasteriano desapareceu do sistema educacional brasileiro. Importante: O método mútuo não esperava que os alunos desenvolvessem a capacidade crítica nas atividades pedagógicas; o método exigia, apenas, que os alunos tivessem disciplina física e mental.
1824
Em 25 de março, é outorgada a primeira Constituição Política do Império do Brasil. Essa constituição estabelecia governo monárquico, hereditário, constitucional e representativo. Cabe destacar que manteve o sistema escravocrata.
A primeira Constituição do Brasil já contemplava a gratuidade do ensino a todos os cidadãos. Todavia, os recursos eram muito escassos, não havendo professores preparados. Além disso, aqueles que se dedicavam ao ensino quase não recebiam apoio. Assim, a gratuidade do ensino a todos teve pouco efeito prático.
1827
Em 15 de outubro, foi promulgada a primeira lei sobre instrução primária. Esta lei determinava a criação de escolas de primeiras letras, especificava critérios para a formação e contratação de professores, instituía a instrução primária para o sexo feminino em todos os povoados mais populosos, nas vilas e nas cidades, visando a criação de uma rede escolar. Como decorrência dessa Lei, foram criadas escolas em todas as capitais para a formação de professor e, nestas aparece a proibição de castigos corporais. Destaca-se que esta foi a única lei geral para o ensino público elementar até 1946 e, devido a ela, que o dia 15 de outubro acabou sendo destinado para a comemoração do “dia do professor”.
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1834
Aprovado o Ato Adicional que trouxe uma série de mudanças para a Constituição vigente. O Ato descentralizou a administração pública do Império e, no campo da educação, tirava do Governo Central a responsabilidade pelas escolas primárias e secundárias. De acordo com o Ato, as províncias deveriam cuidar dessas escolas e a educação deveria ser gratuita em todas as províncias. O Governo Central ficaria responsável apenas pelo ensino superior.
1845
Vindos da Argentina, em 1845, os jesuítas voltam ao Brasil e abrem um colégio na cidade do Desterro, atual Florianópolis.
1852
Em decorrência de um decreto legislativo de 1851 (Reforma Couto Ferraz), que autorizava o Governo a reformar o ensino primário e secundário no Município Neutro da Corte, foi criada, em 1852, a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária.
1854
Foi promulgado o decreto 1.331-A que instituiu uma série de mudanças para a instrução primária e secundária da cidade da Corte. O decreto falava da obrigatoriedade do ensino, colocava as atribuições do Inspetor Geral da Instrução Pública que eram fiscalizar os estabelecimentos de ensino públicos e particulares, revisar os compêndios usados nas escolas públicas, autorizar a abertura de escolas particulares, presidir exames para o magistério, entre outras; estabelecia, ainda, que o Inspetor Geral deveria estudar os modelos de educação das províncias para compará-los com os da Capital. O município da capital deveria ser modelo, assim, começa a ser delineado um sistema. Este mesmo decreto estabeleceu o credenciamento dos professores e que eles voltassem a ser fiscalizados oficialmente. Todas essas mudanças também faziam parte da Reforma Couto Ferraz.
1856
Outra iniciativa que intencionava o estabelecimento de um sistema foi apresentada em um relatório de César Borges, o Barão de Macahubas, Diretor Geral dos Estudos da Província da Bahia. Ele considerava que somente um sistema geral para a Instrução Pública, devidamente formulado , permitiria a “nacionalização” da Nação Brasileira.
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A partir de ideias como as de Couto Ferraz e César Borges, o Barão de Macahubas, vislumbrou-se a necessidade de organização, pelo Estado, de um Sistema Nacional de Ensino para o País. Essas ideias foram ganhando mais força nas décadas finais do Império.
Embora existissem diversas iniciativas que intencionavam tornar o ensino gratuito e acessível a todos, na maioria das vezes, essa abertura não se estendia aos negros. Neste sentido, pode ser citada uma Lei de 1857, que estabelece a recusa de matrículas de crianças de cor negra, ainda que livres, no Colégio de Artes Mecânicas do Rio Grande do Sul.
1872
Há registros de que, em 1872, de um total de 10 milhões de habitantes, apenas 150.000 alunos estavam matriculados nas escolas primárias, sendo que 66,4% da população era completamente analfabeta.
1879
Por meio do decreto nº 7247 de 19 de abril, foi instituída uma reforma, que passou a ser aconhecida como Reforma Leôncio de Carvalho. Essa reforma pretendia mudanças nos ensinos primário e secundário, como uniformizar a instrução primária pelo país, mas, neste caso, não conseguiu atingir seu fim. No entanto, houve um ganho, visto que ao começar a discutir questões relacionadas a organização do ensino, abre portas para outras iniciativas, tais como os pareceres de Rui Barbosa que foram apresentados à Câmara em 1882 e que previa, pela primeira vez, a organização geral do ensino.
A segregação no nosso país sempre foi tão grande que, apesar dos avanços conquistados pela Reforma Leôncio de Carvalho”, havia quem fizesse afirmações absurdas e defendesse ainda no final do século XIX Prof. Greisi Goulart
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que alguns conteúdos não precisavam ser aplicados aos pobres, pois estes deveriam ter noções mais simples.
1882
Os pareceres referentes à “Reforma do Ensino Primário e Secundário e várias Instituições Complementares da Instrução Pública”, foram apresentados por Rui Barbosa à Câmara dos Deputados.
A situação no final do Império
Rui Barbosa, influenciado pela Maçonaria Internacional, foi um dos grandes defensores do ensino obrigatório, da liberdade do ensino e da laicidade da escola pública. Os pareceres apresentados por Rui Barbosa, em 1882, constituíram o primeiro documento a aconselhar a implantação de um órgão de coordenação e difusão do ensino, com vistas a formar um sistema de educação que contemplasse a organização do ensino desde os jardins de infância até o ensino superior. O deputado maranhense Almeida de Oliveira apresentou ao Parlamento do Império, no mesmo ano dos pareceres, um Projeto de Reforma defendendo não ser lícito o governo não fazer nada diante da precária difusão da instrução elementar nas Províncias. Mas, apesar das tentativas de alguns estadistas, até o fim do império, essas ideias, que recebiam pouco apoio do Parlamento, não se estabeleceram. Assim, entende-se que, embora Dom Pedro II tenha sido um homem culto e de boa vontade, acabou seu governo sem implantar soluções eficazes para a educação.
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Educação no Brasil República – 1889 até os dias atuais
1889
Em 15 de novembro a República foi proclamada.
1890
Foi criado o Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos. Seu primeiro ministro era Benjamin Constant, que logo iniciou várias mudanças (Reforma Benjamin Constant). A Reforma Benjamin Constant era destinada ao Distrito Federal, que na época era o Rio de Janeiro. Previa gratuidade, a liberdade e a laicidade do ensino. Todavia, fracassou, diante da força dos grupos defensores da desoficialização do ensino. Tendo a criação do Ministério e as Reformas sido insuficientes para atender as expectativas que se formavam, o Ministério acabou sendo extinto em 1892.
1892
O Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos é extinto e a responsabilidade por assuntos sobre educação são transferidos para o Ministério da Justiça e Negócios Interiores.
1911
Ocorreu a Reforma Rivadávia Correia, inspirada nas ideias positivistas de liberdade de ensino e decretada pela Lei Orgânica do Ensino Superior e Fundamental da República. Essa lei desoficializou a educação, retirando do Estado o poder de interferência no ensino. A Reforma defendia, também, o fim do diploma, o qual deveria ser substituído por um certificado. Implantava exames para admissão no ensino superior. A Reforma não alcançou seus objetivos, tendo sido considerada complexa e contraditória em alguns pontos.
1915
Surge a Reforma de Carlos Maximiliano, com muitos objetivos contrários à Reforma de Rivadávia Correia. Estabelece que o ensino secundário e superior deve voltar a ser considerado estabelecimento oficial (oficialização do ensino), propõe o sistema de vestibulares, com preparatórios parcelados, seguindo o modelo anglo-saxão, que irá perdurar até 1925.
1920
Foi criada a Universidade do Rio de Janeiro.
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1924
Foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE) com o objetivo de reunir os profissionais de educação, para compartilharem suas ideias em Conferências Nacionais de Educação.
1927
Júlio Prestes, Presidente do Estado de São Paulo, sanciona a Lei nº. 1884, que permite a criação de escolas normais livres. Assim surgem em várias partes do Estado escolas do governo e particulares. Essa Lei possibilitou o crescimento da rede de ensino primário, porém, esse crescimento ainda não chega à zona rural. Nesse período, de forma geral, já existem muitos professores, contudo, faltam recursos para a abertura das escolas rurais.
Avanços da década de 1920 Cabe destacar que a década de 20 foi significativa para a educação, pois nesse período, diversas reformas aconteceram nos estados. Pode-se citar: a Sampaio Dória, que aconteceu em São Paulo; a Carneiro Leão e, mais tarde, a Fernando Azevedo, no Rio de Janeiro; a Lourenço Filho, no Ceará; a Anísio Teixeira, na Bahia; Francisco Campos e Mário Casassanta, em Minas; e a Carneiro Leão, em Pernambuco. Alguns autores consideram que o ensino primário em nível nacional, iniciou-se sob a orientação do pedagogo Lourenço Filho, entre 1920 e 1930, pelo Método da Escola Nova, do filósofo americano John Dewey.
