CARTA A UM JOVEM FILÓSOFO
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA
Prémios de realização Meu caro Amigo: do que você precisa, acima de tudo, é de se não lembrar do que eu lhe disse; nunca pense por mim, pense sempre por você; fique certo de que mais valem todos os erros, se forem cometidos segundo o que pensou e decidiu, do que todos os acertos, se eles forem meus, não seus. Se o criador o tivesse querido juntar muito a mim não teríamos talvez dois corpos distintos ou duas cabeças distintas. Os meus conselhos devem servir para que você se lhes oponha. É possível que depois da oposição venha a pensar o mesmo que eu; mas nessa altura já o pensamento lhe pertence. São meus discípulos, se alguns tenho, os que estão contra mim; porque esses guardaram no fundo da alma a força que verdadeiramente me anima e que mais desejaria transmitir-lhes: a de se não conformarem. […] Agostinho da Silva, Sete cartas a um jovem filósofo
NESA DIA DO DIPLOMA
Pelo trabalho desenvolvido no apoio aos colegas na Biblioteca.
Mês de Outubro Laura Sofia 12º Ano turma G
A Escola Secundária de Albufeira festejou no dia 12 de Setembro o dia do diploma com pompa e circunstância no Hotel Montechoro. Usaram da palavra o Sr. Director Regional da Educação do Algarve, o Sr. Presidente da C. M. Albufeira, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Albufeira e a Presidente do Conselho Executivo da ESA. Foram entregues cerca de 150 diplomas aos finalistas do 12º ano bem como os prémios de mérito.
Agostinho da Silva Obras:
Sentido histórico das civilizações clássicas, 1929; A religião grega, 1930;
POEMA Lágrimas
ARTE DO MURAL (5 DE OUTUBRO)
Sem nenhuma ordem. Lágrimas alcançam Com tristeza e sofrimento, Lágrimas alcançam Na minha vida e no céu, No futuro e no presente; Lealdade de uma lágrima É como sofrimento.
Lágrimas na cara Reflectem no espelho, Chaves de casa Eu deixo na tua mão, Eu abraço a futilidade Que vai comigo por todo lado; As minhas lágrimas Victoria Belianina 11º P Afundam a cidade, À cidade de amor À cidade de esperança; Nas flores ingénuas Estão as minhas lágrimas, Lágrimas de liberdade, Lágrimas de alegria, Que enfim, têm algum sentido; Não tenho sonhos Já há cinco anos, Pois passei a minha vida toda a correr, Sem algum obstáculo,
Escola Secundária de Albufeira
Glosas, 1934; Sete cartas a um jovem filósofo, 1945; Diário de Alcestes, 1945; Moisés e outras páginas bíblicas, 1945; Reflexão, 1957;
Com a implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, passou a adoptarse como símbolo da Pátria Portuguesa esta figura de mulher despida da cinta para cima.
Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país. Em Braga foi-o no dia 7, tendo tomado posse da Câmara o Dr Manuel Monteiro.
Ficha Técnica - Autores: Cristina Moniz, Gabriel Batista, Manuela Lino, Maria do Céu Ferreira, Palmira Garcia. Produzido na Biblioteca da Escola Secundária de Albufeira.
Contacto:
[email protected]
Outubro N.º 9/ 2008
Um Fernando Pessoa, 1959; As aproximações, 1960; Educação de Portugal, 1989;
CIDADES : PONTA DELGADA A cidade de Ponta Delgada está situada na ilha de São Miguel, na Região Autónoma dos Açores (Grupo Oriental) e tem cerca de 65.836 habitantes. É a capital administrativa dos Açores. É sede de um concelho com uma área de 231,90 km² e 64.516 habitantes (2004)estando dividido em 24 freguesias.
Do Agostinho em torno do Pessoa; Disper-
História de Ponta Delgada:
sos, 1988.
A cidade é assim chamada por estar situada junto de uma ponta de pedra de biscouto, delgada e não grossa como outras da ilha tendo sido edificada muito perto dela a ermida de Santa Clara (ponta de Santa Clara). Ponta Delgada foi elevada à categoria de cidade em 2 de Abril de 1546. Escritores Açorianos:Vitorino Nemésio, Natália Correia, Daniel de Sá, Dias de Melo, Manuel Serpa...
