GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE PÚBLICA COORDENADORIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE SUBCOORDENADORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NOTA TÉCNICA Nº 01 de 15 de janeiro de 2008 Orientações frente à situação da febre amarela no Brasil A Doença A febre amarela é uma doença infecciosa, febril aguda, causada pelo vírus amarílico que afeta principalmente o fígado além de outros órgãos, podendo levar à morte. A transmissão ocorre através da picada de mosquitos vetores infectados, principalmente, em regiões de matas. No passado, até a década de 40, também havia a ocorrência da febre amarela urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo atual transmissor da dengue. Os principais sinais e sintomas são: febre alta, dor de cabeça, vômito, icterícia (pele amarelada) e insuficiência dos rins e do fígado. Pode ser prevenível através da vacinação. Nas matas, em áreas endêmicas, a febre amarela pode acometer primatas não humanos (macacos), que também adoecem e podem morrer devido à infecção. Nessas áreas silvestres os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que preferencialmente alimentam-se do sangue desses primatas. A transmissão da febre amarela nessas áreas de mata ocorre geralmente quando homem entra na mata para atividades de pesca, caça ou lazer (eco-turismo ou turismo rural) etc. Caso o indivíduo não esteja vacinado, ele corre o risco de contrair a doença. A maior incidência da doença acontece nos meses de janeiro a abril, período das chuvas nessas regiões endêmicas. Nessa época, há um aumento da população das
espécies do mosquito transmissor e, por coincidir com a época de férias, muitos eco turistas não vacinados se deslocam para regiões de risco. As atividades agrícolas, de caça e pesca realizada nas matas, também podem levar um número maior de pessoas às áreas com risco de transmissão. Situação atual da febre amarela no Brasil A partir do mês de abril de 2007 e até o presente momento o sistema de vigilância de febre amarela tem identificado um aumento na ocorrência de epizootias em primatas não humanos (macacos) em estados considerados de risco para circulação do vírus da febre amarela. Neste período foram notificadas epizootias em 80 municípios de nove estados: Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal e Rio Grande do Norte (Figura 1), tendo havido confirmação laboratorial para febre amarela apenas em Goiás, até o momento.
Nos meses de dezembro/07 e janeiro/08 houve um aumento significativo das notificações de epizootias no estado de Goiás com a inclusão de 23 novos municípios em relação aos meses anteriores, alguns desses com grande fluxo de turismo nacional
e internacional, como Caldas Novas, Rio Quente e Pirenópolis. No mesmo período foram registradas também epizootias em 13 localidades do Distrito Federal, bem como em quatro municípios de Minas Gerais. Em relação aos casos humanos de febre amarela silvestre, no período de janeiro a novembro de 2007, foram registrados seis casos em quatro estados (Amazônia, Pará, Roraima e Goiás). Em apenas um município (Jataí/GO) houve concomitância de caso humano e epizootia, o que ocorreu no mês de abril. Entre dezembro de 2007 até 10 de janeiro de 2008, sete casos humanos suspeitos de febre amarela, encontram-se em investigação em Goiás e no Distrito Federal. Destes, três foram a óbito. No Estado de Minas Gerais, um caso está sendo investigado, entretanto a eventual exposição ao vírus da febre amarela ocorreu no Estado do Acre. A morte de macacos e as epizootias ocorrem regulamente no ambiente silvestre e, não existem medidas efetivas de controle destas populações. Quando a epizootia ocorre nas proximidades de áreas urbanas, também está indicada a intensificação das ações de controle do Aedes aegypti que é o vetor transmissor da doença no ciclo urbano. Por isso, a importância da Vigilância para Febre Amarela em todos os estados, porém o último registro de febre amarela no Brasil foi em 1942. Situação Epidemiológica do Rio Grande do Norte quanto a Febre Amarela O Rio Grande do Norte encontra-se em uma área indene (sem registros da circulação do vírus) para a febre amarela. Não há registros de casos de morte de macacos por febre amarela no Rio Grande do Norte, embora houve ocorrência de epizootias nos anos de 2004,2006 e 2007, em regiões da mata atlântica. Diante da situação atual de ocorrência de epizootias em primatas e casos suspeitos e confirmados de febre amarela em alguns estados da região Centro-Oeste e
Sudeste do Brasil, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte, de forma articulada com as Secretarias Municipais de Saúde e ANVISA recomendam: •
Notificação de epizootias: Toda epizootias em Primatas não humanos", (morte
de macacos) por causa não determinada deve ser notificada a Secretaria Estadual de Saúde , para que seja investigada a causa, visando à tomada de medidas de prevenção e controle.
