Os Genes E O Meio

  • Uploaded by: Pedro Vitória
  • 0
  • 0
  • November 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Os Genes E O Meio as PDF for free.

More details

  • Words: 2,445
  • Pages: 51
OS GENES E O MEIO Psicologia A

Pedro Vitó Vitória

1

OS GENES E O MEIO z

z

Todos nós nascemos com um conjunto de genes que determinam o aspecto que vamos ter e o modo como o nosso corpo se vai desenvolver e funcionar. Ora, o aspecto que temos e o modo como funcionamos sofre também a influência de tudo o que nos sucede no útero, na infância, na adolescência e na vida adulta. Estas influências ambientais, que se iniciam durante o desenvolvimento fetal, incluem a exposição a infecções e a venenos, como, por exemplo, o álcool e os produtos químicos do fumo do cigarro e da poluição.

Pedro Vitó Vitória

2

OS GENES E O MEIO z

z

Outros factores ainda exercem influência sobre o funcionamento dos genes, como sejam o regime alimentar, o clima, o exercício, os processos químicos do organismo, acidentes e doenças infecciosas. Em última análise, tudo o que sucede ao nosso corpo é consequência de uma complexa acção recíproca da hereditariedade e do meio. Pedro Vitó Vitória

3

OS GENES E O MEIO

z CARACTERÍSTICAS

GENETICAMENTE DETERMINADAS

Pedro Vitó Vitória

4

CARACTERÍSTICAS GENETICAMENTE DETERMINADAS z

z z

Os genes controlam algumas das nossas características, como por exemplo, o grupo sanguíneo e a cor dos olhos, que não sofrem a influência do meio. Há perturbações provocadas por genes deficientes com os quais se nasce. Outras perturbações, como o cancro, podem resultar de genes danificados por factores ambientais, como o fumo do tabaco e a luz solar. Pedro Vitó Vitória

5

OS GENES E O MEIO

ASPECTO FACIAL: RESULTADO DA NATUREZA INATA OU RESULTADO DA EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS? Pedro Vitó Vitória

6

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

z

As características faciais são determinadas em grande parte pelo conjunto de genes herdados dos pais.

z

Esse conjunto único de genes designa-se genótipo. Pedro Vitó Vitória

7

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

Todavia, o aspecto físico também pode sofrer a influência de factores ambientais, como a alimentação e a doença. z Designa-se de fenótipo a forma como, num dado momento, um organismo funciona e se apresenta em resultado de influências genéticas e ambientais. z

Pedro Vitó Vitória

8

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

Os dentes

z z

O tamanho e a forma dos dentes são determinados por genes. Todavia, a acção de factores ambientais como a dieta, a fraca higiene dental, doença ou danos recebidos pode provocar alterações significativas no aspecto dos dentes. Pedro Vitó Vitória

9

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

O Nariz

z z z

O tamanho e a forma do nariz são determinados geneticamente. Somente danos sofridos e cirurgia cosmética podem modificar o seu aspecto. Todavia, o álcool, a droga e até a ingestão de demasiados líquidos com cafeína podem ter influência na cor e na textura da pele que o recobre. Pedro Vitó Vitória

10

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

O Cabelo

z z

A cor e a textura do cabelo são determinadas por genes Mas podem modificar-se, até certo ponto, em consequência de factores ambientais do género da alimentação e luz solar. Pedro Vitó Vitória

11

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

A Pele

z z z

Os genes determinam a cor e a textura da pele. Mas a exposição ao sol pode torná-la mais escura, mais enrugada e mais estragada. A textura da pele pode ainda ser influenciada por outros factores, entre eles a alimentação e o tabaco. Pedro Vitó Vitória

12

OS GENES E O MEIO - ASPECTO FACIAL

Os Olhos

z z z

A cor dos olhos é determinada por genes. Os factores ambientais não podem mudar olhos castanhos para azuis Embora outros factores, como o envelhecimento e a falta de saúde, possam provocar ligeiras modificações Pedro Vitó Vitória

13

OS GENES E O MEIO

z CARACTERÍSTICAS

ADQUIRIDAS NO MEIO AMBIENTE

Pedro Vitó Vitória

14

CARACTERÍSTICAS ADQUIRIDAS NO MEIO AMBIENTE

Algumas das nossas características e capacidades são determinadas pelo meio ambiente. z A língua ou as línguas ensinadas às crianças dependem da cultura em que se é criado. z

Pedro Vitó Vitória

15

CARACTERÍSTICAS ADQUIRIDAS NO MEIO AMBIENTE

Embora a capacidade para o bom uso da linguagem possa ser característica da família, pode também ser muito influenciada por factores ambientais z Como por exemplo, o crescimento num lar onde a leitura é actividade frequente. z

Pedro Vitó Vitória

16

CARACTERÍSTICAS ADQUIRIDAS NO MEIO AMBIENTE

z

Muitas das nossas preferências e antipatias — sejam elas na arte, na música ou nos alimentos — são determinadas primariamente por influências culturais e de educação.

