O Mundo Depois

  • Uploaded by: Isabel Cristina Correa
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  • June 2020
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O mundo depois

Ela acordou com o sol batendo em seus olhos, seu corpo estava cansado, mas havia uma sensacao de paz no lugar, tudo em volta era verde, e bonito, um lindo gramado, havia arvores floridas algumas que ela nunca havia visto antes, sua cabeca estava um pouco dolorida, mas ela estava faminta, ficou deitada na grama ainda meia cochilando e pensando em quando se levantaria que nem notou a presenca de um estranho quando ele falou com ela. - “Finalmente voce acordou”, disse o estranho. O choque a fez se levantar de uma vez e olhar para todos os lados, e nao havia ninguem, somente ele. Ele era alto, magro e seus cabelos escuros refletiam o sol. Nao era muito jovem, mas estava em boa forma e ela certamente perderia numa corrida. Principalmente por ela estar um pouco acima de seu peso ideal, o problema era que ela adorava comida e mal podia esperar todos os dias pela hora do almoco e da janta. Havia algo de conhecido nele, mas ela nao sabia dizer o que era, e somente quando ele falou novamente foi que ela se deu conta. - “ É melhor nós comecarmos a ir para casa”, ele falou. E ela reconheceu algo parecido em sua voz, um sotaque que estava bem marcado em sua memoria. Mas ela nao ficaria ai parada na frente de um estranho lhe dando ordens e as aceitando, primeiro ela mostrou para ele um olhar de superioridade, depois um olhar zangado, como ele nao respondeu e continuou parado esparando ela nao sabia o que. Ela correu, correu mas nao foi sua surpresa quando ela

o viu correndo ao lado dela e passando a sua frente e a cercando. Se ele continuasse ela lutaria. Mas ele nao deu sinal de que iria lutar, e ela parou. Afinal ela nao sabia aonde estava, só sabia que estava longe de casa. Sentou-se no chao e esperou para ver o que aconteceria. - “ Eu já disse que é melhor irmos para casa, tenho medo de que agente seja preso”, disse ele, num tom zangado, e comecou a andar em direcao a floresta. Ela seguiu–o mesmo contra a vontade, mas queria saber mais, aonde estava porque nao podia simplesmente ir para casa e quem sabe almocar afinal ja deveria ser hora do almoco, ela podia sentir. E ele que nao falava nada, apenas andava e andava. -“Voce pode me dizer para aonde estamos indo, pois estou com fome e a minha vontade é ir para casa, logo logo vao comecar a me procurar e se eu nao voltar vou ter problemas”, disse ela já quase dando meia volta. O estranho parou e ficou olhando para ela, os cabelos do peito dele já estavam brancos, isso queria dizer que ele já era bem mais velho do que ela pensava. Ele sentou-se no chao e disse: - Estamos indo para um esconderijo no meio da floresta, lá temos como encontrar comida e agua, e de vez em quando temos noticias de casa. Muitos estao esperando para ir para casa há muito tempo, mas temos certeza de que esse dia chegara. Alguns já desertaram, mas nao eram como nós.

Aquela conversa toda nao fazia sentido para ela, e nem ele ali tentando levar ela para longe de sua casa. Será que ela estava ficando louca ou coisa assim. Mas resolveu segui-lo assim mesmo. Caminharam um longo tempo, e finalmente ela viu que havia movimento no meio da floresta, e sentiu também cheiro de comida. Ela estava faminta. Ela veio ao encontro deles correndo, era pequena, bem pequena, podia-se ver que ela estava alegre ou pela chegada dela ou por ele ter voltado, mas logo logo talvez ela ficasse sabendo do que isto aqui se tratava. - “ Seja bem vinda Simba. Meu nome é Toti. E este que vou te buscar é o Nick. Aquela senhora ali no canto é a Vedete, ela nao gosta muito de conversa e é a encarregada da comida. Aquele lá atraz voce deve conhecer pois é do seu tempo, o nome dele nem preciso dizer é o Tykke, ele é o encarregado da seguranca quando o Nick sai. Simba ficou completamente sem palavras, pois nao estava entendendo nada. Afinal num minuto estava em casa, cansada e cheia de dores, e no outro estava aqui no meio de outros de sua especie que sabiam o seu nome, e tinham sua propria casa no meio de uma floresta. Certamente era a vida que todo cachorro desejava, mas ela ainda nao havia entendido o que estava acontecendo. Mas o que realmente queria agora era comer. Afinal ja devia ser hora do almoco ou quem sabe até mesmo hora do jantar.

Vedete a chamou e la estava uma cumbuca cheia, ela correu e comecou a comer, quem sabe se comesse rapido ainda poderia pegar um pouco dos outros como ela costumava fazer em casa, mas por mais que ela comesse a cumbuca parecia nao esvaziar nunca, era um sonho isto aqui, mas ela queria era ir para casa logo logo isto aqui acabasse, provavelmente estava sonhando e se assim fosse queria aproveitar para encher a barriga no sonho. Quando finalmente nao aguentava mais comer, parou e foi procurar os outros, talvez eles pudessem lhe ensinar o caminho de volta. -“ Toti, Toti, cade voce”. Gritou simba. - “Estamos aqui dentro, depois da comida é sempre bom tirar uma soneca, venha e vamos lhe mostrar o seu lugar.”. Ela entrou numa abertura no tronco que uma árvore, que se parecia com uma porta, e la dentro viu a coisa mais esquisita que pode imaginar. Tykke estava deitado na caixa dele, num lugar que se parecia com o canil deles. Nick estava numa cesta grande perto de um piano, toti estava num tapete perto de uma escada, nesta mesma escada estava vedete ja dormindo. E para sua surpresa ela viu o seu banheiro, o melhor lugar que ela já havia usado como dormitorio. Todos estavam tranquilos e dormindo, mas ela nao sabia se iria dormir, afinal ela queria ir para casa, mas a casa preferida dela estava ali.

- “Bom, quem sabe depois de acordar tudo isso aqui já tenha um significado, pensou ela ja com os olhos meio fechados”. Simba acordou depois de ter tirado uma longa soneca, e na porta do banheiro estava Nick, meio impaciente, mas por incrivel que parecesse parecia mais novo, e parecia até que estava com vontade de brincar, ja fazia muito tempo que simba havia sentido vontade de brincar na maioria das vezes passava o seu tempo dormindo e nao gostava de filhotes tentando puxa-la para brincadeiras, quando nao era isso estava comendo ou seguindo passarinhos ou lagartos. - “Que bom voce ter acordado, estamos todos te esperando para te contar como é nossa vida aqui e quais sao as nossas normas”, disse Nick assim que percebeu que Simba estava acordada. Todos os caes estavam sentados em volta de um pequeno vasilhame com agua, Vedete a olhou com um olhar critico e foi logo dizendo: “ Quer fazer o favor de vir imediatamente para seu lugar, precisamos terminar logo com isto, para que possamos voltar a nossa vida normal”. - “Vida normal, pensou Simba, isto aqui parecia uma casa de loucos. Mas foi para junto dos outros e pegou o espaco vazio que parecia destinado a ela. - “Bom, comecou Vedete. Voce já foi apresentada a todos aqui. Alguns voce nao conhecia, e outros ficou sabendo quem sao. Meu nome é

Vedete, pode me chamar de D. Vedete, sou a mais velha e gosto de respeito. Tykke, voce teve contato e até alguns filhotes com ele, ele nos falou muito de voce e de como voce gostava de roubar a comida dele. Mas aqui voce vai ter que deixar este habito de lado, já que a sua vasilha de comida nunca esvazia mesmo. Tykke por ser um cao de guarda, ele toma conta de nosso esconderijo, e gracas a ele quem chega perto, desiste antes mesmo de pensar em nos fazer mal. Houve um tempo quando eu estive sozinha e depois com a chegada da Toti tivemos de trocar de toca constantemente, , pois quem à via, logo à queria. Voce já deve ter percebido, mas voce morreu, disse Vedete, nos que os outros caes, ficaram extremamente enraevecidos, como ela podia dizer algo assim de repente para uma recem chegada. - “Bem, nao é tao mal assim, voce entende, voce nao esta sozinha, nós estamos aqui.” Nick tentou explicar, mas Simba ficou completamente arrasada. Saiu para fora da gruta, e comecou a uivar. Toti correu para fora e pediu para que ela se cala-se ou de outra forma, outros os ouviriam e viriam atraz deles. Simba entrou novamente para dentro da gruta e retomou seu lugar dentre os outros cachorros e ficou em silencio, nao sabia o que dizer nem o que pensar. Apenas se sentia solitaria, mas ao mesmo tempo compreendeu o porque de reencontrar Tykke depois de tanto tempo. Tykke estava no seu lugar, mas manteve-se calado, parecia que também nao se agradava da situacao.

