Visita de estudo à Biblioteca de Nova York!
ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALBUFEIRA
Prémios de realização Jack Petchey
Janeiro N.º 12/ 2009
NESA CHARLIE E A FÁBRICA DE CHOCOLATE
José Saramago
Começar o ano a visitar a Biblioteca de Nova York uma das maiores Bibliotecas do Mundo.
Intervém activamente na integração de colegas estrangeiros na turma e na escola, nomeadamente na tradução de testes e outros materiais de estudo segundo a meta do projecto educativo “diminuir o insucesso/abandono escolar no 10º ano”
“Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes.” Leonardo da Vinci
Mês de Dezembro Junli Luang 10ºJ/11ºI
POEMA
O amor é um sentimento vulcânico É o eclodir de cactos e flores Numa explosão de todas as cores Tal força do mar em furor titânico O amor move montanhas Onde encontra predadores e presas Homens e mulheres - gentes indefesas Num frenesim de atitudes tamanhas O amor é um atropelo de sentimentos É um não mais acabar de alegrias e sofrimentos!!!
Lurdes Santos, 11ºAMC
"A minha terra" Saudades da terra amada Lembranças até chorar, Eu quero voltar ao passado, Mas tenho medo de não regressar; Eu juro que abraço o meu sofrimento, Eu juro que um dia regressarei à terra, A terra que amo, a terra que adoro. Mas há um motivo Porque eu estou cá Nem eu sei bem, Mas há uma mentira, Mentira do destino Destino que não me deixa Escolher entre a terra amada e a terra onde vivo. Terra, minha terra, As saudades já me estão a matar, Que difícil, que cansativo Estar na terra que não conheces bem, Porque tudo é diferente, A vida é diferente; Eu já estou cansada, Cansada de não ver a terra A terra que amo, a terra que adoro. Victoria Belianina 11º P
Ficha Técnica - Autores: Gabriel Batista, Manuela Lino, Palmira Garcia. Produzido na Biblioteca da Escola Secundária de Albufeira.
Contacto:
[email protected]
Escola Secundária de Albufeira
Nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova". Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário. Em 1998, recebe o prémio Nobel da Literatura.
Na época de Natal, os canais de televisão competem ainda mais uns com os outros na guerra das audiências e quem lucra é o espectador, claro. Esta quadra festiva não foi excepção e, entre os vários filmes apresentados, um fez de novo os meus encantos e não resisto a falar dele: Charlie e a fábrica de chocolate, de Tim Burton, adaptação do livro homónimo, de Roald Dahl. As ideias vêem em catadupa, mas limitar-me-ei a referir apenas algumas, por óbvia exiguidade de espaço. Confesso que sou fã de Tim Burton, devo ter visto quase todos os seus filmes ( paixão inevitável após Eduardo, mãos de tesoura). O modo como apresenta (satiriza, mais concretamente) a realidade e as relações humanas é muito seu e quase sempre surpreendente, fazendo-me continuar a achar que o génio humano é pura e simplesmente ... fabuloso. Ora, este Charlie e a fábrica de chocolate é disto um magnífico exemplo. Delicioso, fantástico, brilhante. Espantosa metáfora caricaturada de vários aspectos da vida actual, extremamente real, mordaz e corrosiva, até no que parece obviamente natural, este filme mostra, entre outros aspectos, como uma educação desregulada pelos pais condiciona, não só as relações parentais-filiais, mas também o comportamento e carácter dos filhos, exemplar lição de moral de Tim Burton, revestida por uma saborosa ( no verdadeiro sentido da palavra) fantasia delirante e multicromática, autêntico deleite para os sentidos. Filme para os mais pequenos? Não me parece… ( Cont. pag 3)
EXPOSIÇÃO COLECTIVA DE PINTURA NA BE Decorreu na BE mais uma exposição de pintura.
