Museus

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Museus Os museus são os repositórios da cultura, tradição e história da ilha. O seu acervo aviva-nos e documenta a História. Fica assim aqui a chamada de atenção para uma visita. MUSEU MUNICIPAL DE HISTÓRIA NATURAL

O Museu encontra-se aberto ao público desde 5 de Outubro de 1933 no Palácio de S. Pedro, casa que foi do Conde de Carvalhal e que foi adquirida em 1929 pelo município para esse efeito. O imóvel alberga o museu de História Natural, um Aquário, sugestão de Adão Nunes em 1930, a Biblioteca Municipal (1938) e o Arquivo Regional da Madeira a partir de 1933. O projecto do museu pertence a Adolfo César de Noronha, um dos insigne estudioso da história natural do arquipélago, e

concretizou-se a partir de 1929 para albergar as colecções de História Natural, Etnografia e Arqueologia. Aos poucos foi-se especializando na sua actual função de museu de História Natural das ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens. A ideia da sua criação surgiu durante o governo de José Silvestre Ribeiro(1840-1852). Ainda se reuniram alguns dos elementos indispensáveis à sua abertura, que só veio a ocorrer passados quase cem anos. O visitante, no percurso das seis salas, pode tomar contacto, de forma directa, da fauna, flora e geologia do Arquipélago da Madeira. A exposição permanente consta de várias espécies de peixes, aves, mamíferos terrestres e marinhos, répteis marinhos, insectos e outros invertebrados.

Temos ainda com uma colecção

de rochas e minerais do Arquipélago e de fósseis marinhos do Porto Santo.

LOCALIZAÇÃO: R. da Mouraria, 31, Funchal

NÚCLEO MUSEOLÓGICO – A CIDADE DO AÇÚCAR

Este núcleo museológico, inaugurado em 1996, pretende ser à memória viva da época áurea do açúcar na Madeira, isto é, os séculos XV e XVI. A sua concretização resultou da recuperação dos vestígios da chamada casa de Colombo no Funchal, construída no século XV pelo fidalgo flamengo João de Esmeraldo. A sua casa de residência no Funchal foi construída a partir de 1495 e a ela associa-se o convívio de Cristóvão Colombo, o navegador italiano que aportou à ilha em 1476 e 1482. A passagem do navegador pelo Funchal em 1498, aquando da sua terceira viagem, é um testemunho da sua profunda ligação à ilha. Nesta data teria privado com João Esmeraldo neste imponente palácio.

A casa dita de Colombo foi demolida em 1876 para dar lugar a um novo arruamento com o nome de Cristóvão Colombo. Do palácio perdurou apenas uma das principais janelas que se encontra na Quinta da Palmeira. Em 1989 o espaço foi alvo de uma prospecção arqueológica de que resultou a recuperação do poço, que domina uma das salas do museu, algumas peças de cerâmica dos séculos XVI e XVII e outros vestígios. O museu alberga, para além da exposição do espólio resultante das escavações arqueológicas de 1989, objectos da economia açucareira e da sua influência artística. LOCALIZAÇÃO: Funchal

Praça

Colombo,

5,

MUSEU DO VINHO DA MADEIRA

O vinho Madeira dispõe hoje de dois museus. Ao do Instituto de Vinho da Madeira, inaugurado em 18 de Setembro de 1984, a que veio juntar-se o da Madeira Wine Company. Em ambos o visitante pode recordar o passado da faina vitivinícola através de fotografias e objectos a ela alusivos. A par destes, algumas empresas, pelo carácter secular e preservação das tradições podem ainda ser considerados museus-vivos. Aqui, o passado convive com o presente, permitindo ao visitante a envolvência com a realidade vitivinícola. O Museu oficial do Vinho da Madeira é um dos retratos vivos da história e tradição do vinho da Madeira. A história do vinho afirma-se através da tradição oral ou escrita, dos materiais que ao longo dos tempos corporizavam a sua realização. É o único elo de ligação com os momentos de riqueza e forma de preito e homenagem a todos aqueles que contribuíram para a expansão da cultura e fama do seu produto. Os materiais ora expostos traçam-nos a História e ciclo do vinho. As instalações do Instituto do Vinho da Madeira evocam também a História do vinho da Madeira. O imóvel, de volumetria característica, foi construído pelo mercador de vinhos, o cônsul inglês, Henry Veitch, na primeira metade do século XIX, para servir de morada. Antes de chegar aos actuais inquilinos foi casa de vinhos de Izidro Gonçalves. Perante nós está um espaço carregado de História e que foi o palco de definição dos rumos actuais e futuros deste importante sector da economia do arquipélago. INTERNET • Instituto do Vinho da Madeira, http://www.gov-madeira.ptsra/ivminfgeral/histinstituto.htm • Rota do vinho da Madeira, http://www.gov-madeira.pt/sra/ivm/rota.htm LOCALIZAÇÃO: Rua 5 de Outubro, 78, Funchal