Ela precisava saber de muita coisa e já que estavam reunidos era melhor comecar a perguntar.

II

A montanha ficava do outro lado da floresta e também era cheia de arvores floridas, aqui morava Dana numa pequena cabana feita de folhas de coqueiro. A agua ela ia buscar num riacho ali perto, o fogao era a lenha e a noite uma vela se acendia. Ela as vezes ficava olhando para aquela vela que nunca terminava, ja perdera a conta do tempo em que estava naquele lugar e de quantas noites passara ali, mas aquela vela sempre se acendia a noite. Durante o dia ela saia as vezes saia para cacar, se desse sorte conseguiria pegar um coelho ou um faisao, e quem sabe algum cachorro idiota. Uma vez ela comera um, ela ficara com ele alguns meses e ele estava forte e bonito e ela nao resistira o matara e o comera, como outra caca qualquer, se cansara de somente comer pao e frutas, mas no fundo se arrependera afinal era o unico amigo que jamais tivera neste lugar. Agora estava sozinha. Pela manha ela havia visto que uma cadela nova havia chegado ela era grande devia pesar uns 50 quilos, era comida para mais de 3 meses, mas aquele cao havia chegado antes dela e a levara embora para dentro da floresta e lá dentro ela nao

se atrevia a entrar. Tentara uma vez e dera de cara com um enorme cao dourado que quase a comera viva. Mas ela iria tentar novamente, afinal tempo era o que ela mais tinha no mundo. Nao tinha nem um amigo, o unico que de vez em quando a procurava era Zed, mas há tempos ele nao aparecia, andava em uma de suas cavernas, achava que um dia sairia deste lugar atravez de uma delas.

III Um pequeno riacho cruzava a pequena aldeia de ponta a ponta, todas as casas eram feitas de troncos de arvores ou entre as arvores, tudo era muito lindo, a luz vinha de pequenas velas que todas as noites se acendiam e nunca terminavam, ninguem nunca as trocava mas elas estavam la novas e vivas todas as noites. A cesta de pao também estava sempre cheia e um cheirinho gostoso de pao fresquinho impregnava as pequenas cabanas durante todo o tempo. As arvores sempre tinham frutas e variavam de acordo com o tempo. Nao havia inverno ou verao, o tempo estava sempre bom e o morador mais antigo o velho Sorke, só se lembrava de terem lhe contado de que a muito tempo atraz de ter chovido e ventado muito e quase toda a aldeia ter sido destruida quando isto havia acontecido. Ele dizia que foi por causa de dois jovens chamados Molly e George que haviam trazido esta catastofre para a pequena aldeia de Brikkan quando resolveram atravessar o rio da luz. Todos sabiam que o rio nao podia ser atravessado. Mas mesmo

assim eles haviam feito e nunca haviam voltado de sua jornada, mas o mal havia sido feito e os moradores tiveram que aguentar as consequencias. A aldeia nao era muito grande, eles moravam la há muito tempo, as vezes chegava um morador novo, mas ficava pouco tempo. Esta era a historia que circulava entre eles, pois nenhum dos moradores que continuava em Brikkan chamais havia visto ou ouvido nenhuma musica. Alguns viviam na ilusao de que algum dia também seriam chamados pela musica e teriam que ir embora ou desapareceriam. Uns tinham medo outras viviam na esperanca. Moru e Vini moravam na cabana das rosas, as casas nao tinham numeros eram conhecidas pelas arvores em foram construidas, ambos tinham cerca de 10 anos e viviam com a Sra. Pine. A Sra. Pine gostava de contar historias para eles dos dias em que chegara a Brikkan em como achou horrivel sem um liquidificador ou maquina de lavar, mas o pior de tudo para ela era ter de ir buscar agua no riacho, e ficou muito contente com a ajuda que iria receber das duas criancas de agora em diante. Moru era um menino bonito, quase que perfeito em sua aparencia tinha cabelos castanhos longos e de costas podia-se confundi-lo com uma menina, era alto para sua idade e gostava de subir em arvores, os seus olhos castanhos esverdeados sempre encantava os adultos de Brikkan que gostavam quando ele vinha visita-los para ouvir historias. Vini nao era tao bonita quanto Moru, mas sua simpatia e alegria encantava a todos, seus cabelos eram loiros e sempre estavam embaracados pois ela gostava de usa-los soltos, porém tinha um pequeno problema de nao gostar de pentea-los e as vezes Moru a chamava de bruxinha para enraivece-la.

Moru e Vini tinham acabado de ir buscar agua no riacho e ficaram olhando para a montanha que ficava ao oeste, ja haviam conversado muito sobre a montanha e gostariam de um dia ir até lá, haviam muitas historias dos moradores das montanhas, mas eles nunca haviam visto nenhum. Continuaram seguindo em direcao a cabana das rosas, quando encontraram o velho Zorke que estava seguindo para o riacho provavelmente para também pegar agua. - “ Bom dia criancas, ja comecaram cedo a trabalhar, isto mesmo quem trabalha nao tem tempo de ficar pensando bobagens. A montanha é muito bonita, dizem que tem cachoeiras lindas que desaguam em lagos cristalinos cheios de peixes, ao redor animais de todas as especies ficam pastando ou bebendo agua no lago, mas até o burro do Zed nao resistir e resolver cacar, matou um alce, limpou e o assou numa fogueira que ele mesmo improvisou. Resultado, a montanha se tornou tabu. E é proibido ir até la. Disse o velho Brikkan para as duas criancas, que ficaram apavoradas, pensando que talvez ele pudesse ter lido os pensamentos delas. - “Zorke, o que aconteceu com o Zed? Perguntou Vini, ja com medo do mesmo acontecer com eles dois que estavam planejando dar uma escapada até a montanha. - “ Uhmm!! Respondeu Zorke, na verdade ninguem sabe. Ele voltou de sua excursao até a montanha, contando todas essas coisas e passado alguns dias ele sumiu. Mas uma coisa é importante, ninguem pode ir até lá.

Vini segurou a ponta de seu vestido e comecou a enrola-lo nos dedos, e sentiu que Moru a estava puxando rua abaixo com o balde de agua no braco, era melhor sair dali o mais rapido possivel, e de agora em diante, quando decidissem ficar olhando para as montanhas, olhariam bem em volta para ver se ninguem os estava vigiando. O velho Zorke foi seguindo para o rio e continuou resmungando. IV - Bom Vedete, já que voce é a mais velha de todos nós, ou melhor a que esta aqui a mais tempo, me conte sobre tudo. Eu morri, e agora estou aqui. Para dizer a verdade me sinto muito viva, alias nunca me senti tao viva em minha vida. Perguntou Simba decidida a saber de tudo que estava acontecendo naquele lugar esquisito. - Eu cheguei aqui a muito tempo, comecou Vedete, o tempo aqui nao se conta em anos como do lugar em que viemos, digo isto porque nao fiquei nem um dia mas velha desde que cheguei, aliás as vezes acho até que estou remocando. Quando cheguei, estava meia perdida, como voce estava Simba, só que nao havia ninguem para me receber, ou melhor nao havia nenhum cachorro que fosse me receber e me explicar tudo. Após passado o primeiro susto, corri para umas arvores e me vi a beira de um lindo lago, onde uma cachoeira desaguava. Perto do lago havia uma