Obras: Que farei com este livro?, 1980 Levantado do Chão, 1980 Memorial do Convento, 1982 Jangada de Pedra, 1986 Ensaio sobre a Cegueira,1995 Todos os Nomes,1997 O Conto da Ilha Desconhecida, 1997 A Caverna,2000 O Homem Duplicado, 2002 Ensaio sobre a Lucidez, 2004 As Intermitências da Morte, 2005 Viagem do Elefante, 2008
Uma exposição de vários artistas, coordenada pelo pintor Serguey Serguev. Alguns dos quadros foram pintados por alunos da escola do pintor. A BE tem já agendada uma exposição de vitrais para o próximo mês. 1 de Janeiro — Dia Mundial da Paz 8 de Janeiro — Dia Mundial da Alfabetização 23 de Janeiro — Dia Mundial da Liberdade
Blogue: www.esateca.blogspot.com
Patrocinado pela Fundação Jack Petchey
PATROCINADO PELA FUNDAÇÃO JACK PETCHEY
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“Histórias de Quando Aprender é um Prazer / Stories from when we enjoyed learning” No passado dia 20 de Novembro, os alunos do Curso EFA NS 1 A envolvidos, desde o início do ano
Dia Mundial da Liberdade
lectivo, no Projecto subordinado ao tema “Histórias de Quando Aprender é um Prazer / Stories from when we enjoyed learning” substituiram a sala de aula pela Biblioteca a fim de ouvirem histórias de vida contadas pelo Dr. Leopoldo Santos, aposentado de uma carreira de advocacia longa e trabalhosa, mas repleta de histórias de um humanismo exemplar. E é neste campo que o nosso convidado destacou a coragem e a determinação da sua mãe, que lhe serviu de exemplo pela vida fora, e também o facto de ela o ter escolhido, de entre os seus doze filhos, para continuar os estudos. “Senti-me, na altura, um privilegiado, mas também percebi muito bem que isso era, nem mais nem menos, do que um prémio à minha aplicação aos estudos e à minha vontade de aprender”,
23 de Janeiro
fim de citação. Homem feito, e de regresso da sua comissão militar em Goa, visitou a cidade do Cairo e as milenares pirâmides de Gizeh. A propósito desta viagem referiu: “Dessa emocionante visita guardei documentação literária e fotográfica. Mal sabia eu que, passados alguns meses, esses elementos ainda haviam de servir-me para alguma coisa. Mas aconteceu. Um jornal de Luanda - O Comércio de Angola - abriu, na altura, um concurso
EDITORIAL
para jornalistas amadores na modalidade de reportagem. Eu concorri com um trabalho sobre a minha visita
Mais um ano terminou. Foram
às pirâmides e ganhei o primeiro prémio”, fim de citação.
365 dias de desafios e mudanças
Estes dois extractos das histórias vividas pelo Dr Leopoldo constituem dois bons exemplos de que estudar e
que aconteceram
aprender dão prazer, mas também podem trazer compensações financeiras e novas oportunidades aos mais
nas nossas
vidas, tais como: trabalho, amizade, sentimentos, conflitos etc. Enfim, muitas pedras no caminho.
persistentes. A Coordenadora do Projecto do Curso EFA NS 1 A, Maria Elísia Correia, agradece aos professores Gabriel Batista,
Mas o que importa realmente
Francisco Lopes, Ilena Luís e Ana Duro a sua colaboração e/
neste novo ano é conseguir
ou participação neste projecto que, de acordo com o Plano
crescer procurando novas ideias,
Anual de Actividades, se vai desenvolver ao longo do pre-
novas soluções e novos projec-
sente ano lectivo.
tos.
Coordenadora do Projecto: Prof.ª Maria Elísia Correia
O passado não nos pertence o presente é agora, vamos viver bem o presente. Ano novo é o momento de reflec-
LIVRO DO MÊS
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CHARLIE E A FÁBRICA DE CHOCOLATE ( CONT.) Se é verdade que as crianças apenas têm que ser crianças e deixar-se levar pela imaginação, dando asas àquilo que faz delas os seres espantosos que são, Charlie e a fábrica de chocolate mostra como esta ideia está completamente subvertida. Temos uma fábrica nitidamente irreal, por dentro e por fora, numa cidade sem localização precisa e em que país? Fica algures, sem dúvida, mas isso também não é importante, o que conta é o que ela representa, isto é, uma viagem pelo imaginário, aquilo que todas as crianças, na óptica de Burton, parecem estar a perder. Todas? Não, o nosso Charlie mostra-nos o que elas têm ( ou deveriam ter) de melhor. Ele é um menino como já não há, que também parece propositadamente irreal ( tal como toda a sua vida e família): bom filho, bom neto, sensato, suficientemente maduro para a idade, obediente, altruísta, generoso, sincero, digno e, claro, pobre, inscrevendo-se na galeria dos heróis dos contos maravilhosos, ou melhor, toda a história é apresentada como um conto de fadas, registando-se a presença dos respectivos topoi: o incipit “Era uma vez…”; Charlie é um ser dotado de características que se apresentam excepcionais se tivermos em conta a realidade que o filme pretende satirizar, tem uma vida miserável, passa por uma série de privações e provas ultrapassando-as – todas as tentações apresentadas por Willy Wonka, grande oponente, sobretudo a final, ser o herdeiro da sua fabulosa fábrica – o happy-end e a moral da história, com a recompensa do herói, por se ter mantido firme nos seus objectivos e demonstrado carácter digno. Claro que as características de Charlie fazem sobressair pela negativa as das outras quatro crianças, cujos nomes são índices da sua