1930
A segunda República tem início com o governo de Getúlio Vargas.
A chamada segunda República tem início, um ano após estourar a Crise Econômica Mundial, com Getúlio Vargas. O momento exigia que o Brasil entrasse no modelo capitalista de produção. Mas, para isso, o país precisará de mão-de-obra especializada. Prof. Greisi Goulart
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Assim, o governo passa a investir desenvolvimento da produção industrial, no produção industrial e, concomitantemente na pessoas capacitadas passa a ser essencial para o objetivos.
1931
significativamente no mercado interno, na educação, afinal, ter atendimento dos outros
Ocorre a Reforma Francisco Campos, que, por meio de vários decretos, busca organizar o ensino secundário e as universidades brasileiras, que quase não existiam.
Saviani chama esse período que vai de 1759 (expulsão dos jesuítas e Reforma Pombalina) à 1932, de período da pedagogia tradicional leiga. Esse período também é dividido em duas fases: 1) 1759-1827 – fase da pedagogia pombalina com disciplinas isoladas, ministradas por um professor pago pela coroa portuguesa com recursos do subsídio literário; 2) 1827-1932 – fase da pedagogia leiga (ou laica), que previa escola publica, gratuita, universal, obrigatória e laica.
1932
Acontece o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova que influenciará na a aprovação da Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1961. O Manifesto foi assinado por 26 educadores, estando Fernando Azevedo entre eles e à frente da iniciativa. O Manifesto defende a educação gratuita, obrigatória, e leiga, sendo dever do Estado implantá-la em todo o território nacional. O documento, ainda, reivindica a escola básica única, fazendo uma crítica ao sistema dual, o qual destina uma escola para os ricos e outra para os pobres.
1934
É promulgada a terceira constituição Brasileira, a segunda do período republicano. Para a educação, a Constituição traz alguns direcionamentos, destaca-se: a educação como direito de
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todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes públicos; é estabelecido o subsídio do governo para o ensino privado, o qual isenta as instituições de ensino particulares de qualquer tributo, desde que idôneas; e surge, pela primeira vez, a exigência de que o ensino fosse ministrado em português em todos os estabelecimentos de ensino. 1937
Vargas dá um golpe de estado, em meio a instabilidade política e instala o Estado Novo, outorgando uma nova Constituição.
A Constituição de 1937 Vargas mantém, na Constituição de 1937, os principais pontos da Constituição de 34, cabendo ao governo federal traçar as diretrizes da educação para todo o país e fixar o plano nacional de educação, embora o ensino possa ser ministrado por instituições privadas. É perceptível que a nova Constituição destaca o ensino prévocacional e profissional, dizendo que o ensino técnico se destina às classes menos favorecida (um tanto preconceituosa, né?!). Estabelece, ainda, a obrigatoriedade do ensino de trabalhos manuais em todas as escolas normais, primárias e secundárias. O ensino não precisa mais ser feito em Português. Para alguns críticos, o Estado Novo foi um período de estagnação para da educação, pois muitos ganhos da Constituição de 1934 foram perdidos, como a responsabilidade do governo pela educação. Nessa conjuntura, algumas organizações são criadas, visando defender questões educacionais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Instituto de Estudos Pedagógicos (INEP).
1942
O Ministro de Estado da Educação, Gustavo faz uma reforma em alguns ramos do ensino, por meio das Leis Orgânicas do Ensino ou Lei Capanema.
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1946
Estando na presidência Eurico Gaspar Dutra, em 18 de setembro de 1946, foi promulgada a quarta Constituição brasileira. Tinha uma vertente liberal e determinava que a União era a responsável por legislar sobre diretrizes e bases para a educação. Determinava a obrigatoriedade do ensino primário para todos, sendo este gratuito, oficial e em português. Escolas privadas poderiam existir, desde que respeitassem as leis da educação. Pode-se perceber que a Constituição de 1946 foi um instrumento importante para a democratização do ensino, podendo-se destacar sua preocupação em servir à educação e os princípios liberais.
1959
Estimulados pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, um novo grupo se reúne para fazer o Manifesto dos educadores democratas em defesa do ensino público, que também influenciará na LDB de 1961.
1961
Aprovada a Primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A LDB de 1961 A LDB determina que a educação era um direito de todos, devendo ser assegurado pelo poder público. Ela dá um destaque a necessidade do ensino primário para todos, devendo a criança ser matriculada a partir dos 7 anos. Reafirma a liberdade da iniciativa privada para atuação no campo educacional, o que, na prática, faz com surjam diversas escolas particulares, visto à incapacidade do Estado de atender as demandas da população. O Método de Educação Popular do professor Paulo Freire surge no mesmo período da aprovação da LDB. O Método teve início no Rio Grande do Norte, sendo aplicado pela prefeitura de Natal, com a Campanha de Alfabetização “De Pé no Chão também se Aprende a Ler”, que pretendia alfabetizar adultos analfabetos.
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1962
Foi implantado o Conselho Federal de Educação, que havia sido previsto na Lei de Diretrizes e Bases. Este vem substituir o Conselho Nacional de Educação. No mesmo ano são criados os Conselhos Estaduais de Educação. O Ministério da Educação e Cultura lança o Plano Nacional de Educação, e o Programa Nacional de Alfabetização, ambos baseados no Método Paulo Freire. Nesse período, várias instituições são vistas como subversivas, tendo seu funcionamento proibido, como a União Nacional dos Estudantes (UNE).
1964
Ocorre o Golpe Militar. No período militar, que se estende de 1964 a 1984, são comuns olheiros infiltrarem-se nas instituições de ensino para observar tudo que era falado ou feito nelas. As universidades foram os principais alvos dos militares.
1967
O governo militar lança o Movimento Brasileiro de Alfabetização ou MOBRAL para substituir o MCP que usava o Método Paulo Freire. Os militares defendiam que com o MOBRAL o analfabetismo poderia ser erradicado. Todavia, o MOBRAL não atingiu os resultados prometidos. Ainda em 1967 é lançada uma nova Constituição.
1969
Em fevereiro de 1969, por meio do Decreto-lei nº. 477, todos os professores, alunos e funcionários de escolas foram proibidos de fazer qualquer manifestação de caráter político”. Algumas propostas curriculares foram impostas pelo governo militar, como o ensino de Educação Moral e Cívica para as escolas em todos os graus e modalidade de ensino. O qual, no fim do grau médio, passaria para Organização Social e Política Brasileira (OSPB) e no curso de nível superior, para Estudos de Problemas Brasileiros (EPB).
Saviani chama esse período que vai de 1932 (marcado pelo Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova) à 1969, de período da pedagogia nova. O perído é dividido em duas fases: 1)
1947-1961 – fase da pedagogia nova; e
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2) 1961-1969 – fase da crisa da pedagogia nova e articulação com pedagogia tecnicista.
1971
O ministro da Educação e Cultura, Coronel Jarbas Passarinho, faz uma reforma nos 1º e 2º graus, por meio da Lei 5.692. Entre outras deliberações a Lei, aumentou a obrigatoriedade escolar de quatro para oito anos, juntou o primário com o ginásio, aboliu o exame de admissão e criou a escola única profissionalizante. Frisa-se que por essa Lei todos os cursos de 1º e 2º graus passaram a ser profissionalizantes. Para alguns estudiosos, a intenção da lei era acabar com o preconceito que havia em torno do trabalho técnico e manual.
O Neoliberalismo O Neoliberalismo surgiu na década de 1970, por meio da Escola Monetarista e do economista Milton Friedman. Na época, foi entendida como uma possível solução para a crise mundial do petróleo, de 1973, que afetou a economia de diversos países. O Neoliberalismo foi baseado nas ideias liberais do século XVIII, todavia, trazia ideias adaptadas aos novos tempos. Defendia: a mínima participação do Estado na economia dos países; a livre a globalização; a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; a privatização de empresas estatais; a entrada de multinacionais; a desburocratização do Estado; o capitalismo; etc. No Brasil, entende-se que as reformas neoliberais tiveram início no governo do Presidente Fernando Collor de Melo (1990 – 1992), embora já tenham influenciado na abertura democrática. Nesse contexto, cabe salientar, ainda, que passaram a influenciar fortemente as reformas na educação na década de 1990, as quais veremos a seguir. Observa-se que, sendo o Neoliberalismo uma doutrina com foco no desenvolvimento dos mercados e no capital, é comum que os neoliberais
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subordinem também a educação ao mercado, valorizando o ensino tecnicista em detrimento de disciplinas como Filosofia e Sociologia. As avaliações sistemáticas, que serão instituídas no Brasil na década de 1990, são valorizadas pela corrente neoliberal, bem como a auditoria da educação. Afinal, esses sistemas geram uma competição entre as instituições, seus docentes e seus alunos, criando um ranking como de outros produtos e serviços disponibilizados pelo mercado. Alguns críticos sintetizam a influência neoliberal como uma corrente que valoriza a educação a partir de critérios mercadológicos em vez de se basear em critérios de qualidade.
