TRIBUNAL DISTRITAL DE DILI PERANTE O PAINEL ESPECIAL PARA CRIMES GRAVES CASO No:
/2003
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ACUSAÇÃO ________________________________________________________________
O PROCURADOR-GERAL ADJUNTO PARA CRIMES GRAVES -CONTRAEGIDIO MANEK MATERNUS BERE PEDRO TELES HENRIKUS MALI COSMAS AMARAL ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONEHCIDO COMO ALIPIO MAU BALTAZAR DA COSTA NUNES DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI ILLIDIO GUSMAO JOAQUIM BEREK AKA BEREK BOT OLIVIO TATOO BAU GABRIEL NAHAK AMERICO MALI E
ZITO DA SILVA, TAMBÉM CONHECIDO COMO ZITO SAEK
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I.
ACUSAÇÃO O Procurador-Geral Adjunto para Crimes Graves, segundo a autoridade a si conferida pelos Regulamentos 2000/16 e 2000/30 da UNTAET (tal como corrigidos pelo Regulamento 2001/25), acusa:
EGIDIO MANEK MATERNUS BERE PEDRO TELES HENRIKUS MALI COSMAS AMARAL ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALIPIO MAU BALTAZAR DA COSTA NUNES DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI ILLIDIO GUSMAO JOAQUIM BEREK, TAMBÉM CONHECIDO COMO BEREK BOT OLIVIO TATOO BAU GABRIEL NAHAK AMERICO MALI E
ZITO DA SILVA, TAMBÉM CONHECIDO COMO ZITO SAEK COM
CRIMES CONTRA A HUMANIDADE POR: HOMICÍDIO, EXTERMÍNIO, DESAPARECIMENTO FORÇADO, TORTURA, ACTOS DESUMANOS, VIOLAÇÃO, DEPORTAÇÃO e PERSEGUIÇÃO como o descrito nesta acusação:
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II.
NOME E DETALHES DOS ACUSADOS 1.
Nome: Egidio Manek Naturalidade: Tilomar, Distrito de Covalima, Timor-Leste Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental, Indonésia Ocupação: Comandante Adjunto (Danyon) Milícia Laksaur, Distrito de Covalima/membro da Gadapaski
2.
Nome: Maternus Bere Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante (Danki) da milícia Laksaur, Suai Kota, /Professor
3.
Nome: Pedro Teles Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecida Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante (Danki) da milícia Laksaur, Sub-distrito de Fatululik
4.
Nome: Henrikus Mali Naturalidade: Fatumean, Distrito de Covalima, Timor-Leste Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante (Danki) da milícia Laksaur, SubDistrito de Fatumean/Soldado reformado das TNI
5.
Nome: Cosmas Amaral Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino
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Nacionalidade: Endereço: Ocupação:
Timorense Acredita-se que esteja em Timor Ocidental, Indonésia Comandante (Danki) da milícia Laksaur, Sub-distrito de Fohorem
6.
Nome:
Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante de operações da milícia Laksaur, Leogore Suai Kota, /Professor
7.
Nome: Baltazar Da Costa Nunes Naturalidade: Fatumean, Distrito de Covalima, Timor-Leste Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante de Pelotão (Danton) da milícia Laksaur, Sub-distrito de Fatumean
8.
Nome:
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Nome: Ilidio Gusmão Naturalidade: Distrito de Covalima, Timor-Leste Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante de pelotão (Danton) da milícia Laksaur, Leogore, Suai Kota
10.
Nome:
Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecida Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante de pelotão (Danki) da milícia Laksaur, Fatululik
Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot
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Naturalidade: Distrito de Covalima, Timor-Leste Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Comandante de pelotão (Danton) da milícia Laksaur, Tilomar 11.
Nome: Olivio Tatoo Bau Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecida Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Membro da milícia Laksaur, Tilomar/Salele
12.
Nome: Gabriel Nahak Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Membro da milícia Laksaur, Leogore, Suai Kota
13.
Nome: Americo Mali Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental, Indonésia Ocupação: Membro da milícia Laksaur, Tilomar/Salele
14.
Nome:
Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek Naturalidade: Timorense Idade/Data de nascimento: desconhecido Sexo: Masculino Nacionalidade: Timorense Endereço: Acredita-se que esteja em Timor Ocidental Ocupação: Membro da milícia Laksaur, Tilomar/Salele
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III.
DECLARAÇÃO INTRODUTÓRIA DOS FACTOS 1. Um ataque generalizado ou sistemático dirigido contra a população civil foi levado a cabo contra a população civil em Timor-Leste em 1999. O ataque ocorreu durante dois períodos interligados de violência intensificada. O primeiro período seguiu-se ao anúncio a 27 de Janeiro de 1999 pelo Governo da Indonésia de que a população de Timor-Leste teria a oportunidade de escolher entre a autonomia dentro da República da Indonésia ou a independência. Este período terminou a 4 de Setembro de 1999, a data do anúncio do resultado da consulta popular, na qual 78,5 porcento votaram contra a proposta de autonomia. O segundo período seguiu-se ao anúncio do resultado da consulta popular a 4 de Setembro, até 25 de Outubro de 1999.
2. O ataque generalizado ou sistemático foi parte de uma campanha de violência organizada, que incluiu, entre outras coisas, incitamento, ameaças de morte, intimidações, confinamentos ilegais, assaltos, deslocamentos forçados, incêndios, homicídios, violações, tortura e outras formas de violência levadas a cabo por membros da milícia pró-autonomia, membros das Forças Armadas Indonésias, ABRI (Angkatan Bersenjata Republik Indonesia), chamadas em 1999 de TNI (Tentara Nasional Indonesia), e membros das Forças Policiais Indonésias (POLRI) com o conhecimento e participação activa das autoridades civis e militares.
3. Em 1999, vários grupos de milícia operavam em Timor-Leste. O seu objectivo era apoiar a autonomia dentro da Indonésia. Os grupos da milícia participaram no ataque generalizado ou sistemático e agiram e operaram com impunidade. 4. Este ataque em larga escala foi dirigido contra os civis de todos os grupos de idade, predominantemente contra indivíduos que apoiavam ou se entendia que apoiavam a independência, e resultou em lesões letais, incluindo morte por ferimentos corto-perfurantes, ferimentos por tiros, traumatismos contusos ou uma combinação dos três. 5. Como parte do ataque generalizado ou sistemático contra a população civil, a milícia destruiu propriedade, incluindo casas e gado pertencentes à população civil.
6. O ataque generalizado ou sistemático resultou no deslocamento interno de milhares de pessoas (DIPs). Para além disto, a transferência forçada da população civil dentro de Timor-Leste e a deportação para Timor Ocidental, Indonésia, foi uma característica essencial da campanha de violência organizada.
7. Sob os termos dos Acordos de 5 de Maio de 1999, entre a Indonésia, Portugal e as Nações Unidas sobre a consulta popular, as autoridades de segurança indonésias (TNI e POLRI) tinham a responsabilidade de assegurar um ambiente seguro, desprovido de violência ou outras formas de intimidação, assim como a
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manutenção geral da lei e ordem, antes, durante e depois da consulta popular. As TNI e a POLRI falharam no cumprimento destas obrigações e não tentaram desarmar ou neutralizar os grupos de milícia. Permitiram que os grupos de milícia agissem com impunidade. 8. O exército militar em Timor-Leste consistia tanto de forças territoriais regulares (BTT) e Forças de Combate Especiais, i.e. o Comando de Reserva Estratégico (KOSTRAD), (Komando Strategis Angkatan Darat) e o comando de forças especiais (KOPASUS), (Komando Pasukan Khusus), todos com unidades, oficiais e soldados estacionados em Timor-Leste, incluindo no Distrito de Covalima.
9. De Fevereiro de 1999 a Outubro de 1999, a força policial indonésia (POLRI), a agência de estado para a manutenção da lei e da ordem pública também estavam presentes em Timor-Leste. Incluía uma Brigada Policial Móvel (BRIMOB), cujas unidades e membros estavam estacionados em Timor-Leste, incluindo no Distrito de Covalima.
IV.
DECLARAÇÃO DOS FACTOS
10. O Distrito de Covalima é um dos treze distritos de Timor-Leste. Partilha uma fronteira comum com Nusa Tengara Timor (Timor Ocidental), que é parte da indonésia. Covalima possui os seguintes seis sub-distritos: Tilomar, Suai, Fatumean, Fatululik, Fohorem e Zumalai.
11. Antes de 1999, o exército indonésio formou grupos paramilitares em TimorLeste, incluindo WANRA e Gadapaski. Estes grupos foram treinados com armas e armados pela KOPASUS.
12. Em Abril de 1999, a milícia Laksaur foi formalmente inaugurada. O objectivo da milícia Laksaur era apoiar a autonomia dentro da Indonésia. A milícia Laksaur participou no ataque generalizado ou sistemático contra a população civil do Distrito de Covalima.
13. Os comandantes e membros da milícia Laksaur operaram com impunidade em todos os sub-distritos de Covalima, excepto no sub-distrito de Zumalai, onde outra milícia chamada de Mahidi estava já estabelecida com o mesmo objectivo.
14. A milícia Laksaur tinha cinco sub-grupos que operavam em vários sub-distritos de Covalima, excepto em Zumalai. Estes sub-grupos de milícia estavam localizados em Tilomar, Suai, Fatululik, Fohorem e Fatumean e um comandante chamado de “Danki” chefiou cada sub-grupo. Cada grupo de milícia estava dividido em pelotões, que eram chefiados por comandantes de pelotão chamados de “Danton”. 15. O comandante supremo da milícia Laksaur era Olivio Mendonca Moruk (falecido) e o seu irmão Egidio Manek era o seu comandante adjunto e ambos tinham
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comando efectivo e controlo sobre os outros comandantes (Danki) e membros da milícia Laksaur. 16. Egidio Manek (Danki) era também o comandante da milícia Laksaur em Tilomar, Maternus Bere (Danki) era comandante em Suai, Cosmas Amaral (Danki) era comandante em era comandante em Fatumean. 17. Egidio Manek, Maternus Bere, Cosmas Amaral, Pedro Teles e Henrikus Mali tinham comando efectivo e controlo sobre os membros da milícia. 18. Baltazar Da Costa Nunes (Danton) era um comandante de pelotão no Subdistrito de Fatumean, Domingos Do Carmo, também conhecido como Bete Aloi (Danton) era um comandante de pelotão no Sub-distrito de Fatululik, Illidio Gusmao (Danton) era um comandante de pelotão no Sub-distrito de Suai e Joaoquim Berek, também conhecido como Berek Bot (Danton) era um comandante de pelotão no Sub-distrito de Tilomar. 19. Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Gabriel Nahak, e Zito Da Silva, também conhecido como Zito Saek, eram membros da milícia Laksaur.
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OFENSAS COMETIDAS ENTRE 27 DE JANEIRO DE 1999 E 4 DE SETEMBRO DE 1999 (PERÍODO PRÉ-CONSULTA) PRISÕES, DETENÇÕES, TORTURAS E DESTRUIÇÃO DE PROPRIEDADE Tortura de Inácio Pereira Baretto (27 de Janeiro de 1999) 20. Depois do anúncio pelo governo da Indonésia de que o povo de Timor-Leste teria a possibilidade de escolher entre a autonomia entre a Indonésia ou a independência, as milícias em Timor-Leste, incluindo a milícia Laksaur em Covalima iniciaram uma campanha de violência contra os civis que se entendia eram apoiantes da independência.
21.
Inacio Pereira Baretto era um membro do movimento clandestino de apoio à independência.
22.
No dia 27 de Janeiro de 1999, ou por essa altura, Inacio Pereira Baretto tinha ido visitar os seus parentes em Uma Murah. Foi preso por membros das TNI, incluindo Sugito e Sukarman e membros da milícia Laksaur comandados por Olivio Moruk, incluindo Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali e Andreas Coli. Depois de ter sido preso por Inacio Pereira Baretto foi severamente espancado pela milícia e as TNI presentes e foi esfaqueado no seu pulso por Alipio Mau
23. Inacio Pereira Baretto foi forçado a entrar para um camião conduzido pela milícia e pelas TNI e foi levado para o Kodim em Suai onde foi detido até ao dia seguinte.
24.
Depois da sua libertação, Inacio Pereira Baretto, juntamente com outros aldeões fugiram para a floresta de Lakalese em Fohorem. Ataque em Umah Murah- Tortura (26 de Fevereiro de 1999)
25. Jose Fatima Xavier era um apoiante da independência que vivia na Vila de Casabauk. Era um membro clandestino e estava activamente envolvido na assistência das Falintil recolhendo comida, munições e uniformes para os seus membros.
26. Em 1999, membros da milícia Laksaur e as TNI sabiam que Jose Fatima Xavier era um membro activo da clandestinidade.
27. A 26 de Fevereiro de 1999, Jose Fatima Xavier estava na casa de Elizeu Gusmao na Vila de Rumah Murah. Estava juntamente com a sua filha Marcelina Cortereal e outros membros do movimento clandestino, como Afonso Fatima Nunes, Elidio Gusmao, Inacio Amaral, também conhecido como Naco, Alfredo Lao, Ermenzildo, também conhecido como Zilo, Armindo Amaral, Albertu Afonsu, Grigorio Afonsu, Aristu Moruk, Guilermino Fonso, Adelina Carvalho, mãe de
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Maria Carvalho, Maria Carvalho e o seu filho Elidio Gusmao, também conhecido como Erik. 28. O grupo juntou-se na casa de Elizeu Gusmão para escutar um discurso de Xanana Gusmão, que ia passar na televisão nessa noite.
29. Sebastiao Mendonca TNI (chefe da vila de Cassabauk) informou as TNI e os comandantes da milícia Laksaur de que membros do movimento clandestino se tinham reunido na casa de Elizeu Gusmao. 30. Cerca da 20 horas, membros das TNI, incluindo o Tenente Sugito (KoramilSuai), o Sargento Major Sukarman (Koramil-Fohorem), Angelino e Cornelio e membros da milícia Laksaur, incluindo Olivio Moruk, Egidio Manek, Cosmas Amaral, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali Andreas Coli, e Abilio Breok atacaram a casa de Elizeu Gusmao.
31. Americo Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Adreas Coli entraram na casa e atacaram os aldeões com machetes e espadas. Alguns dos aldeões foram capazes de escapar, incluindo Elidio Gusmao, também conhecido como Erik.
32. Jose Fatima Xavier, Elizeu Gusmao e Inacio Amaral sofreram lesões sérias em resultado do ataque. Os membros das TNI e da milícia presentes levaram Jose Fatima Xavier, Elizio Gusmao e Inacio Amaral no camião conduzido pelo Tenete Sugito. No caminho para o Koramil, a milícia e as TNI acreditando que Inacio Amaral estava morto, atiraram-no do veículo e continuaram com os outros para o Koramil em Tilomar e depois para a casa de Olivio Moruk.
33. Enquanto na casa de Olivio Moruk, o Tenente Sugito ordenou à milícia e aos membros das TNI presentes para matar Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao. A milícia e os membros das TNI levaram espadas e pás e conduziram Jose Fatima Xavier e Elizio Gusmao para a praia Salele no seu camião Hino das TNI. 34. Elidio Gusmao, também conhecido como Erik, depois de escapar da milícia e das TNI durante o ataque, foi reportar o rapto de Jose Fatima Xavier e Elizio Gusmao ao Padre Hilario na Igreja de Ave Maria, em Suai.
35. Quando a milícia e as TNI chegaram à praia com Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao, o Tenente Sugito recebeu uma chamada no rádio. Deposi de uma breve conversa pelo rádio, informou a milícia e as TNI presentes de que o DANDIM (Mas Agus) ordenou que Jose Fatima Xavier e Elizio Gusmao fossem levados para o Kodim e não fossem mortos.
36. Durante a viagem da praia para o Kodim, Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao foram severamente espancados.
37. No dia seguinte, depois do pedido do Padre Hilario e do Padre Francisco da Igreja de Suai, Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao foram libertados do Kodim/sede da milícia.
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38. Antes de Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao terem sido libertados, o Tenente Coronel Mas Agus (Dandim-Covalima), o Tenente Coronel Gatot Subiaktoro (Kapolres-Covalima) e Caitano Mendonca (FPDK-Covalima) foram para o Kodim e disseram a Jose Fatima Xavier e Elizeu Gusmao que deviam apoiar a autonomia, uma vez que Timor-Leste nunca seria independente. 39. Logo depois da sua libertação, Jose Fatima Xavier, Elizeu Gusmao e as suas famílias procuraram refúgio na igreja até 7 de Abril de 1999, e voltaram às suas casas. Ataque em Umah Murah –Tortura de Jose Fatima Xavier (14 de Abril de 1999) 40. O ataque pelos membros da milícia Laksaur e das TNI contra a população civil em Covalima, em particular contra os que se entendia serem apoiantes da independência, intensificou-se em Abril de 1999.
41. No dia 14 de Abril de 1999, ou por essa altura, Jose Fatima Xavier foi preso na sua casa na aldeia de Rumah Murah por membros da milícia Laksaur, incluindo Egidio Manek, Henrikus Mali, Americo Mali, Siri Lau, Riki Coli, Antoni Moruk, Juliao Mali, Ulu Kehi, Lucas Mau e Yosef Berek. Jose Fatima Xavier foi severamente espancado por Americo Mali e os membros da milícia presentes. Americo Mali algemou as suas mãos atrás e colocou um saco de plástico por cima da cabeça de Jose Fatima Xavier.