NÚCLEO MUSEOLÓGICO DO INSTITUTO DO BORDADO E ARTESANATO DA MADEIRA

O Museu do Bordado está instalado nas instalações do Instituto do Bordado e Artesanato da Madeira, criado em 1977. O Núcleo reúne o espólio do IBTAM que inclui peças desde o último quartel do século XIX e princípios do séc. XX. Os bordados, tapeçaria, marcenaria, estão dispostas em forma de encenação, reconstituindo o interior de uma casa madeirense do período romântico. Tendo em conta os aspectos utilitários das peças de bordado relacionados com a mesa e vestuário temos uma sala de jantar, um quarto de dormir. Um sector foi dedicado à explicação dos diversos pontos do bordado madeira e ao historial do bordado. INTERNET: • Instituo do Bordado e da Tapeçaria,

http://www.madinfo.pt/organismos/ibtam/bord.html LOCALIZAÇÃO: Rua do Anadia, 44, Funchal

MUSEU DA ELECTRICIDADE

A Empresa de Electricidade da Madeira(SA) decidiu criar em 1997 o Museu da Electricidade, que ficou conhecido como Casa da Luz, como forma de evocação do centenário da introdução da luz eléctrica no Funchal.

O museu foi criado nas antigas instalações da “Casa da Luz”, onde em 1897 se instalou a primeira central térmica, construída pela Madeira Electric Ligting Company Limited.. Em 1925 juntaram-se novos geradores para poder atender ao maior consumo de energia eléctrica. A partir de 1949 a concessão passou para os Serviços Municipalizados de Electricidade que em 1974 adquirem o estatuto de empresa pública. Em 1943 iniciou-se o plano de construção de centrais hidroeléctricas, no seguimento do estudos feitos a partir de 1939. É o primeiro museu industrial da região, onde é possível acompanhar a história da iluminação da cidade e da electrificação do arquipélago. PÁGINA WEB: http://www.madinfo.pt/eem/ LOCALIZAÇÃO: Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses , Funchal

Os Museus do Funchal Museu de Arte Sacra ESCULTURA:

O Museu está instalado no edifício construído por ordem do bispo D. Luís de Figueiredo de Lemos (1586-1608). São coevos a arcaria que dá para a Praça do Município e a capela que é dedicada a S. Luís de Tolosa, onde ficou sepultado este bispo, depois trasladado para a Sé. A capela apresenta um belo pórtico da cantaria negra. O Bispo D. José de Sousa de Castelo Branco (1698-1721) anexou-lhe o Seminário. Com o terramoto de 1748 tornou-se necessária uma nova construção que chegou à actualidade. A República em 1910 atribuíu-lhe novas funções, pois aí funcionou o liceu até 1942. A construção do novo liceu em 1946 levou à sua recuperação pela diocese que aí fez instalar o Museu Diocesano de Arte Sacra, em 1955. Do recheio do museu de Arte Sacra, proveniente das igrejas de toda a ilha, chamam a atenção do visitante a pintura, escultura flamenga , ourivesaria e paramentos.

ESPÓLIO DO MUSEU PINTURA

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século XVI: Deposição do Túmulo, Virgem da Piedade, Virgem da Conceição, século XVII: Santa Isabel, Nossa Senhora da Luz, S. Francisco de Paula, século XVIII: S. Rafael, S. Miguel Arcanjo, Anjos Candelabros

OURIVESARIA:





século XVI: cruz processional do Funchal, atribuída a Gil Vicente, oferecida pelo rei D. Manuel à Sé, uma bandeja de prata dourada com punção de Antuérpia, o porta-paz de prata dourada com os Reis Magos em relevo, da Sé do Funchal, naveta em prata (1589), cálice de prata (1580), cálice de prata dourada com ametistas, cristais e esmaltes. século XVII: salva com pé de prata, salva com braço de prata, turíbulo de prata, cruz processional de prata, ânfora de prata.



• •

Pintura flamenga: S. Tiago Menor, Descida da Cruz(tríptico), Santa Maria Madalena S. Joaquim e Santa Ana, S. Nicolau, Adoração dos Reis Magos, Anunciação, S. Pedro S. Paulo e Santo André(tríptico), Nossa Senhora da Encarnação, Nossa Senhora do Amparo. Pintura Luso-flamenga: S. Tiago e S. Filipe(tríptico), Portuguesa: Cabeça de Cristo, O nascimento de S. João Baptista, os dominicanos e a Ascensão de Cristo.



século XVIII: lanternas processionais, jarras, caldeirinha, maças , sacra e urna, todos de prata.