1984
Acontece a abertura democrática.
1985
Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio, mas não tomou posse, pois adoeceu, sendo substituído por José Sarney. Sarney foi empossado em 15 de março de 1985. Assim, oficializou-se o fim do regime militar.
1986
A partir da 4ª Conferência Brasileira de Educação, realizada pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a Associação Nacional de Educação (Ande) e o Centro de Estudos Educação e Sociedade (Cedes), em Goiânia, surge uma lista de propostas para a Constituição que deveria ser aprovada em breve. Entre as propostas, havia a indicação da necessidade da efetivação do direito de todos os cidadãos ao ensino e o dever do Estado em garantir esse direito.
1988
É promulgada nova Constituição Federal.
A Constituição Federal de 1988 Segundo Aranha (2005) a Constituição foi outorgada em 5 de outubro de 1988 e nos artigos referentes a educação destacam-se: direito de todos e dever do Estado e da família; deve ser gratuita Prof. Greisi Goulart
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nos estabelecimentos oficiais; oferecer igualdade de condições para o aceso e permanência na escola; a escola será um espaço de liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o saber. Tudo isso deve acontecer com a promoção, incentivo e colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, a boa formação para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Pode-se dizer que a Constituição Federal de 1988 trouxe o princípio da gestão democrática do ensino, pois estabelecia que deveria haver igualdade de condições para o aceso e permanência na escola e que a escola deveria ser um espaço plural e livre, mas, como diversos instrumentos legais do passado, representou pouco na prática. Alguns dos avanços trazidos pela Constituição estão mais relacionados à administração educacional. Embora a garantia a Constituição não garantisse a participação da comunidade nas instâncias decisórias do sistema de ensino propriamente, alguns avanços ocorrerão devido à participação social e aos movimentos organizados, que também contribuirão para a política educacional que se desenvolverá na década de 1990.
1990
Ocorreu a Conferência Mundial sobre Educação para Todos em Jomtien, na Tailândia. Como consequência dessa Conferência, Fernando Collor de Mello criou o Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania (PNAC) para substituir a Fundação Educar - versão democrática para o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) -, instituída cinco anos antes por Sarney. Mas essa iniciativa durou apenas um ano. Inspirado nos Centros Integrados de Educação Pública, criados no Rio de Janeiro, pelo deputado Darcy Ribeiro, em 1982, Collor de Mello cria os Centros Integrados de Apoio à Criança. Esses Centros passam a ser chamados pela população de CIACs ou Brizolões.
1995
Fernando Henrique Cardoso assume a presidência do país.
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As reformas do Governo FHC Paulo Renato de Souza foi o ministro da Educação de 1 de janeiro de 1995 a 31 de dezembro de 2002 (governo Fernando Henrique Cardoso). Logo no início de sua gestão várias mudanças começam a ser feitas. O governo extingue, por medida provisória, o Conselho Federal de Educação, criando, ao mesmo tempo, o Conselho Nacional de Educação, ligado ao MEC. Pretende-se tornar esse novo Conselho mais dinâmico e menos burocrático na deliberação de assuntos de sua competência. Além disso, o projeto de uma nova LDB que estava parado no Congresso desde 1988, passa a entrar novamente para a pauta das discussões políticas. Pode-se destacar alguns projetos que foram desenvolvidos no governo de Fernando Henrique: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF); Programa de Avaliação Institucional (PAUIB); Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB); Exame Nacional de Cursos (ENC); Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM); Paramentos Curriculares Nacionais (PCN).
1996
A atual LDB (Lei 9.394/96), com a relatoria do senador Darcy Ribeiro foi sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
Importante: Aqui colocamos a estrutura da LDB, já que estamos falando apenas da História da educação, no entanto, como você já sabe, é necessário que você conheça a LDB na íntegra para dar amparo a outros conteúdos que serão cobrados na prova.
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Estrutura da LDB de 1996 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação possui 92 artigos, organizados da seguinte maneira:
Título I - Da educação Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar Título IV - Da Organização da Educação Nacional Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino Capítulo I - Da Composição dos Níveis Escolares Capítulo II - Da Educação Básica Seção I - Das Disposições Gerais Seção II - Da Educação Infantil Seção III - Do Ensino Fundamental Seção IV - Do Ensino Médio Seção V - Da Educação de Jovens e Adultos Capítulo III - Da Educação Profissional Capítulo IV - Da Educação Superior Capítulo V - Da Educação Especial Título VI - Dos Profissionais da Educação Título VII - Dos Recursos Financeiros Título VIII - Das Disposições Gerais Título IX - Das Disposições Transitórias
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1998
É criado o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) para avaliar a qualidade do ensino médio no país.
Saviani chama esse período que vai de 1969 a 2001, de período da pedagogia produtivista. Essa corrente prega que a educação é um bem de produção, e não um bem de consumo. Essa visão teve influências do desenvolvimento econômico. As análises que fundamentaram a pedagogia produtivista foram sistematizadas principalmente pela “teoria do capital humano”, a qual se expressa pelo positivismo na versão estrutural-funcionalista. Essa concepção pedagógica já começou a se desenvolver no país a partir das décadas de 1950 e 1960, influenciada pela pedagogia tecnicista. Embora seja notória uma diminuição do tecnicismo a partir do final dos anos 1980, a pedagogia produtivista permaneceu com algumas variações, sendo que, na década de 1990, a organização do ensino teve por base predominantemente o cognitivismo construtivista. A pedagogia produtivista é caracterizada, externamente, pela importância da educação no processo de produção econômica e, internamente, pela tentativa de munir a escola do máximo de produtividade, ou seja, a escola, dentro dessa concepção, deve maximizar os investimentos nela feitos por meio da busca constante do máximo de resultados com o mínimo de disperdício, ou seja, tornando seus processos eficientes.
2003
É lançado o Brasil Alfabetizado, para substituir o Alfabetização Solidária. Desde o Alfabetização Solidária, do Governo FHC, houve um esforço contínuo para combater o analfabetismo, estendendose no governo Lula. Todavia, embora esse esforço tenha trazido resultados, diminuindo a taxa de analfabetismo das pessoas com 15 anos ou mais, a partir de 2012 a queda progressiva foi descontínua e os motivos ainda estão sendo pesquisados.
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2005
Alunos de 4ª e 8ª séries, hoje 5º e 9º anos, passaram a ser avaliados na Prova Brasil.
2007
Criado o Fundef – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Ainda em 2007, o MEC criou o Mais Educação, que custeou o aumento da carga horária em milhares escolas.
2009
Em algumas faculdades os vestibulares passam a ser substituídos pelo Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Ainda em 2009, a Emenda Constitucional nº 59 definiu o aumento da obrigatoriedade escolar para 4 a 17 anos até 2016.
2010
É aprovado o piso salarial nacional para os docentes, devendo um terço da jornada ser dedicada a formação e planejamento
2017
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os ensinos infantil e fundamental foi aprovada na sexta-feira (15/12) em votação no Conselho Nacional de Educação (CNE).
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dos ensinos infantil e fundamental é aprovada Debate sobre o ensino médio não foi concluído. Escolas públicas e particulares devem adotar novas referências para seus currículos até início do ano letivo de 2020. (Fonte: g1.globo.com)
A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para os ensinos infantil e fundamental foi aprovada na sexta-feira (15/12) em votação no Conselho Nacional de Educação (CNE). A BNCC dá diretrizes para orientar a elaboração dos currículos das redes municipais, estaduais e federal de ensino, tanto nas escolas públicas quanto particulares. O novo documento não trata do ensino médio. A base curricular para o ensino médio ainda será avaliada posteriormente pelo CNE.
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Destaques e próximos passos • Ensino religioso ganha diretrizes sobre o que deve ser ensinado do 1º ao 9º ano • Alfabetização deve ser concluída até o segundo ano • Orientações
sobre
identidade
de
gênero
devem
ser
discutidas por comissão do CNE • Redes municipais, estaduais e federal precisam reelaborar seus currículos segundo a BNCC • Material didático terá que ser produzido segundo as novas diretrizes • Implementação deve estar completa até início do ano letivo de 2020 Redes devem preparar currículos Durante a reunião, o conselheiro Cesar Callegari, presidente da comissão da BNCC, lembrou que a base "é um conjunto de referenciais inédito na história do país" e que agora redes e escolas precisam preparar os detalhes de como serão seus currículos. "Base não é currículo, é um conjunto de referenciais sobre as quais o processo crítico e criativo das escolas vai elaborar seu processo curricular", afirmou ele. "A Base não é um currículo mínimo. (...) A função da escola e da rede não é copiar e colar a Base", complementou o conselheiro Chico Soares, lembrando que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) continua em vigor e determina que é responsabilidade das escolas elaborarem seus currículos. O texto aprovado no CNE será agora homologado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), "todas as escolas e redes de ensino deverão adaptar e rever os seus currículos em 2018 para iniciar a implementação da base em 2019 e até 2020".