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Notificação de casos suspeitos: De acordo com a Portaria SVS/MS Nº 5 de 21
de fevereiro de 2006, Anexo I, todo caso de febre amarela é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Orientação aos serviços de saúde para que notifiquem de imediato às autoridades sanitárias os casos atendidos e ou internados de pacientes com quadro clínico compatível com febre amarela, especialmente os provenientes de áreas com registro de epizootias, conforme determina a Portaria MS/SVS nº 5/2006. No Rio Grande do Norte, a notificação imediata deverá ser através do telefone da Unidade de
Resposta
Rápida
–
URR
0800-281-2801
ou
por
meio
eletrônico
no
[email protected], no município de Natal através do 0800-281-9435 e nos demais municípios às secretarias Municipais de Saúde. Ao receber a notificação, as secretarias municipais de saúde devem realizar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes. A investigação deverá ser encerrada até 60 dias após a notificação. A unidade de saúde notificadora deve utilizar a ficha de notificação/investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, encaminhando-a para ser processada, conforme o fluxo estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde.
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Caso suspeito: Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito,
com icterícia, residente ou procedente de área de risco para febre amarela (Figura1), ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não-humanos nos últimos 15 dias.
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Coleta de Amostra para diagnóstico laboratorial: Sorológico: Amostra de sangue por punção venosa ou punção intracardíaca (óbito). Coleta: Crianças: 2-5ml; Adulto: 10ml, 1ª amostra (após o 5º dia do início dos sintomas). 2ª amostra (entre 14 a 21dias após a primeira amostra). Transporte: A amostra deve ser acondicionada em tubo estéril de plástico ou vidro com tampa de rosca com vácuo, e acondicionada em temperatura de ( -20 ºC em geladeira, Gelox ou gelo). Isolamento viral a partir de amostra de sangue: Amostra de sangue por punção venosa ou punção intracardíaca (óbito). Coleta: Crianças: 2-5ml; Adulto: 10ml. A amostra para isolamento deve ser coletada entre ( 1º ao 5º dia do início dos sintomas). Transporte: A amostra deve ser acondicionada em tubo estéril de plástico ou vidro com tampa de rosca com vácuo, e acondicionada em freezer -70 ºC ou em nitrogênio líquido. Envio da amostra no RN: As amostras coletadas deverão ser encaminhadas ao Laboratório de Saúde Pública – LACEN-RN, devidamente acondicionada, conforme orientação acima descrita, acompanhada com o formulário preconizado pelo LACEN (Solicitação de exame – SINANW).
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Vacinação: Recomenda-se a vacinação, no mínimo dez dias antes da viagem,
para os que se deslocarem para todos os estados e municípios das regiões Norte e Centro-Oeste, para todos os municípios do Maranhão e Minas Gerais, para os municípios localizados ao sul do Piauí, oeste e Sul da Bahia, Norte do Espírito Santo, noroeste de São Paulo e oeste dos estados do Paraná, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A idade recomendada para iniciar a vacinação contra a febre amarela é aos nove meses de idade.