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Afinal Que vida fiz eu da vida? Nada. Tudo interstícios, Tudo aproximações, Tudo função do irregular e do absurdo, Tudo nada… (…)
Teresa Rita Lopes “Véspera de viagem”
EDITORIAL Nesta nona edição, cabe-nos a simpática tarefa de dar as boas vindas a todos os que participam e dão cor à nossa comunidade educativa. Pois bem: Sejam Bem-Vindos! As nossas expectativas não podiam ser mais optimistas a julgar pela disponibilidade daqueles que são o rosto de uma instituição. E que bem sabe, ser bem recebido! Desejamos a todos um bom ano lectivo, que deve ser encarado com alguma serenidade e um grande sorriso. Só desta forma podemos vencer os desafios que se avizinham. Bom trabalho! Boas leituras!
Carta a Saramago
Mia Couto "A varanda do Frangipani" Segundo Capítulo - Estreia nos viventes Este homem que estou ocupando é um tal Izidine Naita, inspector da Policia. Sua profissão é avizinhada aos cães: fareja culpas onde cai sangue. Estou num canto de sua alma, espreitolhe com cuidado para não atrapalhar os dentros dele. Porque este Izidine, agora, sou eu. Vou com ele, vou nele, vou ele. Falo com quem ele fala. Desejo quem ele deseja. Sonho quem ele sonha. Neste momento, por exemplo, estou viajando num helicóptero, em missão enviada pela Nação. Meu hospedeiro anda esgravatando verdades sobre quem matou Vasto Excelencio, um mulato que foi responsável pelo asilo de velhos de São Nicolau. Izidine iria percorrer labirintos e embaraços. Com ele eu emigrava no penumbroso território de vultos, enganos e mentiras. Espreito das nuvens, por cima das vertigens. Lá em baixo, faceando o mar se vê a velha fortaleza colonial. É lá que fica o asilo, é lá que estou enterrado. Tem graça que eu tenha saído directamente das profundezas para as nuvens. Olho da janela. A Fortaleza de São Nicolau é uma pequenita mancha que cabe num pedacito de mundo. Minha campa, essa nem se distingue. Vista do alto, a fortaleza é, antes, uma fraqueleza. Se notam os escombros como costelas descaindo sobre o barranco, frente à praia rochosa. Esse mesmo monumento que os colonos queriam eternizar em belezas estava agora definhando. Minhas madeirinhas, aquelas que eu ajeitara, agoniavam podres, sem remédio contra o tempo e a maresia."...
LIVRO DO MÊS "Ansiedade, Fobias e Síndrome do Pânico", de autoria da psicóloga britânica, Elaine Sheehan, faz parte da coleção Guia Ágora, uma coleção dedicada a esclarecer e orientar sobre problemas psicológicos e emocionais. A autora do presente "Livro do Mês", formada também em PNL e em Hipnose, aborda em linguagem bastante acessível, característica, aliás, das obras da coleção criada pela Editora Ágora, -- diferentes tipos de ansiedades, fobias, suas causas e sintomas.