cabana e lá havia um ser humano. Ele ficou muito contente em ver um cachorro e me chamou para junto dele. Acostumada com a presenca de humanos eu fui até ele, mesmo que eu tenha sido também um cao de guarda na minha outra vida. O nome dele era Zed, ele estava morando nas montanhas sozinho, pois havia desistido de morar no vale das flores, lá havia muitos tabus, e nao se podia fazer nada. Nem mesmo nadar no rio. Assim Zed havia saido do vale e subido as montanhas, lá encontrou animais lindos, cachoeiras e lagos. Ele finalmente podia nadar, dormir e acordar a hora que quizesse pois ele sabia fazer fogo com pedras. No dia em que eu cheguei ele estava nadando no lago, e logo que me viu gritou: “Ei cachorrinho vem até aqui! Levei uns segundos para compreender que ele estava falando comigo, mas na hora que percebi, fui andando devagarzinho em direcao a ele. Nao sei porque eu o fiz, pois costumava ser uma cadela que somente aceitava em casa meus donos, mas algo havia acontecido comigo e fui ao encontro dele. -“ Que cachorrinho bonitinho, voce quer morar comigo, meu nome é Zed e ali no meio daquelas arvores é a minha casa.” - Qual é o seu nome? Pergunta idiota a minha afinal voce é um cachorrinho e nao pode responder. Entao vou lhe dar um nome, que tal Ligo. Eu fiquei indignada, e comecei a latir, ele nao havia percebido que eu era uma cadela, mas logo que eu lati ele disse nao mesma hora: “Me desculpe, que tal Dete, este eu gostei parecia com o meu nome e seria facil de lembrar. Logo eu estava no lago nadando com ele e havia quase me esquecido que tinha tido outra vida. Tudo era maravilhoso, Zed passava horas conversando comigo, parecia que

sabia que eu podia compreende-lo. Me contou da pequena cidade das flores e algumas vezes, fui com ele ate um pequeno plato na montanha que ele chamava de “Ponto de Vista” e de la ficavamos olhando a vida na cidade das flores. Em sua outra vida ele era explorador de cavernas e quando estava em uma caverna no interior do estado do Arizona nos Estados Unidos, entrou num pequeno corredor e de repente estava aqui, tentou diversas vezes voltar mas a porta do corredor estava fechada. Ele disse que tinha certeza de que nao havia morrido, pois quando chegou na cidade das flores depois de ter passado algum tempo nas montanhas tentando achar a passagem pela qual saira, apesar de ser bem recebido e ter ido morar com o homem mais velho da cidade que chamavam de velho Zorke, ele notou que quase todos na cidade tinham um vela que se acendia a noite. Mas na casa do velho Zorke tinha apenas uma vela, nao havia vela para ele e ele tinha uma desconfianca de que nao estava morto e de que aqui nao era o paraiso, pelo menos, nao o paraiso dele. Moramos muito tempo juntos, conhecemos a Dana, uma adolescente de uns 17 anos que também resolveu morar sozinha na floresta, nao era muito de conversa, mas gostou muito de mim, e sempre que o Zed ia visita-la eu ia junto. Ela tinha um cachorrinho que ela chamava de Bambi e ele me contava também muitas historias, ficamos bons amigos, um dia resolvi ir visita-los sozinha, pois o Zed estava fazendo uma de suas exploracoes em cavernas e nem era sempre que eu queria ir com ele, pois algumas dessas cavernas podem ser muito claustofobicas. Assim fui chegando de mansinho na casa da Dana, ela nao estava, o Bambi também nao estava por perto, provavelmente havia ido até o

corrego buscar agua, bom resolvi ir entrando direto na cabana e espera-los na dentro. E qual nao foi o meu choque ao entrar e ver na mesa o Bambi, assado. Dana o havia matado e o cozido como se ele fosse comida. Fiquei tao horrorizada que corri, corri e nao quiz nem olhar para traz, acabei chegando ao mesmo lugar onde havia chegado aqui, e de la vim andando para a floresta. Me escondi aqui e fiquei vivendo minha vida, encontrei o meu esconderijo e para minha surpresa minha escada e uma cumbuca de comida. Simba havia ouvido toda a historia de vedete com atencao, mas muitas perguntas ainda nao haviam sido respondidas. O porque de ela estar ali com aqueles outros cachorros, e quem era vedete na verdade. Ela olhou de esguelha para Nick que parecia distraido ao ouvir a historia de vedete, talvez ele ja tivesse ouvido esta historias outras vezes, ela foi saindo devagarzinho de perto dos outros cachorros que pareciam cansados e estavam cada um aos poucos se retirando para seus cantinhos. Mas ela nao estava cansada, mas sim curiosa e resolveu ao inves de ir dormir, dar uma volta la fora, quando já ia saindo Vedete a chamou “Onde voce esta indo, Simba?. - Bom vou dar uma caminhada ali fora e preciso ir ao banheiro também, respondeu Simba e olhou de esguelha para o Nick que vinha ao seu encontro. - A Sra. Nao precisa se preocupar D. Vedete, eu mostro a Simba onde nós costumamos usar o banheiro. Os dois sairam para fora da gruta e foram caminhando lado a lado, lá fora ele disse para Simba baixinho somente para que ela ouvisse “Continue

caminhando, depois daquela arvore com flores vermelhas agente vai dobrar a esquerda e lá poderemos conversar em paz.” Eles continuaram andando e depois de terem dobrado a esquerda, eles pararam embaixo de um pé de amora e Simba foi logo perguntando: “Que droga de historia absurda é esta que a D. Vedete estava nos contando?” Desde quando um ser humano fica horas conversando com um cachorro e lhe contando historias de sua vida, como ela pode saber de tantas coisas? E porque estamos nós cinco aqui reunidos? - Calma, calma, falou Nick. Vou lhe responder no que posso e no que sei. Pelo que entendi, e já tem bastante tempo que estou aqui nesta floresta, nós todos tivemos os mesmos donos. Vedete deve ter conhecido nossos donos a muito tempo atraz. Ela diz constantemente que foi a primeira cadela dela. - Ainda bem que ela nao ficou decepcionada com a raca canina após, ter uma cadela como a D. VEDETE. Se eu fosse ela nunca mais teria um cachorro na minha vida apos essa chata da vedete. - Quanto a sua outra pergunta continuou Nick, sobre como o tal Zed conversava com Vedete como se ela fosse um ser humano, eu ainda nao sei responder, mas acho que vedete podia conversar com ele como se ele fosse um de nós. Eu só sei que seres humanos nao tem permissao de entrar na floresta dizem que ela é encantada. Acho que a Vedete trouxe o Zed até aqui durante o tempo em que esteve sozinha e conversou com ele como conversa conosco, mas depois que a toti chegou ela pelo menos nunca viu o Zed. Mas de vez em quando a Vedete some, e sempre quando reaparece e agente pergunta aonde

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esteve ela sempre desconversa e diz que estava no banheiro, ou reconhecendo a regiao. Ela colocou o Tykke de guarda e as vezes eu também tenho que ficar de guarda, e isto só acontece após algum sumico dela. O Zed sempre esteve aqui neste lugar? Pelo que eu entendi ele chegou depois da Vedete, mas ela sempre quer nos fazer acreditar que ele já estava aqui quando ela chegou, mas se ela realmente foi a primeira cadela de nossa dona, e ela era ainda uma crianca, ela já deve estar aqui a muito mais tempo do que nos fazer pensar. As vezes tenho a impressao de que houve um tempo antes do Zed, mas ela nunca falou nada sobre isto. O que acha a toti de tudo isto? Perguntou Simba. “Bom, disse o Nick, ela é uma cadelinha muito alegre e viveu aqui muito tempo sozinha com a Vedete e a tem como uma mae, tudo que ela diz é lei para ela, mas as vezes consigo tirar alguma informacao dela. Acho melhor agente voltar, senao uma das duas vai vir nos procurar e achar estranho que voce leve tanto tempo no banheiro.