PARAMENTOS: dos séculos XVII e XVIII, maioritariamente da Sé do Funchal.

Turíbulo

BIBLIOGRAFIA: Museu de Arte Sacra do Funchal. Arte Flamenga, Funchal, Edicarte, 1997

LOCALIZAÇÃO: R. Do Bispo, 21, Funchal Retábulo de Nossa Senhora del Populo. Século XVI

Fotografia Museu Vicentes É o museu de fotografia da Região Autónoma da Madeira que reúne o espólio de vários fotógrafos da região. Está instalado no antigo estúdio fotográfico da Photografia Vicentes. O Atelier de Vicente Gomes da Silva só surgiu no edifício da Rua da Carreira a partir de 1887. Aponta-se o ano de 1846 como o de abertura do primeiro estúdio fotográfico à rua de João Tavira, o que quererá dizer que estamos perante um dos mais antigos do país que se manteve em actividade na família até 1972. Em 1979 o Governo Regional da Madeira adquiriu o Estúdio com o objectivo de aí criar um museu, que abriu as portas em 1982. É o Museu de Fotografia da Região, pois alberga os negativos e chapas de João Francisco Camacho, José Júlio Rodrigues, Joaquim Augusto de Sousa, Álvaro Nascimento Figueira e Photographia Perestrelos(1879). No vasto espólio disponível é possível encontrar retratos de personalidades locais e internacionais e reportagens dos principais eventos do século XX.

BIBLIOGRAFIA: Fotografia e Fotógrafos Insulares. Açores, Canárias e Madeira, Funchal, sd. MELO, Luís de Sousa, Vicentes Photographos, Funchal, 1978

LOCALIZAÇÃO: R. da Carreira, 43, Funchal

Casa Museu Frederico de Freitas A Casa Museu Frederico de Freitas é constituída pelo espólio legado à região por este benemérito advogado que lhe dá o nome, falecido em 1978. O museu, aberto ao público em 1988, está instalado na residência do seu doador, conhecida como a Casa da Calçada, em memória dos anteriores proprietários, os condes da Calçada. O museu apresenta ao público uma variada colecção de mobiliário, artes decorativas e estampas, reunidas com grande carinho pelo proprietário ao longo de mais de quarenta anos.. A merecer a atenção do visitante é a colecção de gravuras antigas, na sua maioria da mão dos ingleses, onde é possível rever os ambientes, as vivências e as figuras madeirenses dos séculos XVIII e XIX. Outra colecção de inegável valor é a de azulejos. Aí estão reunidos painéis de azulejos desde o século XIII, sendo possível reconstituir a sua História até ao século XIX. Ainda, poder-se-á admirar um conjunto variado de escultura religiosa dos séculos XVII e XVIII. O mobiliário, os utensílios de uso doméstico, permitem reconstruir ambientes de variadíssimas épocas e traçar o perfil deste coleccionador madeirense.

LOCALIZAÇÃO: Calçada de Santa Clara, 7, Funchal Museu de Arte Contemporânea Com a cedência da fortaleza de Santiago à Região Autónoma da Madeira, o governo instalou em 1992 um Museu de Arte Contemporânea com o espólio de obras adquiridas ou doadas pelos artistas. A colecção esteve primeiro exposta desde 1984 numa sala improvisada da Quinta Magnólia. Do acervo artístico fazem parte obras de pintores madeirenses, como Lurdes de Castro e Marta Teles.