42. Jose Fatima Xavier foi levado para a casa de Ulu Kehi (em Rumah Murah) onde estava atado a uma cadeira, e interrogado por Americo Mali e Yosef Berek sobre o movimento da independência e armas que acreditavam estavam na Igreja de Suai
43. Durante o interrogatório, Jose Fatima Xavier foi continuamente espancado por Henrikus Mali e Americo Mali. Durante o espancamento, um membro da milícia, Fernando também conhecido como Badu cortou o lábio inferior de Jose Fatima Xavier com uma machete. Jose Fatima Xavier sofreu vários ferimentos como resultado disto. 44. Jose Fatima Xavier regressou para a sua casa na mesma noite e foi detido na sua casa de 14 de Abril de 1999 até 8 de Junho de 1999, quando foi para Díli. Comício em Díli
45. A 17 de Abril de 1999, lideres das forças de integração (PPI) organizaram um grande comício em Díli e ordenaram aos membros da milícia em Timor-Leste que estivessem presentes. Representantes da milícia Laksaur em Covalima, incluindo Olivio Moruk e Maternus Bere estiveram presentes.
46. Durante o comício, Eurico Gutteres, Comandante adjunto da PPI falou para a multidão e disse-lhes que as pessoas que eram contra a integração a Indonésia, eram o inimigo. Ordenou aos “representantes” do estado e os que ajudavam as
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forças do estado a capturar anti-integracionistas e a atirar sobre eles se resistissem. Tortura no posto de milícia de Belulik Leten, Fatumean (23 de Abril de 1999) 47. No dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Henrikus Mali, incluindo Yacobus Bere, Petrus Suri Bisi, Gabriel Koli e Daniel Luan e membros das TNI prenderam cerca de trinta homens da vila de Manekiik e levaram-nos para o Koramil em Belulik Leten.
48. Entre os aldeões detidos estavam Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos dos Santos, Francisco Nahak, Antonio de Lima, Francisco do Carmo, Manuel Do Carmo, Raimundo do Carmo, Baltasar Maya e Domingos da Cruz. Foram presos porque se entendia serem apoiantes da independência. 49. No Koramil, Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos Dos Santos, Francisco Nahak, Baltasar Maya e Domingos da Cruz foram severamente espancados e sujeitos a sofrimentos físicos e mentais severos por membros da milícia Laksaur incluindo Yacobus Bere, Pedro da Cruz Besa, Petrus Suri Bisi, Herman Kehi e Zakarias Berek.
50. Os membros da milícia puxaram as unhas de Alfredo Freitas na altura em que o prenderam.
51. Os aldeões foram interrogados sobre as suas actividades pró-independência. Foram espancados durante o interrogatório e os membros da milícia colocaram sacos de plástico por cima das suas cabeças.
52. Depois do espancamento e interrogatório no Koramil, os aldeões foram levados para o posto da milícia em Belulik Leten onde todos os aldeões foram detidos numa sala.
53. Estavam um total de 27 aldeões que foram detidos no posto da milícia em Belulik Leten onde a milícia mais uma vez lhes bateu.
54. No dia seguinte, 24 de Abril de 1999, membros seniores da milícia Laksaur, incluindo Caitano Moniz, Alfredo Pires Amaral e Carlos Tilman vieram para o posto da milícia em Belulik Leten e falaram aos aldeões, avisando-os que se apoiassem a independência de Timor-Leste, morreriam todos.
55. No dia seguinte, a 25 de Abril de 1999, os membros da milícia, Petrus Suri Besi e Demitrius Berek, ambos armados com espadas, interrogaram alguns dos aldeões, incluindo Geraldo Orleans sobre as actividades da Falintil. Durante o interrogatório, os aldeões foram outra vez espancados.
56. A 26 de Abril de 1999, os aldeões foram ordenados por Henrikus Mali para escrever os nomes das suas esposas e o seu paradeiro num pedaço de papel. Os aldeões fizeram o que lhes foi dito e a milícia ordenou que as esposas de todos os aldeões que foram detidas fossem ao posto da milícia em Belulik Leten.
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57. As esposas dos aldeões foram para o posto de milícia a 27 de Abril de 1999, onde foram ordenadas pela milícia para assinar um acordo. Foram deixadas ir para as suas casas logo depois de terem assinado o acordo.
58. Os 27 homens foram presos e mantidos detidos. Durante a sua detenção, foram guardados por membros da milícia, incluindo Josep Mendonca, também conhecido por Nahak Kehik e Pedro da Cruz Besa
59. No dia 28 de Abril de 1999, ou por essa altura, os 27 homens foram ordenados por Henrikus Mali a alinhar em frente do posto da milícia. Aí, Henrikus Mali leu em voz alta o aco0rdo que foi assinado por eles e pelas esposas, que se não apoiassem e autonomia de Timor-Leste em relação à Indonésia, seriam mortos e as suas esposas e parentes, cujos nomes foram escritos no acordo também seriam mortos.
60. Henrikus Mali ordenou depois os aldeões a irem para o Koramil e para a estação da polícia e pediram desculpa aos comandantes. Os aldeões fizeram como lhes foi dito e foram libertados para voltarem para as suas casas. Henrikus Mali disse-lhes depois que estavam autorizados a deixar a vila de Belulik Leten sem a sua autorização ou a de Eduardo Leneng (o comandante da polícia do sub-distrito), Josep Kehi (TNI) (o comandante do Koramil) e Domingos de Araujo, (Camat – chefe do sub-distrito). Ataque na aldeia de Fatukmetan, vila de Raihun, Tilomar-Tortura e Perseguição por destruição de propriedade (23 de Abril de 1999)
61. Em 1999, Joao da Silva era o membro da clandestinidade do CNRT no Subdistrito de Tilomar. Durante o mês de Abril de 1999, a milícia de Laksaur e as TNI estavam à procura de Joao da Silva que estava escondido.
62. No dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur sob o comando de Olivio Moruk e Egidio Manek foram para a vila de Nikirr à procura de Joao Da Silva. Entre os membros da milícia que foram para Nikirr estavam Olivio Moruk, Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali, Zito da Silva também conhecido como Zito Saek, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Bou Luan, Nahak Malik, Guru Nandus, Orak (LNU) Moruk Kasak, Jacob Bere, Oracio (LNU), Tem Berek, Leonito Cardoso, Miguel da Silva Mau e Felipe Nahak.
63. Os membros da milícia fizeram esta operação juntamente com membros das TNI do Koramil Salele, incluindo o Sargento Major Supoyo, também conhecido como Pak Poyu (comandante militar do sub-distrito-Salele), Bentu (LNU), Jaime Pinto e Leonito Cardoso (TNI).
64. A milícia encontrou e interrogou Jose Cardoso e três outros aldeões sobre o paradeiro de Joao da Silva. Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali e Felipe Nahak espancaram-nos severamente durante o interrogatório.
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65. Depois do espancamento de Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali e Felipe Nahak ameaçaram de morte Jose Cardoso e os outros três se seguissem Joao da Silva no apoio pela independência. 66. Mais tarde, a milícia localizou Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso, Paulus Ximenes que eram parentes de Joao Da Silva e mataram-nos.
67. A milícia depois deixou Nikir e foi para Fatukmetan. No caminho, Egidio Manek ordenou-lhes que prendessem Lodificus Rabu e mataram-no. Lodificus foi preso e levado para a floresta.
68. Os membros da milícia e as TNI foram depois para Fatukmetan. 69. Em Fatukmetan, a milícia e as TNI reunirão os aldeões, incluindo Cervasio Yosep, Balbina Maia, Rosalinda Abuk (esposa de Caetano Xiemenes), Luizina Maia, Filipos Yosep, Daniel Xiemenes, Markus Xiemenes, Jaime Cardoso e Teofilo da Silva.
70. Os aldeões em causa foram trazidos para a berma da estrada e rodeados pela milícia e a TNI presente. Foram depois questionados sobre o paradeiro de Joao da Silva.
71. Durante o interrogatório, os aldeões foram espancados pela milícia presente. As duas mulheres aldeãs, Rosalinda Abuk e Luizina Maia foram algemadas e também espancadas por Americo Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek.
72. Os aldeões foram depois levados para a casa isolada de Baltazar Xiemenes. Enquanto aí, Cervasio Yosep e Filipos Yosep foram espancados outra vez por Americo Mali que lhes bateu na cabeça repetidamente com um tubo de metal. Os aldeões sofreram lesões graves como resultado dos espancamentos.
73. A milícia e as TNI destruíram depois todas as onze casas na Vila de Fatukmetan. Cervasio Yosep, Balbina Maia, Rosalinda Abuk, Luizina Maia, Filipos Yosep, Daniel Xiemenes, Markus Xiemenes, Jaime Cardoso, Teofilo da Silva e os outros aldeões foram ordenados para encontrarem locais para ficar e foram ordenados para não irei para a Igreja de Suai. Tortura de Augustino Gusmao (26 de Abril de 1999)
74. Augustino Gusmao era um apoiante independente que vivia na Vila de Leogore Village, no sub-distrito de Suai. Em 1999 Augustino Gusmao era um funcionário público no Departamento veterinário na Vila de Debos em Suai
75. Antes de Abril de 1999, Olivio Moruk avisou Augustino Gusmao que a milícia iria levar os seus bens porque o seu nome estava na sua lista de inteligência de apoiantes da independência.
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76. No dia 1 de Abril de 1999, ou por essa altura, cerca de 7 membros da milícia Laksaur, incluindo Olivio Moruk, foram para a casa de Augustino Gusmao e levaram a sua mota.
77. No dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, os membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Maternus Bere foram para a casa de Augustino Gusmao na Vila de Legore, comandados por Andreas Koli. 78. Andreas Koli acusou Augustino Gusmao de ser um apoiante da independência, prendeu-o e levou-o para a sede da milícia na Vila de Legore.
79. Na sede da milícia, Augustino Gusmao encontrou-se com Maternus Bere que o acusou de ser um funcionário público a ganhar um salário do governo indonésio e mesmo assim apoiava a independência. Andreas Koli e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi espancaram Augustino Gusmao severamente.
80. Maternus Bere, Andreas Koli e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi interrogaram Augustino Gusmao durante várias horas. Depois do interrogatório, Maternus Bere forçou Augustino Gusmao para assinar uma declaração dizendo que apoia a autonomia de Timor-Leste dentro da Indonésia. Depois de assinar a declaração, foi ordenado para a entregar no gabinete do Bupati (administrador), Herman Sudyono. No dia 29 de Abril de 1999, ou por essa altura, Augustino Gusmao entregou a declaração no gabinete do Bupati. Tortura de Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao (26 de Abril de 1999)
81. Em 1999 Vincente Alves Quintao era um líder, e Francisco do Espiritu era um membro do movimento clandestino que apoiava a independência de TimorLeste.
82. Antes de 26 de Abril de 1999, Pedro Teles ordenou aos membros da milícia Laksaur sob o seu comando par prender Francisco e Vincente e os trazer para a sede da milícia na Vila de Legore. 83. Nesse dia, Francisco do Espiritu estava na sau casa com Vincente Alves Quintao na aldeia de Oegus.
84. De acordo com a ordem de Pedro Teles, membros da milícia Laksaur incluindo Xisto Barros, Ricardo Andrade, Cesar Mendonca, Casimiro e Joaoquim do Carmo armados com espadas foram para a casa de Francisco do Espiritu e prenderam-no juntamente com Vincente Alves Quintao.
85. Os membros da milícia espancaram Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao e ataram as suas mãos atrás das suas costas antes de os levar para a sede da milícia em Legore.
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86. Na sede da milícia, membros da milícia Laksaur sob o comando de Pedro Teles, incluindo Xisto Barros e Ricardo de Andrade, espancaram mais uma vez Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao. 87. Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao foram depois detidos num pequeno quarto no posto da milícia, que era também o koramil em Legore, no qual o Sargento Major Harun Tateny era o comandante. 88. Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao foram detidos aí até 8 de Maio de 1999. Durante a sua detenção, Francisco do Espiritu e Vincente Alves Quintao foram interrogados por Maternus Bere e Pedro Teles em relação às suas actividades clandestinas e foram ordenados para assinar uma declaração por escrito onde diriam que apoiavam a causa da pró-autonomia. Perseguição e Tortura de Caetano Xiemenes, Agustino Xiemenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu, Mariano Amaral e Orlando Berek no Koramil em Salele (30 de Abril de 1999) Destruição de propriedade
89. Caetano Xiemenes e Agustino Xiemenes eram membros clandestinos do CNRT e Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu, Mariano Amaral e Orlando Berek eram todos apoiantes da independência. Viviam todos no sub-distrito de Tilomar em 1999.
90. No dia 22 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur comandados por Olivio Moruk, Egidio Manek e Alipio Gusmao, também conhecido por Alipio Mau atacaram a aldeia de Wetabe em Salele, sub-distrito de Tilomar.
91. Os membros da milícia estavam armados com armas e atiraram para as casas. Sob as ordens de Olivio Moruk, Egidio Manek e Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, os membros da milícia queimaram várias casas, incluindo as casas de Orlando Berek, Petrus da Costa, Antonio Amaral, Joao Xiemenes, Mateus dos Reis, Tome Nunes e Florindo Cardoso. Os aldeões temendo pelas suas vidas e segurança, fugiram para as montanhas de Wala. No dia 29 de Abril de 1999, ou por essa altura, alguns dos aldeões regressaram a Wetaba. Tortura
92. No dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, Caetano Xiemenes e Agustino Xiemenes foram presos por membros das TNI incluindo Blasius Manek enquanto estavam na casa de um aldeão e levados para a casa de Jacob Cardoso (TNI).
93. Caetano Xiemenes foi mais tarde levado para a casa de Blasius Manek onde foi interrogado por membros das TNI incluindo Leonito Cardoso, Blasius Manek, Petrus Bau, Jacob Cardoso, Reus Suri e Orasio Cardoso sobre o seu
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envolvimento com as Falintil. Caetano Xiemenes e Agustino Xiemenes foram depois libertados.
94. No dia 30 de Abril de 1999, ou por essa altura, Caetano Xiemenes, Agustino Xiemenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu, Mariano Amaral e Orlando Berek foram presos em vários locais no sub-distrito de Tilomar por membros da milícia laksaur e as TNI e levados para o Koramil na Vila de Salele. O Comandante das TNI no Koramil em Salele era o Sgt. Major Supoyo, também conhecido como Pak Poyo. 95. No Koramil, os aldeões foram interrogados sobre as suas actividades próindependência e severamente espancados pela milícia Laksaur incluindo Olivio Moruk, Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Gaspar Bau, Noberto Xiemenes, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek e membros das TNI incluindo Sebastiao Barreto, e Ratu Roman.
96. Durante os espancamentos e interrogatórios e milícia colocou sacos de plástico nas cabeças dos aldeões e sofucou-os. Egidio Manek forçou Ludificus Ulu (um dos aldeões presos e detidos com Cervasio Yosep) a morder a orelha e o nariz de Cervasio Yosep até sangrar. Trabalho forçado 97. Durante a noite Caetano Xiemenes, Agustino Xiemenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu e Mariano Amaral foram libertados mas foram ordenados a se apresentar todos os dias no Koramil e a fazer trabalho não qualificado incluindo jardinagem, limpeza e escavação de casas de banho. 98. De acordo com a ordem, Caetano Xiemenes, Agustino Xiemenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Lodifucus Ulu e Mariano Amaral continuaram a se apresentar no Koramil todos os dias e a realizar trabalho não qualificado para a milícia e as TNI sem receber pagamento, até finais de Maios de 1999. Tortura de Verissimo Xiemenes e Joao dos Nascimento, (24 de Abril de 1999)
99. Verissimo Xiemenes, Joao dos Nascimento, Frigolindo Xiemenes Mau, Sertorio Maya e Lourenco Cardoso eram todos apoiantes da independência, que viviam na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar.
100.
Algures em Março de 1999 foi realizada uma reunião na aldeia de Wetaba. Durante a reunião, o chefe da aldeia informou os aldeões da possibilidade de um ataque por membros da milícia Laksaur.
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101.
Algures em Abril de 1999, membros da milícia Laksaur foram patrulhar as aldeias de Wela e Wetaba armados com armas e ameaçaram os aldeões para apoiarem a autonomia de Timor-Leste.
102.
Verissimo Xiemenes, Joao dos Nascimento, Frigolindo Xiemenes Mau, Sertorio Maya e Lourenco Cardoso e outros aldeões de Wela e Wetaba deixaram as suas aldeias temendo as suas vidas e foram para a floresta de Lakunak.
103.
No dia 24 de Abril de 1999, ou por essa altura, os aldeões foram vistos por Celestino Cardoso, o chefe da aldeia de Lakunak e convidou-os para a sua casa. Os aldeões concordaram e foram com Celestino para sua casa.
104.
Na manhã seguinte, vários membros da milícia Laksaur e das TNI vieram até à casa de Celestino Cardoso juntamente com Marcel Mendonsa (o chefe da vila de Raihun). Marcel Mendonsa ordenou todos os aldeões, incluindo Verissimo Xiemenes, Joao dos Nascimento, Frigolindo Xiemenes Mau, Sertorio Maya e Lourenco Cardoso para ir para o gabinete da vila de Raihun. Os membros da milícia estavam armados com espadas e tinham bandeiras indonésias amarradas à volta da cabeça.
105.
Os aldeões entraram para os camiões e foram levados para o gabinete da aldeia por membros da milícia e das TNI.
106.