V O dia ja estava chegando ao final e como num passe de magica todas as velas foram acesas no mesmo tempo, Pine estava preocupada com as duas criancas, ela podia ver que as duas velas haviam sido acendidas, mas eles ainda nao haviam voltado da ultima ida ao rio, talvez ela devesse ir procurá-los, ficou olhando para as duas velas

acesas e ficou imaginando por que ela também nao tinha uma vela, porque ela se lembrava de toda a sua vida anterior quando morava numa casa maravilhosa numa pequenina cidade chamada Alegria no Brasil, tinha uma marido jovem e trabalhador adorava a vida, nao eram ricos mas também nao eram pobres, tinha todo o conforto de uma dona de casa moderna, estudava para ser professora e estava de bem com a vida. A ultima coisa que se lembrava era após ter saido para uma caminhada numa floresta perto de sua casa era de ter caido num buraco, tipo uma armadilha para animal e ao tentar sair estava aqui na cidade das flores. Tentara voltar mas nao sabia nem como e nunca mais achara o tal buraco. O tempo fora passando e após ter morado na casa do velho zorke durante um longo periodo, chegara as criancas e ela fora mandada para lá pelo velho zorke. Afinal mesmo que ninguem falasse ou admitisse era ele quem era o chefe do local. Ela saiu de casa decidida a encontra-los, a rua até o rio era longa, a noite ja estava caindo e se demorasse muito só contaria com a iluminacao das estrelas para o caminho de volta, e ela sabia que era proibido sair a noite, mas nao poderia deixar as criancas lá fora sozinha. Foi caminhando rua abaixo o cheiro de pao fresco era forte e quase resolveu voltar para casa e comer o seu jantar, mas decidiu continuar, achou que viu uma coisa brilhante na esquina perto da casa das violetas, apressou o passo e nao teve coragem de olhar, foi quando sentiu um perfume e ele ficava mais intenso a medida que ela andava em direcao ao riacho, ao mesmo tempo em que sentia vontade de senti-lo mais. Era uma mistura de alegria intensa e terrror,

ouviu um grito, ela correu, na corrida desesperada tropecou numa pequena pedra e caiu, bateu com a cabeca no chao e tudo se escureceu. Quando acordou já estava em casa, as criancas estavam a sua volta e o velho Zorke estava tentando lhe dar algo que se parecia com uma sopa. - “ O que aconteceu, perguntou Pine, que se lembrava apenas de ter saido de casa para procurar as criancas. - “Ouvimos o seu grito e corremos para ver o que havia acontecido, e a encontramos caida na porta de sua casa, falou o velho Zorke, que segurava na mao uma pequena flecha que encontrara ao lado de Pine. - “Eu nao me lembro de nada, apenas a lembranca de ter sentido um perfume gostoso, falou Pine. O velho Zorke disse que ela deveria descansar e de que no dia seguinte conversariam, mas de que ela nao deveria se preocupar com nada, as criancas estavam bem, tinham estado em sua casa ouvindo historias. O que melhor que ela faria era dormir. Pine achou uma boa ideia, já que estava extremamente cansada, virou-se para o canto e fechou os olhos, a última coisa que viu foi que agora haviam 3 velas acesas.

VI O dia havia acabado de amanhecer, ele gostava de levantar cedo, pois assim poderia comecar ja a explorar a nova caverna que havia encontrado a uns dias atraz. Pegou os seus instrumentos precarios

que havia feito ao longo do tempo. Se a sua contagem estivesse certa já estava aqui a mais de 15 anos e ainda nao havia conseguido achar a passagem de volta. Era incrivel o que se podia fazer do nada. Neste tempo ele havia aprendido a fazer cordas, marreta, uma pá, uma construido uma cabana e tinha até mesmo um arco e flecha. Saiu caminhando em direcao a nova caverna e no caminho encontrou-se com Dana, que também estava caminhando pela manha, mas Zed achava que ela estava era cacando algum animal para comer. Era incrivel aquela menina que morava sozinha naquela cabana desde que ele havia vindo para a montanha. Depois de 2 horas de caminhada chegou a nova caverna, com uma pequena pedra ele marcou a entrada já era a 8a. Caverna que ele iria explorar desde que havia chegado a montanha. O interior estava muito escuro, Zed pegou uma tocha que havia preparado de casa e acendeu, o interior media cerca de 80 mts quadrados, mas bem ao fundo havia uma especie de tunel na qual ele podia entrar se, se agachasse, era este pequeno tunel que ele prentendia ir explorar hoje. O problema era a iluminacao, como ele consegueria explorar este talvez labirinto agachado e sem uma lanterna. Ele preparou primeiro uma fogueira no primeiro salao da caverna, pegou uma pequena bolsa onde havia colocado varias pequenas tochas se agachou e vou andando no pequeno tunel, somente tinha visao de alguns metros a sua frente e por experiencia foi tateando as paredes para nao cair de repente num labirinto, ele andava quase que de quatro e parava para descansar a mais ou menos a cada 10 minutos, depois do que ele calculava ter andado ja uns 400 metros o pequeno tunel foi aumento de tamanho e

ele já podia ficar de pé. Tinha que poupar suas tochas pois ainda tinha fazer todo o caminho de volta. Ele só tinha mais 5 tochas de sobra, entao chegou a um grande anfiteatro, a visao era muito pouca, por isto tirou alguns pedacos de madeira de sua bolsa e fez uma fogueira. A visao de que teve foi imponente, todo o teto da caverna era cheia de estalactite, que brilhavam como diamantes com reflexo do fogo. Foi andando até o final do grande salao e sentiu uma pequena brisa, isto significava que deveria haver outra saída da caverna por ali. Zed encontrou uma pequena brecha no fundo, mas nao tinha certeza de que poderia passar por ela. Tirou todos os seus apretechos de suas costas e tentou passar, por um momento achou que ficaria preso, mas forcou e conseguiu entrar o vao era alto o suficiente para que ele ficasse em pé e no final ele podia ver uma luz entrando. Caminhou até o final e a visao que teve foi deslumbrante e misteriosa, do outro lado a luz era muito intensa, ao primeiro momento nao conseguiu ver nada por causa da luz, mas ai seus olhos foram se acostumando e ele pode ver pessoas lindas caminhando, mas o mais interessante era o perfume no ar, sentiu uma alegria e teve vontade de se juntar aos outros e aquele perfume era realmente delicioso ele só precisava andar uns 10 passos e estaria lá no meio daquela coisa bonita, já ia comecar a andar quando ouviu uns latidos intensos, olhou para atraz e lá estava vedete, que latia furiosamente para ele, parecia que queria lhe dizer algo, mas ele nao queria voltar, queria seguir em frente para aquele lugar bonito, para junto daquelas pessoas lindas. Foi ai que sentiu uma dor aguda no calcunhar. Olhou novamente para baixo e viu que Vedete o estava mordendo.

- “Auh, o que voce estava fazendo, sua cadela idiota!, voce me mordeu, disse Zed saindo de seu devaneio, se abaixando e afastando vedete de seu pé. Ela continuava latindo para ele, como se lhe quisesse dizer algo. -“Voce quer me dizer algo nao é? Me desculpe te-la chamada de idiota, mas por um momento a unica coisa que eu queria na vida, era ter ido além da entrada e me juntado a aquelas pessoas. “ Que tal agente ir até a floresta encantada para voce me contar o que esta havendo, pois voce deve ter uma razao muito grande para me ter seguido até aqui. Disse Zed e comecou a pegar todo o seu equipamento que havia deixado no chao. Retornou ao pequeno tunel e nao viu razao para apagar a pequena fogueira que havia feito no grande salao, coisa que mais tarde ele teria razoes para se arrepender. VII Simba e Nick sairam logo pela manha, Vedete lhes dera permissao para que Simba fosse olhar em volta da floresta, afinal ela nao podia ficar presa naquele esconderijo durante toda sua vida. - “Onde iremos, Nick, perguntou Simba, após terem corrido um bom pedaco em direcao a saida da floresta. - “Que tal se agente fosse até o “Ponte de Vista”, aquele lugar que a Vedete costumava ficar com o Zed, olhando a cidade das flores. Assim poderemos ver alguns humanos, e esticar um pouco as pernas.”

- “Voce acha que nao tem perigo de agente encontrar o tal Zed, ou a Dana, ou quem sabe algum outro cachorro” - “Pare lhe ser sincero os unicos cachorros que vi até hoje, foram voces, eu acho que cada grupo fica num determinado local da floresta e cada um tem sua vida em separado, agente nao ve eles e eles nao ve agente” - “Bom o que estamos esperando vamos até o Ponto de vista”. Eles olharam para ambos os lados e sairam correndo em direcao a montanha, o dia estava gostoso, um sol brando e depois de terem andado cerca de 1 hora chegaram até o pé da montanha. Nick foi seguindo na frente e subindo em direcao ao ponto de vista, Simba tentava acompanha-lo no mesmo ritmo, mas foi ficando para traz já que o Nick era muito mais rapido do que ela. Ele era um cao pelo curto alemao, do tipo perdigueiro e parecia que sua unica missao na vida era correr e cacar. Ja que nao era permitido a caca, ele se contentava em correr. - “Nick, espere por mim. Estou ficando cansada, falta muito. - “Só mais um pouco. È logo depois daquelas pedras ali em cima. Finalmente chegaram e puderam olhar para a cidade das flores. Havia algum movimento de pessoas e criancas indo e voltando do riacho com agua, outros brincando em pequenos balancos pendurados arvores, outros simplesmente parados nos portoes das casas e conversando. Uns consertavam os telhados das casas e outros varriam.