LOCALIZAÇÃO: Fortaleza da S. Tiago, Funchal

Museu da Quinta das Cruzes

Próximo do Convento de Santa Clara está o Museu da Quinta das Cruzes, aberto ao público na década de cinquenta com base nas colecções de César Gomes, a que se juntou em 1964 a de João Wetzler. O espaço engloba a casa de morada, a capela de Nossa Senhora da Piedade(1692) e um amplo parque ajardinado. O local tem grande significado na História da ilha, pois terá sido aqui que João Gonçalves Zarco fez erguer a sua casa. A História do imóvel liga-se assim à família dos capitães do Funchal. O edifício insere-se numa típica quinta madeirense servida de um majestoso jardim, onde a flora de diversa origem convive com algumas pedras lavradas oriundas de igrejas e outros edifícios que foram demolidos, constituído por pedras de armas, lápides comemorativas e outros elementos arquitectónicos. Aqui estão reunidos vestígios do antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade de Santa Cruz, uma janela manuelina em basalto. O recheio do museu é diversificado, podendo destacar-se o mobiliário inglês e português, composto por mesas, canapés, cadeiras , armários e arcas. Os armários e arcas feitos na ilha, conhecidos de "caixa de açúcar" são uma referência obrigatória. Parte significativa provem do recheio dos conventos femininos da cidade (Santa Clara e Mercês). Isto resulta do facto de se usar as mesmas madeiras de fabrico das caixas de açúcar, ou do possível aproveitamento das madeiras das caixas que transportavam o açúcar do Brasil até ao Funchal. A designação popularizou-se e ficou a designar um certo tipo de armário, mesmo feito com madeiras da ilha. Estudos recentes do Instituto José Figueiredo sobre as madeiras deste mobiliário revelaram a existência em algumas das peças de mobília da presença de madeiras idênticas às usadas nas caixas de açúcar, como é o caso de jequitibá(Cariniana spp.). Na escultura merecem referência: a Virgem com o menino, uma escultura flamenga do século XVI e o retábulo da Natividade, também de origem flamenga, do século XV. A colecção de ourivesaria é variada, abarcando os períodos do séc. XVI a XIX. No conjunto destacam-se algumas salvas e o porta-paz em prata dourada da igreja de Santa Cruz. O mesmo poderá ser dito da colecção de porcelana, com especial relevo para a chamada porcelana da "Companhia das Índias". BIBLIOGRAFIA: ARAGÃO, António, O Museu da Quinta das Cruzes, Funchal, 1970 LUCENA, Vasco de, "Quinta das Cruzes. Museu César Gomes", in Das Artes e da História da Madeira, III, n.º 15 (1953) Quinta das Cruzes- Museu, Funchal, sd. SOUSA, Amândio, Visitas Guiadas - Casa-Museu César Gomes. Quinta das Cruzes, Funchal, 1983.

LOCALIZAÇÃO: Calçada do Pico, 1, Funchal

Armário conhecido com de “caixa de açúcar”. Nas madeiras com que foi construído podemos referenciar algumas exóticas[ Jequitibá e imbuia]

Museu Henrique e Francisco Franco

«La poulle noire », Paris, 1920

Henrique Franco: Semeador de Francisco Franco [1923]

A 21 de Agosto de 1987 inaugurou-se o museu, numa iniciativa da Câmara Municipal do Funchal, com o objectivo de expor a colecção adquirida em 1966. Aqui recorda-se dois irmãos dedicados às artes; Henrique ficou-se pela pintura e desenho, enquanto Francisco juntou-lhe a escultura. Francisco Franco de Sousa (1885-1955) ganhou fama como escultor do Estado Novo. A sua obra escultórica está espalhada por todo o país e incide de forma especial sobre as personagens históricas. Dos reis de Portugal temos: D. Dinis (1943) e D. João III (1948) em Coimbra, D. João I e D. João II em Lisboa. A estas junta-se o infante D. Henrique (1931) para Vincennes, a Rainha D. Leonor (1935) para as Caldas da Rainha e do Bispo D. Miguel de Portugal (1950) para a cidade de Lamego. A sua vasta obra escultórica completa-se com vários bustos e uma série de relevos e medalhas. Henrique Franco (1883-1961) acompanha o irmão na Academia de Belas- Artes, mas foi na pintura que encontrou a sua vocação e desusado êxito. Foi professor da Escola Industrial do Funchal (1920-1934), terminando a carreira na Escola de Belas Artes de Lisboa. Merece destaque especial a sua intervenção em edifícios públicos na cidade de Lisboa, com pintura a fresco: igrejas de Nossa Senhora de Fátima e de S. João de Brito, Casa da Moeda e Palácio de Estatística. As primeiras obras escultóricas que executou para a ilha foram: O busto simbólico do aviador (1923) em honra da primeira travessia aérea do Atlântico por Gago Coutinho e Sacadura Cabral; o torso, alusivo ao ataque dos submarinos alemães ao Funchal (1916-17); o busto de Gonçalves Zarco (1919) no Terreiro da Luta A sua força escultórica está testemunhada na estátua de João Gonçalves Zarco(à avenida Arriaga) e a do Semeador. A primeira, uma encomenda da Junta Geral de 1918, foi inaugurada em 28 de Maio de 1934, consta da estátua do navegador e o pedestal e baixos relevos alusivos ao infante D. Henrique, Conquista, Valor e Ciência. A segunda feita em 1923 em honra de Vieira de Castro foi inaugurada em 1936 no Campo da Barca, donde transitou em 1966 para o edifício da antiga Junta Geral(hoje, Governo Regional). Hoje encontra-se no Parque de Santa Catarina. A última obra inacabada foi o gigantesco monumento ao Cristo Rei do Corcovado. O museu está baseado no seguinte espólio: Henrique Franco: desenhos, gravuras, aguarelas e pastéis, frescos, óleos; Francisco Franco: carvões, desenhos, aguarelas e desenhos aguarelados, gravuras, álbuns de desenhos e esculturas em gesso(em especial réplicas e estudos das peças escultóricas), madeira e cobre. BIBLIOGRAFIA