Logo depois dos aldeões terem chegado ao Gabinete da vila, vários membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Egidio Manek, incluindo Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Alipio Gusmao também conehcido como Alipio Mau, Noberto Xiemenes, Miguel Mau, Miguel Mali, Damianus dos Nasimento, Jacob Hale e Juliano Tanu vieram para o gabinete da aldeia.
107.
No gabinete, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot bateu em Verrissimo Xiemenes e em Joao do Nascimento. Verrissimo Xiemenes e Joao do Nascimento sofreram lesões como resultado do espancamento.
108.
Verissimo Xiemenes, Joao do Nascimento, e vários aldeões foram depois detidos no gabinete da aldeia numa pequena sala durante cerca de três dias. Os aldeões foram ordenados para se apresentarem no gabinete da vila todos os dias durante cerca de um mês e realizar trabalhos desqualificados para a milícia sem receber pagamento.
HOMICÍDIO E DESAPARECIMENTO FORÇADO 109.
Em Abril e Maio de 1999, membros da milícia Laksaur sob o comando de Olivio Moruk, Egidio Manek, Maternus Bere,Henrikus Mali e Pedro Teles lançaram uma campanha de violência e terror contra a população civil no distrito de Covalima que se entendia serem apoiantes da independência. Armados com armas e machetes, os membros da milícia Laksaur apoiados pelas TNI mataram
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muitos civis que apoiavam a causa da independência. Membros da milícia Laksaur também raptaram vários civis que não foram vistos desde então. 110. Muitos apoiantes da independência foram se esconder nas colinas ou na Igreja de Avé Maria em Suais, temendo as suas vidas.
Desaparecimeno forçado de Marçal Amaral e Felix Amaral
111.
A 19 de Abril de 1999, cerca de 90 membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Maternus Bere incluindo Illidio Gusmao, Dominikus Mali e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi foram para a vila de Matai.
112.
A milícia chamou os aldeões para se juntarem na casa de Cancio Augusto de Jesus (o chefe da vila de Matair). Cerac de 200 aldeões, incluindo Felix Amaral e Antonio Taek juntaram-se na casa do chefe da vila.
113.
Aí, Dominikus Mali fez um discurso para os aldeões dizendo que tinham de votar pela autonomia ou senão morreriam. Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi fez um um discurso depois de Dominikus Mali dizendo também que os aldeões tinham de votar pela autonomia. Enquanto Domingos Mali, também, conhecido como Bete Aloi estava a discursar, Illidio Gusmao prendeu Antonio Taek e juntamente com Andreas Koli levou Antonio Taek para o gabinete do chefe.
114. Illidio Gusmao voltou ao lugar onde os aldeões estavam reunidos e prendeu Felix Amaral, que foi também acompanhado ao gabinete de chefe da vila.
115.
Nessa altura, Marcal Amaral estava a trabalhar no cemitério. Não esteve presente na reunião.
116.
Illidio Gusmao perguntou ao comandante militar da vila de Matai, Elviro Amaral (TNI) sobre o paradeiro de Marcal Amaral. Illidio Gusmao estava a ler o nome de Marcal Amaral de uma lista de nomes que segurava.
117.
Enquanto os membros da milícia ainda estavam na vila, Marcal Amaral regressou à vila de Matai e foi para a sua casa e fechou a porta, mas a milícia viu-o entrar na sua casa. Illidio Gusmao juntamente com outros membros da milícia foi para a casa de Marcal Amaral e prendeu-o. A milícia algemou Marcal Amaral e conduziu-o para o gabinete do chefe da vila. Durante este tempo, Dominikus Mali estava a interrogar Marcal Amaral no gabinete.
118.
Alguns dos aldeões que não estiveram presentes na reunião permaneceram na floresta escondidos da milícia. Os membros da milícia ouviram-nos a chamar uns pelos outros. Andreas Coli e Americo Seran (TNI)
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deixaram as suas motas acompanhadas por um camião cheio de soldados das TNI que estavam armados com espingardas. Dirigiram-se para a floresta da direcção de onde vinham as vozes. Depois disto, os soldados das TNI regressaram tendo prendido um aldeão chamado de Rainato. Rainato estava a sangrar na cara. Domingos Mali, também como Bete Aloi e Americo Seran acompanharam Rainatu para o gabinete do chefe da vila.
119.
Antonio Taek e Rainatu foram interrogados e depois libertados.
120. Felix Amaral e Marcal Amaral foram interrogados e severamente espancados por membros da milícia e das TNI.
121.
A milícia trouxe Felix Amaral e Marcal Amaral para fora do gabinete do chefe da vila e forçou-os a entrar no camião militar e conduziu na direcção na vila de Legore.
122.
Os membros da milícia Laksaur procederam para a aldeia de Kiar, na vila de Matai. Aí, a milícia reuniu os aldeões na escola e Dominikus Mali fez um discurso para os aldeões. Durante esse tempo, Martenus Bere chegou à aldeia de Kiar. Maternus Bere fez um discurso para o povo da vila de Kiar. Enquanto aí, Illidio Gusmao e membros da milícia prenderam Raimero Aziz, Castro Amaral e Rui Amaral. Raimero Aziz foi libertado pouco depois. Castro Amaral e Rui Amaral foram levados para a sede a milícia em Legore e libertados mais tarde no mesmo dia.
123. Felix Amaral e Marcal Amaral nunca mais foram vistos desde que os membros das TNI os levaram a 19 de Abril de 1999. Homicídio de Sabino Gusmao (12 de Abril de 1999)
124.
Sabino Gusmao e Olivio Gusmao eram apoiantes independentes e membros do movimento clandestino. Em 1999 Sabino Gusmao e Olivio Gusmao estavam activamente envolvidos em actividades clandestinas.
125.
No dia 12 de Abril de 1999, ou por essa altura, Sabino Gusmao e Olivio Gusmao foram apara a estação de gasolina da Pertamina em Suai para visitar Leonito Gusmao que trabalhava ali. Logo depois de terem chegado, cerca de 70 membros da milícia Laksaur, incluindo Agus Mali e Pedro da Cruz, também conhecido como Pedro Besa, conduzidos por Olivio Moruk e Egidio Manek chegaram à estação de gasolina em três camiões e várias motas.
126.
Ao verem Sabino Gusmao, Egidio Manek ordenou aos membros da milícia Laksaur que o matassem. Sabino Gusmao e Olivio Gusmao tentaram fugir. Os membros da milícia foram atrás de Sabino Gusmao e apanharam-no. Foi espancado por Pedro da Cruz, também conhecido como Pedro Besa. Sabino Gusmao morreu em resultado do ataque.
127. Membros da milícia colocaram o corpo de Sabino Gusmao num dos camiões e foram embora.
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Desaparecimento forçado de Benedito do Nascimento (23 de Abril de 1999) 128. Em 1999, Benedito do Nascimento era o chefe adjunto da Organização Clandestina na aldeia de Caicoli no sub-distritp de Tilomar.
129.
No dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, Benedito do Nascimento estava no mercado em Salele quando membros da milícia Laksaur sob o comando de Egidio Manek incluindo Noberto Xiemenes, Marcel Moruk, Felipe Nahak e Hendricos Lau, que estavam armados com espadas chegaram e prenderam-nos. Sob as ordens de Noberto Xiemenes, Marcel Moruk e Felipe Nahak prenderam Benedito dos Nascimento e forçaram-no a entrar no veículo conduzido pela milícia Laksaur.
130.
Benedito do Nascimento recusou-se a entrar no camião. Marcel Moruk golpeou o pescoço de Benedito dos Nascimento com a sua espada. Benedito dos Nascimento foi depois transportado para o camião e os membros da milícia dirigiram-se para o Koramil. Benedito dos Nascimento nunca mais foi visto. Homicídio de Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso, Paulus Ximenes (23 Abril de 1999)
131.
Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Ximenes eram apoiantes da independência e residiam na Vila de Raihun, no Sub-Distrito de Tilomar.
132.
A 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, membros da milícia Laksaur sob comando e controle de Olivio Moruk e Egidio Manek, incluindo Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Bou Luan, Nahak Malik, Guru Neus, Orak (LNU) Moruk Kasak, Jacob Bere, Oracio (LNU), Miguel da Silva Mau e Felipe Nahak e membros das TNI do Koramil de Salele incluindo Sgt. Major Supoyo, também conhecido como Pak Poyu (Comandante Militar do Sub-distrito de Salele), Bentu (LNU), e Jaime Pinto atacaram a Aldeia de Nikir, Vila de Raihun no Sub-Distrito de Tilomar procurando por João da Silva.
133.
Naquele momento Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Xiemenes estavam escondidos na casa de Hilario Manek. A milícia ordenou que Hilario Manek trouxesse Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Ximenes para fora da casa.
134.
Hilario Manek Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Ximenes saíram da casa e foram em direcção à milícia que estava parada na estrada. Sob as ordens de Egidio Manek, membros da milícia incluindo Miguel Mau e Nahak esfaquearam e mutilaram Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Ximenes com machetes. Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Ximenes morreram em concequência do ataque. Homicídio de Lodificus Rabo (23 de Abril de 1999)
21
135.
Lodificus Rabo era um apoiante da independência. A 23 de Abril de 1999, Lodificus Rabo estava escondido na sua casa na Aldeia de NiIkkir, Vila de Raihun, Sub-Distrito de Tilomar.
136.
Depois de matar Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Xiemenes, os milicianos seguiram para a Vila de Fatukmetan. No caminho, os milicianos sob o comando e controle de Olivio Moruk e Egidio Manek pararam na casa de Lodificus Rabo. Membros da milícia incluíam Egidio Manek, Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Joaquim Berek vulgo Berek Bot, Bou Luan, Nahak Malik, Guru Neus, Orak (LNU) Moruk Kasak, Jacob Bere, Oracio (LNU), Tem Berek, Leonito Cardoso, Miguel Mau e Felipe Nahak. Membros das TNI do Koramil de Salele incluindo o Sgt. Major Supoyo, também conhecido como Pak Poyu (Comandante Militar do Sub-distrito de Salele), Bentu (LNU), Jaime Pinto também estavam com ele.
137.
A milícia cercou a casa de Lodificus Rabo e gritaram para ele sair da casa. Uma vez que Lodificus Rabo não respondeu, um membro da TNI acendeu um fósforo para atear fogo à casa, e nesse momento, Lodificus Rabo saiu da casa.
138.
Milicianos incluindo Tem Berek e Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot e um membro das TNI bateram em Lodificus Rabo e amarraram sua mãos nas costas.
139.
Egidio Manek então que os membros da milícia levassem Lodificus Rabo para a floresta e o matassem. Os milicianos colocaram Lodificus Rabo no seu veículo e saíram. Lodificus Rabo nunca mais foi visto.
140.
Quando a milícia retornou à sua sede no Koramil em Salele, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot disse a Egidio Manek que tinham matado Lodificus Rabo. Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot foi visto com uma machete suja de sangue.
141. A 30 de Abril de 1999, ou por essa altura, Leonito Cardoso mostrou a vários aldeões da Vila da Nikir uma machete suja de sangue e disse-lhes que Lodificus Rabo tinha sido morto pela milícia incluindo ele próprio, e cortado em pedaços e jogado na floresta. Homicídio de José Afonso Amaral & Tentativa de Homicídio de Dinis Afonso Monis (13 de Maio de 1999)
142.
Francisco Xavier Gutteres era um membro do movimento clandestino de apoio à independência. A 12 de Maio de 1999, Francisco Xavier Gutteres e outros aldeões deixaram a Vila de Dato Rua e foram para a Vila de Macous, no Sub-Distrito de Fatululik para determinar as actividades da milícia para que pudessem avisar os aldeões de qualquer ataque iminente da milícia e/ou das TNI.
22
143.
Na Vila de Macous, Francisco Xiavier Gutteres e aldeões viram que os membros da Milícia Laksaur tinham montado um posto de milícia na casa de um miliciano, Inacio Mau. Haviam aproximadamente 50 milicianos sediados ali.
144. Francisco Xavier Gutteres e os aldeões foram depois para a casa de Olivio Mau, que também era membro do movimento clandestino, onde passaram a noite.
145.
A 13 de Maio de 1999, por volta das 4:00hrs membros da milícia Laksaur, incluindo Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi e Inacio Mau atacaram a casa de Olivio Mau e prenderam Francisco Xavier Guterres. Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi estava armado com uma espingarda. Os milicianos amarraram as suas pernas e mãos e levaram à força Francisco Xavier Guterres para a Aldeia de Fatoloro para a casa de Ernesto Mali, chefe da aldeia.
146.
Algumas horas mais tarde, Pedro Teles (comandante da Milícia Fatululik Laksaur) e o Sgt. Maj. Harun Tateny (Danramil Fatululik) (Comandante da TNI-Fatululik ) chegou à casa de Ernesto Mali juntamente com vários membros da Milícia Laksaur, incluindo Ernesto Bere, Paulos Bere, Bau Gap, Antonio Mau, Victor Leite, Anis Bere, Seran Leo, Ricardo Bere, Victor, Vincente, Sergio, Cesar Mendonça, Bere Metan e Nelson e um oficial da POLRI, João Koli. Pedro Teles e o Sgt. Maj. Harun Tateny estavam armados com espingardas. Os milicianos estavam armados com espingardas e espadas. Ernesto Bere, Paulos Berek e Bere Metan estavam armados com rifles.
147.
Na casa de Olivio Mau, Pedro Teles, Sgt. Major Harun Tateny e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi tiveram uma discussão sobre os apoiantes clandestinos que tinham ido para a floresta se esconderem e decidiram que Francisco Xavier Gutteres seria levado para o rio e morto. Depois da discussão, Pedro Teles, o Sgt. Major Harun Tateny e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi mandaram os aldeões reunirem-se em frente da casa de Olivio Mau e falaram ao povo sobre a autonomia e encorajaram-nos a votar pela autonomia.
148.
Depois do encontro Pedro Teles, o Sgt. Maj. Harun Tateny, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, João (POLRI) saíram juntamente com os membros da milícia.
149.
Francisco Xavier Guterres foi obrigado a montar na motocicleta de João
Koli.
150.
José Afonso Amaral e Dinis Afonso Monis eram parentes de Francisco Xavier Guterres. A 13 de Maio de 1999 os parentes de Francisco Xavier Guterres incluindo José Afonso Amaral e Dinis Afonso Monis foram informados de que Francisco Xavier Guterres tinha sido preso pela milícia e foram a Fatuloro para resgatar Francisco Xavier Guterres.
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151.
Justo antes de João Koli (POLRI) poder sair com Francisco Xavier Gutteres, José Afonso Amaral, Dinis Afonso Monis e outros familiares cercaram a motocicleta e insistiram que Francisco Xavier Gutteres não fosse levado.
152.
Nesse momento membros da milícia e das TNI, incluindo Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi e Ernesto Bere atacaram os aldeões e dispararam as suas armas sobre eles. José Afonso Amaral foi morto no ataque e Dinis Afonso Monis sofreu ferimentos graves.
Homicídio de Domingos Martins & Gabriel Amaral (28 de Maio de 1999)
153.
A 2 de Maio de 1999, Olivio Moruk e membros da milícia Laksaur milícia organizaram uma reunião na Vila de Oegues. A milícia reuniu os aldeões e Olivio Moruk falou-lhes.
154. Olivio Moruk perguntou aos aldeões quem era Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira. Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira identificou-se a si mesmo e Olivio Moruk disse-lhe que tinha informação de que alguns civis da Vila de Oegues estavam escondidos na floresta e que Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira deveria assegurar de que voltariam.
155.
Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira tinha uma quinta na floresta de Wesei. Alguns apoiantes da independência incluindo Domingos Martins, Gabriel Amaral e outros aldeões de Kamenasa estavam escondidos na quinta de Daniel Seran, também conhecido como Daniel Pereira na Floresta de Wesei porque estavam envolvidos com o movimento clandestino e os membros da milícia Laksaur estavam à procura deles.
156.
A 28 de Maio de 1999, ou por essa altura, Domingos Martins e Gabriel Amaral estavam na casa da quinta na floresta de Wesei quando de repente membros da milícia Laksaur, sob o comando e controle de Egidio Manek inclusive Paulus (LNU), atacaram-nos. Os milicianos estavam armados com espingardas e começaram a disparar contra a casa onde Domingos Martins e Gabriel Amaral estavam escondidos. Domingos Martins e Gabriel Amaral morreram em consequência do ataque.
157.
Depois do tiroteio, a milícia ateou fogo à casa. Também reuniram os corpos de Domingos Martins e Gabriel Amaral e atearam fogo a eles. Homicídio de Vasco Amaral (28 de Maio de 1999)
158.
Em 1999, Vasco Amaral era membro clandestino e apoiante da Independência e vivia no Sub-Distrito de Fatumean
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159.
A 28 de Maio, ou por essa altura, Vasco Amaral estava na casa de um aldeão na vila de Alastehen. Enquanto Vasco Amaral estava lá, membros da milícia Laksaur conduzidas por Henrikus Mali (Danki de Laksaur em Fatumean) atacaram a casa e arrastaram Vasco Amaral para fora.
160.
Membros da Milícia Laksaur presentes eram Henrikus Mali, Petrus Suri Bisi e Marianos Berek, entre outros.
161.
A milícia obrigou colocou à força Vasco Amaral dentro do veículo e levou-o .
162.
No dia seguinte, membros da Milícia Laksaur reuniram-se na Vila de Alastehen. Na reunião, Henrikus Mali disse aos aldeões que não procurassem mais por Vasco Amaral porque “Vasco Amaral não está mais”.