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Destaques da Base Curricular O documento gerou discussão e gerou protestos principalmente quanto ao ensino religioso e aos debates sobre gênero: Ensino religioso Segundo o artigo 23 da resolução, o ensino religioso dependerá uma comissão específica que decidirá se ele deve entrar como área conhecimento (com o mesmo status, por exemplo, de linguagens matemática) ou como componente curricular dentro da área humanas.
de de ou de
Com a aprovação, os objetivos do ensino religioso serão os seguintes: • Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos. • Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios. • Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida. • Conviver com a diversidade de identidades, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.
crenças,
• Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente. • Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz. Identidade de gênero De acordo com o documento, o CNE emitirá orientações específicas sobre orientação sexual e identidade de gênero. Não foram fornecidos mais detalhes sobre esse processo.
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O MEC não divulgou a versão final do texto, mas a pasta já tinha tirado o termo "orientação sexual" da terceira versão da BNCC apresentada em abril deste ano. Alfabetização Outra alteração ao sistema vigente é relativa à alfabetização: ela deve ser garantida no primeiro e no segundo ano do ensino fundamental. Até então, as escolas tinham até o terceiro ano para isso, quando as crianças têm 8 anos de idade. A decisão de antecipar a alfabetização foi criticada por especialistas. O conselheiro e relator Chico Soares defendeu que a alfabetização é um dos destaques da Base por deixar claro qual o direito do aluno. "Há uma definição do que é estar alfabetizado", disse, lembrando que o texto define que a BNCC define que estará alfabtizada a criança que conseguir "ler e produzir textos adequados ao seu momento". Competências gerais da Base A seguir, veja as competências gerais previstas da Base: 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das iferentes áreas. 3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de práticas diversificadas da produção artístico cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações,
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experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer se, apreciar se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercer a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões, com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
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Outras questões para reflexão É importante destacar que, além de todas as mudanças políticas que interferiram na sala de aula, essas décadas incluíram uma grande revolução tecnológica, marcada pelo desenvolvimento da internet, que transformou as relações sociais e, claro, o ensino. Apesar de algumas escolas de Ensino Fundamental não terem nem mesmo computador, essa máquina está inserida na vida de professores e alunos, dinamizando o acesso à informação. Mas será que o acesso à informação e as inovações pedagógicas estão à disposição de todos? Os últimos dois governos disseminaram laboratórios de informática, laptops para alunos e tablets para docentes. Apesar disso, a realidade ainda é plural. Existem escolas informatizadas, bilíngues e outras ainda multisseriadas, com projetos pedagógicos bastante tradicionais. Diante de tanta desigualdade, a reavaliação das políticas para a educação deve ser repensada para garantir que, chegue o dia, em que todos na prática tenham acesso à educação. Afinal, conforme vimos, boas ideias vêm surgindo desde a chegada dos jesuítas, depois de muita luta, algumas destas chegam a se concretizar como leis, porém, na prática, levam-se anos para visualizarmos algum avanço em nosso sistema de ensino, isso quando chegamos a ver alguma efetividade. Saviani, no seu artigo “O pensamento pedagógico brasileiro: da aspiração à ciência à ciência sob suspeição”, de 2007, lembra-nos dos momentos de luta dos professores ao longo de anos, em especial na década de 1980, solicitando mais espaço nas decisões da escola. Hoje, como resultado do atendimento desse pleito, temos que nos desdobrar dando aulas em mais de uma escola, para várias classes, participando dos estudos de educação continuada e, ainda, temos que nos envolver na elaboração do PPP, na mobilização da comunidade para participação na escola, etc. Embora tenha sido aberto esse espaço, como que o professor pode participar de todas essas ações, de forma efetiva, se seu tempo de dedicação a sala de aula não foi revisto? É nesse sentido que temos que pensar na nossa realidade atual. Leis e políticas públicas são elaboradas, mas até que ponto podem ter efetividade se são construídas
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sem considerar todos os aspectos da realidade do nosso sistema educacional deficiente? Fica aqui uma reflexão. No que se refere ao nosso sistema de ensino atual (que prevê um ensino laico, gratuito, uma escola inclusiva), você tem que levar para a prova que tudo isso é resultado de anos de luta, do desenvolvimento do pesamento pedagógico ao longo dos anos (tendências) e de inúmeros pequenos fatos históricos, mas que contribuíram para estarmos onde estamos hoje, em sentido positivo e negativo. Embora tenhamos tido algum avanço, este acaba sendo muito pequeno perto do que poderia ser, já que as mudanças ocorrem lentamente. A verdade é que há um encadeamento um tanto lógico na nossa história. Anos de luta e, ao mesmo tempo, anos de descaso, de postergação na aprovação de leis por parte dos nossos governos e recorrentes fracassos das políticas educacionais.
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Pessoal, as questões e seus comentários aprofundam e complementam os conhecimentos vistos na aula. Além disso, aproveitaremos para revisar assuntos estudados em aulas anteriores. Por isso, resolva as questões e leia os comentários. IBADE 2016 – ANALISTA EDUCACIONAL – PSICÓLOGO – SEDUC – RO ==b9388==
1) Sobre a postura pedagógica da tendência progressista “crítico-social dos conteúdos” pode-se afirmar que: a) é caracterizada por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual o aluno é educado para atingir, exclusivamente por seu esforço, sua plena realização como pessoa. b) assume o saber como tendo um conteúdo relativamente objetivo, mas, ao mesmo tempo, introduz a possibilidade de uma reavaliação crítica frente a esse conteúdo. c) nessa tendência os conteúdos não têm qualquer relação com o cotidiano dos alunos nem com a realidade social. d) tem como função principal a preparação de recursos humanos para a sociedade industrial e tecnológica. e) os conteúdos ensinados são os conhecimentos e valores acumulados pelas gerações adultas que são passados para os alunos como verdades. Resposta: B. Conforme vimos na aula, na escola progressista crítico-social dos conteúdos predominam os conteúdos no seu confronto com as realidades sociais, portanto, os conteúdos são relacionados com a realidade e os alunos são estimulados a pensar criticamente. A letra “a” traz características das tendências liberais tradicional e renovada; a opção “c” está mais condizente com a pedagogia tradicional; na “d” temos características da tendência tecnicista; e na “e” temos uma característica forte da tendência tradicional.
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FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA PEDAGÓGICA – TJPE 2)
a) reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e neste sentido o educador é o responsável final pelo processo de aprendizagem dos alunos. b) considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a escola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de maneira detalhada. c) possibilitar que o aluno entre em contato com diversas técnicas de produção de conhecimento, para que possam ser desenvolvidas habilidades procedimentais. d) considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo o educador o facilitador das aprendizagens a serem desenvolvidas pelos alunos. e) proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os alunos para integrar a instituição educativa à sociedade. Resposta: D. Os escolanovistas são os representantes das tendências liberais renovada progressivista e não-diretiva. Conforme vimos, na pedagogia liberal renovada, o aluno passa a ser o centro, o foco do processo de ensino, enquanto o professor passa a ser um auxiliar ou facilitador. Portanto, a nosso Prof. Greisi Goulart
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resposta é a “D”. Aproveito para chamar a sua atenção para este detalhe: alguns autores tratam as tendências “liberal renovado progressivista” e “liberal renovada não-diretiva” de forma conjunta, falando apenas em tendência liberal renovada, ou em pedagogia nova, ou pedagogia da escola nova.
FCC 2007 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE 3) Pode-se afirmar que as tendências pedagógicas progressistas compartilham o pressuposto de que os saberes e as práticas educativas devem a) partir de uma análise crítica das realidades sociais. b) desenvolver as aptidões dos indivíduos para o desempenho de papéis sociais. c) considerar a atividade do educando como base da relação educativa. d) respeitar os saberes do educando em oposição à interferência do adulto. e) priorizar a transmissão dos conteúdos. Resposta: A. As tendências progressistas (libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos) concordam que os saberes e as práticas educativas devem partir de uma análise das realidades sociais. De acordo com o quadro apresentado na aula, vimos que essas correntes de pensamento têm como foco a conscientização e a transformação, a participação crítica e o trabalho com o conteúdo de forma indissociável da realidade, sendo que tudo isso deve ser pensado a partir de uma análise das realidades sociais. A letra 'b” caracteriza mais adequadamente a pedagogia tradicional; a “c” e a “d”, a pedagogia progressivista; e a “e”, a tradicional.
FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL - PEDAGOGO - SEGEP-MA 4) Há uma somatória de fatores que contribuem para a construção de um modelo de educação que traduza as necessidades de um determinado povo. Prof. Greisi Goulart
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Para Paulo Freire, não se pode esperar resultados positivos de um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de ação política, se, a) este é baseado em culturas superiores, mas também nas culturas inferiores de determinados povos primitivos que não permite a unificação de um processo cultural de uma nação. b) desrespeitarmos a visão particular de mundo que tenha ou esteja tendo o povo, pois isso se constitui numa espécie de invasão cultural , ainda que feita com a melhor das intenções. c) os conteúdos ensinados nas escolas indígenas não forem referenciados na cultura ocidental. d) as crenças, os rituais e demais saberes dos indígenas não estiverem compatibilizados com os conhecimentos escolares ensinados nas redes do ensino público. e) não valorizarmos o trabalho que busca criar um processo unificado de formação dos educadores do campo. Resposta: A. Eu, particularmente, achei uma malde esta questão. Pois ao falarmos em Paulo Freire, quase que imediatamente lembramos de respeito a cultura do povo, de invasão cultural, etc. No entanto, a banca deve ter se utilizado de uma crítica de Freire a programas de governo que se diziam culturais e que, inclusive, diziam-se voltados para a conscientização (com base nas culturas superiores e de povos primitivos), mas que, na verdade, propagavam valores conservadores, mais próximos da educação bancária do que de uma pedagogia crítica. Assim, a resposta da banca foi a “A”.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES 5) Quem não se lembra dos questionários , muitos usados no ensino de história e geografia, enfatizando a memorização repetitiva e automática? Professores conclamavam os alunos: Não deixem de estudar o questionário que passei . E quando o professor não se adiantava em passar o questionário, os alunos o solicita-
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vam, pois consideravam como uma espécie de garantia de sucesso. Este processo de memorização a) é uma forma eficiente do aluno aprender a aprender. b) favorece o aluno adquirir disciplina em seu processo de estudo. c) possibilita ampliar a compreensão dos conhecimentos transmitidos pelo professor. d) desconsidera a escola como espaço de produção de conhecimento. e) desenvolve a capacidade do aluno pensar sobre o conhecimento a ser apreendido. Resposta: D. Esta questão é para relembrarmos um dos métodos estudados na aula sobre métodos e técnicas de ensino e também para relacionarmos com a tendência tradicional. Conforme vimos na aula, a pedagogia tradicional enfatiza a memorização e, para isso, utiliza-se de exercícios repetitivos. A instrução programada que aparece com a pedagogia tecnicista também é um método que se utiliza de perguntas e respostas, sendo que a resposta certa é indicada logo após a questão ser respondida, para que o aluno possa verificar se acertou a resposta.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES 6) A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado (...) Em lugar de comunicar-se, o educador faz comunicados e depósitos, que os educandos recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária de educação... Para Paulo Freire, a concepção problematizadora da educação, ao contrário desta visão, considera que
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a) é a competência técnica do educador e a dedicação e disciplina por parte do educando que garantem a qualidade do ensino. b) a aprendizagem do educando é efetiva quando se dá por meio de um processo amoroso entre o educador e os educandos. c) a ação educativa exige técnicas mnemônicas para que o educando possa demonstrar sua compreensão do conhecimento ensinado. d) ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo. e) nenhuma pessoa educa a si mesmo, é no ato de transferência do conhecimento que se cria a possibilidade de aprendizagem do educando. Resposta: D. Paulo Freire falava que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo”. Por isso, quando falamos em pedagogia libertadora, falamos que o professor atua como um animador, trazendo temas geradores e promovendo discussões, já que se enfatiza, nesta tendência, a autogestão. IF-TO 2017 – PROFESSOR – ENGENHARIA QUÍMICA – IF-TO 7) De acordo com Libâneo (2013), vários autores concordam em classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional -; e as de cunho progressista – Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Em referência às tendências pedagógicas no processo educacional, relacione: 1. Pedagogia Tradicional 2. Pedagogia Renovada 3. Pedagogia Libertadora I. O professor incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem, adequando-as às capacidades de características individuais dos alunos. O núcleo da atividade escolar não é o professor nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. (___) Prof. Greisi Goulart
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II. A atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e interpreta a matéria. O aluno é um recebedor da matéria e sua tarefa é decorá-la. (___) III. A atividade escolar é centrada na discussão de temas sociais e políticos, de modo que o ensino é voltado para a realidade social. (___) Marque a sequência correta. a) 3, 1 e 2 b) 1, 2 e 3 c) 3, 1 e 3 d) 2, 3 e 1 e) 2, 1 e 3 Resposta: E. Antes de comentarmos os itens, cabe salientar que, de acordo com Libâneo (2013) vários autores concordam em classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional -; e as de cunho progressista – Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Observe que ele não diferencia a pedagogia renovada progressista da não-diretiva, nem a pedagogia progressista libertadora da libertária, mas isso não é problema. Como o próprio autor afirma, muitos autores concordam com esta classificação e, de fato, vimos que há muita coisa em comum entre as tendências conjugadas. Dessa forma, estas tendências podem aparecer na sua prova, como nesta questão, juntas, ou como as estudamos, separadas. Agora vamos a questão. Conforme vimos, na pedagogia na renovada há grande preocupação com o desenvolvimento da personalidade, com o autoconhecimento e com a realização pessoal. Além disso, o professor atua como facilitador, enquanto o aluno é ativo e investigador. Portanto, a pedagogia renovada está de acordo com o apresentado no item “I”. Vimos que a pedagogia tradicional é centrada no professor e o aluno exerce um papel passivo, portanto, para o item “II” está de acordo com os preceitos da pedagogia tradicional. Já o item “III” está de Prof. Greisi Goulart
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acordo com a pedagogia libertadora, visto que, nessa escola, os conteúdos são retirados da pratica social e cotidiana dos educandos e, além disso, relaciona a educação à luta e organização de classe. IF-TO 2017 – PEDAGOGO – IF-TO 8) Propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais, por meio da transmissão e assimilação ativa dos conteúdos articulados às noções sistematizadas e às qualidades dos alunos que lhes possibilitem a autoatividade, a busca independente e criativa das noções. Esta é a perspectiva de qual tendência pedagógica? a) Pedagogia Tradicional. b) Pedagogia Renovadora c) Pedagogia Crítico-Social. d) Pedagogia Libertadora. e) Todas as alternativas anteriores. Resposta: C. Conforme vimos, na pedagogia crítico-social dos conteúdos, a aprendizagem parte do que o aluno já sabe, segundo o princípio da aprendizagem significativa. Além disso, a escola crítico-social dos conteúdos utiliza o método dialético, que é entendido como o responsável pelo confronto entre as experiências pessoais e o conteúdo transmitido na escola, a análise crítica, relações teoria e prática, etc. Na relação entre professor e aluno, o aluno entra com suas experiências e o professor com sua visão da realidade.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES 9) Todos têm o direito de aprender. Por isso, sua proposta consiste fundamentalmente no planejamento racional da atividade pedagógica, com operacionalização dos objetivos, privilegiando as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. O plano pedagógico deve se submeter ao administrativo. Prof. Greisi Goulart
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As características apresentadas estão relacionadas à tendência da educação a) tecnicista. b) construtivista. c) crítica. d) antiautoritária. e) crítico-reprodutivista. Resposta: A. Conforme vimos, a pedagogia tecnicista, forte no Brasil na década de 1960, busca tonar o processo de ensino racional e eficiente. Por isso, nessa corrente de pensamento, o professor deve agir como um administrador. Portanto, a letra “a” é a resposta.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES 10) Para os liberais, a função social da escola é prover o ensino de qualidade para todos os estudantes independentemente do nível socioeconômico. Para os socialistas, a escola também deve ensinar com qualidade todos os alunos, no entanto para se atingir este objetivo a) o ensino deve ser organizado por conteúdos distintos para cada classe social, visando atender ao mercado de trabalho. b) as diferenças de níveis socioeconômicos entre os alunos não os impedem de aprender igualmente. c) é preciso que o professor elabore propostas pedagógicas diferenciadas, de acordo com a capacidade cognitiva de seus alunos. d) o professor deve planejar um trabalho pedagógico que recupere as deficiências culturais dos alunos pobres. e) é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social.
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Resposta: E. Como bem colocado nesta questão, quando falamos das tendências liberais, há de certa forma uma ideia ideias liberais, no sentido de que se deve ofertar as “mesmas” condições e aos alunos cabe o esforço para se desenvolverem e conquistar o seu espaço. As tendências liberais não consideram as diferenças sociais e que isto pode interferir no processo de ensino-aprendizagem. Já os socialistas, que na pedagogia são representados pela pedagogia crítica ou pelas tendências progressistas, acreditam que a escola deve sim ofertar as mesmas condições para todos os alunos, mas para que
os
alunos
possam
efetivamente
ter
as
mesmas
condições
de
desenvolvimento é necessário que haja também a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social.
FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE 11) Para o educador Paulo Freire, a educação é a) uma ação neutra, enquanto a alfabetização deve focar a leitura crítica da realidade do aluno. b) a forma como os grupos opressores organizaram a sociedade visando a reprodução do status quo. c) um ato político-partidário que possibilita a tomada de poder das mãos dos opressores pelos grupos oprimidos. d) um ato político que visa a formação da autonomia intelectual do educando e a sua intervenção na realidade. e) o momento em que os educandos podem, sem pressão do poder, discutir os problemas sociais que afligem o trabalhador. Resposta: D. Para Paulo Freire, a educação é um ato político que visa a formação da autonomia intelectual do educando e a sua intervenção na realidade. Lembre-se que quando falamos de Paulo Freire temos que lembrar da Pedagogia Libertadora que enfatiza a conscientização e a transformação.