A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos atenuados, derivados da linhagem 17D, cultivado em ovos embrionados de galinha. No Brasil, utiliza-se a vacina produzida na Fundação Oswaldo Cruz – Bio-Manguinhos. A vacina de febre amarela tem apresentação de 50, 10 e 5 doses, atualmente estamos utilizando a apresentação de 05 doses. A vacina após reconstituída só deverá ser utilizada durante 4 horas. A via de administração de vacina de febre amarela é subcutânea, preferencialmente na face externa da parte superior do braço. A vacina deve ser administrada em uma única dose (0,5ml). A vacina deve ser conservada entre +2º C e +8º C. Contra indicação para uso da vacina contra febre amarela: 1) comprometimento do sistema imunológico por doença (neoplasia, imunodeficiência grave associada à infecção pelo HIV) ou pelo uso de drogas imunossupressoras, imunoterapia e radioterapia. 2) história de reação anafilática relacionada a ovo de galinha e seus derivados. 3) gestação em qualquer fase constitui contraindicação relativa, devendo ser avaliado cada caso. Precauções: Nos casos de doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença. Eventualmente poderá ocorrer dor no local de aplicação, febre, dor de cabeça (cefaléia), dores musculares (mialgia), nos primeiros dias após a vacinação durando de 1 a 3 dias na maior parte dos casos. Casos graves são raramente relatados. Na ocorrência de eventos adversos, procurar os postos de vacinação para que seja feita a notificação, investigação e encaminhamentos dos mesmos. Em caso de dúvida, procure os postos de saúde no seu município, para maiores esclarecimentos: Ao cidadão: SUVIGE/CPS/SESAP-RN - 84 3232-2599 ou 3232-2693 Atendimento à imprensa: 3232-2630 ou 3232-2618
Profissionais de Saúde para notificar casos suspeitos: •
URR – Unidade de Resposta Rápida SESAP-RN para todo estado: 0800-281-2801
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URR- SMS/Natal – para os casos suspeitos no município: 0800-285-9435
Relação dos Postos de Vacinação contra Febre Amarela no estado do Rio Grande do Norte Municípios Arez Baia Formosa Brejinho Canguaretama Espírito Santo Goianinha Jundiá Lagoa D'Antas Lagoa de Pedras Lagoa Salgada Montanhas Monte Alegre Monte das Gameleiras Nízia Floresta Nova Cruz Passa e Fica Passagem Pedro Velho Santo Antonio São José de Mipibu Sen. Georgino Avelino Serra de São Bento Serrinha Tibau do Sul Várzea Vera Cruz Vila Flor Açu Areia Branca
Postos de saúde com vacina para febre amarela CS Dr Manoel da Costa Souza Centro de Saúde de Baia Formosa Unidade Integrada de Brejinho Centro de Referência CS Nossa Senhora da Piedade Centro Cl Pref Luis Gonzaga A. L. Filho Centro de Saúde de Jundiá Centro de saúde de Lagoa D' Antas UIS Dona Lia UIS Souza Costa ( C.S. Lagoa Salgada) C. S. Montanhas Unidade de Emergência de M. A. Centro Saúde Municipal C.S. Cândido Freire P. S. Sebastiana Pereira Nunes P. S. Zona Urbana P. S. Raimundo Roberto P.S. Central C.S. Santo Antonio Centro de Referência C.S. de Georgino Avelino Unidade Mista de Saúde C.S. José Teixeira de Souza PSF de Tibau do Sul C. S Municipal C. S. de Vera Cruz C. S. de Vila Flor Unidade Básica de Assú C. S. de Areia Branca
Baraúna Ipanguaçu Itajá
Mossoró
Paraú Porto do Mangue Bento Fernandes Guamaré Jandaíra João Câmara Lajes Macau Poço Branco Pureza Acari Bodó Caicó Carnaúba dos Dantas Cerro Corá Cruzeta Currais Novos Equador Florânia Ipueira Jardim de Piranhas Jardim do Seridó Jucurutu Lagoa Nova Ouro Branco Parelhas Santana do Matos Santana do Seridó São Fernando São João do Sabugi São José do Seridó São Vicente Serra Negra do Norte