163. A 30 de Maio de 1999, os aldeões descobriram o corpo de Vasco Amaral numa caverna na Vila de Kunsabibi no Sub-Distrito Fatumean.
Homicídio de Jaime da Costa Nunes (27 de Agosto de 1999)
164.
Jaime da Costa Nunes, Eugenio do Rego e Benedito de Jesus, também conhecido como Bene Leki eram conhecidos apoiantes da independência. Jaime da Costa encorajava os aldeões a votar pela independência de Timor-Leste. Os membros da milícia Laksaur tinham conhecimento das actividades de Jaime da Costa Nunes, Eugenio do Rego e Benedito de Jesus, também conhecido como Bene Leki e queriam matá-lo.
165. A 24 de Junho de 1999 os aldeões homens de Mota Ulun, incluindo Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki receberam ordens do chefe da vila para ir à sede da milícia em Belulik Leten onde membros da milícia Laksaur hastearam a bandeira da Indonésia. 166. Na sede da milícia, membros da milícia Laksaur bateram em Jaime da Costa e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki. 167. Logo depois do espancamento de Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki pelos milicianos, Jaime da Costa Nunes, Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki e outros apoiantes da independência foram esconder-se na Igreja de Suai temendo pelas suas vidas.
168.
A 25 de Agosto de 1999, ou por essa altura, Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki receberam a tarefa de entregar as cédulas de voto a todos os aldeões de Fatumean. Receberam ordens para entregar as cédulas aos membros clandestinos.
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169.
A 25 de Agosto de 1999, Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também co9nhecido como Bene Leki deixaram a Igreja de Suai onde se escondiam e seguiram para a aldeia de Mota Ulun no Sub-distrito de Fatumean.
170. A 26 de Agosto de 1999, chegaram à Aldeia de Mota Ulun, onde Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki entregara algumas cédulas de votos à sua irmã. 171. Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki separaram-se na Aldeia de Mota Ulun e mais tarde reencontram-se na Vila de Mamalus e seguiram para a Vila de Aisik. 172. Na Vila de Aisik, Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki foram visitar Martinho do Rego e Abel Pereira, que eram respectivamente, o pai e o irmão de Jaime da Costa.
173.
Na noite daquele mesmo dia Martinho do Rego convocou Raimundo de Oliviera, também conhecido como Raimundo Mali para ir a sua casa e receber as cédulas de voto de Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki. Quando chegou, Jaime da Costa Nunes e Bendito de Jesus, também conhecido como Bene Leki deram-lhes as restantes cédulas para distribuição.
174. A 26 de Agosto de 1999, membros da milícia Laksaur sob o comando e controle de Henrikus Mali e Baltazar Da Costa Nunes, incluindo Vencen Tuas, Agus Bere, Damianus da Costa Nunes e Lorencio da Costa Nunes foram procurar Jaime da Costa Nunes na sua casa. 175. A 27 de Agosto de 1999, ou por essa altura, cerca das 7:00hrs, Jaime da Costa Nunes estava escondido nos arbustos na área de Aikfotu na Aldeia de Mota Ulun.
176.
Nesse momento, Damianus da Costa Nunes, José Pereira, também conhecido como Manek Pahak e Manek Casa e Manuel Luan (todos membros da milícia Laksaur sob o comando e controle de Henrikus Mali e Baltazar Da Costa Nunes) acompanhados por um aldeão andavam pela estrada quando Damianus da Costa Nunes viu Jaime da Costa Nunes escondido nos arbustos. Os milicianos estavam todos armados com espadas.
177.
Damianus da Costa apanhou Jaime da Costa Nunes pelos braços e o arrastou dos arbustos para a o caminho. Damianus da Costa então, segurou Jaime da Costa Nunes firmemente enquanto José Pereira, também conhecido como Manek Pahak e Manek Casa cortou a testa de Jaime da Costa Nunes com uma machete. Damianus da Costa segurou depois outra vez Jaime da Costa Nunes pelos braços e, José Pereira, também conhecido como Manek Pahak e Manek Casa esfaqueou Jaime da Costa Nunes. Os milicianos atiraram depois o seu corpo nos arbustos e enterraram-no mais tarde.
26
178.
Jaime da Costa Nunes morreu em consequência do ataque. Depois de matar Jaime da Costa Nunes, Damianus da Costa Nunes proibiu os aldeões da vila de Mota Ulun de usarem o caminho onde o assassinato tinha ocorrido.
179.
Por volta do meio-dia, milicianos, incluindo Baltazar da Costa Nunes, Raul Halek (TNI), Simão Nahak (TNI) e Binu Ten foram para a casa onde a mulher de Jaime da Costa estava escondida, e Raul Halek disse-lhe que Jaime da Costa Nunes tinha sido assassinado.
180.
No dia seguinte, José Pereira, também conhecido como Manek Pahak e Manek Casa e Vincen Tuas, membro da milícia Laksaur sob o comando de Henrikus Mali foram até à casa de Jaime da Costa Nunes e mostraram à sua mulher um par de orelhas humanas e genitais e disseram que essas partes humanas eram de Jaime da Costa Nunes.
DELITOS COMETIDOS ENTRE 05 de SETEMBRO DE 1999 E 15 de DEZEMBRO DE 1999 (PERÍODO PÓS-CONSULTA)
PRISÃO, DETENÇÃO, TORTURA E DESTRUIÇÃO DE PROPRIEDADE
181.
Depois do anúncio do resultado da consulta popular, membros da milícia Laksaur, Polri e das TNI retomaram a campanha de violência e terror contra a população civil no Distrito de Covalima com maior intensidade.
182. A milícia, as TNI e a POLRI começaram a deportação/transferência da população civil para Timor Ocidental na República da Indonésia. 183. Durante esse exercício, os supostos apoiantes da independência que foram apreendidos foram mortos e outros detidos ilegalmente e subsequentemente transferidos forçadamente ou deportados. 184. Em consequência da violência contra a população civil, muitos civis foram esconder-se na floresta e outros na Igreja de Ave Maria em Suai por temer pelas suas vidas. Perseguição por Detenção Ilegal & Tortura de Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João Fernees, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão, Jacinto (5 de Setembro de 1999) 185. A 5 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur liderada por Maternus Bere e Olivio Tatoo Bau e cerca de 4 oficiais de policia (Polri) atacaram a vila de Asumaten onde prenderam vários aldeões incluindo Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João Fernees, Caitano do
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Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão, e Jacinto todos apoiantes da independência. 186. Os oficias da Milícia e da POLRI levaram Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João Fernees, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão e Jacinto para o posto da Polri. 187. Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João Fernees, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão, e Jacinto foram obrigados a despirem-se e foram detidos numa cela no posto da POLRI. 188. Durante o período de sua detenção os aldeões foram espancados por membros da milícia e oficiais da polícia. 189. Os aldeões ficaram detidos na Polri até 11 de Setembro de 1999. Durante os 6 dias da sua detenção, só receberam comida durante três dias. Em consequência dos maus tratos, Agosto Ferneo, João Amaral, Gaspar Gusmão, Bendito Maya, João Fernees, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmão e Jacinto sofreram ferimentos graves. Actos desumanos contra Manuel Mendes ( 5 de Setembro de 1999) 190. Manuel Mendes era um apoiante activo da independência e chefe de investigação para o CNRT em Suai. Foi informado que os milicianos Olivio Moruk, Egidio Manek e Joséph Bere estavam à procura dele. 191. A 5 de Setembro de 1999, Manuel Mendes regressava da igreja de Suai para a sua casa para preparar a sua fuga para as montanhas em segurança. 192. O integrante da milícia Laksaur, Olivio Tatoo Bau, e o membro das TNI Raul Halek viram Manuel Mendes a entrar em sua casa. Olivio Tatoo Bau esfaqueou Manuel Mendes nas costas mas ele conseguiu fugir. Manuel Mendes sofreu graves ferimentos em consequência do ataque. Perseguição por detenção ilegal & tortura de Francisco da Cruz Luan & Agapito Mau In Foholulik (17 de Setembro de 1999)
193.
Em 1999 Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau eram apoiantes da independência e membros clandestinos do CNRT e moravam em Foholulik. Depois do anúncio do resultado da consulta popular os aldeões de Foholulik fugiram para as florestas das redondezas temendo pelas suas vidas . Fugiram para a floresta Jupal Gue onde se esconderam da milícia e das TNI
194. A 17 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur sob o comando e controle de Olivio Moruk e Egidio Manek inclusive Mateus Bau, Anton Anis e membros das TNI incluindo Petrus Seran, Graciano Hale e Augustino Hale foram para floresta Jupal Gue procurando por civis ali escondidos.
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195.
Os milicianos e as TNI encontraram Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau e os outros aldeões nos seus esconderijos e prenderam-nos. Levaram os aldeões de volta para Foholulik e detiveram-nos num quarto do Hospital Beidais que estava em frente ao Koramil em Foholulik. Durante o período da sua detenção, os aldeões foram vigiados por membros da milícia e das TNI.
196.
A 18 de Setembro de 1999, Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau foram levados para o Koramil onde foram interrogados sobre suas actividades clandestinas. Durante o interrogatório, foram severamente espancados pelo Sgt. Major Harun Tateny, (Comandante das TNI em Foholulik), Miguel Saek e Venancio Tes.
197.
Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau receberam ordens para aguardar fora do Koramil e fazer homenagem à bandeira Indonésia levantando a cabeça e olhando para a bandeira.
198.
Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau foram obrigados a isto durante quase uma hora. Francisco da Cruz Luan e Agapito Mau foram levados de volta ao Hospital de Beidasi onde ficaram detidos até 19 de Setembro de 1999.
HOMICÍDIO, EXTERMINAÇÃO E DESAPARECIMENTO FORÇADO Homicídio de Raimundo de Oliviera, também conhecido como Raimundo Mali, Martinho do Rego e Abel Pereira (4 de Setembro de 1999)
199.
Depois da consulta popular, a milícia Laksaur sediada em Fatumean executou uma operação que envolvia a detenção de civis vistos como apoiantes da independência.
200.
A 30 de Agosto de 1999, Raimundo de Oliviera informou a sua mulher, Abel Pereira, Martinho do Rego e sua mulher que a milícia Laksaur queria raptálos e matá-los porque eles sabiam da distribuição das células de voto aos aldeões Raimundo de Oliviera e a sua mulher , Abel Pereira, Martinho do Rego e a sua mulher decidiram ir para Fohorem, passaram uma noite no sub distrito de Fohorem, na Vila de Dato Rua, na Aldeia de Haeoan Fatulidun e no dia seguinte seguiram para Fohorem. Chegaram à igreja a 31 de Agosto de 1999.
201.
A 1 de Setembro de 1999, aproximadamente às 7:00 hrs Raimundo de Oliviera, a sua mulher Abel Pereira, Martinho do Rego e a sua mulher foram para a casa do padre. Enquanto se refugiavam ali, membros da milícia Laksaur atacaram a casa e atiraram pedras para a casa. Os milicinaos informaram ao padre que os aldeões tinham de sair da sua casa. A mulher de Raimundo de Oliviera, Abel Pereira, Martinho do Rego e sua mulher foram para uma casa perto da igreja. Logo depois, os membros da milícia Laksaur atacaram o prédio e saquearam a casa. A milícia reconheceu a mulher de Raimundo de Oliviera, Abel Pereira, Martinho do Rego e a sua mulher e prendeu-os. Foram levados
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para o rio Mausae onde foram espancados por milicianos incluindo Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus e Petrus Suri Bisi e Taek Kasa que depois bateu em Abel Pereira e na mulher de Martinho do Rego e abusaram verbalmente deles.
202.
A milícia levou Martinho do Rego, Abel Pereira e as duas mulheres para a casa de Baltazar da Costa Nunes onde foram detidos, interrogados e onde os homens foram espancados. Mais tarde naquele mesmo dia, Yacobus Bere (comandante de pelotão da milícia em Fatumean) prendeu Raimundo de Oliviera, também conhecido como Raimundo Mali e levou-o para a casa de Baltazar da Costa Nunes. Também foi interrogado sobre ter encorajado os aldeões a fugirem para Fohorem. Lá, Raimundo de Oliviera, Martinho do Rego e Abel Pereira foram de novo espancados por membros da milícia Laksaur. Os milicianos que participaram no espancamento foram Henrikus Mali, Petrus Lau, Zeremias, também conhecido como Meas, Vinven Susar e Gabsuri.
203.
Raimundo de Oliviera, a sua mulher, Abel Pereira, Martinho do Rego e sua mulher, foram levados para a sede da milícia em Belulik Leten, no SubDistrito de Fotemean (que era também o koramil). Na sede da milícia, Raimundo de Oliviera, Abel Pereira e Martinho do Rego foram espancados outra vez.
204.
A 4 de Setembro de 1999, a milícia libertou as duas mulheres.
205.
Na sede em Belulik Leten, Raimundo de Oliviera, Abel Pereira e Martinho do Rego foram mortos por Henrikus Mali, Gabsuri e Vincen Susar.
206.
Sob as ordens de Henrikus Mali os corpos de Raimundo de Oliviera, Abel Pereira e Martinho do Rego foram levados para Timor Ocidental e deixados numa localidade perto de Atambua. Homicídio de Felix Mali (5 de Setembro de 1999)
207.
Felix Mali vivia com a sua mulher e dois filhos na Aldeia de Sukaer Laran, Vila de Debos, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima. Em 1986 Felix Mali tornou-se membro da Korenti Mate Fatin, um grupo clandestino que apoiava os membros da Falintil na floresta.
208.
Em 1988, Felix Mali foi nomeado líder da Korenti Mate Fatin. Tinha uma deficiência física e não podia andar.
209. A 5 de Setembro de 1999, por volta das 3:00 hrs, membros da milícia Laksaur, incluindo Olivio Tatoo Bau, Joanico Gusmão, Vintura Logore, Paulus Orun e Ceiro armados com espingardas e espadas saquearam a Aldeia de Sukaer Laran.
210.
Olivio Tatoo Bau estava armado com uma pistola e Joanico Gusmão com uma espada.
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211.
Quando a milícia atacou, Felix Mali estava em sua casa. Os membros da milícia Laksaur atearam fogo às casas vizinhas e de depois à casa de Felix Mali. Joanico Gusmão forçou a entrada na casa.
212.
Joanico Gusmão saiu da casa de Felix Mali e foi à casa de Fernando Pereira e mandou que todos saissem da casa porque os milicianos iam queimála. A milícia mandou-os entrar no camião estacionado perto da casa de Felix Mali.
213.
Joanico Gusmão voltou à casa de Felix Mali e matou-o golpeando-o nas costas com uma espada.
214. A milícia então levou à força os aldeões da Aldeia de Sukaer Laran para Timor Ocidental. Massacre na Igreja de Suai (6 de Setembro de 1999) 215. Entre Janeiro de 1999 e Setembro 1999, membros da milícia Laksaur sob o comando e controle de Olivio Moruk, Egidio Manek, Maternus Bere, Cosmas Amaral e Pedro Teles, e membros das TNI e da Polri no Distrito de Covalima aterrorizaram os civis tidos como apoiantes da independência.
216.
Como resultado da campanha de terror e violência da milícia, as TNI e a POLRI, aldeões de Suai, Fohorem, Fatululik, Tilomar, Fatumean e Zumalai refugiaram-se na Igreja de Suai temendo por suas vidas.
217. Depois da consulta popular e antes do anúncio do resultado, membros da milícia Laksaur armados e das TNI patrulharam a área da igreja e ameaçaram civis que procuravam refúgio ali.
218.
A 4 de Setembro de 1999 depois do anúncio dos resultados da consulta popular e a 5 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur armados com espingardas, espadas e machetes e membros das TNI sob o comando e controle do Ten. Cor. Lilik Kushardianto continuaram a cercar o recinto da igreja e começaram a disparar para o ar ameaçando os aldeões que estavam escondidos na igreja.
219.
Como resultado do tiroteio e das ameaças pelas TNI e a milícia, a 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, o Padre Tarsisius Dewanto foi ao posto da POLRI em Suai e informou o Ten. Cor. Gatot Subiaktoro (Comandante da POLRI) a respeito da situação e pediu segurança para os aldeões que estavam escondidos na igreja.
220. O Ten. Cor. Gatot Subiaktoro assegurou a Tarsisius Dewanto que ele arranjaria segurança para a igreja a os aldeões ali escondidos.
221.
A 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, o Padre Hilario Madeira disse aos aldeões que a igreja não era segura para eles e que poderiam sofrer um ataque na igreja pela milícia e asTNI. O Padre Hilario aconselhou os aldeões a saírem da igreja e a procurar refúgio noutro lugar. Cerca de 500
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aldeões fugiram do recinto da igreja para se esconderem nas florestas das redondezas.
222.
Na manhã de 6 de Setembro de 1999, cerca de dois membros da milícia Laksaur Milícia, incluindo Joanico Gusmão, vieram à igreja de Suai e informaram o Padre Hilario Madeira que os aldeões deviam ir para Timor Ocidental e que mandariam camiões para o transporte dos aldeões.
223.
Por volta das 8:00hrs do dia 6 de Setembro de 1999, um camião cheio de soldados das TNI chegou ao Koramil de Salele que também era também a sede da milícia Laksaur em Salele. Um oficial das TNI desceu do camião e entrou no Koramil e falou com Olivio Moruk, enquanto membros da milícia Laksaur formaram uma fila e fora do Koramil e foram supervisionados por Egidio Manek.