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FUNECE 2017 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS - UECE 12) Os autores classificam as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal e as de cunho progressista. Atente ao que se diz a respeito das tendências pedagógicas e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) Na Pedagogia Libertadora, a atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e interpreta a matéria. ( ) Os métodos de uma Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos não partem de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo. ( ) Na Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva, o professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno, cabendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto. ( ) Os conteúdos na Tendência Tradicional são separados da experiência do aluno e das realidades sociais, valendo pelo valor intelectual. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F, V, F, V. b) F, V, V, F. c) V, F, V, F. d) V, F, F, V. Resposta: A. Vamos ver cada uma. A primeira é falsa, porque na Pedagogia Libertadora a atividade de ensinar é centrada na autogestão. A segunda é verdadeira, porque na Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos parte da realidade, das questões sociais, das experiências dos educandos. Veja, que ela afirma que “não partem de um saber artificial”. A terceira é falsa, pois na tendência
renovada
não-diretiva,
o
professor
é
um
facilitador
e
o
relacionamento entre o professor e o aluno é marcado pela afetividade, não sendo, portanto, o professor apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno. A última está perfeita e, portanto, é verdadeira.
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FUNECE 2017 – TECNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – UECE 13) As Tendências Pedagógicas se originaram no seio dos movimentos sociais, em tempos e contextos históricos particulares e buscaram atender às expectativas da sociedade, seja das classes dominantes ou dos trabalhadores. Considerando os representantes teóricos mais significativos em cada Tendência Pedagógica, numere a Coluna II de acordo com a Coluna I a seguir: Coluna I 1. Celestin Freinet 2. Carl Rogers 3. John Dewey 4. Paulo Freire. Coluna II ( ) Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva ( ) Tendência Progressista Libertadora ( ) Tendência Liberal Renovada Progressivista ( ) Tendência Progressista Libertária A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 3, 4, 2. b) 3, 1, 2, 4. c) 2, 4, 3, 1. d) 4, 2, 1, 3. c) 2, 4, 3, 1. Resposta: C. Conforme vimos os representantes das tendências na tabela, a ordem adequada é a descrita na letra “C”. 2 – Carl Rogers (Liberal Renovada Não-Diretiva); 4 – Paulo Freire (Progressista Libertadora); 3 – John Dewey (Liberal
Renovada
Progressivista);
1
–
Celestian
Freinet
(Progressista
Libertária). Prof. Greisi Goulart
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EXATUS 2015 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO - RJ 14)
Leia
o
texto
abaixo:
“A educação, nesse período, era “concebida como um subsistema cujo funcionamento eficaz é essencial ao equilíbrio do sistema social de que faz parte". A função da educação era formar indivíduos aptos a contribuírem para o aumento da produtividade da sociedade. O professor e os alunos são relegados a posições secundárias". A Pedagogia abordada no texto é a) Pedagogia Libertária. b) Pedagogia Tecnicista c) Pedagogia Social Crítica. d) Pedagogia Renovada. Resposta: B. Conforme vimos, a pedagogia tecnicista, forte no Brasil na década de 1960, busca tonar o processo de ensino racional e eficiente. Além disso, de acordo com a visão tecnicista, os alunos devem ser formados para assumir um cargo profissional. Podemos dizer que os alunos e professores são relegados a posições secundárias, porque o foco está no método, na eficiência do processo. Por conta disso, alguns chegam a acreditar que o professor pode ser substituído por uma máquina, de modo que alternativas tecnológicas são buscadas; o tele-ensino passa a ser uma opção, bem como a instrução programada. CISCOPAR 2015 – PEDAGOGO – CISCOPAR 15) Sobre a organização da educação brasileira, é INCORRETO afirmar: a) Os docentes devem participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. b) A participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes está assegurada na LDB/1996. c) Os estabelecimentos de ensino devem prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento. Prof. Greisi Goulart
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d) O Ministério da Educação elabora e executa a proposta pedagógica de cada estado e de cada município. e) Os estabelecimentos de ensino devem administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros. Resposta: D. Conforme vimos em aula passada, a proposta pedagógica deve ser elaborada por cada escola. Essa autonomia da escola e a forma de construção democrática foi conquistada ao longo dos anos. Embora tenhamos algumas diretrizes nacionais e, agora , uma base nacional comum, a cada sistema de ensino cabe complementar essas orientações da União e, a cada escola cabe a construção da sua proposta proposta pedagógica. CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF 16) Com relação à influência do contexto sociocultural nas tendências pedagógicas, julgue o item a seguir. Na formação continuada dos professores, a coordenação pedagógica deve considerar as diferentes tendências pedagógicas, a fim de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que sociedade se deseja construir. Resposta: Certo. Conforme vimos no início da nossa aula, por meio do conhecimento dessas tendências pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor passa a ter condições de avaliar os fundamentos teóricos que utiliza em sua prática diária, bem como capaz de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que sociedade se deseja construir. CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF 17) Com relação à influência do contexto sociocultural nas tendências pedagógicas, julgue o item a seguir. No Brasil, há autores que consideram que as principais tendências pedagógicas pertencem a duas categorias: as liberais, em uma perspectiva mais democrática de educação, e as progressistas, fundamentadas em uma análise crítica da sociedade. A adoção tanto de uma quanto de outra categoria nos sistemas de en-
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sino brasileiros resultou na superação do modelo que reproduz a divisão social do trabalho. Resposta: Errado. Conforme nos ensina Libâneo, as tendências pedagógicas liberais (tradicional, renovada e tecnicista), por se declararem neutras, nunca se comprometeram com as transformações da sociedade, embora, na prática, buscassem legitimar a ordem econômica e social do sistema capitalista. CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 18) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação. Nas tendências pedagógicas liberais, como a renovada não diretiva, a escolanovista e a tecnicista, predomina a abordagem voltada à liberdade e aos interesses individuais na sociedade. Resposta: Certo. Realmente, estas são características comuns a essas tendências. Agora, cabe destacar que a doutrina liberal existe a defesa da liberdade e dos interesses individuais na sociedade (cada um deve crescer por seu mérito, não há consideração sobre as diferenças de oportunidade), porém, permanece a sociedade de classes. CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 19) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação. Na formação de professor, a didática subsidia a compreensão a respeito dos seguintes aspectos do fazer pedagógico: o quê, como e para quê. Resposta: Certo. Esta é só para relembrar! De acordo com o que estudamos na aula 02. ;) CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 20) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação.
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Ainda que o professor não adote nenhuma das tendências pedagógicas, seu fazer pedagógico é norteado por uma opção epistemológica em relação ao sujeito de aprendizagem. Resposta: Certo. O que poderia confundir é a palavra “epistemologia”, mas, perceba, epistemologia vem do grego, sendo que “episteme” significa conhecimento e “logia”, estudo. Portanto, questão perfeita.
FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 21) Só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes concretas. A Tendência Pedagógica expressa nas ideias acima representa a pedagogia
a) tecnicista. b) tradicional. c) libertadora. d) histórico-crítica. e) realista. Resposta: C. Conforme vimos, essa escola relaciona a educação à luta e organização de classe do oprimido. Paulo Freire insiste que o conhecimento não é suficiente se, ao lado e junto deste, não é elaborada uma nova teoria do conhecimento e se os oprimidos não podem adquirir uma nova estrutura do conhecimento que lhes possibilite reelaborar e reordenar seus próprios conhecimentos e apropriar-se de outros. Dessa forma, o papel da educação é conscientizar para transformar a realidade, sendo os conteúdos, retirados da pratica social e cotidiana dos educandos, vistos como uma invasão cultural.
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FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 22) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por organismos internacionais. Na definição das políticas educativas na América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua posição de defesa explícita da vinculação entre educação e produtividade, numa visão claramente economicista. A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na América Latina, que priorizaram: a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade, descentralização e privatização. b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e desenvolvimento da cidadania. c) universalização da educação básica e centralização de projetos pedagógicos. d) desenvolvimento integral do educando, formação de professores e qualidade social. e) integração dos sistemas educacionais e financiamento específico para a educação dos excluídos. Resposta: A. Conforme vimos, as políticas educacionais implantadas na década de 1990 tinham uma influência neoliberal. Muitos investimentos foram patrocinados por organismos internacionais como Banco Mundial. Conforme vimos, muitas políticas dessa época visavam medir, para demonstrar a qualidade, a eficiência do ensino, também buscaram a descentralização e a privatização. Isso não ocorreu por acaso. Ocorre que isso fazia parte da exigência desses organismos para que houvesse a destinação de recursos.
