RELATÓRIO DE LEITURA: pp. 29-36 e pp. 85-92. Livro o cristianismo através dos séculos, uma história da igreja cristã. CAIRNS, Earle E. O AVANÇO DO CRISTIANISMO NO IMPÉRIO ATÉ 100: A Plenitude dos Tempos – pp. 29-36 Tendo como base Gl 4.4 o autor concorda que Cristo veio no tempo certo até esta Terra. Foi o homem certo, na hora certa, inserido na história em um momento em que tudo conspirava a favor da expansão da mensagem cristã, e também fatores negativos contribuíram para que Cristo influenciasse tanto a história a ponto de dividi-la entre antes e depois de sua Encarnação, Morte e Ressurreição. Afinal de contas, sabemos que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28), até as ruins. Os romanos pagãos desenvolveram uma espécie de união bem estruturada através de uma lei universal que se estendia a todas as instâncias e segmentos da sociedade, cultura e sistemas que regiam esta nação. Dos gregos vieram as influências intelectuais de uma língua universal onde a mensagem do Evangelho fosse difundida a todas as culturas. A filosofia era a principal arte de entender o mundo á volta, eles foram responsáveis pela extinção de antigas práticas religiosas e por refletirem muito sobre tudo aquilo que transcende a nossa realidade material, terrena. Somente a razão humana não dava conta de superar isso. Os judeus estruturaram toda a religiosidade, eles não concebiam uma vida sem os princípios éticos, morais e filosóficos contidos na Lei de Deus. A LUTA DA ANTIGA IGREJA CATÓLICA IMPERIAL PARA SOBREVIVER, Em Defesa da Fé, 100-313 – pp. 85-92. Nada nasce pronto, com o cristianismo não haveria de ser diferente, já que este foi um movimento sectário (“os do caminho”) que com o tempo acabou se estruturando e se institucionalizando. Uma defesa se faz quando alguém está sob ataque, e foi isso o que ocorreu na maior parte da história do cristianismo. Os ataques eram as heresias que foram propagadas em nome da Trindade. A fim de que se pudesse criar uma ortodoxia longe de heresias e falsas acusações contra os cristãos, tratados, concílios e obras foram feitas e pensadas. Neste capítulo são destacados os apologistas e os polemistas, mostrando alguns dos mais influentes e importantes para a solidificação do cristianismo. Ambos os grupos, em suas produções literárias, escreveram para o estado romano e para grupos heréticos, numa firme tomada de posição para deixar bem claro o que eles pensavam. Os apologetas faziam uma defesa racional da fé cristã diante das falsas acusações das autoridades romanas, enquanto os polemistas denunciavam os heréticos presentes entre eles, sobretudo vindo dos mestres, muitos deles desvirtuando ensinos. Enquanto para os apologistas as ameaças vinham de fora (governantes e vizinhos pagãos), para os polemistas elas se encontravam dentro, se viam impulsionados a condenar falsos ensinamentos.