personalidade, particularmente dos vícios, e todos eles a representação satírica de tipos infantis actuais. Violet e Pete TêVê não são americanos por acaso, August é alemão, filho de um fazedor de salsichas, claro; Verruga é a típica e tradicional inglesinha, herdeira da grande fortuna de um burguês afidalgado, vivendo numa gigantesca mansão recheada de animais e tendo a inevitável predilecção por cavalos; o falsificador do último bilhete é, curiosamente, russo e todos eles são vencidos pelo paupérrimo Charlie, sem história nem lugar definidos, perfeitamente anónimo, mas que dá uma tremenda lição a miúdos e graúdos de uma série de valores que estão em risco de desaparecer, porque cada vez mais esquecidos. Destaque para a valorização da célula familiar, que não exclui os velhos, antes os ama, valoriza e protege, como repositórios de sensatez (mesmo que pareçam tê-la perdido por completo), sabedoria e experiência de vida, e são exactamente a união e o amor familiar que fazem o milagre de aguentar de pé aquela casa toda torta, desfigu-
rada, miserável, esburacada, que é como quem diz, só eles dão sentido à vida. O amor é fundamental, lugar comum, sem dúvida, mas é impossível não referir o défice afectivo infantil visível em Violet, por exemplo, filha de pai ausente ou anulado, a qual é o prolongamento e cópia em tamanho pequeno da mãe superficial, vaidosa, materialista e interesseira, que projecta nela as suas ambições de ascensão e destaque social, exigindo-lhe e incutindo-lhe o desejo de que seja a mais bela, única e melhor do mundo, transformando-a na sua dupla, mas mais “requintada” , trabalhando-a e “limando-lhe as arestas”; o mesmo se aplica ao empresário bem sucedido, pai de Verruga ( porque a mãe, alcoólica (?), apenas existe para compor cenário, só aparece nas fotografias, que querem dar a aparência da perfeita família da classe alta e distinta). Ambos os progenitores transformaram as suas filhas em criaturinhas empertigadas, arrogantes, caprichosas, invejosas, competitivas e desprovidas de tudo aquilo que faz parte de qualquer criança, tal como o obcecado e insensível Pete se enclausura em frente a um ecrã televisivo com o comando dos jogos e exclui os pais, que inexplicável e cobardemente também se deixam excluir, incompreensivelmente impotentes perante o alheamento do filho. Não esqueçamos também o mais que obeso, repelente e sem qualquer objectivo August, ou mesmo o anfitrião, o bizarro, imprevisível e extravagante Willy Wonka ( interpretado na perfeição por Johnny Deep). Toda a vida tentou permanecer criança (Charlie pode bem ser o seu duplo mas ao contrário, isto é, a criança que ele poderia ter sido), uma espécie de Peter Pan que cria a sua própria Terra do Nunca, onde não faltam os Meninos Perdidos ( os Umpa-Lumpas, encarregues das moralidades com as suas canções) e os adultos não podem entrar, reflexo de uma relação frustrada, mal definida e não concretizada com o pai, traduzida na sua dificuldade em pronunciar a palavra básica, mas que é indispensável ao ser humano, para o bem e para o mal: pais. Assim, Charlie e a fábrica de chocolate está longe de ser um filme para crianças, é, antes, um filme para se ver com crianças, pais e filhos, em alegre interacção constante, com reflexão em conjunto, construída e partilhada Tal como Charlie diz, o chocolate não tem que fazer sentido, daí o seu fascínio e, durante hora e meia, por que não ficarmos com as nossas crianças fascinados e pregados ao ecrã…comendo uma tablete de chocolate? Eu fiquei, com o meu filho. Prof.ª Fernanda Lamy
tir! É quando devemos parar alguns minutos
e fazer uma
retrospectiva, um balanço , analisar onde erramos e onde podemos melhorar. É o momento de reflectir. É no início do ano que devemos traçar a nossa meta, mas para isso precisamos planear , trocar ideias, compartilhar informações.
“Mistérios da História”, é um livro onde pode encontrar as perguntas que sempre quis fazer... E as respostas que o tempo teima em esclarecer. Esta obra percorre alguns dos grandes mistérios de sempre fazendo-nos embarcar numa fabulosa viagem aos mistérios da História e dos acontecimentos que marcaram culturas e civilizações. Quem foi o verdadeiro rei Artur? Napoleão foi envenenado? Existiu de facto um cavalo de Tróia? Do Antigo Egipto ao século XX os mistérios revelam-se entre páginas.
O Coordenador da Biblioteca
BD Dia Mundial da Alfabetização
“ Não é no silêncio que os homens se fazem,
mas na palavra, no trabalho, na acção reflexão ” Paulo Freire
Gabriel Batista
Stewart, Robert. Mistérios da História “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos.” (Luís de Camões)
EXPOSIÇÃO
Exposição colectiva de pintura de J. Eliseu e Sérgio Eliseu
Galeria de Arte Pintor Samora Barros 8 a 31 de Janeiro das 10:30 às 16:30 TEATRO “O PRESIDENTE”
Teatro Lethes
16 a 24 de Janeiro de 2009 às 21h30
O FILME
“O Dia em Que a Terra Parou” Título original:”The Day the Earth Stood Still” De: Scott Derrickson Com: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, Kathy Bates Género: Drama, Ficção, Suspense Duração: 103 min
O filme é de 1951 e conta a história de um alienígena chamado Klaatu que assume o corpo de um humano com o intuito de avisar a terra sobre um possível ataque.