Pedro Vitó Vitória

17

OS GENES E O MEIO z

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE z

POR INFLUÊNCIA DOS GENES HERDADOS E DAS EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS NO MEIO AMBIENTE Pedro Vitó Vitória

18

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

Referem-se a aspectos fisiológicos e de comportamento bastante complexos, como sejam a altura e a pressão arterial. z Variam em resposta a diversos factores z São mensuráveis ou quantificáveis, quer dizer podem ser medidos com rigor. z

Pedro Vitó Vitória

19

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

Uma vez que as pessoas com laços de parentesco compartilham dos mesmos genes, é fácil atribuir as semelhanças a factores genéticos. z Ora, os membros da mesma família tendem a viver no mesmo meio z O que dificulta a distinção entre os efeitos dos genes e os devidos ao meio. z

Pedro Vitó Vitória

20

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE z

ALTURA POTENCIAL

z

Os genes determinam a altura potencial

z

Mas factores relativos ao meio — e especialmente a alimentação — exercem influência no crescimento. Um regime alimentar pobre perturba significativamente o crescimento e não permite que se atinja a altura máxima para a qual se está geneticamente determinado. Pedro Vitó Vitória

21

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE z

ALTURA POTENCIAL z

A alimentação e a estatura

z

Os filhos de japoneses que emigraram para o Havaí cresceram em média 5 a 10 cm mais do que os seus pais. As diferenças de altura entre as duas gerações têm sido atribuídas à mudança de um regime de alimentação de baixo teor proteico para uma dieta de alto teor proteico.

z

Pedro Vitó Vitória

22

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

ALTURA POTENCIAL

Pedro Vitó Vitória

23

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

ALTURA POTENCIAL

z

Tal como sucede com muitas outras características variáveis, a altura resulta de uma actuação recíproca e subtil entre os genes e o meio.

Pedro Vitó Vitória

24

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

Outro exemplo: ESQUERDINO OU DEXTRO? z

z

z

O encéfalo divide-se em dois hemisférios. Algumas das suas funções — como, por exemplo, a utilização das mãos — estão localizadas no hemisfério direito ou no esquerdo. Cerca de 90% da população usam a mão direita para escrever e dois terços privilegiam a mão direita para outras actividades que requerem coordenação e habilidade. Os restantes 10% são esquerdinos ou ambidextros (capazes de usar igualmente ambas as mãos). Pedro Vitó Vitória

25

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

ESQUERDINO OU DEXTRO? z

z

Porque o mundo se organizou para acomodar as pessoas que usam preferencialmente a mão direita, os pais das crianças esquerdinas incitam-nas muitas vezes a preferir a mão direita. Ora, o uso preferencial de uma mão ou da outra não pode alterar-se facilmente, pois trata-se sobretudo de uma característica herdada — os esquerdinos têm maior probabilidade de ter filhos que também o sejam. Pedro Vitó Vitória

26

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

INTELIGÊNCIA

z

Os genes têm influência sobre a inteligência, sem dúvida.

z

Certas anomalias genéticas podem conduzir a grave atraso intelectual. Pedro Vitó Vitória

27

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

A avaliação da inteligência

z

Estudos efectuados em gémeos criados separadamente vieram demonstrar o importante papel que os genes desempenham na determinação da inteligência.

z

A inteligência continua a ser avaliada por intermédio da avaliação do QI (quociente de inteligência). Embora as capacidades mentais sejam demasiadamente complexas para serem medidas com exactidão, recorre-se com frequência aos testes ao QI.

z

Pedro Vitó Vitória

28

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

A avaliação da inteligência

z

Não obstante a avaliação do QI poder constituir uma medida da inteligência arbitrária útil, a verdade é que pouco mais indica para além da capacidade da pessoa na sua execução.

z

Não existe qualquer processo de avaliação que possa comparar com credibilidade — por exemplo — a inteligência de um estudante universitário americano com a de uma pessoa da mesma idade que viva na Amazónia.

Pedro Vitó Vitória

29

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

A avaliação da inteligência

z

Distribuição dos resultados da avaliação do QI

z

Poucas são as pessoas com um QI extremamente alto ou extremamente baixo.

z

Cinquenta por cento situam-se entre os 90 e os 110.

Pedro Vitó Vitória

30

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

z

A avaliação da inteligência

z

A distribuição dos resultados da avaliação do QI nos Estados Unidos pode ser representada num gráfico em curva, em referência à qual se podem comparar os resultados dos testes individuais.

z

De seguida, vejamos o quadro:

Pedro Vitó Vitória

31

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência

Pedro Vitó Vitória

32

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência z

Avaliação do QI

z

A avaliação do QI varia na forma como procura medir a inteligência.

z

Muitos processos têm um grande número de perguntas que exigem uma alta capacidade linguística para responder correctamente.

Pedro Vitó Vitória

33

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência z

Avaliação do QI

z

Apresentam-se de seguida dois exemplos de perguntas não verbais de uma avaliação do QI.

z

Os testes não verbais ao QI são muito úteis na determinação da inteligência de pessoas de diversos níveis culturais uma vez que não se apoiam na capacidade linguística.