224. Depois, Olivio Moruk falou com o oficial das TNI e deu ordens aos membros da Milícia Laksaur presentes para atacar a Igreja de Ave Maria em Suai naquele dia.
225.
Membros da milícia Laksaur sob o comando e controlo de Olivio Moruk e Egidio Manek deixaram o Koramil em Salele e foram para o Kodim em Suai. No caminho, Egidio Manek mandou milicianos das redondezas se reunirem no Kodim em Suai.
226.
No Kodim em Suai, Olivio Moruk, Egidio Manek, Pedro Teles e Maternus Bere foram ao gabinete do Kodim enquanto a milícia reunida lá fora esperava que os comandantes saíssem Olivio Moruk, Egidio Manek, Pedro Teles e Maternus Bere estavam armados com espingardas e outros membros da milícia Laksaur estavam armados com espingardas, espadas e machetes.
227.
Logo depois, os comandantes da Milícia Laksaur e vários membros das milícias deixaram o Kodim e reuniram-se na casa de Herman Sedyono. Os milicianos estavam armados com espingardas, espadas e machetes.
228.
Por volta das 14:30 hrs, membros da milícia Laksaur deixaram a casa de Herman Sedyono, o administrador (Bupati) do Distrito de Covalima e foram em direcção à igreja de Suai. Herman Sedyono seguiu atrás vestido com uniforme das TNI e armado com uma espingarda.
229.
Quando chegaram à Igreja, membros da Milícia Laksaur e das TNI tinham cercado o recinto da igreja.
230.
Duas granadas foram atiradas para o recinto da igreja e depois a milícia e as TNI começaram a disparar contra a igreja.
231.
A milícia e as TNI entraram depois no recinto da Igreja e atacaram os aldeões escondidos ali.
232.
Durante o ataque, as TNI e membros da Milícia Laksaur mataram muitos civis incluindo três padres, Padre Hilario Madeira, Padre Francisco Soares e
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Padre Tarsisius Dewanto e mulheres e crianças. Entre 27 a 200 civis foram mortos durante o ataque e muitos ficaram feridos.
233.
Herman Sedyono, o Ten. Sugito, Olivio Moruk, Egidio Manek, Maternus Bere e Pedro Teles estavam presentes e particiaram no ataque. Membros da milícia Laksaur sob comando e controle de Olivio Moruk e Egidio Manek incluindo, Olivio Tatoo Bau, Zito da Silva vulgo Zito Saek, Joaquim Berek também conhecido como Berek Bot, Alipio Gusmão também conhecido como Alipio Mau, Gabriel Nahak, Domingos Mali também conhecido como Bete Aloi, Illidio Gusmão, Noberto Xiemenes, Miguel Mau, Bosko Seran, Paulus Berek, Juliano Tahu, Alberto Mali, e Antonio Moruk também participaram no ataque.
234.
Depois do ataque, membros da milícia Laksaur e das TNI levaram os civis sobreviventes à força para o recinto do Kodim em Suai e muitos deles foram obrigados a entrar no edifício da escola. Os aldeões ficaram detidos lá cerca de 8 dias antes de que os membros da Milícia Laksaur e das TNI o levassem obrigados para Timor Ocidental.
235.
Egidio Manek raptou Juliana dos Santos, também conhecida como Lola que estava escondida na igreja de Suai na maior parte do tempo e anunciou que Juliana seria a sua esposa a partir daquele momento. Juliana foi levada à força para Timor Ocidental.
236.
A 7 de Setembro de 1999, aproximadamente às 7:hrs, membros das TNI, incluindo o Ten. Crl. Achmad Mas Agus e o Ten. Sugito, e membros da Milícia Laksaur incluindo Egidio Manek foram para o recinto da igreja e reuniram todos os corpos que estavam ali. Alguns dos corpos foram empilhados e queimados. Mais tarde todos os corpos foram colocados nos camiões e levados para Timor Ocidental, onde se desfizeram dos mesmos.
237.
A 22 de Novembro de 1999, aproximadamente 27 corpos de vítimas do massacre na Igreja de Suai foram resgatados sob a direcção da Comissão de Inquisição Nacional Indonésia em Timor-Leste de valas comuns em Timor Ocidental Perseguição (rapto) de Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri (6 de Setembro de 1999)
238. Em Setembro de 1999, membros da Milícia Laksaur mandaram aldeões para Timor Ocidental. A 6 de Setembro de 1999, Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri estava juntamente com outros aldeões à espera, na berma da estrada em Suai, por transporte para ir para Timor Ocidental.
239.
Enquanto os aldeões estavam espera na estrada, membros da milícia Laksaur sob o comando de Henrikus Mali, a saber, Baltazar da Costa Nunes e Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus chegaram numa motocicleta. Baltazar da Costa Nunes e Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus estavam armados com uma arma de fogo e uma faca, respectivamente. Quando a milícia chegou, Damaio da Costa Nunes,
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também conhecido como Damianus identificou Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri como apoiante da independência.
240.
Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus algemou Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri nas suas costas e levou-o na sua motocicleta. Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri foi obrigado a sentar-se entre Baltazar da Costa Nunes e Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus, na motocicleta e saíram. Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri nunca mais foi visto. Algum tempo depois de 6 de Setembro, familiares de Albino Nahak , também conhecido como Albino de Niri foram informados de que ele tinha sido morto.
241. A 15 de Outubro de 1999, familiares de Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri localizaram os seus restos mortais na Vila de Legore no Sub-distrito de Suai e os enterraram-nos. Homicídio de Agapito Amaral & Rosalina Belak (6 de Setembro de 1999)
242.
Depois do anúncio do resultado da consulta popular a 4 de Setembro de 1999, a milícia Laksaur, sob o comando e controle de Henrikus Mali, começou a registrar nomes de aldeões a ser deportados para Timor Ocidental, incluindo os aldeões de Manekik do Sub-distrito de Fatumean no Distrito de Covalima
243.
Agapito Amaral era um apoiante da independência que vivia na Vila de Manekiik. Rosalina Belak era a mãe de Agapito Amaral.
244.
A 6 de Setembro de 1999 Agapito Amaral, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo estavam na quinta de Francisco de Araujo na Vila de Makerloot. Foram informados pela mulher de Francisco de Araujo, Rozalina, que a milícia estava a registar os aldeões a ser levados para Timor Ocidental. Agapito Amaral não queria que sua família fosse levada para Timor Ocidental.
245.
Agapito Amaral, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo regressaram à Vila de Manekiik para descobrir por que os aldeões estavam a ser obrigados a ir para Timor Ocidental. Agapito Amaral, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo traziam machetes.
246.
Na Vila Siberen, Agapito Amaral, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo encontraram Yacobus Bere que estava armado com uma espingarda e Petrus Fahik que estava armado com uma espada. Yacobus Bere (Comandante de pelotão da milícia Laksaur no Sub-distrito de Fatumean) mandou Agapito Amaral, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo largarem as suas machetes. Agapito Amaral recusou-se a largar a machete e Yacobus Bere atirou sobre o seu estômago.
247.
Depois de Agapito Amaral ter levado um tiro, Petrus Lau chegou ao local. Sob as ordens de Yacobus Bere, Graciano da Cruz e Francisco de Araujo levaram o corpo de Agapito Amaral para os arbustos.
34
248.
Petrus Lau percebeu que Agapito Amaral ainda estava vivo e informou Yacobus Bere. Sob as ordens de Yacobus Bere Petrus Lau cortou a garganta de Agapito Amaral. Agapito Amaral morreu em consequência do ataque.
249.
Logo depois, Rosalina Cardoso Belak foi avisada que o seu filho Agapito Amaral foi morto por membros da milícia Laksaur. Ao saber da morte do seu filho, Rosalina Belak foi para perto do posto de milícia e insultou a milícia por terem matado seu filho.
250.
Ao escutar os insultos de Rosalina Belak, Henrikus Mali mandou os membros da milícia Laksaur, incluindo Yacobus Bere, Marcurious de Deus e Petrus Lau matarem Rosalina Cardoso Belak.
251.
A milícia armada com armas de fogo e machetes foi à vila de Manekik procura de Rosalina Belak para executar as ordens de Henrikus Mali. Foram à sua casa e não a encontraram ali. A milícia foi ao local onde Agapito Amaral tinha sido morto para ver se ela estava ali. Quando a milícia chegou lá, encontraram Rosalina Belak a chorar sobre o cadáver de Agapito Amaral.
252. Marcurious de Deus Mali e Petrus Lau esfaquearam Rosalina Belak e consequentemente mataram-na.
253.
Yacobus Bere, Marcurious de Deus e Petrus Lau regressaram ao posto da milícia e informaram Henrikus Mali que as suas ordens tinham sido cumpridas.
254.
Mais tarde, nessa mesma noite, Henrikus Mali mandou membros da milícia se desfazerem do corpo de Agapito Amaral e Rosalina Cardoso Belak. De acordo com suas ordens, membros da milícia, incluindo Marcurious de Deus, regressaram ao lugar onde tinham deixado os corpos, amarraram os corpos e jogaram-nos num penhasco. Homicídio de José dos Reis ( 7 de Setembro 1999)
255.
José dos Reis era um apoiante clandestino da Falintil e assistia membros da Falintil escondidos nas montanhas.
256.
Em 1999, membros da milícia Laksaur tomaram conhecimento das actividades clandestinas de José dos Reis.
257.
Em Abril de 1999, membros da milícia Laksaur procuravam por José dos Reis. Os milicianos encontraram José dos Reis em sua casa e prenderam-no. Foi levado para a sede da milícia em Legore. Mais tarde, naquele mesmo dia, a milícia levou-o de volta para a sua casa.
258.
A 5 de Setembro de 1999 membros da milícia Laksaur foram para a vila de Mata Air, onde mandaram os aldeões saírem da vila e irem para Timor Ocidental porque iriam queimar todas as casas. Todos os aldeões fugiram e procuraram refúgio no recinto da Companhia Eléctrica na Vila de Mata Air. Na
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maior parte do tempo, José dos Reis e os seus familiares esconderam–se na casa de outro aldeão, Viktor Laku.
259.
A 6 de Setembro de 1999, Filomena Mendonça foi presa na vila de Mata Air por membros da milícia Laksaur.
260.
A 7 de Setembro de 1999 membros da milícia Laksaur, incluindo Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus, Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau, Simão Nahak (TNI), Baltazar da Costa Nunes e Raul Hale (TNI) prendeu José dos Reis na casa de Victor Laku e levou-o para a casa de Raul Halek (TNI), perto da casa de Victor Laku. Lá, os milicianos amarraram José dos Reis e interrogaram-no sobre a razão porque ele não deixou Timor-Leste e foi para Timor Ocidental.
261.
José dos Reis disse à milícia que Timor-Leste era seu lar e que viveria ou morreria apenas em Timor-Leste. José dos Reis foi severamente espancado pela milícia.
262.
A 7 de Setembro de 1999, Filomena Mendonça recebeu ordens para entrar num camião e José dos Reis foi carregado e colocado no camião.
263.
Alguns membros da milícia e das TNI entram no camião e foram embora, e os outros seguiram o camião em motocicletas. Iam na direcção da Vila de Maucatar.
264.
No caminho para a Vila de Maucatar, o camião parou. Membros da milícia Laksaur incluindo Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus e Simão Nahak (TNI) arrastaram José dos Reis para fora do camião para uma plantação próxima. Lá, Damaio da Costa Nunes, também conhecido como Damianus esfaqueou José dos Reis no peito com uma faca, e Simão Nahak, bateu nele com a parte de trás da espingarda. José dos Reis morreu em consequência do ataque. Homicídio de Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade (7 de Setembro de 1999)
265.
A 7 de Setembro de 1999, ou por essa altura, Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade e outros aldeões, incluindo João Leite, Arminda de Oliviera, Joséfina de Jesus e Anita da Costa decidiram deixar a Vila de Kamanasa e ir para Timor Ocidental. Temiam ser presos por membros da milícia Laksaur por serem apoiantes clandestinos da independência.
266.
Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade e os aldeões foram para a estrada onde esperaram por transporte para Timor Ocidental.
267.
Naquele dia, André Amaral viajava a caminho do Koramil em Suai onde muitos outros aldeões procuravam refúgio.
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268.
Olivio Tatoo Bau e outros membros da milícia Laksaur estavam na área a queimar casas. Ao chegar à Vila de Taboko em Suai, membros da milícia Laksaur pararam André Amaral. Olivio Tatoo Bau então arrastou André Amaral para fora do seu veículo.
269.
Membros da milícia Laksaur bateram em André Amaral, algemaram as suas mãos nas costas e obrigaram-no a entrar num Kijang dirigido por Olivio Tatoo Bau.
270.
Depois de André Amaral ter entrado no veículo, Olivio Tatoo Bau foi na direção do Koramil. No caminho, milicianos viram Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade e os outros aldeões na estrada.
271. Olivio Tatoo Bau parou o veículo e apontou uma arma para Domingos Bau Koli e ordenou-o que entrasse no kijang azul que ele dirigia.
272.
Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade obedeceu e Olivio Tatoo Bau mandou João Leite e Josefina de Jesus entrarem no veículo dirigido por Ameo (LNU). Eles também obedeceram. Antes de saírem, Olivio Tatoo Bau revistou os bolsos de Domingos Bau Koli, e encontrou uma máquina fotográfica e o seu diploma da universidade.
273.
Olivio Tatoo Bau disse aos presentes que Domingos Bau Koli era um jornalista e devia ser morto Olivio Tatoo Bau golpeou Domingos Bau Koli em seu braço com a sua espada.
274.
Os milicianos foram embora com os aldeões que tinham prendido.
275.
Depois de ter percorrido uma pequena distância, a milícia mandou Josefina de Jesus sair do veículo. Domingos Bau Koli e André Amaral ficaram no veículo dirigido por Olivio Tatoo Bau.
276. Olivio Tatoo Bau e outros membros da milícia Laksaur e as pessoas apreendidas seguiram para o Koramil de Suai
277.
Por volta das 17:00hrs daquele dia, Olivio Tatoo Bau e outros membros de milícia levaram as pessoas apreendidas em direcção à Vila de Fatukuan. Por todo o caminho em direcção a Fatukuan, os milicianos bateram de forma contínua em Domingos Bau Koli e André Amaral.
278. Quando os milicianos chegaram à área de floresta em Fatukuan, Olivio Tatoo Bau parou o veículo e mandou Andre Amaral e Domingos Bau Koli saírem do veículo. 279. Olivio Tatoo Bau apontou uma arma a Andre Amaral enquanto que os 5 milicianos armados com espadas levaram Domingos Bau Koli para ali perto e mataram-no. Perseguição (rapto) de Alfredo Nahak (7 de Setembro de 1999)
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280. Alfredo Nahak era um apoiante activo da independência e membro clandestino. 281. A 7 de Setembro de 1999, Alfredo Nahak e familiares decidiram deixar a Vila de Kamanasa e ir para Timor Ocidental porque temiam ser mortos por milicianos. 282. Deixaram a Vila de Kamanasa num camião. Quando chegaram ao posto de milícia em Suai, membros da milícia Laksaur incluindo Olivio Tatoo Bau, Adelino Nahak e Ameo pararam o camião. 283. Olivio Tatoo Bau viu Alfredo Nahak no camião e mandou-o sair. Nesse momento, familiares de Alfredo Nahak disseram a Olivio Tatoo Bau que Alfredo Nahak era um aldeão comum e não estava envolvido em política. Olivio Tatoo Bau deixou Alfredo Nahak seguir. 284. Pouco depois do camião ter movido, Adelino Nahak correu atrás do camião e ordenou ao condutor que parasse o camião. Adelino Nahak mandou a Alfredo Nahak que saísse do camião. 285. Quando Alfredo Nahak saiu do camião, membros da milícia Laksaur incluindo, Adelino Nahak, amarraram suas mãos nas costas e levaram-no para o Kodim. Alfredo Nahak nunca mais foi visto. 286. Em Novembro de 1999, familiares encontraram os restos mortais de Alfredo Nahak em Fatukuan. Homicídio de Simplicio Doutel Sarmento (8 de Setembro de 1999)
287.
A 8 de Setembro de 1999, Simplicio Doutel Sarmento, familiares seus e outros aldeões decidiram deixar a vila onde moravam, Vila de Kamanasa porque ouviram que pessoas tinham sido mortas na Igreja de Suai e que a milícia estava a queimar casas em todos os sub-distritos de Covalima
288.
Simplicio Doutel Sarmento dirigia sua motocicleta e a sua família seguiao num camião em direção a Timor Ocidental. Quando chegaram ao posto de controlo da milícia em Salele, membros da milícia Laksaur mandaram que parassem.
289.
Membros da milícia Laksaur, incluindo Olivio Tatoo Bau e Americo Mali, arrastaram Simplicio Doutel Sarmento da sua motocicleta. Sob ordens de Olivio Tatoo Bau milicianos amarraram as mãos de Simplicio Doutel Sarmento atrás das costas. Olivio Tatoo Bau esfaqueou Simplicio Doutel Sarmento com uma faca. A milícia mandou o camião com os aldeões seguir viagem.
290.
Simplicio Doutel Sarmento morreu em consequência do ataque.
38
Perseguição (rapto) de Manuel Noronha (8 de Setembro de 1999) 291. A 8 de Setembro de 1999, Manuel Noronha, acompanhado por vários aldeões, entrou num camião e deixou a Vila de Kamanasa em direcção a Timor Ocidental.
292.