Museu Henrique e Francisco Franco, Funchal, CMF, 1987 Por Causa de Paris, Funchal, Museu Henrique e Francisco Franco, CMF, 1996 LOCALIZAÇÃO: Rua do Bom Jesus, 13, Funchal

A Fortaleza/Palácio de S. Lourenço

Sala do Palácio de São Lourenço

A construção do primitivo baluarte foi ordenado em 1540 por D. João III. Em 1566, com o assalto dos corsários huguenotes, reconheceu-se a inoperância do mesmo, tendo-se avançado com a total transformação a cargo dos fortificadores Mateus Fernandes e Jerónimo Jorge, dando-lhe a forma do desenho traçado em 1654 por Bartolomeu João.

O conjunto destaca-se na frente marítima pela sua imponência. O torreão leste

sobressai por evidenciar as marcas da primitiva construção com é o caso das armas manuelinas em cantaria da ilha A partir da ocupação filipina o edifício foi reservado a morada das autoridades superiores da ilha, perdendo as funcionalidades de fortaleza e adquirindo as de palácio de acolhimento de visitantes ilustres, convidados dos governadores no decurso dos séculos XVIII e XIX. O próprio rei D. Carlos I nele pernoitou em 1901. São vários os motivos de atenção e visita. Assim, no primeiro piso temos a sala gótica com abóbada de nervuras assentes com cinco ramos, fechada por uma Cruz de Cristo. Ainda, na entrada são de registar os retratos das autoridades da ilha: os capitães do Funchal, os capitães e governadores gerais e os governadores civis. Abaixo do plano da muralha, que se espraia sobre a baía, estavam as célebres fontes de João Dinis, destruídas em 1949 e que nos séculos passados abasteceram a navegação. Em 1993 foi inaugurada uma exposição permanente que conta a História do imóvel.

O Castelo do Pico O Castelo do Pico é, sem dúvida, a mais imponente fortaleza construída pelos castelhanos na ilha. Situa-se no Pico dos Frias e foi idealizado para encerrar a cortina de muralha que envolvia a cidade pela frente marítima. A construção foi morosa, tendo a primeira campanha de obras, que se iniciou nos primeiros anos do século XVII, só terminado em 1632, conforme o testemunha a data que encima o portão exterior. Entretanto, a cisterna ostenta a data de 1639 e a capela só foi concluída em 1730

Uma lápide refere-nos que o governador Luiz de Miranda Henriques concluíu em 1640 as obras do castelo com os baluartes e capela de S. João Baptista. Este último deu nome ao conjunto e retirou da memória os filipes, pois era chamada de S. Filipe. Hoje está ao serviço da Marinha e funções de apoio à navegação marítima. Como posto de rádio naval desde 1922, que deu origem à popular designação de Pico Rádio.

O Castelo do Pico

A Fortaleza de S. Tiago

Fortaleza de S. Tiago

A fortaleza de S. Tiago foi construída no período da dominação filipina para remate da cortina da muralha que defendia a cidade. Um dos pórticos ostenta o ano de 1614, como o do início da construção, que ficou concluída em 1637. Os conflitos mundiais, de finais do século XVI a princípios do seguinte, motivaram forte instabilidade no mar. Isto resultava da guerra de represália dos corsários franceses e ingleses. Por isso uma das primeiras preocupações dos governadores castelhanos foi a salvaguarda da cidade, com o reforço da cortina de defesa da cidade. A solução ficou por duas imponentes fortalezas: do Pico e São Tiago. Os planos são de Jerónimo Jorge e Mateus Fernandes, fortificadores da ilha.

Ao longo dos séculos devido à função militar sofreu transformações, sendo a campanha de obras mais importante no século XVIII, sob a orientação do engenheiro Francisco de Alincourt. A data de 1767 que ostenta na porta deve marcar o fim destas obras. A partir de 1992 o imóvel transitou para a posse do Governo Regional da Madeira, para actividades culturais e montagem de um museu militar. Hoje alberga o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, onde se incluem as peças pertencentes ao acervo artístico da região, fruto de aquisições e ofertas a partir da década de sessenta.

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