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FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 23) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar que I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande importância na defesa pela educação obrigatória, pública, gratuita e laica como um dever do Estado. II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a educação pública. III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é considerado o movimento mais competente em termos de qualidade para a alfabetização de jovens e adultos. IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a serviço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou político-partidários, garantiu um maior investimento financeiro na educação pública de qualidade. É correto o que consta APENAS em a) II, III e IV. b) III e IV. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I e II. Resposta: E. Os itens “I” e “II” estão corretos. O item “III” está errado, porque, conforme vimos, embora os militares defendessem que com o Movimento Brasileiro de Alfabetização, lançado em 1967, o analfabetismo poderia ser erradicado, o MOBRAL não atingiu os resultados prometidos. O item “IV” está incorreto, pois, justamente pelo fato de nossa Administração Pública ter, em muitos momentos, colocado-se a serviço de grupos particulares, ao invés de trabalhar com foco no bem-comum, é que deixaram de ser feitos investimentos consideráveis em educação. Prof. Greisi Goulart
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FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT 24) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50 anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da sociedade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Estas ideias traduzem uma concepção de educação a) libertária. b) liberal. c) tecnicista. d) moderna. e) crítica. Resposta: B. As ideias apresentadas no enunciado traduzem a concepção de liberal. Veja que a questão traz a pedagogia tecnicista na letra “c”, que é uma das ramificações da tendência liberal. Porém as ideias apresentadas no enunciado trazem ideias da corrente liberal de forma ampla, por isso o candidato teria que escolher o item “mais completo”, “mais adequado” (como sempre), que, no caso, é a opção “b”.
FCC 2007 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – SME-SP 25) Ainda da perspectiva crítica de educação, a concepção de papéis de aluno e professor bem definidos − o professor como aquele que ensina e o aluno como aquele que aprende − é considerada a) inovadora. b) tradicional. c) atual. Prof. Greisi Goulart
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d) criativa. e) inclusiva. Resposta: B. Esta questão é bastante simples. Todavia você pode ter tido um pouco de dificuldades para interpretá-la. Observe que o item não está perguntando como é a relação professor-aluno na perspectiva crítica. O item questiona como a perspectiva crítica vê (como ela chama) a relação professoraluno, na qual os papéis são bem definidos, sendo o professor quem ensina e o aluno quem aprende. Ora, rspectiva crítica chama essa concepção de tradicional. Por isso, a resposta é a letra “b”. Atenção na sua prova, ok?! ;)
Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários. Hora de praticar!
IBADE 2016 – ANALISTA EDUCACIONAL – PSICÓLOGO – SEDUC – RO 1) Sobre a postura pedagógica da tendência progressista “crítico-social dos conteúdos” pode-se afirmar que: a) é caracterizada por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual o aluno é educado para atingir, exclusivamente por seu esforço, sua plena realização como pessoa. b) assume o saber como tendo um conteúdo relativamente objetivo, mas, ao mesmo tempo, introduz a possibilidade de uma reavaliação crítica frente a esse conteúdo. c) nessa tendência os conteúdos não têm qualquer relação com o cotidiano dos alunos nem com a realidade social. d) tem como função principal a preparação de recursos humanos para a sociedade industrial e tecnológica.
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e) os conteúdos ensinados são os conhecimentos e valores acumulados pelas gerações adultas que são passados para os alunos como verdades.
FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA PEDAGÓGICA – TJPE 2)
a) reconhecer que todo aluno tem a capacidade de aprender e neste sentido o educador é o responsável final pelo processo de aprendizagem dos alunos. b) considerar que o aluno traz poucos conhecimentos para a escola e neste sentido o educador deve planejar sua aula de maneira detalhada. c) possibilitar que o aluno entre em contato com diversas técnicas de produção de conhecimento, para que possam ser desenvolvidas habilidades procedimentais. d) considerar o aluno como centro do processo educativo, sendo o educador o facilitador das aprendizagens a serem desenvolvidas pelos alunos. e) proporcionar conhecimento profissionalizante a todos os alunos para integrar a instituição educativa à sociedade.
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FCC 2007 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE 3) Pode-se afirmar que as tendências pedagógicas progressistas compartilham o pressuposto de que os saberes e as práticas educativas devem a) partir de uma análise crítica das realidades sociais. b) desenvolver as aptidões dos indivíduos para o desempenho de papéis sociais. c) considerar a atividade do educando como base da relação educativa. d) respeitar os saberes do educando em oposição à interferência do adulto. e) priorizar a transmissão dos conteúdos.
FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL - PEDAGOGO - SEGEP-MA 4) Há uma somatória de fatores que contribuem para a construção de um modelo de educação que traduza as necessidades de um determinado povo. Para Paulo Freire, não se pode esperar resultados positivos de um programa, seja educativo num sentido mais técnico ou de ação política, se, a) este é baseado em culturas superiores, mas também nas culturas inferiores de determinados povos primitivos que não permite a unificação de um processo cultural de uma nação. b) desrespeitarmos a visão particular de mundo que tenha ou esteja tendo o povo, pois isso se constitui numa espécie de invasão cultural , ainda que feita com a melhor das intenções. c) os conteúdos ensinados nas escolas indígenas não forem referenciados na cultura ocidental.
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d) as crenças, os rituais e demais saberes dos indígenas não estiverem compatibilizados com os conhecimentos escolares ensinados nas redes do ensino público. e) não valorizarmos o trabalho que busca criar um processo unificado de formação dos educadores do campo.
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FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES 5) Quem não se lembra dos questionários , muitos usados no ensino de história e geografia, enfatizando a memorização repetitiva e automática? Professores conclamavam os alunos: Não deixem de estudar o questionário que passei . E quando o professor não se adiantava em passar o questionário, os alunos o solicitavam, pois consideravam como uma espécie de garantia de sucesso. Este processo de memorização a) é uma forma eficiente do aluno aprender a aprender. b) favorece o aluno adquirir disciplina em seu processo de estudo. c) possibilita ampliar a compreensão dos conhecimentos transmitidos pelo professor. d) desconsidera a escola como espaço de produção de conhecimento. e) desenvolve a capacidade do aluno pensar sobre o conhecimento a ser apreendido.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES - SEDU-ES 6) A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado (...) Em lugar de comunicar-se, o educador faz comunicados e depósitos, que os
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educandos recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a concepção bancária de educação... Para Paulo Freire, a concepção problematizadora da educação, ao contrário desta visão, considera que a) é a competência técnica do educador e a dedicação e disciplina por parte do educando que garantem a qualidade do ensino. b) a aprendizagem do educando é efetiva quando se dá por meio de um processo amoroso entre o educador e os educandos. c) a ação educativa exige técnicas mnemônicas para que o educando possa demonstrar sua compreensão do conhecimento ensinado. d) ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo. e) nenhuma pessoa educa a si mesmo, é no ato de transferência do conhecimento que se cria a possibilidade de aprendizagem do educando. IF-TO 2017 – PROFESSOR – ENGENHARIA QUÍMICA – IF-TO 7) De acordo com Libâneo (2013), vários autores concordam em classificar as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal - Pedagogia Tradicional, Pedagogia Renovada e Tecnicismo Educacional -; e as de cunho progressista – Pedagogia Libertadora e Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. Em referência às tendências pedagógicas no processo educacional, relacione: 1. Pedagogia Tradicional 2. Pedagogia Renovada 3. Pedagogia Libertadora I. O professor incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem, adequando-as às capacidades de características individuais dos alunos. O núcleo da atividade escolar não é o professor nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. (___)
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II. A atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e interpreta a matéria. O aluno é um recebedor da matéria e sua tarefa é decorá-la. (___) III. A atividade escolar é centrada na discussão de temas sociais e políticos, de modo que o ensino é voltado para a realidade social. (___) Marque a sequência correta. a) 3, 1 e 2 b) 1, 2 e 3 c) 3, 1 e 3 d) 2, 3 e 1 e) 2, 1 e 3 IF-TO 2017 – PEDAGOGO – IF-TO 8) Propiciar aos alunos o desenvolvimento de suas habilidades intelectuais, por meio da transmissão e assimilação ativa dos conteúdos articulados às noções sistematizadas e às qualidades dos alunos que lhes possibilitem a autoatividade, a busca independente e criativa das noções. Esta é a perspectiva de qual tendência pedagógica? a) Pedagogia Tradicional. b) Pedagogia Renovadora c) Pedagogia Crítico-Social. d) Pedagogia Libertadora. e) Todas as alternativas anteriores.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES 9) Todos têm o direito de aprender. Por isso, sua proposta consiste fundamentalmente no planejamento racional da atividade pedagógica, com operacionalização dos objetivos, privilegiando Prof. Greisi Goulart
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as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. O plano pedagógico deve se submeter ao administrativo. As características apresentadas estão relacionadas à tendência da educação a) tecnicista. b) construtivista. c) crítica. d) antiautoritária. e) crítico-reprodutivista.