- “É muito bonito, disse Simba após ficar olhando por algum tempo. Voce acha que um dia podemos ir até lá para ver. - “É claro que nao, e se alguem decidir ficar com um de nós para eles, como vamos fazer. Estamos aqui esperando nossos donos. “ - “Aquela é a cidade das flores, e como se chama todo este lugar voce sabe? - “Sim, vedete me contou. Estamos numa floresta encantada, so os animais vivem aqui, mas todo este lugar é uma rachadura dimensional, ou seja, eu nao faco a minima ideia do que isto significa e acho que ela também nao faz ideia. Isto foi uma explicacao que Zed deu para ela no tempo em que ela morou com ele. - É comum a Vedete mandar os outros cachorros passearem como ela fez hoje conosco, perguntou Simba a Nick enquanto pesquisava na grama a possibilidade de encontrar algum inseto para brincar, ela adorava brincar de pegar pequenos insetos, ou melhor tudo que se mechia na grama. - “Na verdade, eu desconfio que ela nos mandou passear para poder dar umas de suas escapadelas, já faz um bom tempo que ela nao da uma de suas sumidas. - “Hum, que tal agente seguir ela na proxima vez que ela resolver sumir. Assim agente poderia descobrir algumas coisas por nos mesmos, ao

invés de ficar escutando aquelas historias dela de como as coisas acontecem por aqui. “, disse Simba ao mesmo tempo que pulava atraz de um pequena lagartixa que corria tentando encontrar um esconderijo para se livrar daquele animal imenso. VIII Pine estava dormindo a mais de 2 dias, o velho Zorke vinha a cabana das rosas pelo menos 4 vezes ao dia para ver como as coisas iam indo e de vez enquanto ficava olhando para a terceira vela que havia se acendido na noite do incidente, ela se apagara enquanto Pine dormia isto parecia um bom sinal, ainda podia haver esperanca. Mas se ela continuasse a dormir assim ela estaria perdida para eles. Ele sempre dizia para todos que ali chegavam para nao sairem a noite, nao que houvesse havido ataques nos ultimos 20 anos, mas nunca podia se saber. Ele havia trazido um cha de ervas especiais que fora buscar na floresta encantada e na sua procura, tivera a impressao de que alguns olhos o espreitavam o tempo todo. Provavelmente um dos caes que habitavam a floresta. - Moru, Vini, venham cá me ajudar, temos que tentar fazer a Pine tomar este cha, segurem as costas dela, assim. Vini e Moru sentaram-se um de cada lado da cama de Pine e levantaram o corpo dela, para que ela ficasse na posicao de sentada, enquanto o velho Zorke tentava faze-la beber um pouco do cha. Ele usava uma pequena casca de coco como copo e estava um pouco quente.

- Segurem este pano embaixo, para o caso de derramar nao queima-la, vamos muito bem. - Bom agora vamos deixa-la dormir um pouco mais, eu vou até minha cabana tomar um banho e trocar de roupas, mas volto para ca antes do cair da noite, pois esta noite nós nao podemos dormir, temos que dar um pouco deste cha para ela de tempos em tempos e temos que ficar de olho naquela vela que se acendeu no dia do acidente, é muito importante que ela nao se acenda novamente. - “Porque voces nao vao lá para fora brincar um pouco e aproveitar o resto do dia, nao adianta ficar aqui olhando para ela o tempo todo, agora somente temos que esperar e continuar com o tratamento até amanha e ver o que acontece. As criancas estavam com muito medo, pois consideravam Pine como sua verdadeira mae e nao gostariam de perde-la, se isso acontecesse teriam de ir morar com outra familia ou outra pessoa seria designada para ir morar com eles e eles nao tinham a menor vontade de trocar de mae. Foram para fora onde o sol ainda estava quente, o cheiro de flores era forte e cheio de energia, resolveram subir numa árvore para conversar, lá em cima ninguem os atrapalharia e nem os ouviria. Subiram em sua arvore preferida, uma imensa macieira, cujas macas eram douradas como ouro. Ela dava macas durante todo o ano, e todas as macas eram doces como nectar e grandes como meloes. - “Olhe só o que eu trouxe para nós hoje, disse Moru enquanto tirava um objeto pequeno de

dentro de uma sacola que trazia pendurada no ombro”. - “Ei, o que é isso, perguntou Vini curiosa, pois nao se lembrava de ter visto aquele tipo de coisa na casa deles antes. - “É um presente do velho Zorke, se chama binoculo e ele disse que o Zed o trouxe consigo quando veio para o vale. - Para que serve isso, perguntou Vini e pegou o binoculo da mao do Moru. - Deixa agente se sentar primeiro e eu vou ja, já te mostrar como se usa isto. Acomodaram-se cada um num galho da maciera que eram tao confortaveis como uma pequena poltrona e comecaram a estudar o binoculo. Moru colocou o binoculo nos olhos e comecou a olhar em volta, e pode ver que o velho Zorke estava na beira do riacho pegando agua. A familia que morava na casa das bromelias estava sentada no jardim tomando cha com os vizinhos, os moradores da casa das acacias. Ele estava impressionado como as coisas ficavam perto. - Deixe me olhar também, falou Vini ja impaciente com Moru, que estava olhando o tempo todo para baixo com o tal do binoculo. - Voce nao vai acreditar, quando olhar, com isto eu posso ver tudo la embaixo e longe e tudo fica bem pertinho. Vini pegou o binoculo das maos de Moru e também o colocou nos seus olhos, porem ao inves de olhar

para a rua das cidades das flores, virou em direcao a montanha. Moru precisou quase que arrancar o binoculo dela, para ver o que estava acontecendo, pois ela estava completamente pasma com a visao da montanha. - Me diga o que voce esta vendo, Vini? - Estou vendo a montanha e voce nao vai acreditar ,dois animais estranhos , disse Vini enquanto passava o binicolo para Moru. - Nossa, sao cachorros, e parece que eles estao olhando para cá. Tem muito tempo que eu nao vejo um cachorro, aliás eu nunca vi um cachorro na cidade das flores. Que pena eles estao indo embora. Vini pegou o binoculo de volta e ficou seguindo os caes enquanto eles se afastavam do ponto de vista, e desciam a montanha em direcao a uma floresta muito ao longe, que eles nunca haviam percebido antes de terem usado o binoculo. - Bom, quando voce acha que agente vai poder fazer a nosso passeio secreto até a montanha, e quem sabe agente pode ir até aquela floresta e procurar aqueles cachorros, eu gostaria muito de ter um cachorro como amigo e para brincar, falou Moru. - Primeiro temos que cuidar da Pine, para que ela volte a ser o que era antes e parar de dormir. Mas eu quero que voce me conte o que é um cachorro, pois nao me lembro de nunca ter visto um. - Com certeza voce já viu um cachorro antes, mas nao consegue se lembrar, mas vai lembrar assim

que comecar a brincar com eles. Eu nao me lembrava até o dia que a Pine desenhou um para mim e me contou como era ter um cachorro. Dizem que é o melhor amigo do homem e muitas familias as tem no outro mundo. - Como voce acha que eles vieram parar aqui. - Devem ter passado pela outra vida e estao aqui esperando os seus antigos donos, e isto significa que nao podemos ser donos deles, apenas amigos. - Isto quer dizer que nenhum cachorro pode ter um dono aqui, perguntou Vini ja triste pelo fato de nao poder possuir um cachorro. - Na verdade eu nao sei, mas acho que sim, alguns caes passam pela outra vida, sem ter um dono e quando chegam aqui podem ir para uma familia. - Porque será que nao tem nenhum cachorro em Brikkan. - Acho que eles ficam nas montanhas ou nas florestas e como nao temos permissao de ir a estes lugares, nunca os encontramos, falou Moru enquanto direcionava o binoculo para rua das flores, e viu que o velho zorke estava vindo em direcao a cabana das rosas.

