AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RUY BELO E. B. 2,3 RUY BELO FICHA DE TRABALHO DE HISTÓRIA 8.º ANO TEMA: A VIDA NA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS
TRABALHO DE GRUPO COM OS SEGUINTES OBJECTIVOS: 2 – Conhecer os novos hábitos alimentares no séc. XVI; . O tipo de alimentação a bordo das naus . Os novos produtos utilizados pela população na Europa TEMA 2 – CONHECER OS NOVOS HÁBITOS ALIMENTARES DO SÉC. XVI “Os géneros alimentares transportados pelas naus eram os seguintes: biscoito, pão, cereais para fazer pão a bordo, carne salgada e fumada, sebo queijo, manteiga, peixe seco e salgado, vinho, água-pé, vinagre, azeite, água, sal, passas, figos secos, ameixas secas, marmelada, açúcar e várias espécies de fruta seca. Por vezes, os navios iam completar a sua provisão de víveres à ilha da Madeira. Nas naus eram embarcados no reino e nos possíveis postos de abastecimento animais vivos (suínos, ovinos e caprinos) e aves de capoeira. Sempre que se acostava fazia-se a aguada e tentava-se o refresco. Este era feito quer caçando e resgatando animais, quer colhendo ou adquirindo frutas e legumes frescos, quer pescando. Também se juntava lenha e carvão para a confecção dos alimentos e para a protecção do frio. A distribuição do biscoito, da água e do vinho era diária. Os restantes géneros podia ser semanal ou mensal. Não havia cozinheiro nem caldeira comum, cada qual cozinhava para si. A quantidade de alimentação de uma tripulação de 31 homens de uma caravela para cada mês era a seguinte: Produto Biscoito Carne Vinho Vinagre Azeite Pescadas
Quantidade 707 Kg 331 Kg 1460 L 62 L 31 L 77 unid.
J. Manuel Azevedo e Silva “Os navios que descobriram o mundo”
“Até ao séc. XVI e durante toda a Idade Média, não existiram grandes alterações nos hábitos alimentares dos portugueses. Nas camadas populares, o pão (de cevada, milho painço, trigo, farinha de bolota) era a base da alimentação e era usado como “prato”, ou seja, era em cima do pão 8 (da
côdea) que se levavam os alimentos à boca. Depois tinham caça, peixe, ovos e hortaliça. Nas mesas dos ricos, toda a gente preferia a carne: de porco, carneiro, cabrito, aves, vaca, caça. Comia-se cozida, assada, refogada ou guisada, com grande quantidade de gorduras. Bolos eram raros, guardados para ocasiões especiais e feitos de mel. Mais comuns eram as conservas e doces de fruta. Muito disto se alterou no séc. XVI com a introdução de novos alimentos: a laranja doce e o limão, as especiarias, o pêssego, banana, coco, manga, o chá, o milho grosso, a batata-doce, o ananás, o cacau, o peru, o tomate, a batata… Nesta época de riqueza, as refeições dos ricos eram verdadeiros banquetes, com manjares abundantes muito açúcar, gorduras, especiarias e gemas de ovo cozidas… O povo comia muito bacalhau e sardinha de Setúbal, além de outros peixes frescos, secos, salgados e fumados… Paula Bárcia e outras “A Propósito do séc. XVI”