U. Básica de Barauna U. Básica de Ipanguaçu C. S. de Itajá Centro clínico Evangélico Hospital Rafael Fernandes C. S. São Manoel C. S. Abolição II C. S. Abolição III C. S. de Paraú C. S. de Porto do Mangue Unid Mista de bento Fernandes Unidade do PSF I Unidade Mista de Jandaira C.S. de joão Câmara Centro de Saúde Pedro Lopes Centro de Saúde de Macau C. S. de Poço Branco - PSF 1 Hosp Mat. N. Senhora da Pureza Centro de Saúde de Acari Centro de Saúde de Bodó Centro de Saúde Paraíba P.S. N. S. do Perpétuo Socorro Unidade Clotilde Santina U. M. abílio C. Filho Centro de S. de Currais Novos UMII de Equador Centro de saúde de Florânia Centro de saúde de Ipueira C. Saúde de Jardim de Piranhas C. Saúde de Jardim do Seridó Posto de Saúde Janúncio Afonso Centro de Saúde de L. Nova Centro de Saúde de Ouro Branco Posto Médico Municipal Hospital Dr Clóvis Avelino Hosp Mat Ana B. de Almeida Centro de Saúde de São Fernando Centro de S. de São joão doSabugi C. S. Maria Fausta M. Dantas Centro de Saúde de São Vicente Centro de Saúde de Serra N. do Norte
Tenente Laurentino Cruz Timbaúba dos Batistas Barcelona Bom Jesus Campo Redondo Coronel Ezequiel Jaçanã Januário Cicco Japi Lagoa de Velhos Lajes Pintadas Santa Maria Presidente Juscelino Ruy Barbosa Santa Cruz São Bento do Trairí São José do Campestre São Paulo do Potengi São Pedro São Tomé Senador Elói de Souza Sítio Novo Tangará Patu Pau dos Ferros São Miguel Umarizal Ceará-Mirim Parnamirim Extremoz Macaíba São Gonçalo do Amarante Natal
C. S. de Tenente Laurentino Cruz Centro de Saúde Paulino Santos SMS de Barcelona UBS Dra Zilda Centro de Saude de Campo Redondo UM Solon Nelson de Farias UBS Severina Medeiros Centro de Saúde de Januário Cicco PSF I Centro de Saúde de Lagoa de Velhos Unidade Mista de de Saúde CS Maria Salvina da Conceição UBS Amélia Jovelina Viana Hosp Emília Martins da Silva Centro de Saúde de santa Cruz UM Geracina Maria de Oliveira Centro de S. de São J. de Campestre CS Raimundo Dagmar Fernandes Centro de Saúde de São Pedro Centro de Saúde de São Tomé Centro de S. de Sem Eloi de Souza UM Maria Aparecida F. Medeiros Centro de Saúde de Tangará Centro de Saúde de Patu USF Princesinha do Oeste C. S. José Torquato Centro de Saúde de Umarizal Centro de Saúde de Ceará-Mirim Centro de Saúde de Santos Reis PSF Centro CATRE Hospital Maternidade Presid Café Filho PSF de Genipabu Centro de Saúde Luis Antonio C.S. São Gonçalo do Amarante Centro de Saúde do Amarante Centro de Saúde Santo Antonio CENTRO DE SAÚDE DE NEÓPOLIS – tels. 32328370, 8371; 8372. – HORÁRIO – 8:00 as 12:00hrs. Rua : Airton Senna, s/nº - Neópolis CENTRO DE SAÚDE DE NOVA DESCOBERTA :
tels. 32328285; 8286 – HORÁRIO- 13 as 17:00hrs. Av. Xavier da Silveira, nº 05 – Nova Descoberta USF GRAMORÉ – tels. 32328245; 8246 ; 8247 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Av. Guaratinguetá, S/Nº - Gramoré. USF REDINHA – tels. 32328185 ; 8186 ; 8187 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Rua do Campo , S/Nº - Redinha. CENTRO DE SAÚDE DE IGAPÓ – tels. 32328265 ; 8266 ; 8267 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Rua São Tiago , 01 – Igapó. USF SANTARÉM – tels. 32328215 ; 8216. – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Av. Rio Doce, 12 – Conjunto Santarém CENTRO DE SAÚDE SÃO JOÃO – tels. 32328570 ; 32328573 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Rua Romualdo Galvão , 891 – Lagoa Nova UNIDADE MISTA MÃE LUIZA – tels.32328625 ; 8626 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Rua João XX , 2 A – Mãe Luiza CENTRO DE SAÚDE DE NAZARÉ – tels. 32328345 ; 8350 – HORÁRIO – Manhã e Tarde. Rua Rubens Mariz , 12 – Nazaré TERMINAL RODOVIÁRIO – tels. 32328340 - Av. Mor Gouveia , S/Nº - Terminal Rodoviário Aberto TODOS os dias; inclusive sábados e domingos das 8:00 ás 18:00 hrs.)
Natal, 15 de janeiro de 2008