- Vamos rezar para a Pine ficar logo boa, e depois agente esconde umas frutas e paes para o nosso passeio, falou Moru enquanto guardava o binoculo dentro da sacola, para que o velho Zorke nao visse que eles estavam olhando para a montanha. IX O dia ja estava chegando ao fim quando Zed chegou em casa com Vedete, Zed foi nadar um pouco no lago e chamou Vedete para se ajuntar a ele. Os dois nadaram e foi como nos velhos tempos. Vedete esqueceu completamente que tinha que voltar para casa antes de anoitecer. Zed, chamou Vedete para jantar, ele havia cacado um veado a duas semana atraz e o havia defumado. O cheirinho estava delicioso e Vedete nao resistiu. - Pronto Vedete aqui esta o seu prato com carne, acho que é bom variar um pouco na comida, eu nao sei como aquelas pessoas em Brikkan podem comer o mesmo tipo de comida todos os dias. Frutas e pao. Eles nunca variam. Se ao menos eles pudessem usar o fogo para fazer uma comida gostosa de frutas, mas nao, o fogo somente podia ser usado para comida ou bebidas em caso de doenca ou para o cha da tarde. Vedete respondeu com um latido de afirmacao, e comecou a comer gulosamente seu prato de comida, a esta altura esquecera completamente de seus amigos e de sua casa na floresta encantada.

-

Eu acho que voce deve passar a noite aqui, já ficou escuro e é perigoso para uma cadelinha que nem voce sair sozinha para a floresta encantada a noite. Nunca se sabe o que pode acontecer. E amanha eu vou a floresta junto contigo, quero saber o que aconteceu e como voce chegou até aquela caverna hoje.

Zed terminou a sua comida e foi se deitar em sua cama. Tudo em sua cabana fora ele que fizera. A cabana tinha uma pequena cozinha, onde ele construira um pequeno fogao a lenha. Como panela ele usava cascas de coco, mas aprendera também a fazer panelas de barro, assim tinha nao somente panelas de barro, mas também pratos e copos. Vedete comeu sua comida e logo depois se arrependeu de ter ficado agora teria que arrumar uma boa desculpa quando voltasse para contar aos outros cachorros, e além disso eles ficariam preocupados pensando no que poderia ter acontecido a ela. Bom mas nao seria a primeira vez que ela iria passar a noite fora de casa. Esperava que Simba nao ficasse fazendo muitas perguntas no dia seguinte. Logo que o dia clareou Zed saiu com Vedete em direcao a floresta encantada, o caminho era ingreme e eles levaram um pouco de tempo para chegar ao pé da montanha, de lá eles seguiram para o norte até encontrar a ponte do rio proibido. Olharam para todos os lados antes de atravessarem a ponte de pedra que havia sobre o rio, queriam ter certeza de que nao havia ninguem olhando para eles. Chegando a floresta seguiram para uma pequena clareira que ficava a leste do esconderijo dos caes. La eles poderiam conversar em paz, sem

que nenhum cachorro os ouvisse ou mesmo sentissem o cheiro deles. Zed havia a muito tempo construido uma pequena cabana, pois as vezes ele dormia na floresta quando queria conversar com a Vedete. Se a pessoa nao soubesse que ela estava ali, nem mesmo a perceberia, pois ele ha fizera com pequenas arvores que ele fora plantando ao longo dos anos umas ao lado das outras, havia amarrado cipo no topo delas e as puxara para baixo fazendo um telhado natural contra chuva e sol, e também de intrusos caso algum dia aparecesse. Ele havia feito uma rede com diversos tipos de cipos e peles de veado. Havia um pequena mesa. Também era ali que ele guardava algumas de suas ferramentas do mundo de onde viera. Até hoje ele se lastimava de ter deixado o seu binoculo em Brikkan, a esta altura eles deveriam ter até jogado fora ou o destruido. Vedete correu e se sentou em um pequeno tapete que Zed havia feito para ela, e comecou logo a falar: - Foi muita sorte eu ter ido visitar voce hoje, o que voce fazia naquela caverna, eu quase cheguei tarde demais, falou Vedete. - Eu achei aquela caverna a mais ou menos a uma semana atraz, estava cheia de mato na frente e levei uns 5 dias para limpar a entrada. Ha dois dias atraz consegui abrir uma brecha na entrada e esperei até ontem para comecar a explorá-la.

- Eu mandei a Simba e o Nick darem um passeio hoje, ele deveria leva-la para conhecer os arredores do lugar, ela ja chegou a algum tempo e ainda nao havia tido oportunidade de dar um bom passeio. Eu sei que tenho que guardar o segredo da floresta e outras coisas, mas também nao quero que os cachorros que venham ao meu encontro se sintam numa prisao. Por isto, já que eles sairam resolvi que já havia um bom tempo que agente nao se via.Cheguei a sua cabana hoje pela manha, e a encontrei vazia, vi que muitos dos seus artefatos para explorar cavernas nao estavam lá. Achei que voce havia saido para explorar alguma caverna, comecei a farejar voce pelo caminho e de repente percebi a direcao que voce havia tomado. Quase entrei em panico. Corri o maximo que pude, ainda na esperanca de que estivesse errada, mas quando cheguei a entrada da caverna nao tive duvidas. Minha sorte foi ser uma cadelinha bem pequenina, pois pude entrar no pequeno tunel correndo. E cheguei a tempo de para-lo. - Do que exatamente voce estava tentanto me parar. Só me lembro de um perfume forte e de algo bonito. - Voce estava na entrada do mundo dos Shaggus. Seres fosforecentes que te hipnotisam com o seu perfume e levam a sua alma, pois ela lhes da luz para continuar vivendo. - Esta tentando me dizer que aquelas coisas vivem da alma de outras pessoas?

- Isto mesmo. Uma vez que elas te toquem, em apenas alguns minutos voce está perdido. E a pessoa nao faz nenhuma resistencia. Somente os caes e os escolhidos conseguem fugir e resistir e destruir os Shaggus. - Como é que voce sabe tudo isto e nunca me falou nada. - Eu nunca te contei mas antes de conhecer voce, eu morei também na cidade das flores. - O que?? Voce esta dizendo que morou na cidade das flores, como é que eu nunca vi voce por lá quando eu morava lá. - Foi bem antes de voce chegar, eu morava com o antigo lider. O nome dele era Bigair. Ele era como um irmao para o Zorke, os dois moravam juntos, contavam historias para as criancas recem chegadas. Bigair gostava muito de passear a noitinha, e também de visitar a montanha. Mas agente sempre saia a noite, somente o Zorke sabia que eu morava com o Bigair, eramos bons amigos e foi ele quem me trouxe até a floresta encantada pela primeira vez. Um dia saimos para um de nossos passeios a noite e acabamos chegando até a floresta encantada. Passamos a noite lá e na manha seguinte subimos até a montanha. Bigair havia ouvido algumas historias na cidade das flores, de pessoas que haviam sentido um perfume

forte e queria inspecionar a caverna do portal. Ele me explicou quem eram os Shaggus e de como eles agiam. Mas eles normalmente nao ultrapassam a entrada do mundo deles, as pessoas é quem vao até a entrada e se deixam levar. - Eu nao sei se te agradeco ou te bato, afinal a minha vida solitaria aqui também nao é das melhores. Mas continue contando o que aconteceu com o Bigair, pois eu mesmo nem nunca ouvi falar nele. - Entramos na pequena caverna e depois no grande salao, de lá o Bigair seguiu na frente até a pequena entrada, na verdade nem sei por que ele fez isto, pois ele sabia do perigo de ser pego pelo perfume, mas assim mesmo seguiu em frente, ele mandou que eu esperasse no grande salao mas passado algum tempo comecei a sentir o cheiro forte de perfume que para as pessoas parece deslumbrante, mas para um cao é o cheiro mais forte e ruim que eu ja senti na vida. Fui ver o que estava acontecendo e quando cheguei vi os Shagus levando o corpo já sem vida de Bigair. Eu falhei, corri atraz deles, consegui morder um deles, que me olhou com muita raiva, fiquei apavorada e fugi e corri até Brikkan. Cheguei lá mais morta do que viva e fui ver o velho zorke, no dia seguinte ele me trouxe até a floresta encantada onde contei a ele a minha historia. - Entao é por isto que é proibido sair da cidade de Brikkan para as montanhas? - Sim, esta é umas das razoes.

