MENINGITE TUBERCULOSA
Maria Carolina Ferreira da Silva Sousa Médica Residente
TB: IMPORTÂNCIA 1/3 da população mundial está infectada por MT PORQUE??? 10% desenvolvem •Desigualdades sociais a doença •Isuficiência pesquisas 10-20%dedos óbitos por tuberculose são crianças. •Fluxos migratórios •Deficiências do sistema de saúdeé mundial, com tendência A distribuição da doença •Tuberculose multi-drogas resistentes decrescente da morbidade e mortalidade nos países •Associação à infecção pelo HIV desenvolvidos METAS infectados DO PROGRAMA DO MS ¼ dos brasileiros •Maior detecção de casos •Redução do cura abandono Taxa de da doença no Brasil – 81% (OMS) •Aumentar percentual de cura Cobertura populacional – 68% Programa de Controle da Tuberculose no Brasil:Situação Atual e Novas Perspectivas. Antonio Rufino-Neto.Informe Epidemiológico do SUS 2001; 10(3) : 129-138.
MENINGO TB Infecção crônica mais comum no SNC Complicação precoce da TB primária Crianças de 6m a 5anos Co-infecção HIV Dificuldade diagnóstica
COMPLEXO PRIMÁRIO
Foco de RICH
PELE CRÂNIO DURA MENINGES ARACNÓIDE PIAMÁTER
SUBSTRATO ANçTOMO – PATOLÓGICO: Exsudato grosso e gelatinoso, composto por CÓRTEX fibrina, linfócitos, plasmócitos e outras células mononucleares, alguns leucócitos polimorfonucleares e áreas de necrose de caseificação
•Ruptura: Meningite •Reação Inflamatória: Abscessos ou tuberculomas
O exsudato envolve as meninges e oblitera as cisternas. Artérias são comprometidas pela inflamação que ocorre na adventícia, na média e na íntima, produzindo áreas de infarto. Os nervos cranianos são atingidos ao atravessarem o espaço subaracnóideo imensamente inflamado.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PRÓDOMOS SIHAD: pior (1dia prognóstico – 9meses) Dores de cabeça, vômitos, fotofobia, febre. MENINGITE ESPINHAL Pctes saudáveis: início ESPONDILITE agudo ou TUBERCULOSA TUBERCULOSA subagudo •Paraplegia aguda, com déficts Mal de Pott Pctes MENINGOENCEFALITE: idosos: alterações de sensoriais e retenção urinária meningismo, náuseas, vômitos, consciência •Mieloradiculopatia subaguda com sensoriais e de dor radicular, alterações tetra ou paraplegia progressivas comportamento •Compressão espinhal lenta eVASCULITES E HIDROCEFALIA: ARACNOIDITE BASAL E progressivaTUBERCULOMA INTRACRANIANO Déficits –neurológicos PÓS TTO focais: TUBERCULOSE OCULAR •Tuberculomas hemisféricos: monoplegia, hemiplegia, Envolvimento do Quiasma Crises convulsivas e alterações do afasia, campo visual tetraparesia, óptico: papiledema, •Tuberculomas cerebelares: tremores, movimentos deficiência visual ou cegueira Ataxia e hipertensão intra-craniana anormais de início abrupto e doloroso. •Tuberculomas do tronco cerebral: Síndrome de nervos cranianos (VI, III, IV, VII) e comprometimento de tratos longos
FATORES DE RISCO PARA TB Áreas de grande concentração populacional e precárias condições socioeconômicas e sanitárias (migrações) Desnutrição, alcoolismo, abuso de drogas Contatos de doente bacilífero. Redução da imunidade: diabéticos ou silicóticos, e pessoas em uso de corticosteróides ou infectados pelo HIV – TB multidroga resistente. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
FATORES DE RISCO PARA TB Raça: Asiáticos são mais acometidos Negros, hispânicos, índios são intermediários Brancos são menos acometidos Sexo: >20anos: 2homens/mulher Idade: <6meses: incomum Até 5 anos: meningo TB 5-14 anos: - - 15-54 anos (economicamente ativos): +++ HIV: pctes mais jovens
Tuberculous Meningitis. Tarakad S Ramachandran. Dec 4, 2008
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
INFECÇÕES FUNGOS – Criptococose, Histoplasmose, Actinomicose, Nocardíase, Candidíase, Coccidiomicose
VASCULOPATIA Embolia múltipla
ESPIROQUETAS – Doença de Lyme, Sífilis, Leptospirose
Trombose dos seios venosos
Endocardite bacteriana subaguda
Hematoma Subdural ou Epidural BACTÉRIAS – Meningite bacteriana parcialmente tratada, Abscesso cerebral, Listeriose, Tularemia BRUCELOSE
Vasculites – Angeíte do SNC, Arterite de células gigantes, Granulomatose de Wegener, Poliarterite Nodosa, Granulomatose não infecciosa, Granulomatose linfomatosa
PARASITOSES – Cisticercose, Acantamoebíase, Angiostrongilose, Toxoplasmose, Tripanossomíase
Leucoencefalopatia hemorrágica aguda
VIRAL – Herpes, Retrovírus, Enterovírus
Doença de Behçet Esclerose Múltipla Disordens Agudas da Memória Neoplasias – Metástases, Linfomas Lúpus .....
DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA ANAMNESE EXAME FÍSICO
Tuberculous Meningitis. Tarakad S Ramachandran. Dec 4, 2008
DIAGNÓSTICO HEMOGRAMA VHS ELETRÓLITOS: Na↓ em 45% dos pcts (SIHAD) GLICOSE URÉIA e CREATININA VDRL EAS PPD: ñ reator
DIAGNÓSTICO LÍQUOR (límpido ou xantocrômico e SENSIBILIDADE -Amostras seriadas hipertenso) -Colher no mínimo 6mL -- Celularidade, citologia (10 – 200) Exame microscópico de 30 min --Punções Glicose (↓40) cisternal, ventricular e lombar inflamatório - *exsudato Proteína (↑100 – 500) da meningo TB se localiza com frequência na base do -crânio VDRL - Bacterioscopia (Ziehl – Neelsen) - Pesquisa de BAAR e FUNGOS - Culturas (meio de Lowenstein-Jansen + Bactec) LOCALIZAÇÃO DA LESÃO E ACHADOS DO LêQUIDO CEFALORRAQUEANO NA MENINGITE TUBERCULOSA. Diferenças nos compartimentos lombar, cisternal e ventricular. Rafael R. Heringer1, Luís Eduardo B.C. Fernandes2, Reizer Reis Gonçalves3, Marzia Puccioni-Sohler4 Arq Neuropsiquiatr 2005;63(2-B):543-547
DIAGNÓSTICO Rx de TÓRAX AP e PERFIL TC CONTRASTADA RM ANGIO-RESSONÂNCIA
TRATAMENTO EMPêRICO 2 meses: INH + RIF + PZA – todas penetram a BHE na presença de inflamação, bacteriostáticas. 7 meses: RIF + INH Corticóide – 1 a 4 meses: Prednisona 1-2mg/Kg
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005. 816 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)