A caminho, em Fatukuan, Olivio Tatoo Bau e Americo Mali que estavam num kijang azul estacionado na estrada pararam o caimão. Olivio Tatoo Bau e Americo Mali estavam armados com uma pistola e uma espada respectivamente.
293.
Manuel Noronha foi arrastado para fora do camião e espancado por Olivio Tatoo Bau e Americo Mali. Olivio Tatoo Bau e Americo Mali vedaram os olhos de Manuel Noronha, amarraram suas mãos atrás das costas e o colocaram-no no kijang.
294.
Manuel Noronha nunca mais foi visto. Familiares de Manuel Noronha encontraram os seus restos mortais depois do assassinato. Homicídio de Paulus Xiemenes e Johanes Tahu & Attempted Homicídio de Cancio Nahak (9 de Setembro de 1999)
295.
Anibal do Rego era um apoiante clandestino da Falintil e assistia membros da Falintil escondidos nas montanhas. Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Xiemenes e Cancio Nahak eram conhecidos apoiantes da independência.
296.
A 9 de Setembro de 1999, Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak foram presos em Suai pelo Ten. Sugito e membros da milícia Laksaur, Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau, Americo Mali, Francisco e Saulus. Na presença deles, Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau informou o Ten. Sugito que Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak eram apoiantes da independência e foi decidido pelo Ten. Sugito e Alipio Gusmão, também conhecido como Alipio Mau que eles deveriam ser mortos.
297.
Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak foram obrigados a entrar num veículo das TNI juntamente com membros da milícia Laksaur a saber, Americo Mali, Francisco (Frans), Salus e Domingos. Americo estava armado com uma espingarda e outros milicianos estavam armados com espadas e machetes. O veículo TNI era conduzido pelo Ten. Sugito em direcção à Vila de Kamenasa. Ten. Sugito parou o veículo perto do Hospital Audian na Vila de Kamenasa, e mandou Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak sairem do veículo e formarem uma fila.
298.
O Ten. Sugito mandou os milicianos atirarem em Anibal do Rego, Litu da Costa, Johanes Tahu, Paulus Ximenes e Cancio Nahak.
39
299.
Paulus Ximenes, Cancio Nahak e Johanes Tahu foram atingidos um depois do outro por Americo Mali. Americo Mali disse a Sugito que Anibal do Rego e Litu da Costa eram respectivamente o sogro e o irmão de Eurico Gutteres e deu ordens de que a milícia não os matassem. Depois de Americo Mali os ter atingido, Domingos então esfaqueou Cancio Nahak e Johanes Tahu. Quando as três vítimas estavam no chão, Saulus cortou as gargantas de Paulus Ximenes, Cancio Nahak e Johanes Tahu. Paulus Xiemenes e Johanes Tahu morreram em decorrência do ataque mas Cancio Nahak sobreviveu ao ataque.
300.
Acreditando que Paulus Ximenes, Cancio Nahak e Johanes Tahu estivessem mortos como resultado das suas lesões, o Ten. Sugito mandou Anibal do Rego e Litu da Costa entrarem no veículo junto com a milícia e deixaram a Vila de Kamenasa.
301. No mesmo dia, Anibal do Rego e Litu da Costa foram levados para Timor Ocidental. Massacre de Laktos (12 de Setembro de 1999) 302. A Vila de Laktos é uma das vilas do Sub-distrito de Fohorem composta por 4 aldeias, a saber, Kakaut, Fatuk Laran, Aululik e Kolobor.
e é
303.
Cosmas Amaral era comandante da milícia Laksaur em Fohorem e Laurindo Agustino era o seu adjunto.
304.
Em 1999, a milícia Laksaur em Fohorem dividia a sua sede com as Milsas (organização dentro das TNI).
305. A Unidade TNI destacada em Laktos em 1999 era o Batalhão 143 sob o comando de Ten. Ari.
306.
Depois do anúncio do resultado da consulta popular, os aldeões de Laktos esconderam-se nas montanhas temendo pelas suas vidas devido às intimidações e ameaças feitas pela milícia. Os homens de Laktos organizaramse para guardar a vila e para avisar os outros quando vissem a milícia a aproximar-se.
307. A 5 de Setembro de 1999, Cosmas Amaral acompanhado de outros milicianos destacados em Fohorem, incluindo Raimundo Amaral, foram para Salele onde Olivio Moruk disse aos respectivos Comandantes sub-distritais, incluindo Cosmas Amaral, que a população civil tinha de ir para Timor Ocidental e quem se recusasse seria morto. 308. A 12 de Setembro de 1999, membros do Batalhão 143 chegaram ao quartel-general da milícia em Laktos. O Ten. Ari falou particularmente com Cosmas Amaral enquanto os outros membros das TNI esperavam do lado de fora.
40
309.
Logo após a conversa, Cosmas Amaral reuniu os membros da milícia e Laurindo Agustino mandou que fossem juntamente com as TNI e as Milsas para Rai Ulun em Laktos. Foram informados que iam arranjar um cano de água partido.
310.
Depois das instruções, os milicianos conduzidos por Laurindo Agustino, as milsas lideradas por Lito Lau e as TNI lideradas pelo Ten. Ari foram para Rai Ulun com dois aldeões. Os milicianos estavam armados com machetes e Laurindo Agusto estava armado com uma espingarda. Membros das milsas estavam armados com machetes e seu comandante, Anito Lau estava armado com uma espingarda. Todos os membros da TNI estavam armados com armas de fogo. As TNI levavam latas de querosene.
311. O grupo dividiu-se em três grupos, e foram para Rai Ulun por vias diferentes. 312. Depois de reparar o cano, o grupo com o Ten. Ari, Laurindo Agusto, Anito Lau e aproximadamente 20 soldados das TNI e vários milicianos e milsas seguiram para Rai Ulun.
313.
Quando chegaram a Rai Ulun, os homens da vila estavam nas colinas a observar a milícia, as TNI e as Milsas a avançarem na sua direcção. Ao se aproximarem, os milicianos disseram aos aldeões que seriam levados para Timor Ocidental.
314. Os aldeões estavam armados com machetes para se defenderem e disseram à milícia, às TNI e às Milsas que não iriam para Timor Ocidental.
315.
Os aldeões avançaram e as TNI, a milícia e as milsas começaram a disparar contra os aldeões. Antonio Amaral Bau, Alberto Fereira, Ernesto Carvalho Letto, Anito Coli, Anito Mali, Anito Bau, Daniel Monis Aci, Domingos Amaral, Eurico Bau, Daniel Taek, Abel Soares Gomes, José do Rego, Geraldo Amaral e Boaventura de Araujo foram mortos durante o ataque. A Milícia e as TNI reuniram os corpos das vítimas e queimaram-nos.
316.
O grupo deixou Rai Ulun e foi para a Vila de Laktos queimando todas as casas no caminho. O grupo encontrou Boaventura e esfaqueou-o com machetes. Boaventura morreu devido aos ferimentos. Homicídio de Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk na Vila de Kulit, Sub-Distrito de Tilomar (15 de Setembro de 1999)
317.
Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk eram membros clandestinos da Falintil.
318.
A 14 de Setembro de 1999 houve uma reunião da Milícia Laksaur na Vila de Kada em Timor Ocidental onde Olivio Moruk mandou todos os membros da Milícia Laksaur regressarem a Timor-Leste e atacar a Vila de Kulit .
41
319.
A 15 de Setembro de 1999, cerca de 150 membros da milícia Laksaur voltaram a Timor-Leste para o Koramil na Vila de Salele, no Sub-Distrito de Tilomar. No Koramil, Egidio Manek ordenou os milicianos atacar as vilas de Kulit e Aidere, e prender todos os aldeões e matar aqueles que tentassem escapar, assim como queimar todas as casas da vila.
320.
Os milicianos dividiram-se em três grupos liderados por Egidio Manek, Abiliio Hale e Lambertus Muti, respectivamente, e seguiram para a Vila de Kulit.
321.
O grupo liderado por Abilio Hale era composto por milicianos incluindo Alfredo Naka, Almeri Taek, Filipus Tae, Sebastiao Lau e Alex.
322.
Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk estavam na aldeia de Aidere quando a milícia chegou. Ao ver a milícia chegar, Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk tentaram escapar
323.
A milícia perseguiu e capturou Patricio de Jesus Xiemenes Mauk que foi depois atacado e golpeado na nuca por Filipus Tae. Carlos Yosep também foi capturado e morto por milicianos, incluindo Sebastiao Lau e Alex.
324.
A milícia Laksaur ateou fogo e destruiu as casas dos aldeões nas vilas de Kulit, Aidere e Tabolo. Perseguição (rapto) de José Pereira Coli (19 de Setembro de 1999)
325.
José Pereira Coli era um apoiante da independência. A 19 de Setembro de 1999 José Pereira Coli foi preso na aldeia de Mota Ulun por membros da milícia Laksaur, Baltazar da Costa Nunes e Albino Tilman.
326.
A milícia amarrou as suas mãos nas costas e Baltazar da Costa Nunes e Simão Nahak (TNI) levaram José Pereira Coli para o posto de milícia na Aldeia de Alastehen. No posto da milícia, José Pereira Coli foi interrogado por João Kehi, membro da milícia Laksaur, sobre a sua fuga para Díli e para Timor Ocidental e o seu regresso para Mota Ulun. Os milicianos presentes incluíam Baltazar da Costa Nunes, Albino Nahak, Simão Nahak (TNI), Constancio Amaral Luan e Francisco dos Santos.
327.
Depois do interrogatório, José Pereira Coli foi severamente espancado por Simão Nahak. Simão Nahak depois levou José Pereira Coli na sua motocicleta.
328.
Depois de algum tempo, Simão Nahak regressou ao posto da milícia sem José Pereira Coli. Jose Pereira Coli nunca mais foi visto.
329. Em Janeiro de 2000, os aldeões encontraram e queimaram os restos mortais de José Pereira Coli.
ATAQUES POR MEMBROS DA MILÍCIA LAKSAUR AOS CIVIS ESCONDIDOS NAS FLORESTAS DO DISTRITO DE COVALIMA 42
330. Depois do anúncio do resultado da consulta popular, muitos civis foram esconder-se nas florestas e ao redor do Distrito de Covalima por temerem pelas suas vidas e para evitar a deportação para Timor Ocidental.
331.
Os comandantes da milícia Laksaur incluindo Olivio Moruk e Egidio Manek, mandaram os seus membros para irem para as florestas procurar por todos os que estivessem escondidos nas florestas e que os matassem. Seguindo estas ordens, os membros da milícia Laksaur foram para a floresta e atacaram os aldeões que estavam escondidos. Homicídio de Titus Mali, Damiao Xiemenes e Januario Maya e actos desumanos contra Juliana Moniz (25 de Setembro de 1999)
332.
A 7 de Setembro de 1999, aldeões da Vila de Nikir fugiram para a floresta para se esconderem da milícia e das TNI que perseguiam apoiantes da independência e obrigavam os aldeões a irem para Timor Ocidental . Januario Maya, Damaio Xiemenes Titus Mali e Juliana Moniz, estavam entre os que se refugiaram na floresta Wea.
333.
A 25 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur atacaram a floresta Wea e encontraram os aldeões de Nikir escondidos ali. Os milicianos presentes incluíam Simoa da Silva, também conhecido como Simão Nahak (TNI), Illidio Gusmão, Marcel Mendonça, Yosep Leki, Noberto Xiemenes, Juliao Tahu, Charistiano Tae, Vitor Leecas, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Zakarias Xiemenes, Kehi Asan, Gaspar Bau, Bene Asa, e Paulus Moruk Kasak.
334.
Os milicianos estavam armados com espingardas automáticas, espadas e machetes. Simon da Silva, também conhecido como Simão Nahak (TNI) foi o primeiro a ver os aldeões e a chamar a outra milícia.
335.
Os milicianos começaram a disparar contra o grupo de aldeões. Titus Mali, Damiao Xiemenes e Januario Maya foram mortos no ataque. Juliana Moniz foi atingida por uma bala na perna e sofreu ferimentos graves. Outros aldeões que estavam escondidos com eles conseguiram escapar ilesos.
336.
A milícia prendeu Ermelinda Moniz, Mariana Moniz, Juliana Moniz, Albano Xiemenes, Domingos Xiemenes, Pedro Xiemenes, Trimaria Xiemenes e José Cardoso. Foram levados para Salele onde Olivio Moruk e Illidio Gusmão os ordenaram para serem deportados para Timor Ocidental. Homicídio de Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso (26 de Setembro de 1999)
337.
A 4 de Setembro de 1999, ou por essa altura, aldeões da Vila de Wetabe fugiram para a floresta para se esconderem da milícia e das TNI que perseguiam apoiantes da independência e obrigavam os aldeões a irem para Timor Ocidental . Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso, e
43
cerca de outros 15 aldeões fugiram para a floresta de Mudasikun Forest, em Salele.
338.
A 26 de Setembro de 1999, ou por essa altura, oito aldeões do grupo de aldeões de Wetabe, incluindo Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso, estavam a descansar num grupo na Floresta de Mudasikun, quando de repente foram rodeados por cerca de 20 membros da milícia Laksaur. Entre os membros da milícia Laksaur presentes estavam Ilidio Gusmao, Noberto Xiemenes, Yosep Leki, Marcel Mendonca, Zito da Silva, também conhecido como Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Lambertus Muti, Luan Akan e Christiano Donasimento.
339.
Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek ordenou os aldeões para não correrem ou então ele dispararia. Depois disparou dois tiros para o ar. Os aldeões dispersaram com medo e tentaram fugir. Illidio Gusmao atingiu seis vezes a tiro Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso, Noberto Xiemenes atingiu a tiro duas vezes Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso. Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso caiu no chão. Noberto Xiemenes ordenou depois que Yosep Leki atirasse em Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso e Yosept Leki disparou duas vezes sobre Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso. Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso morreu em resultado do ataque. Homicídio de Domingos Barros, também conhecido como Domingos Marsal (26 de Setembro de 1999)
340.
Miguel da Cruz era membros das Falintil e um conhecido apoiante da independência. Domingos Barros era irmão de Miguel da Cruz. Temendo pelas suas vidas devido a ameaças dos membros da milícia Laksaur, Domingos Barros e Miguel da Cruz procuraram refúgio na Igreja de Suai de 7 de Maio de 1999 até 5 de Setembro de 1999.
341.
Depois do anúncio do resultado da consulta popular, Domingos Barros e Miguel da Cruz, temendo que a milícia e as TNI pudessem atacar a igreja, decidiram abandonar a igreja. Regressam a suas casas na Vila de Aidila Laran em Suai onde descobriram que as suas casas tinham sido queimadas e destruídas. Domingos Barros e Miguel da Cruz fugiram para a floresta Wesei a 5 de Setembro de 1999 e estiveram escondidos com outros apoiantes da independência.
342.
A 26 de Setembro de 1999, ou por essa altura, enquanto Domingos Barros estava a cozinhar o pequeno-almoço, membros da Laksaur sob o comando e controlo de Egidio Manek, incluindo Silvestre Atai, também conhecido como Silvestre Berek atacaram o local onde os aldeões estavam escondidos na floresta de Wesei. Durante o ataque, Domingos Barros foi atingido no estômago. Silvestre Atai, também conhecido como Silvestre Berek cortou a cabeça de Domingos Barros, e pegou na cabeça com as suas mãos e segurou-a dizendo “estas pessoas querem a independência”.
44
343.
Miguel da Cruz fugiu do local e regressou no dia seguinte ao local do ataque e encontrou os restos mortais de Domingos Barros. Homicídio de Fredrico Barros, Lorenzo Gusmao & Nazario Gutteres (5 de Outubro)
344. Sob as ordens de Olvio Moruk, Egidio Manek e Pedro Tele, membros da milícia Laksaur comandados por Olivio Tatoo Bau atacaram a Vila de Lookeu e a floresta Laketo das redondezas.
345.
No dia 5 de Outubro de 1999, ou por essa altura, o grupo de milícia, incluindo Xisto Barros, Joaquim do Carmo, Cesar Mendonca, Marciano de Andrade e Alberto comandados por Olivio Tatoo Bau atacaram a Vila de Lookeu. Os milicianos estavam armados com espingardas e machetes. A milícia começou a disparar na direcção dos aldeões que estavam a correr.
346.
Xisto Barros e Cesar Mendonsa disparou sobre Fredrico Barros. Fredrico Barros morreu em consequência do ataque.
347. Depois do ataque na Vila de Lookeu, o mesmo grupo da milícia Laksaur comandados por Olivio Tatoo Bau atacaram a floresta de Laketo. 348. Lorenzo Gusmao e Nazario Gutteres estavam escondidos na floresta de Laketo, juntamente com outros aldeões de Busu Kukun que temiam pelas suas vidas devido à violência contra pessoas tidas como membros da milícia Laksaur para serem apoiantes da independência. 349. Depois de ver os aldeões, os milicianos começaram a disparar as suas armas contra os aldeões que se escondiam aí.
350.
Durante o ataque, Lorenzo Gusmao e Nazario Gutteres foram mortos e vários aldeões, incluindo Armando Soares Pereira, Fencio Soares Pereira e Ermundo Soares (que era 5 anos mais velho na altura do ataque) sofreu ferimentos físicos graves.
351. Depois do ataque os aldeões foram reunidos e foram levados à força pela milícia para Timor Ocidental. Homicídio de Luis Rosalino (5 de Outubro de 1999)
352.
Luis Rosalino era um apoiante independente que vivia no Sub-distrito de
Suai.
353.