- E quanto ao perfume que Bigair ouviu as pessoas falarem na cidade? - Eu contei ao velho Zorke e ele falou de que já havia havido historias no passado de que os Shaggus podiam sair do portal durante a noite mas já havia muito tempo que ninguem fora atacado, depois disso veio a proibicao de sair a noite. Zed andou de um lado para outro pensando seriamente nas informacoes que Vedete lhe passara. Se tudo isto fosse verdade, havia um outro mundo bem pertinho deles, mas ainda havia muitas icognitas, a serem desvendadas. Ele mesmo Zed, viera de outro mundo, um mundo que ele achava era o mundo real. Vedete viera dele também mas ela morrera. Zed nunca chegara a morrer. Os Shaggus tinham seu proprio mundo, mas o que eram os Shaggus afinal. Se eles tinham um perfume tao bom e lhe davam uma sensacao tao boa, porque nao ir com eles, porque ter medo deles, foi o que ele perguntou a Vedete, enquanto continuava a andar de um lado para outro na pequena cabana. - Eu nao sei o que eles sao, apenas que quem entra lá nunca mais sai. Pode se dizer que é algo parecido com este lugar aqui em que vivemos. Só que aqui agente sabe mais ou menos o que acontece todos os dias, só que lá é o desconhecido. Zed abriu a sua pequena mochila e tirou de dentro uma pequena garrafa onde havia um pouco de agua e foi para o lado de fora da cabana. Vedete se sentia confusa, pois nao conseguia dar todas as respostas

pedidas por Zed e tinha medo do desconhecido como uma pequena cadelinha. - Bom eu acho melhor eu ir para a montanha, seria também uma boa ideia avisar Dana sobre esses Shaggus, caso ela encontre aquela caverna. Ela é meia esquisita, mas seria uma pena que ela perdesse sua alma para aquelas coisas. Disse Zed enquanto pegava sua mochila e seu arco e flexa. Mesmo sabendo que um arco e flexa nao serviria de nada contra aquelas almas penadas. - Voce acha que existe algum escolhido dentre as pessoas de Brikkan? - Segundo o velho Zorke, a lenda diz que haveriam dois escolhidos, mas ele nao sabe quem poderia ser ou quando eles viriam se é que viriam. Mas já faz muito tempo que eu sai de Brikkan e o velho Zorke me proibiu de voltar lá apos a morte do Bigair. Os dois sairam da pequena cabana e seguiram em direcao ao sul, perto da ponte de pedra os dois se despediram, Zed atravessou a ponte e de lá seguiria para a montanha, vedete entrou na floresta e comecou a andar em direcao ao norte novamente, só que desta vez seguiu em direcao ao seu enconderijo para se juntar aos outros cachorros, já pensava em que desculpa arrumaria para contar a eles e se talvez devesse contar a eles um pouco dos perigos que os rondava, ou se seria melhor apenas conserva-los aqui na floresta onde nada de mau pudesse acontecer a eles. X

Dana estava no rio tomando banho, passara o dia colhendo frutas e depois de ter pego o suficiente resolvera dar uma passada no Zed, como ele nao estava resolvera tomar um banho no lago em frente a casa dele. Os seus cabelos dourados caiam em suas costas, estavam molhados, ela estava brincando na agua quando de repente parou e ficou olhando sua imagem na agua, tinha grandes olhos azuis, sua pele estava dourada das caminhadas ao sol, seus cabelos batiam quase que em sua cintura, tinha o nariz e a boca perfeita, ela nao sabia mas era uma jovem muito linda. Sua aparencia dizia que ela tinha cerca de 17 anos, tinha mais ou menos 1,70, era esbelta, devia ter sido uma verdadeira beleza no outro mundo. Mas ela nao sabia disto, pois ficara olhando para sua imagem apenas alguns segundos e logo voltara a brincar na agua. Normalmente quase nao se podia ver como ela era na verdade pois ela quase nao se limpava, e raramente tomava um banho como o de hoje. Acabara de por sua roupa quando ouviu o zed chegando. Sentou-se numa pedra na beira do lago e ficou esperando até ele chegar. Ele sempre tinha comida boa, com ele, quem sabe nao cacara algo especial. Zed levou um choque quando a encontrou sentada na sua pedra, primeiro por encontra-la ali, e segundo por ve-la limpa ele nunca ha havia visto tomada banho, ele quase nao acreditou em seus olhos. - Dana, é voce mesma? - Claro que sou eu, por acaso voce ficou tempo demais dentro de sua caverna que nem me reconhece mais. - Nao nao é isto, voce tomou banho, eu quase nao a reconheci, falou Zed admirado com a beleza

daquela menina que ele sempre achara feia e esquisita. Foi bom mesmo voce ter vindo aqui pois estava precisando falar com voce, porque agente nao entra e prepara algo para comer enquanto conversa. Tenho uma carne de veado defumada que acho que voce vai adorar. Os dois entraram para cabana e Zed foi logo pegando os pratos e ponto na pequena mesa de madeira que ele havia feito a muito tempo atraz, era rustica mas dava para usar. Sua cabana tinha muitas coisas diferentes e Dana ficou olhando com um olhar de cobico, talvez algum dia Zed pudesse ensina-la a fazer aquelas coisas e ela faria o mesmo em sua cabana. Mas o mais importante agora era comer esta carne especial que o Zed estava cortando. Ja fazia tempo que ele nao a convidava para comer com ele, muito tempo desde que ela matara o seu proprio cachorro e o comera. Ela nao entendia por que ele ficara tao irado. Era apenas um pequeno cachorro. Mas isto nao importava no momento se ele a convidara hoje, provavelmente a convidaria outras vezes. - Bom, comecou zed a falar enquanto se sentava e comia o seu primeiro pedaco de carne, estava faminto, e sentia que suas forcas estavam voltando, após a seu encontro com os Shaggus, eu preciso te contar umas coisas que me aconteceram ontem e espero que voce preste bastante atencao, pois é muito importante para sua seguranca. E assim Zed comecou sua interessante historia para Dana, que o ouvia mas ele nao sabia ao certo se ela estava lhe dando muita atencao. Zed tentava explicar-lhe o perigo que ela correria se ficasse andando a noite pela floresta como ela

costumava fazer e era como se ela na se importa-se muito. Por fim ficou irritado com a situacao que para ele era vida ou morte, mesmo que fosse meio estranho pois quase todos nestes lugares já haviam realmente morrido ou melhor já haviam tido uma outra vida. - Voce esta me ouvindo e entendendo o que eu estou falando? Dana estava tentando esconder um pequeno sorriso enquanto o Zed lhe explicava a situacao, o perfume gostoso e a sensacao boa e por fim nao conseguiu mais se controlar, caiu numa gargalhada e nao conseguia para de rir. Zed nao estava entendendo nada, a situacao era séria, é claro que ele a achava estranha, mas ficar rindo de algo tao sério, ela deveria ser completamente louca. Nao se conteve e perguntou bruscamente: Afinal do que voce esta rindo. Estou contando alguma piada engracada por acaso, voce acha engracada aquelas coisas quase terem me matado. - Nao, é que voce esta falando de um perfume gostoso, de sensacao boa, e a ultima vez que eu os encontrei eles estavam eram fedendo muito e sensacao boa eu nao senti nenhuma, alias eu achei que eles estavam me deixando era com vontade de sair de perto deles o mais rapido possivel. Mas eu nunca fiquei o tempo suficiente para perguntar o nome deles. O que Dana estava lhe contando era incrivel, aquela mocinha que após o banho podia-se até dizer que era muito linda, era uma das escolhidas. Será que ela sabia disto. - Voce quer dizer que nao sente nada. Apenas mau cheiro.

- O que voce sabe da profecia que se conta nas cidades das flores sobre a vinda de dois escolhidos? - Nunca ouvi falar. Um dia quando acordei estava aqui, um homem chamado Bigair veio até aqui e disse que infelizmente eu deveria continuar por aqui, pois ele nao recebera nenhum aviso de minha chegada e porcausa disto ele nao poderia me por para morar junto com ninguem na cidade das flores, me disse o que eu podia fazer e o que eu nao podia, me perguntou se eu me lembrava de alguma coisa da minha vida passada. Eu disse que nao e fiquei esperando ansiosa volta dele, mas ele nunca voltou e assim resolvi desistir de todos os conselhos de que ele me dera e resolvi viver a minha vida. Aprendi a cacar, a sobreviver, e aquela vela que se acende todas as noites me irrita muito, pois todas as vezes que tento usar a chamar para acender no meu fogao eu nao consigo acender nem um graveto com ela. Ja fui a cidade das flores, mas sempre vou a noite, mas nunca encontro ninguem, a ultima vez que fui, nao faz muito tempo, havia uma mulher andando pelas ruas, e os Shaggus como voce os chama, estavam lá. Vi a mulher seguindo diretamente para eles, gritei para avisá-la, ela se assustou e caiu, os Shaggus foram em direcao a ela, eu estava como meu arco e flecha e atirei uma na direcao deles e nao sei se eles foram embora porcausa de minha flecha ou porque comecou logo em seguida um movimento na rua, as pessoas ouviram o meu grito e comecaram a sair de suas casas. Eu tratei de me esconder e sai de la o mais rapido possivel. Zed estava sem palavras mas uma coisa era certa, precisava fazer uma visita a cidade das flores e