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TEXTO TEU
LEITURAS
EXPOSIÇÃO
nhecemos quase por completo. Foi uma revelaAlgarve, Setembro de 2008 ção! E a itinerância da exposição comunicavase ao espírito do visitante: hora e meia de um intenso mergulho nos recortes de jornais, nos Caro José Saramago, fac-similes de inéditos e publicações, dos mais Não me conhece nem virá, provavel- “verdes” aos consagrados, de ternura ao ver mente, a conhecer, por isso esta carta cumpre fotografias de locais, pessoas e objectos pesuma intencionalidade diferente da habitual soais, de envolvimento na leitura de alguma para a tipologia textual em questão. Ela é, ape- correspondência, sorrisos com o seu humor nas, nem mais nem menos do que uma másca- satírico e tantas vezes cortante, espanto com a ra, uma forma de comunicação virtual, concre- plurivocalidade de um escritor e pensador militizada unicamente num contexto referencial tante que, desde muito cedo, marcou o seu específico. lugar no mundo e se dispersou por textos dos Assim, escrevo-lhe do Algarve, a mais variados modos e géneros – jornalísticos, milhares de quilómetros da sua ilha de Lanza- dramáticos, poéticos, romanescos, eu sei lá... – rote, e donde vários grupos de simpáticos leito- construindo uma espécie de diáspora de escrita res partiram para Lisboa, entre Abril e Julho, ( se é que existe tal expressão, desculpe-me). para visitar a exposição sobre a história de uma Depois, emoldurando os expositores, eram as preenchida vida. Eu fui num deles. Na algibei- pinturas, as músicas, os sons, os filmes, as ra ia, por exemplo, o encanto d’As pequenas cores, os contrastes luz/sombra, os recantos memórias, a reflexão sobre O homem duplica- criados com uma sobriedade e bom gosto irredo, o fascínio por Ensaio sobre a cegueira, ou preensíveis e felizes e, no fim, foi a apoteose, então a plenitude de tudo. No entanto, tinham com a percepção da tremenda universalidade todos um brilho especial no cantinho do olho, que a sua obra adquiriu, expressa naquele que deixava transparecer a expectativa voyeu- espectacular e quase infinito mural de tradurista de descobrir “A Consistência dos sonhos” ções.. de alguém que preenche sempre, de forma tão Enfim, não há coincidências, como se apaixonada, as discussões de vários serões costuma dizer, e nada acontece por acaso. Só acalorados dos muitos Clubes de Leitura exis- podia ter sido tudo exactamente como acontetentes por aqui e em todo o país. Havia de ver! ceu e lá em cima, no primeiro andar daquele Como foi enternecedor descobrir pequenos edifício inicialmente tão rejeitado por si ( é episódios simples de uma intimidade (sua) até sobejamente conhecida a sua aversão à monarentão completamente desconhecida! E a figura, quia) a grandiosidade arquitectónica albergou a algo anónima de humanidade de um ser cin- magnificência da criação literária e os sonhos zento e distante, começou a delinear-se em começaram a revelar-se... Finalmente, meu contornos mais definidos e coloridos... caro Saramago, foi tão claramente perceptível Julho, meio dia e meia de um Domin- do que é que a genialidade é realmente feita: go ventoso junto ao Centro Cultural de Belém, amor, carinho, sensibilidade, dedicação, luta, quinze horas escaldantes no alto da Ajuda, coragem, dignidade, coerência, persistência, junto ao Palácio por cuja imponente entrada método, rigor, enfim, grandeza. saía uma fresca brisa, que convidava a penetrar Um grande abraço aqui do Sul e bemnas grandiosas e austeras escadarias. E foi o haja. que todos fizeram. Lá dentro, na imensa galeFernanda Lamy ria do rei D. Luís I, dividida em vários espaços multimédia, começava o desfile da sua vida e obra, o que permitiu perceber quanto o desco-
BD
Galeria Municipal de Albufeira Exposição " Por uma obra para todos..." Organização de Município Albufeira Até 18 de Outubro das 10h30 às 17h00
Exposição de Pintura de Helge Leiberg Organização da Galeria de Arte Vale do Lobo
De 29 de Agosto a 22 de Outubro das 09h00 às 18h00
O FILME
Mulheres de Guerra Título original: Les Femmes de l'ombre De: Jean-Paul Salomé Com: Sophie Marceau, Julie Depardieu, Marie Gillain, Déborah François Género: Drama/História Classificacao: M/12 FRANÇA, 2008, Cores, 116 min.
Um membro da Resistência Francesa, Louise Desfontaines, foge para Londres depois da execução do seu marido. Nesta cidade, ela é recrutada pelo Executivo de Operações Especiais (EOP), um serviço de inteligência e sabotagem supervisionado pelo próprio Churchill.
Conferencista e orientadora do "Britsh Hypnosis Research Center", Elaine Sheehan, -- que tem também publicado na Coleção Ágora o livro "Baixa Auto-Estima", -- ensina com profissionalismo meios práticos para ajudar a controlar o nível de ansiedade além de orientar o leitor a buscar ajuda profissional em sendo necessária.
Sheehan, Elaine. Ansiedade Fobias e Síndrome de Pânico “ O amor, ainda que cego para ver, é lince para adivinhar” Provérbio