Algures em Outubro de 1999, Luis Rosalino foi identificado por Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e membros da milícia Laksaur enquanto estava sentado num camião com outros aldeões. Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau queria usar o camião para transportar painéis de zinco para Timor Ocidental. Alipio Gusmao, também conhecido
45
como Alipio Mau disse que os apoiantes do CNRT não queriam ir para Timor Ocidental como refugiados não deveriam ter o camião.
354.
Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau ordenaram Ricardo de Andrade para matar Luis Rosalino. Ricardo de Andrade disparou sobre Luis Rosalino. Luis Rosalino morreu em consequência do ataque. Desaparecimento forçado de Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku (17 de Outubro de 1999)
355.
Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku eram apoiantes da independência. Em 1999 Yohanes Laku era um funcionário local que trabalhava para a UNAMET.
356.
No dia 17 de Outubro de 1999, ou por essa altura, Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku foram detidos por membros das TNI, incluindo Budi Yawan Basuki e membros da milícia Laksaur, incluindo Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, e foram levados para o posto das TNI na Vila de Bora, em Timor Ocidental, República da Indonésia. No posto das TNI, Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku foram amarrados e espancados.
357.
Mais tarde no mesmo dia, a esposa de Yohanes Laku aproximou-se das pessoas que tinham anteriormente detido Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku, incluindo Budi Yawan Basuki, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi e Joao Mali, e perguntaram-lhes sobre o paradeiro de Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku. Joao Mali disse-lhe que Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku foram “atirados” e Budi Yawan Basuki informou-a que foram levados para o hospital.
358. Apolinario Mau Joni, Edmundos Bere e Yohanes Laku nunca mais foram vistos.
VIOLAÇÕES VIOLAÇÃO DA VÍTIMA A, VÍTIMA B e VÍTIMA C (entre 5 e 7 de Outubro de 1999)
359.
A vítima A era a esposa de um líder do CNRT e uma apoiante independente activa em Timor-Leste. No dia 28 de Fevereiro de 1999, ou por essa altura, a vítima A e a sua família estavam na sua casa na Vila de Rumah Murah com outros aldeões que eram apoiantes da independência, quando membros da milícia Laksaur e as TNI os atacaram na sua casa. Alguns dos aldeões conseguiram escapar. Jose Fatima Xavier, Elizeu Gusmao e Inacio Amaral sofreram lesões sérias em resultado do ataque. Depois do ataque a Vítima A e o seu marido procuraram refúgio na Igreja de Suai até 6 de Setembro de 1999, quando os membros da milícia atacaram a Igreja de Suai.
360.
A vítima B e o seu marido eram membros clandestinos da Falintil e apoiantes da independência conhecidos. Como membro clandestino em 1999, a
46
vítima B costumava fornecer comida para membros das Falintil na Vila de Salele. Algures em Fevereiro, a vítima B e o seu marido ouviram sobre os ataques e assassínios da milícia de apoiantes da independência em Rumah Murah. Temendo pelas suas vidas e segurança, a vítima B e o seu marido procuraram refúgio na Igreja de Suai até 6 de Setembro de 1999, quando a igreja foi atacada.
361.
A vítima C era um membro clandestino das Falintil. Em 1999 a vítima C vivia no Sub-distrito de Tilomar. A 27 de Fevereiro de 1999, ou por essa altura, Caitano Mendonca de Araujo e Egidio Manek ameaçaram a vítima C de que a milícia a iria matar a ela e à sua família se continuassem a apoiar a causa da independência. Temendo pela sua vida e segurança como resultado da ameaça, a vítima C procurou refúgio na Igreja de Suai até 6 de Setembro de 1999, quando a igreja foi atacada.
362.
Depois do ataque na igreja a 6 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur reuniram os aldeões, incluindo a vítima A e a B e levaram-nas para o KODIM em Suai. A vítima C e os seus três filhos e outros aldeões foram levados para a escola secundária na cidade de Suai.
363.
Durante a sua detenção, a vítima C foi repetidamente interrogada sobre o paradeiro do seu irmão, que era um conhecido apoiante da independência. A milícia ameaçou a vítima C de que ela seria violada se não revelasse o seu paradeiro. A vítima C esteve detida na escola até 13 de Setembro de 1999. Durante este período de detenção, os aldeões foram guardados pela milícia e as TNI e não podiam sair da área da escola. No dia 13 de Setembro, ou por essa altura, todos os aldeões detidos na escola foram levados à força para Timor Ocidental em camiões.
364.
A vítima B e a vítima C foram levadas para a Vila de Wemasa onde ficaram em campos de refugiados e foram vigiadas pela milícia.
365.
A 14 de Setembro, a vítima A, juntamente com outros aldeões foi levada para Timor Ocidental em camiões conduzidos e escoltados por soldados das TNI. A vítima A, juntamente com a sua mãe e o seu filho foram levados para um campo de refugiados na Vila de Raihenek Oan, em Timor Ocidental, que era também a sede da milícia em Timor Ocidental. Egidio Manek, Olivio Tatoo Bau e Americo Mali também viviam na mesma área.
366.
A 7 de Outubro de 1999, ou por essa altura, enquanto a vítima A estava presente num funeral na mesma vila, Olivio Tatoo Bau e Damianus Bere vieram para o local onde estava e ordenou-a para ir com ele para se apresentar ao Danyon. Olivio Tatoo Bau estava armado com uma espingarda.
367.
A vítima A, juntamente com o seu filho seguiu a milícia e entrou no carro conduzido por Olivio Tatoo Bau. Egidio Manek, Francisco (também conhecido como Frans), Damianus Bere e Gaspar Bau também estavam no carro. Estavam todos vestidos em uniformes das TNI e armados com espingardas, excepto Damianus Bere que estava armado com uma espada. Conduziram para o campo de refugiados de Wemasa com a vítima A e o seu filho.
47
368. Depois de chegarem ao campo de refugiados, Egidio Manek e Damianus Bere foram para o campo e trouxeram a vítima B e a vítima A. 369. Com Olivio Tatoo Bau a conduzir, a milícia levou a vítima A juntamente com o seu filho, a vítima B e a vítima C para uma área florestada e pararam o veículo.
370.
Egidio Manek tirou à força a vítima A do veículo e levou-a um pouco para longe onde a ameaçou matar. Depois teve relações sexuais com a vítima A sem o seu consentimento.
371.
Francisco, também conhecido como Frans levou a vítima B um pouco para longe. Depois ameaçou a vítima B com a sua espingarda e teve relações sexuais à força com ela sem o seu consentimento.
372.
Olivio Tatoo Bau permaneceu no veículo com a vítima C. Olivio Tatoo Bau ameaçou a vítima C com a sua espingarda. Depois teve relações sexuais com a vítima C sem o seu consentimento.
373.
Depois da vítima B regressar ao veículo, Olivio Tatoo Bau levou depois a vítima B um pouco para longe e teve relações sexuais à força coma vítima B sem o seu consentimento. O filho da vítima B estava com ela e viu a sua mãe a ser violada por Francisco e Olivio Tatoo Bau. VIOLAÇÃO DA VÍTIMA D (entre 6 de Setembro de 1999 e 15 de Dezembro de 1999)
374.
Depois do ataque na Igreja de Suai, a 6 de Setembro de 1999, a vítima D, com o seu filho e outros aldeões foram levados para a escola secundária em Suais onde ficaram até 13 de Setembro de 1999, onde foram levados para Timor Ocidental pela milícia.
375.
A 6 de Setembro de 1999, Gabriel Nahak levou a vítima e o seu filho e fechou-os numa sala separada. A vítima D segurava o seu filho nos braços. Gabriel Nahak tirou à força o seu filho dos seus braços e atirou-a para o chão.
376.
Gabriel Nahak atou depois uma corda à volta dos tornozelos e atou a outra ponta às pernas da mesa de forma a que as suas pernas estivessem separadas. Gabriel Nahak teve depois relações sexuais com a vítima D sem o seu consentimento. Gabriel Nahak desatou depois a corda das pernas da vítima.
377.
A vítima D estava com muito medo e permaneceu na sala com o seu filho. Gabriel Nahak regressou algumas horas mais tarde e teve outra vez relações sexuais à força com a vítima D. Entre 6 de Setembro de 1999 e 13 de Setembro de 1999, Gabriel Nahak regressou à sala onde a vítima D estava e teve relações sexuais com ela sem o seu consentimento, várias vezes.
48
378.
No dia 13 de Setembro de 1999, a vítima D, o seu filho e outros aldeões que estavam na escola secundária foram levados à força para Timor Ocidental para a vila de Wemasa onde tiveram de ficar em campos de refugiados.
379.
A 16 de Setembro de 1999, Gabriel Nahak, vestido num uniforme das TNI e armado com uma espingarda foi para o campo de refugiados onde a vítima D estava. Gabriel Nahak espancou a vítima D e ordenou-lhe que fosse com ele.
380.
A vítima D, temendo pela sua vida e segurança foi com Gabriel Nahak. Levou a vítima D e o seu filho para a praia onde teve relações sexuais forçadas com ela sem o seu consentimento. Gabriel Nahak deixou depois a vítima D na praia e foi-se embora. Gabriel Nahak regressou algumas horas mais tarde e teve outra vez relações sexuais com a vítima D contra a sua vontade. Gabriel Nahak levou a vítima D para o campo de refugiados. Durante este tempo, o filho da vítima D estava presente e viu a sua mãe a ser violada por Gabriel Nahak.
381.
Entre 17 de Setembro de 1999 e 15 de Dezembro de 1999, Gabriel Nahak teve relações sexuais repetidamente com a vítima D sem o seu consentimento na presença do seu filho. Como resultado da repetida violência sexual de Gabriel Nahak contra ela, a vítima D e o seu filho sofreram lesões mentais e físicas graves.
DEPORTAÇÃO 382. A 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, Olivio Moruk informou os respectivos comandantes de sub-distrito da milícia Laksaur que a população civil tinha de ir para Timor Ocidental e quem se recusasse deveria ser morto. 383. A 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, os comandantes sub-distritais das milícias incluindo Egidio Manek, Maternus Bere, Pedro Teles, Cosmas Amaral e Henrikus Mali e os milicianos e as TNI começaram a deportar a população civil no Distrito de Covalima.
384.
Depois do ataque à Igreja de Suai a 6 de Setembro de 1999, membros da milícia Laksaur sob o comando de Olivio Moruk, Egidio Manek, Maternus Bere, Pedro Teles e Henrikus Mali junto com as TNI reuniram todas as mulheres sobreviventes do massacre e levaram-nas para o Kodim (1635 em Suai) e para a escola secundária. As mulheres foram detidas aí durante 8 dias, e durante esse período, foram vigiadas pela milícia e as TNI. Entre 13 e 14 de Setembro, membros da milícia Laksaur e das TNI deportaram todas as mulheres para vários locais em Timor Ocidental.
385.
A 6 ou 7 de Setembro de 1999, Olivio Moruk guiou pela cidade de Suai anunciando com um altifalante que se os aldeões ainda estivessem ali a 9 de Setembro, morreriam. Muitos aldeões reuniram seus pertences e foram para a estrada à espera de transporte para Timor Ocidental.
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386.
O Bupati (Administrador do Distrito), Herman Sedyono organizou camiões para Timor Ocidental para levar aldeões para lá. Mais de 30 camiões foram usados para transportar as pessoas para fora de Suai.
387.
Em todos os outros sub-distritos de Covalima, os comandantes da milícia e os seus subordinados em conjunto com as TNI deportaram milhares de civis encontrados em Covalima. Os participantes na deportação incluiam Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Illidio Gusmao, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot, também conhecido como Berek Bot, Baltazar da Costa Nunes, Yacubos Bere, Simao Nahak e Gabriel Nahak.
PERSEGUIÇÃO 388. Entre 27 de Janeiro de 1999 e 25 de Outubro de 1999 os comandantes da milícia Laksaur, Egidio Manek, Maternus Bere, Hendrikus Mali, Pedro Teles e Cosmas Amaral e membros da milícia sobre o seu comando e controlo, embarcaram numa campanha organizada de intimidação, rapto, assalto, prisões ilegais e detenções, destruição de propriedade de civis no Distrito de Covalima que se julgava serem apoiantes da independência.
389. Essa campanha foi perpetrada, executada e conduzida por ou através dos seguintes meios:
(a) Matar e ferir gravemente ou prejudicar supostos apoiantes da independência, incluindo mulheres, crianças, idosos e doentes, ambos durante o ataque ou depois de tais ataques;
(b) seleccionar, deter e prender os que eram vistos como apoiantes da independência
(c) atacar vilas e cidades, coagir, intimidar, aterrorizar e causar a fuga de civis de suas casas e vilas;
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(d) abuso físico e psicológico, tratamento desumano, trabalho forçado contra os que eram supostamente apoiantes da independência.
(e) destruição extensiva de propriedade inclusive de moradias, edifícios do governo, escolas e propriedade particular e animais domésticos, e
i.
Depois do anúncio do resultado da consulta popular a 4 de Setembro, ou por essa altura, os comandantes da milícia Laksaur, incluindo Egidio Manek, Maternus Bere, Hendrikus Mali, Pedro Teles e Cosmas Amaral ordenaram os membros da milícia Laksaur sob o seu comando e controlo de queimar e destruir todos os edifícios e estruturas no Distrito de Covalima, incluindo casas particulares, edifícios governamentais e escolas. Os comandantes da milícia Laksaur instruíram os membros da milícia Laksaur de que nenhuma estrutura deveria permanecer não queimada independentemente do proprietário ser apoiante da independência ou da autonomia.
ii.
Entre 4 de Setembro de 1999 e 25 de Outubro de 1999, membros da milícia Laksaur, incluindo Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Olivio “tattoo” Bau, Baltazar da Costa Nunes, Gabriel Nahak, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Illidio Gusmao, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot e Simao Nahak, de acordo com as ordens de Egidio Manek, Maternus Bere, Hendrikus Mali, Pedro Teles e Cosmas Amaral destruíram e queimaram muitas casas particulares e edifícios governamentais nos sub-distritos de Suai, Fohorem, Fatumean, Tilomar e Fatululik .
iii.
A 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Igreja de Avé Maria, em Suai, membros da milícia Laksaur queimaram uma parte da igreja.
iv.
Os ataques sobre propriedade no Distrito de Covalima por membros da milícia Laksaur, causaram a destruição dos meios de subsistência da população do Distrito de Covalima.
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IV.
ALEGAÇÕES GERAIS
390.
Por cada ponto de acusação por crimes contra a humanidade, os actos ou omissões do acusado foram cometidos como parte de um ataque generalizado ou sistemático dirigido contra a população civil, tendo como alvo especial aqueles tidos como apoiantes da independência, relacionados ou simpatizantes da acusa da independência de Timor-Leste, com conhecimento do ataque.
V.
RESPONSABILIDADE CRIMINAL Responsabilidade Criminal Individual
391.
Para cada arguido acusado com responsabilidade individual nesta acusação, o acusado é responsável sob a Secção 14 do Regulamento 2000/15 da UNTAET, se: “(a)
cometer um crime, individual ou conjuntamente com outra ou através de outra pessoa, independentemente de a outra pessoa ser criminalmente responsável ou não;
(b)
ordenar, solicitar ou incitar o cometimento de tal crime que ocorrer de facto ou for tentado;
(c)
para facilitar o cometimento desse crime, ajudar, instigar ou for cúmplice de outra forma no seu cometimento ou tentativa, incluindo a facilitação de meios para o seu cometimento;
(d)
de qualquer outra forma contribua para o cometimento ou tentativa desse crime por um grupo de pessoas agindo com propósito comum. A referida contribuição será intencional e será: (i)
(ii)
Feita com o propósito de dar sequência à actividade ou propósito criminal do grupo, quando tal actividade ou propósito envolver o cometimento de um crime dentro da jurisdição dos colectivos; ou feita com o conhecimento da intenção do grupo de cometer o crime; ...”
Responsibilidade Criminal Superior 392. Egidio Manek, Maternus Bere, Cosmas Amaral, Pedro Teles e Henrikus Mali e Baltazar da Costa Nunes são criminalmente responsáveis como superiores pelos actos dos ses subordinados de acordo com a Secção 16 do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Responsabilidade criminal superior é a responsabilidade de um superior pelos actos de seus subordinados se o superior “sabia ou tinha
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qualquer razão para saber que seu subordinado esta prestes a cometer um crime ou já o fez e o superior não tomou as devidas e necessárias medidas para prevenir tais actos ou punir os perpetradores destes”.