ver o que estava acontecendo, este nao era o seu mundo de verdade, mas vivia aqui e apesar de todos os dias procurar por uma saida, acostumarase a ele e nao gostava da possibilidade de almas penadas ficarem rondando os arredores e aterrorizando as pessoas, precisava conversar com o velho Zorke e saber dessa historia direitinho. XI Vedete chegou em casa e para sua surpresa todos os caes estavam do lado de fora, ela sentiu imediatamente que havia algo errado, eles nem mesmo correram ao seu encontro para fazerem as perguntas de sempre de onde ela havia passado a noite ou que havia acontecido, mas continuaram andando de um lado para outro, Simba estava uivando feito um louca, Toti tentava consolala mas nao sabia se uivava de alegria ou de tristeza. Assim Vedete tomou a frente e perguntou logo o que estava acontecendo, bastava ela ficar fora “algumas horas” e tudo virava bagunca. - Podem me explicar o que esta acontecendo e porque voces estao aqui fora uivando como loucos. - Oh, D. Vedete como foi bom a senhora ter chegado, nós nao sabiamos o que fazer. E espero que nao seja tarde demais, falou toti entre um pulo e outro. - Fale logo menina, o que acontecendo, perguntou Vedete já nervosa, pensando no que poderia ter acontecido. - É melhor a senhora mesmo, ir la dentro olhar.

Vedete entrou na árvore deles e lá dentro viu, que mais um pequeno local estava se formando, era uma varanda e esta varanda tinha vista para uma praia, um lugar muito bonito, isto significava que logo eles teriam visita de mais um companheiro ou companheira. Os outros caes nunca haviam presenciado, este acontecimento, ela sempre dava um jeito de tirá-los da toca quando percebia que um companheiro estava a caminho. Por outro era bom que eles comecassem a aprender como tudo acontecia aqui neste lugar. - Bom, meus amigos, falou Vedete. Nao há motivo para ficarem preocupados, alías até foi bom que acontecesse assim afinal, voces nao sao criancas e devem aprender coisas novas para poderem se defender e reagir. Simba pare de uivar. O que esta acontecendo é o que voces estao devem estar imaginando mesmo. Vamos receber um novo companheiro ou companheira. E pelo andar das modificacoes em nossa casa deve ser logo. Tykke e Simba voces vao recebe-los, Nick e Toti ficam assim podemos conversar um pouco. - Tykke voce conhece as regras, direto para casa e tome muito cuidado. Simba fique sempre perto dele, a razao de voce ir, é que talvez seja algum conhecido seu. Nada de tristezas, receba o novo companheiro com alegria e nada de informacoes antes do novo companheiro chegar e estar descansado no canto dele. Tykke e Simba sairam correndo em direcao a entrada da floresta, enquanto Vedete, Nick e toti foram para a porta da arvore ver o que estava acontecendo. - Venham voces dois, nós podemos entrar lá dentro enquanto a modificacao acontece, nada

acontecerá conosco e se dermos sorte podemos ver um pedacinho do outro mundo. Mas voces devem me prometer de que nao ficaram tristes, o nosso tempo acabou, o fato de voces verem nossos ex donos contentes com outros caes, nao quer dizer que eles foram alegres e felizes conoscos. As visoes também podem ser tristes, Dizendo isto Vedete entrou na arvore acompanhada de Nick e Toti. A transformacao estava quase terminando, e eles puderam ver as aguas do mar se formando, a varanda o sol quentinho banhando as areias daquele jardim. Vamos nos sentar no nosso circulo, olhem para nosso vasilhame de agua e prestem bem atencao, um pouco das ultimas memorias aparece em nossa agua , falou vedete bem baixinho para seus amigos. E derepente como num sonho, Nick viu sua dona, já bem mais velha desde a ultima vez que a vira, seu dono falando dinamarques, Oh, a quanto tempo ele nao ouvia aquela lingua, já haviam se passado mais de 8 anos. Aquela casa ele nao conhecia. E lá estava a nova companheira, pobrezinha parecia muito doente e nem queria comer as delicatezas que sua dona oferecia. Ela estava la tentando faze-la comer e dizendo o tempo todo, “come petita, come um pouquinho”, Ah, Ah, era assim que vedete descobria o nome dos novos caes, muito esperta e nunca contou para nenhum deles. As imagens desapareceram tao rapido como havia aparecido e os tres ficaram olhando para a agua e pensando talvez nos ultimos momentos de suas vidas. Foram se retirando aos pouquinhos e indo para foram da arvore, cada um com seu pensamento.

Vedete aproveitou a ocasiao para deixar por esquecido que havia passado a noite fora de casa, mas estava se questinando até quando poderia deixar de contar a eles a nova situacao que havia surgido no mundo deles. Enquanto Vedete e os outros estavam na casa da árvore vendo quem seria o novo companheiro que estava a caminho Tykke e Simba ja estavam chegando ao local de espera. Pelo que eles podiam ver nao havia ninguem no local de chegada, Tykke gritou para simba. - Vamos procurar , parece que chegamos tarde. Comecaram a olhar em volta. E logo viram uma cadela dourada, andando longe embaixo de umas arvores. - Voce corre pela direita e eu pela esquerda. Vamos cerca-la antes que ela deixe o vale. Os dois correram e Simba pensou que talvez tivesse sido melhor que o Nick tivesse vindo, ele corria como o vento. Mas logo chegaram perto da cadela, que amedrondada deitou-se no chao. - Nao me machuquem disse ela. Eu nao vou fazer mal a ninguem, só estou procurando minha casa. - Nao tenha medo, nós somos amigos, meu nome é Simba e voce é? Mas ela mesma respondeu a sua pergunta. Veja Tykke é a Petita, uma de nossas meninas. Eu lembro de voce filhinha, foi levada embora bem pequeninha, eu pensei que nossa dona tivesse dado você. Lembra-se de mim. - Agora que voce falou estou me lembrando. No final eramos apenas duas. Uma ficou e eu fui embora para praia. - Lembra-se dele? Seu pai emprestado.

- Sim. Oi Tykke como vai. - Bem filhona. Mas é melhor irmos embora, antes que fique tarde os outros nos esperem. Vamos para nossa nova casa. Lá voce vai encontrar outros tres caes, todos sao amigos, portanto voce nao precisa ficar com medo, alías aqui tem poucas coisas que voce deve temer. Explicou Tykke para Petita. Ele nao queria que ela tivesse outro choque quando encontra-se os outros caes, afinal aquela era uma de suas meninas e nao admitiria que alguem fizesse ela ficar triste. E assim seguiram os tres para a floresta encanta. XII O velho Zorke ja estava terminando de dar uma sopa a Pine, quando Moru e Vini entraram sorrateiros pela porta da frente, eles nao haviam conseguido descer da arvore antes do Zorke entrar na casa das flores, assim ficaram fazendo uma hora do lado de fora antes de entrar na casa como se nada tivesse acontecido. Zorke percebeu logo que havia algo errado e foi logo perguntando: - O que voces dois tem nesta sacola pendurada no pescoco. Moru que sabia que ele talvez fizesse esta pergunta, retirou uma maca de dentro da sacola e entregou a Zorke: - Eu pensei que talvez esta maca fizesse bem a Pine. Zorke ficou olhando para Moru e um sensacao estranha percorreu o seu corpo, puxou o menino para perto de si e sorriu para ele. - Muito obrigado Moru, acho que Pine vai ficar muito contente com a maca quando acordar amanha de manha. Agora

acho que voces devem tentar permanecer dentro de casa ou aqui no jardim o resto do dia, eu ainda tenho que ir até a casa das camelias conversar com os Dual, ele quer me amostrar uma maquina nova que inventou algo que gira e faz vento. - E voce Vini trate de pentear esses cabelos, volto a noite para passar a noite aqui com voces, falou Zorke e já estava se preparando para sair quando ouviu alguem chamando do lado de fora. - Tem alguem em casa, gritou uma voz. Zorke saiu para olhar e qual nao foi sua surpresa quando do lado de fora encontrou Zed e uma linda moca, seria possivel que fosse a Dana. Havia anos que ele nao a via, mas se fosse estava muito diferente do que se lembrava.

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