FCC 2016 – PROFESSOR DE ARTES – SEDU-ES 10) Para os liberais, a função social da escola é prover o ensino de qualidade para todos os estudantes independentemente do nível socioeconômico. Para os socialistas, a escola também deve ensinar com qualidade todos os alunos, no entanto para se atingir este objetivo a) o ensino deve ser organizado por conteúdos distintos para cada classe social, visando atender ao mercado de trabalho. b) as diferenças de níveis socioeconômicos entre os alunos não os impedem de aprender igualmente. c) é preciso que o professor elabore propostas pedagógicas diferenciadas, de acordo com a capacidade cognitiva de seus alunos. d) o professor deve planejar um trabalho pedagógico que recupere as deficiências culturais dos alunos pobres. e) é necessária a eliminação dos desníveis socioeconômicos e a distribuição do capital cultural e social.
FCC 2012 – ANALISTA JUDICIÁRIO - TJ-PE 11) Para o educador Paulo Freire, a educação é Prof. Greisi Goulart
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a) uma ação neutra, enquanto a alfabetização deve focar a leitura crítica da realidade do aluno. b) a forma como os grupos opressores organizaram a sociedade visando a reprodução do status quo. c) um ato político-partidário que possibilita a tomada de poder das mãos dos opressores pelos grupos oprimidos. d) um ato político que visa a formação da autonomia intelectual do educando e a sua intervenção na realidade. e) o momento em que os educandos podem, sem pressão do poder, discutir os problemas sociais que afligem o trabalhador.
FUNECE 2017 – TÉCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS - UECE 12) Os autores classificam as tendências pedagógicas em dois grupos: as de cunho liberal e as de cunho progressista. Atente ao que se diz a respeito das tendências pedagógicas e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso. ( ) Na Pedagogia Libertadora, a atividade de ensinar é centrada no professor, que expõe e interpreta a matéria. ( ) Os métodos de uma Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos não partem de um saber artificial, depositado a partir de fora, nem do saber espontâneo. ( ) Na Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva, o professor é apenas um elo de ligação entre a verdade científica e o aluno, cabendo-lhe empregar o sistema instrucional previsto. ( ) Os conteúdos na Tendência Tradicional são separados da experiência do aluno e das realidades sociais, valendo pelo valor intelectual. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) F, V, F, V. b) F, V, V, F. c) V, F, V, F. Prof. Greisi Goulart
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d) V, F, F, V.
FUNECE 2017 – TECNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS – UECE 13) As Tendências Pedagógicas se originaram no seio dos movimentos sociais, em tempos e contextos históricos particulares e buscaram atender às expectativas da sociedade, seja das classes dominantes ou dos trabalhadores. Considerando os representantes teóricos mais significativos em cada Tendência Pedagógica, numere a Coluna II de acordo com a Coluna I a seguir: Coluna I 1. Celestin Freinet 2. Carl Rogers 3. John Dewey 4. Paulo Freire. Coluna II ( ) Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva ( ) Tendência Progressista Libertadora ( ) Tendência Liberal Renovada Progressivista ( ) Tendência Progressista Libertária A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 3, 4, 2. b) 3, 1, 2, 4. c) 2, 4, 3, 1. d) 4, 2, 1, 3. c) 2, 4, 3, 1.
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EXATUS 2015 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO - RJ 14)
Leia
o
texto
abaixo:
“A educação, nesse período, era “concebida como um subsistema cujo funcionamento eficaz é essencial ao equilíbrio do sistema social de que faz parte". A função da educação era formar indivíduos aptos a contribuírem para o aumento da produtividade da sociedade. O professor e os alunos são relegados a posições secundárias". A Pedagogia abordada no texto é a) Pedagogia Libertária. b) Pedagogia Tecnicista c) Pedagogia Social Crítica. d) Pedagogia Renovada.
CISCOPAR 2015 – PEDAGOGO – CISCOPAR 15) Sobre a organização da educação brasileira, é INCORRETO afirmar: a) Os docentes devem participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. b) A participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes está assegurada na LDB/1996. c) Os estabelecimentos de ensino devem prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento. d) O Ministério da Educação elabora e executa a proposta pedagógica de cada estado e de cada município. e) Os estabelecimentos de ensino devem administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros.
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CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF 16) Com relação à influência do contexto sociocultural nas tendências pedagógicas, julgue o item a seguir. Na formação continuada dos professores, a coordenação pedagógica deve considerar as diferentes tendências pedagógicas, a fim de tornar a ação educativa cada vez mais consciente sobre que sociedade se deseja construir.
CESPE 2017 – PROFESSOR – SE-DF 17) Com relação à influência do contexto sociocultural nas tendências pedagógicas, julgue o item a seguir. No Brasil, há autores que consideram que as principais tendências pedagógicas pertencem a duas categorias: as liberais, em uma perspectiva mais democrática de educação, e as progressistas, fundamentadas em uma análise crítica da sociedade. A adoção tanto de uma quanto de outra categoria nos sistemas de ensino brasileiros resultou na superação do modelo que reproduz a divisão social do trabalho.
CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 18) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação. Nas tendências pedagógicas liberais, como a renovada não diretiva, a escolanovista e a tecnicista, predomina a abordagem voltada à liberdade e aos interesses individuais na sociedade.
CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 19) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação.
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Na formação de professor, a didática subsidia a compreensão a respeito dos seguintes aspectos do fazer pedagógico: o quê, como e para quê.
CESPE 2017 – CARGO 2 – SE-DF 20) Julgue o próximo item, relativo a didática, formação de professores e tendências pedagógicas na educação. Ainda que o professor não adote nenhuma das tendências pedagógicas, seu fazer pedagógico é norteado por uma opção epistemológica em relação ao sujeito de aprendizagem.
FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 21) Só aprende verdadeiramente aquele que se apropria do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações existentes concretas. A Tendência Pedagógica expressa nas ideias acima representa a pedagogia
a) tecnicista. b) tradicional. c) libertadora. d) histórico-crítica. e) realista.
FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 22) Desde o início da década de 1990, algumas perspectivas de políticas sociais orientadas para as exigências do estágio atual do capitalismo para a América Latina têm sido delineadas por organismos internacionais. Na definição das políticas educativas na Prof. Greisi Goulart
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América Latina assume papel decisivo o Banco Mundial e sua posição de defesa explícita da vinculação entre educação e produtividade, numa visão claramente economicista. A influência do Banco Mundial gerou políticas educativas, na América Latina, que priorizaram: a) melhoria da eficiência interna, qualidade, equidade, descentralização e privatização. b) melhoria da qualidade do ensino, avaliação de competências e desenvolvimento da cidadania. c) universalização da educação básica e centralização de projetos pedagógicos. d) desenvolvimento integral do educando, formação de professores e qualidade social. e) integração dos sistemas educacionais e financiamento específico para a educação dos excluídos.
FCC 2008 – ANALISTA TRAINEE – METRÔ-SP 23) Em relação à Educação Pública no Brasil, é correto afirmar que I. o Manifesto dos Pioneiros da Educação, em 1932, teve grande importância na defesa pela educação obrigatória, pública, gratuita e laica como um dever do Estado. II. a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 4.024/61) atendeu também as escolas privadas, apesar das pressões para que o Estado destinasse recursos apenas para a educação pública. III. o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL (1970) é considerado o movimento mais competente em termos de qualidade para a alfabetização de jovens e adultos. IV. historicamente a prática de pôr a Administração Pública a serviço de grupos particulares, sejam econômicos, religiosos ou polí-
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tico-partidários, garantiu um maior investimento financeiro na educação pública de qualidade. É correto o que consta APENAS em a) II, III e IV. b) III e IV. c) I, II e III. d) I, III e IV. e) I e II.
FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT 24) Esta situação marcou a educação no Brasil nos últimos 50 anos, mostrando-se ora conservadora, ora renovada. Enfatiza: o preparo do indivíduo para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais; os indivíduos precisam aprender a adaptar-se aos valores e às normas vigentes da sociedade de classes e, embora propague a idéia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições. Estas ideias traduzem uma concepção de educação a) libertária. b) liberal. c) tecnicista. d) moderna. e) crítica.
FCC 2007 – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL – SME-SP 25) Ainda da perspectiva crítica de educação, a concepção de papéis de aluno e professor bem definidos − o professor como aquele que ensina e o aluno como aquele que aprende − é considerada Prof. Greisi Goulart
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a) inovadora. b) tradicional. c) atual. d) criativa. e) inclusiva.
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1
B
11 D
21 C
2
D
12 A
22 A
3
A
13 C
23 E
4
A
14 B
24 B
5
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15 D
25 B
6
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16 Certo
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E
17 Errado
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18 Certo
9
A
19 Certo
10 E
20 Certo
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Principais fontes:
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2013. GHIRALDELLI, Paulo. História da educação brasileira. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2015. SILVA, Delcio Barros da. As principais tendências pedagógicas na prática escolar brasileira e seus pressupostos de aprendizagem. Disponível em: http://coral.ufsm.br/lec/01_00/DelcioL&C3.htm https://g1.globo.com/educacao/noticia/base-nacional-comum-curricular-bncc-eaprovada-em-conselho.ghtml
Aguardo-lhe na próxima aula. Bons estudos! Em caso de dúvidas:
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