VI DE ACORDO COM O DESCRITO ACIMA, O PROCURADORGERAL ADJUNTO ACUSA: Ponto de acusação 1.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 20 a 24 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos pela tortura de Inacio Pereira, no dia 27 de Janeiro, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 2.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 25 a 39 (inclusive), Egidio Manek, Cosmas Amaral, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Jose Fatima Xavier, Elizio Gusmao e Inacio Amaral, no dia 26 de Janeiro, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 3.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 40 a 44 (inclusive), Egidio Manek, Henrikus Mali e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Jose Fatima Xavier, no dia 14 de Abril de 1999, ou por essa altura, em Uma Murah, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 4.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 47 a 60 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pela tortura de Geraldo Orleans, Alfredo Freitas, Domingos dos Santos, Francisco Nahak, Baltazar Maya e Domingos da Cruz, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Bulilik Leten , Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento
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do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 5.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 61 a 65 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Jose Cardoso e outros três indivíduos, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, em Nikir, Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 6.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 68 a 73 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Joaquim Berek e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Cervasio Yosep, Balbina Maia, Rosalinda Abuk, Luizina Maia, Filipos Yosep, Daniel Xiemenes, Markus Xiemenes, Jaime Cardoso e Teofilo da Silva, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatukmetan, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 7.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 74 a 80 (inclusive), Maternus Bere e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Agustino Gusmao, no dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Legore, Subdistrito de Suais, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 8.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 81 a 88 (inclusive), Maternus Bere e Pedro Teles são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Francisco do Espiritu e Vicente Alves Quintao, no dia 26 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Legore, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
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Ponto de acusação 9. Crime contra a humanidade: Perseguição (por destruição de Propriedade) Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 89 a 91 (inclusive), Egidio Manek, e Alipio Gusmao, também conhecido Alipio Mau são responsáveis como indivíduos ou superiores por perseguição de aldeões na Aldeia de Wetabe, Salele, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, incluindo Orlando Berek, Petrus da Costa, Antonio Amaral, Joao Xiemenes, Mateus dos Reis, Tome Nunes e Florindo Cardoso, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 10.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 92 a 96 (inclusive), Egidio Alipio Gusmao também conhecido como Alipio Mau, Alipio Mau, Americo Mali, Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot e Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Caetano Ximenes, Agustino Ximenes, Americo da Silva, Antonio Amaral, Mariano Amaral, Francisco Amaral, Cervasio Yosep, Loduficus Ulu e Orlando Berek, no dia 30 de Abril 1999, ou por essa altura, em Salele, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 11.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 99 a 107 (inclusive), Egidio Manek, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Verissimo Xiemenes e Joao dos Nascimento, no dia 24 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 12.
Crime contra a humanidade: Desaparecimento forçado
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 111 a 123 (inclusive), Maternus Bere, Ilidio Gusmao e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo desaparecimento forçado de Marcal Amaral e Felix Amaral, no dia 19 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Matai, Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA
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HUMANIDADE, DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (i) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 13.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 124 a 127 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo homicídio de Sabino Gusmao, no dia 12 de Abril de 1999, ou por essa altura no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 14.
Crime contra a humanidade: Desaparecimento forçado
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 128 a 130 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo desaparecimento forçado de Benedito dos Nascimento, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura na Aldeia de Caicoli, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (i) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 15.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 131 a 134 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo homicídio de Alexio Xiemenes, Tomas Cardoso e Paulus Xiemenes, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 16.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 135 a 141 (inclusive), Egidio Manek e Joaquim Berek, também conhecido como Berek Bot são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Lodificus Rabo, no dia 23 de Abril de 1999, ou por essa altura, na Vila de Raihun, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 17.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 142 a 152 (inclusive), Pedro Teles e Domingos Mali, também conhecido como Bete
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Aloi são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Jose Afonso Amaral, no dia 13 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatuloro, Sub-distrito de Fatululik, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 18.
Crime contra a humanidade: Tentativa de homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 142 a 152 (inclusive), Pedro Teles e Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Dinis Afonso Monis, no dia 13 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila de Fatuloro, Sub-distrito de Fatululik, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TENTATIVA DE HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) e Artigo 14.3 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 19.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 153 a 157 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pelo homicídio de Domingos Martins e Gabriel Amaral, no dia 28 de Maio de 1999, ou por essa altura na Floresta de Uma Wesei, Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 20.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 158 a 163 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pelo homicídio de Vasco Amaral, no dia 28 de Maio de 1999, ou por essa altura, na Vila de Alastehenno, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 21.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 164 a 180 (inclusive), Henrikus Mali e Baltazar da Costa Nunes são responsáveis como superiores pelo homicídio de Jaime da Costa Nunes, no dia 27 de Agosto de 1999, ou por essa altura, na Aldeia de Mota Ulun, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
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Ponto de acusação 22.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 189 a 189 (inclusive), Maternus Bere e Olivio Tatoo Bau são responsáveis como indivíduos ou superiores pela tortura de Agosto Fernando, Joao Amaral, Gaspar Gusmao, Bendito Maya, Joao Fernandes, Caitano do Carmo, Domingos do Carmo, Rui Gusmao e Jacinto , no dia 05 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Subdistrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 23.
Crime contra a humanidade: Actos desumanos
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 190 a 192 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo por actos desumanos contra Manuel Mendes, no dia 05 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, ACTOS DESUMANOS, um crime estipulado no Artigo 5.1 (k) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 24.
Crime contra a humanidade: Tortura
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 193 a 196 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pela tortura de Francisco da Cruz Luan and Agapito Mau, no dia 17 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TORTURA, um crime estipulado no Artigo 5.1 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 25.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 199 a 206 (inclusive), Henrikus Mali e Baltazar da Costa Nunes são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Raimundo de Oliviera, também conhecido como Raimundo Mali, Martinho do Rego e Abel Pereira, no dia 4 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Belulik Leten, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 26.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 207 a 213 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pelo homicídio de Felix Mali, no dia 5 de Setembro de 1999, ou por essa altura, em Debos, no Subdistrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e
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sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 27.
Crime contra a humanidade: Exterminação
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 215 a 237 (inclusive), Egidio Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Henrikus Mali, Cosmas Amaral, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar da Costa Nunes, Domingos, também conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Gabriel Nahak, e Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo extermínio de um número desconhecido de civis, no dia 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Igreja de Avé Maria, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, incluindo o Padre Hilario, Padre Dewanto e o Padre Francisco como parte de uma ataque generalizado ou sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME CONTRA A HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (b) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 28.
Crime contra a humanidade: Perseguição (rapto)
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 238 a 240 (inclusive), Baltazar da Costa Nunes é responsável como indivíduo pela perseguição de Albino Nahak, também conhecido como Albino de Niri por o ter raptado, no dia 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 29.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 242 a 254 (inclusive), Henrikus Mali é responsável como indivíduo ou superior pelo homicídio de Agapito Amaral e Rosalina Belak, no dia 6 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Manekiik, Sub-distrito de Fatumean, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 30.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 255 a 264 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau e Baltazar da Costa Nunes são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Jose dos Reis, no dia 7 de Setembro 1999, ou por essa altura, na Vila de Maucatar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
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Ponto de acusação 31.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 265 a 279 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pelo homicídio de Domingos Bau Koli, também conhecido como Domingos Andrade, no dia 7 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 32.
Crime contra a humanidade: Perseguição (rapto)
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 280 a 286 (inclusive), Olivio Tatoo Bau é responsável como indivíduo pela perseguição de Alfredo Nahak, por o ter raptado, no dia 7 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 33.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 287 a 290 (inclusive), Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos pelo homicídio de Simplicio Doutel Sarmento, no dia 8 de Setembro 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 34.
Crime contra a humanidade: Perseguição (rapto)
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 291 a 294 (inclusive), Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos pela perseguição de Manuel Noronha, por o ter raptado, no dia 8 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 35.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295 a 300 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau é responsável como indivíduo pelo homicídio de Paulus Xiemenes e Johanes Tahu, no dia 9 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME
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CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 36.
Crime contra a humanidade: Tentativa de homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295 a 300 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau é responsável como indivíduo pela tentativa de homicídio de Cancio Nahak, no dia 9 de Setembro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, TENTATIVA DE HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) e no Artigo 14.3 (f) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 37.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 295 a 300 (inclusive), Cosmas Amaral é responsável como superior pelo homicídio de Antonio Amaral Bau, Alberto Fereira, Ernesto Carvalho Letto, Anito Coli, Anito Mali, Anito Bau, Daniel Monis Aci, Domingos Amaral, Eurico Bau, Daniel Taek, Abel Soares Gomes, Jose do Rego, Geraldo Amaral e Boaventura de Araujo, no dia 12 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Laktos, Sub-distrito de Fohorem, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1(a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 38.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 317 a 324 (inclusive), Egidio Manek é responsável como indivíduo ou superior pelo homicídio de Carlos Yosep e Patricio de Jesus Xiemenes Mauk, no dia 12 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Kulit, Sub-distrito de Tilomar, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 39.
Crime contra a humanidade: Perseguição (rapto)
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 325 a 329 (inclusive), Baltazar da Costa Nunes é responsável como indivíduo pela perseguição de Jose Pereira Coli , por o ter raptado, no dia 19 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Alastehen, Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 40.
Crime contra a humanidade: Homicídio
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Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330 a 335 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, e Zito da Silva também conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo homicídio de Titus Mali, Damaio Xiemenes e Januario Maya, no dia 25 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Floresta de Wea, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
Ponto de acusação 41.
Crime contra a humanidade: Actos desumanos
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330 a 335 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, Zito da Silva também conhecido como Zito Saek e Simao Nahak são responsáveis como indivíduos ou superiores por actos desumanos contra Juliana Monis, no dia 25 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Floresta de Wea, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, ACTOS DESUMANOS, um crime estipulado no Artigo 5.1 (k) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 42.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330, 331 e 337 a 339 (inclusive), Egidio Manek, Ilidio Gusmao, e Zito da Silva também conhecido como Zito Saek são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo homicídio de Paulino Cardoso, também conhecido como Lino Cardoso, no dia 26 de Setembro de 1999, ou por essa altura, na Floresta de Mudasikun, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 43.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330, 331 e 340 a 343 (inclusive), Egidio Manek é responsável como superior pelo homicídio de Domingos Barros, também conhecido como Domingo Marsal, no dia 26 de Setembro de 1999, ou por essa altura na Floresta Wesei, Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 44.
Crime contra a humanidade: Homicídio
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Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330, 331 e 344 a 351 (inclusive), Egidio Manek, Pedro Teles e Olivio Tatoo Bau são responsáveis como indivíduos ou superiores pelo homicídio de Fredrico Barros, Lorsenzo Gusmao e Nazario Gutteres, no dia 5 de Outubro de 1999, ou por essa altura, na Floresta de Laketo, Vila de Lookeu, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com o conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 45.
Crime contra a humanidade: Homicídio
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330, 331 e 352 a 354 (inclusive), Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau é responsável como indivíduo pelo homicídio de Luis Rosalino no dia 5 de Outubro de 1999, ou por essa altura, no Sub-distrito de Suai, Distrito de Covalima, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, HOMICÍDIO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (a) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 46.
Crime contra a humanidade: Desaparecimento forçado
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 330, 331 e 355 a 358 (inclusive), Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi é responsável como indivíduo pelo desaparecimento forçado de Apolinario Mau Joni, Yohanes Laku e Edmundos Ber, no dia 17 de Outubro de 1999, ou por essa altura, na Vila de Bora, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, DESAPARECIMENTO FORÇADO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (i) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 47.
Crime contra a humanidade: Violação
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 259 a 373 Egidio Manek, Olivio Tatoo Bau e Americo Mali são responsáveis como indivíduos pela violação da vítima A, vítima B e vítima C, no dia 7 de Outubro de 1999, ou por essa altura, perto da Vila de Wemasa, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (g) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 48.
Crime contra a humanidade: Violação
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 374 a 377, Gabriel Nahak é responsável como indivíduo pela violação da vítima D entre 6 de Setembro de 1999 e 13 de Setembro de 1999, perto da Vila de Wemasa, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso
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cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (g) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 49.
Crime contra a humanidade: Violação
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 378 a 381, Gabriel Nahak é responsável como indivíduo pela violação da vítima D entre 16 de Setembro de 1999 e 15 de Dezembro de 1999, perto da Vila de Wemasa, Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo por isso cometido um CRIME CONTRA HUMANIDADE, VIOLAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (g) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 50.
Crime contra a humanidade: Deportação
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 382 a 387 Egidio Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Cosmas Amaral, Henrikus Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar da Costa Nunes, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Joaoquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Ilidio Gusmao são responsáveis como indivíduos ou superiores pela deportação de civis, entre 5 de Setembro de 1999 e 30 de Outubro de 1999 para Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME CONTRA A HUMANIDADE, DEPORTAÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (d) do Regulamento 2000/15 da UNTAET. Ponto de acusação 51.
Crime contra a humanidade: Perseguição
Pelos seus actos ou omissões em relação aos eventos descritos nos parágrafos 24, 31, 60, 73, 97,98, 108, 113,119, 189, 195 a 198, 234 a 235, 388 a 389 Egidio Manek, Martenus Bere, Pedro Teles, Cosmas Amaral, Henrikus Mali, Alipio Gusmao, também conhecido como Alipio Mau, Baltazar da Costa Nunes, Domingos Mali, também conhecido como Bete Aloi, Joaoquim Berek, também conhecido como Berek Bot, Olivio Tatoo Bau, Americo Mali, Zito da Silva, também conhecido como Zito Saek, Ilidio Gusmao são responsáveis como indivíduos ou superiores pela perseguição de civis, entre 5 de Setembro de 1999 e 30 de Outubro de 1999 no Distrito de Covalima e em Timor Ocidental, República da Indonésia, como parte de um ataque generalizado ou sistemático contra a população civil com conhecimento do ataque tendo assim cometido um CRIME CONTRA A HUMANIDADE, PERSEGUIÇÃO, um crime estipulado no Artigo 5.1 (h) do Regulamento 2000/15 da UNTAET.
VIII. LISTA DAS VÍTIMAS A lista das vítimas, que é parte desta acusação, está anexada como Anexo “A”.
IX.
PEDIDO DE JULGAMENTO 64
O Procurador-Geral Adjunto vem por este meio solicitar ao Painel Especial para Crimes Graves do Tribunal Distrital de Díli que julgue este caso assim que possível.
28 de Fevereiro de 2003
……………………………………………..…. Siri Frigaard Procurador-Geral Adjunto para Crimes Graves
ANEXO “A” O PROCURADOR-GERAL ADJUNTO PARA CRIMES GRAVES -CONTRAEGIDIO MANEK MATERNUS BERE PEDRO TELES HENRIKUS MALI COSMAS AMARAL ALIPIO GUSMAO, TAMBÉM CONHECIDO COMO ALIPIO MAU BALTAZAR DA COSTA NUNES DOMINGOS MALI, TAMBÉM CONHECIDO COMO BETE ALOI ILLIDIO GUSMAO JOAQUIM BEREK, TAMBÉM CONHECIDO COMO BEREK BOT OLIVIO TATOO BAU 65
GABRIEL NAHAK AMERICO MALI E
ZITO DA SILVA, TAMBÉM CONHECIDO COMO ZITO SAEK ________________________________________________________________________
LISTA DAS VÍTIMAS (SUBMETIDA DE ACORDO COM O ARTIGO 24 DO REGULAMENTO 2000/30 DA UNTAET, TAL COMO O CORRIGIDO PELO REGULAMENTO 2001/25)
HOMICÍDIO Antonio Amaral Bau, Alberto Fereira Ernesto Carvalho Letto Anito Coli, Anito Mali Anito Bau Daniel Monis Aci Domingos Amaral Eurico Bau Daniel Taek Abel Soares Gomes Jose do Rego Geraldo Amaral Boaventura de Araujo Lorenzo Gusmao Nazario Gutteres Luis Rosalino Carlos Yosep Patricio de Jesus Xiemenes Mauk Paulino Cardoso também conhecido como Lino Cardoso Alexio Xiemenes Tomas Cardoso Paulus Xiemenes Lodificus Rabo Jose Afonso Amaral Gabriel Amaral Domingos Martins Vasco Amaral Jaime da Costa Nunes Raimundo de Oliviera Abel Pereira
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Martinho do Rego Felix Mali Titus Mali Damaio Xiemenes Januario Maya Simplicio Doutel Sarmento Domingos Bau Koli também conhecido como Domingos Andrade Fredrico Barros Domingos Barros também conhecido como Domingos Marsal Sabino Gusmao Paulus Xiemenes Johanes Tahu Rosalina Belak Agapito Amaral Jose dos Reis
EXTERMINAÇÃO Número não identificado de civis na Igreja de Ave Maria em Suai, incluindo o Padre Hilario, Padre Dewanto e o Padre Francisco.
TENTATIVA DE HOMICÍDIO Dinis Afonso Monis Cancio Nahak
DESAPARECIMENTO FORÇADO Apolinario Mau Joni Yohanes Laku Edmundos Bere Benedito do Nascimento Marcal Amaral Felix Amaral
TORTURA Inacio Pereira Baretto Jose Fatima Xavier Elizeu Gusmao Inacio Amaral Geraldo Orleans Alfredo Freitas Domingos dos Santos Francisco Nahak Baltasar Maya Domingos Da Cruz Jose Cardoso
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Cervasio Yosep Balbina Maia Rosalinda Abuk Luizina Maia Filipos Yosep Daniel Xiemenes Markus Xiemenes Jaime Cardoso Teofilo da Silva Augustino Gusmao Francisco do Espiritu Vincente Alves Quintao Caetano Ximenes Agustino Ximenes Americo da Silva Antonio Amaral Mariano Amaral Francisco Amaral Cervasio Yosep Loduficus Ulu Orlando Berek Verissimo Xiemenes Joao dos Nascimento Agosto Fernando Joao Amaral Gaspar Gusmao Bendito Maya Joao Fernandes 100.Caitano do Carmo 101.Domingos do Carmo 102.Rui Gusmao 103.Jacinto 104 Francisco da Cruz Luan 105. Agapito Mau
ACTOS DESUMANOS 106.Manuel Mendes 107.Juliana Monis
VIOLAÇÃO 108.Vítima A 109.Vítima B 110.Vítima C 111.Vítima D
DEPORTAÇÃO 112.Civis em Covalima
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PERSEGUIÇÃO 113.Albino Nahak aka Albino De Niri 114.Alfredo Nahak 115.Manuel Noronha 116.Jose Pereira Coli 117.Civis em Covalima e Timor Ocidental
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