O MODELO DE AUTOAVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR Trabalho elaborado pela formanda: Filomena Maria Marques
A auto-avaliação da biblioteca escolar é um conjunto de processos internos que permite aferir a qualidade e o impacto da biblioteca na escola. No caso das bibliotecas escolares portuguesas, o documento que orienta esse processo e disponibiliza os instrumentos a aplicar é o MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
“O universo (a que todos chamam Biblioteca) compõe-se de um universo indefinido, e talvez infinito, de galerias hexagonais, com vastos poços de ventilação no meio, cercados por parapeitos baixíssimos” Borges, Jorge Luís, A Biblioteca de Babel, in Ficções, colecção Novis, p.50
AUTO - AVALIAÇÃO A Biblioteca Escolar é um parceiro: o essencial para o sucesso educativo; o essencial no processo ensino- aprendizagem; o essencial para a promoção das aprendizagens ao longo da vida.
AUTO – AVALIAÇÃO DA BE : ABORDAGEM QUALITATIVA Orientada para a análise dos processos e dos resultados; Numa perspectiva formativa; Permite identificar os pontos fracos com vista a melhoria A Avaliação deve ser encarada como: → instrumento de regulação e de melhoria contínua; → instrumento de reflexão orientada para a mudança através do envolvimento colectivo; → um processo e não como algo ocasional; → um processo de auto-responsabilização da BE/Escola; → uma oportunidade para o reconhecimento da BE no panorama educativo nacional; → um documento que fornece indicadores de performance: → envolve os utilizadores; → identifica impactos nos utilizadores; → permite ver o que está a ser feito e o que se deve fazer para melhorar.
Organização do Modelo de Auto - Avaliação da BE Quatro domínios: - A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular - B. Leitura e Literacias - C. Projectos, Parcerias e Actividades livres e de Abertura à Comunidade - D. Gestão da BE Subdomínios: -A.1. Articulação Curricular da BE com as Estruturas Pedagógicas e os Docentes. -A.2. Promoção da literacia da informação. -B.1. Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura; -B.2. trabalho articulado da BE com departamentos e docentes e com o exterior, no âmbito da leitura; -B.3. Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e das literacias.
-C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular -C.2. Projectos e Parcerias D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE D.2. Condições humanas e materiais para prestação dos serviços D.3. Gestão da Colecção/da Informação -
oCada domínio/subdomínio é apresentado num quadro que inclui um conjunto de indicadores temáticos que se concretizam em diversos factores críticos de sucesso: •Os indicadores apontam para as zonas nucleares de intervenção em cada domínio e permitem a aplicação de instrumentos de recolha de evidências que irão possibilitar uma apreciação sobre a qualidade da BE, § •Os factores críticos de sucesso pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e acções que operacionalizam o respectivo indicador. A listagem permite compreender melhor as formas de concretização do indicador, tendo simultaneamente um valor informativo/formativo e constituindo um guia orientador para a recolha de evidências.
Integração do modelo na escola e no processo de ensino/aprendizagem: -institucional e programática de acordo com os objectivos educacionais e da escola; -desenvolvimento de competências de leitura e de um programa
de
literacia
da
informação
integrado
no
desenvolvimento curricular; -articulação com os Departamentos, Professores e alunos na planificação e desenvolvimento de actividades educativas e de aprendizagem.
ÁREAS –CHAVE A QUE SE REPORTAM OS DOMÍNIOS Acesso/ Qualidade: -Disponibilização de um conjunto de recursos de informação em diferentes suportes adequado às necessidades dos alunos. Gestão da BE: -Professor Bibliotecário que articule e trabalhe com a Escola, Professores e Alunos; -Liderança forte do Professor Bibliotecário e da Equipa BE; -Desenvolvimento de estratégias de gestão e de integração da BE na Escola e no desenvolvimento curricular.
ETAPAS DO PROCESSO ØSelecção do domínio a ser objecto de aplicação dos instrumentos; ØIdentificação do problema ou desafio; ØRecolha de evidências; ØAnálise da informação recolhida mediante cruzamento de dados; ØRealização de mudanças necessárias ØRecolha de novas evidências (verificação dos resultados ); ØDivulgação dos resultados à Direcção Executiva; ØDivulgação dos resultados no Conselho Pedagógico ØElaboração do Relatório de Auto – Avaliação que deve ser discutido e aprovado em Conselho Pedagógico, bem como o plano de melhoria; ØElaboração da síntese do Relatório de Auto - Avaliação para integração na avaliação da Escola.
Impacto na Biblioteca Escolar •Reconhecimento do trabalho da BE; •Auto-responsabilização da BE; •Valorização da BE pela Comunidade Educativa.
Impacto nas aprendizagens •Melhorar a qualidade das aprendizagens dos alunos; •Produzir mudanças nas práticas dos alunos; •Operar mudanças nas práticas dos professores; •Melhorar a qualidade do sucesso educativo. •
Integração dos resultados na autoavaliação da escola •Elaboração da síntese do relatório de auto - avaliação para integração na avaliação da Escola; • A avaliação externa da Biblioteca Escolar pela Inspecção poderá avaliar o impacto da mesma na escola, mencionando-a no relatório final da avaliação da escola; •Valor estratégico para a escola com a qual a Biblioteca se relaciona; •Indispensável a tomada de decisões do de acordo com as directrizes da RBE, modelo de auto-avaliação da BE; •Para atingir a melhoria organizacional.
Bibliografia consultada: • •Texto da sessão, disponibilizado na plataforma - SCOTT,Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? an introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General Conference August. http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf - JOHNSON, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media Program”, Principal. Jan/Feb 2005 http:// www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-m - MCNICOL, Sarah,(2004) “Incorporating library provision in school self-evaluation” .