Pedro Vitó Vitória

34

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

Avaliação do QI – TESTE 1

Pedro Vitó Vitória

35

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

Avaliação do QI – TESTE 2

Pedro Vitó Vitória

36

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência

O QI e o sucesso

Pedro Vitó Vitória

37

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência z

Estudos efectuados e nos quais se avaliava a situação socioeconómica em função da educação e profissão dos pais, do número de descendentes e do material educacional existente no lar

z

Levaram a concluir que os indivíduos provenientes de estratos socioeconómicos mais altos obtinham valores mais elevados na avaliação do QI.

Pedro Vitó Vitória

38

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência z

ESTUDOS EM GÉMEOS

z

A variação de uma determinada característica pode ser devida a factores genéticos em maior ou menor grau.

z

A cor dos olhos, que resulta primariamente de factores genéticos, varia em elevado grau em função dos mesmos.

Pedro Vitó Vitória

39

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência

z

Há muitos factores que interactuam na determinação da inteligência e de um sucesso eventual na vida,.

z

Entre os quais se compreendem componentes genéticos da inteligência e referentes ao meio em que se foi criado.

Pedro Vitó Vitória

40

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência ESTUDOS EM GÉMEOS

z

Pelo contrário, uma característica do tipo da inteligência resulta em menor grau de tais factores, já que sofreu a influência de muitos outros relativos ao meio, como, por exemplo, a educação.

Pedro Vitó Vitória

41

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Comparação entre gémeos idênticos e não idênticos z

Estudos levados a efeito em gémeos têm demonstrado que algumas características, como seja o caso da altura e da inteligência, estão muito mais correlacionadas em gémeos idênticos — que são geneticamente idênticos — do que em gémeos não idênticos — que não têm mais semelhança genética entre si do que qualquer outro par de irmãos.

Pedro Vitó Vitória

42

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Comparação entre gémeos idênticos e não idênticos

z

Tais resultados indicam que muitas das nossas características são determinadas em grande medida por genes.

Pedro Vitó Vitória

43

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Comparação entre gémeos idênticos e não idênticos z

No que se refere à altura, estima-se em cerca de 94% a medida em que se deve a factores exclusivamente genéticos, ao passo que, no que se refere à inteligência, tal medida oscila por volta dos 50%.

z

Todavia, e porque os gémeos idênticos tendem a receber tratamento também idêntico, a influência do meio sobre eles pode trazer maior realce às semelhanças, consideradas num dado conjunto de características.

Pedro Vitó Vitória

44

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Estudos de gémeos idênticos criados separadamente Os gémeos idênticos que foram educados por pais diferentes partilham muitas semelhanças de comportamento e aparência. Mas muitas vezes apresentam também algumas diferenças.

Pedro Vitó Vitória

45

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Estudos de gémeos idênticos criados separadamente z

Estudos realizados em gémeos idênticos criados separadamente contribuíram para a avaliação da influência genética em características tão complexas quanto a inteligência.

z

Uma forte semelhança numa característica, entre gémeos idênticos criados separadamente, in-dica uma influência genética forte, porquanto são idênticos os genes de ambos, mas diferentes os meios em que vivem.

Pedro Vitó Vitória

46

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Estudos de gémeos idênticos criados separadamente z

Estes estudos levaram a presumir que os genes desempenham uma função importante na determinação da inteligência.

z

Todavia, a validade de alguns estudos foi posta em causa, nos casos em que os gémeos foram criados em ambientes semelhantes.

Pedro Vitó Vitória

47

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Estudos de gémeos idênticos criados separadamente z

Um estudo sueco conduzido num universo de 650 pares de gémeos demonstrou que os gémeos idênticos tinham o mesmo peso em adultos, tivessem ou não sido criados em conjunto.

z

Os gémeos não idênticos não apresentavam esta semelhança. Estes estudos demonstraram ainda que o abuso do álcool e algumas perturbações mentais são influenciados por genes.

Pedro Vitó Vitória

48

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência Estudos de gémeos idênticos criados separadamente Muitos pais — consciente ou inconscientemente — encorajam os gémeos idênticos a vestirem-se do mesmo modo e a participar nas mesmas actividades. Actuações deste tipo podem influenciar os resultados dos estudos de comparação entre gémeos idênticos e não idênticos. Pedro Vitó Vitória

49

CARACTERÍSTICAS VARIÁVEIS EM CONTINUIDADE

A avaliação da inteligência ESTUDOS EM GÉMEOS z

Os estudos de comparação dos QI de gémeos idênticos revelaram uma percentagem de 90% de semelhança.

z

E os de gémeos não idênticos apenas de 50%.

z

Estes resultados levam a presumir que os factores genéticos desempenham um papel significativo na determinação da inteligência. Pedro Vitó Vitória

50

FIM DA APRESENTAÇÃO

Pedro Vitó Vitória

51

Related Documents

Os Genes E O Meio
November 2019 13
Os Animiais E O Homem
October 2019 32
O Sono E Os Sonhos
August 2019 39
Os Cullen E O Msn
May 2020 12

More Documents from "Edna"