AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RUY BELO E. B. 2,3 RUY BELO FICHA DE TRABALHO DE HISTÓRIA 8.º ANO TEMA: A VIDA NA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS
TRABALHO DE GRUPO COM OS SEGUINTES OBJECTIVOS: 1 – Conhecer a vida nas embarcações dos Descobrimentos: . A constituição das tripulações . As suas funções “A vida a bordo não era igual para todos, dependia da função e da posição social de cada um. Existiam quatro corpos de conjunto de viajantes: tripulação, guarnição militar, serviço de apoio e passageiros. Se fosse uma viagem de descobrimento da costa africana a tripulação era constituída por um capitão, piloto, algumas dezenas de marinheiros e grumetes, capelão e um ou outro mercador. No caso de se tratar de um navio de carreira da Índia tinha um capitão, piloto, sota-piloto, mestre (responsável pelos marinheiros) contra-mestre, guardião (responsável pelos grumetes), trinqueiros (encarregados de reparar a cordoalha e o volame e 60 ou 70 marinheiros. A guarnição militar era chefiada pelo capitão, sob as ordens do qual estavam o condestável que era o responsável pela acção de cerca de 25 bombardeiros e alguns soldados. Os serviços de apoio tinham sob a superintendência do capitão: o capelão, religiosos, escrivão, meirinho, pagens, dispenseiros e 1 ou 2 artíficies (cirurgiões, boticários, barbeiros, carpinteiros). O conjunto dos três corpos que asseguravam o serviço de um navio rondava os 200 homens e os passageiros deviam atingir o mesmo número. Cada navio de Carreira da Índia transportava em média 400 a 500 pessoas (…) J. Manuel de Azevedo “Os navios que descobriram o mundo”
“A escassa tonelagem das caravelas fazia que as equipagens fossem bastante limitadas em número. Por isso as funções que cada tripulante tinha a seu cargo estavam rigorosamente determinadas e a disciplina era férrea. O comando cabia ao capitão, autoridade suprema a bordo e responsável pelo êxito da expedição. Como a sua missão principal era comandar homens, podia não ser um marinheiro. As expedições eram feitas por várias caravelas e o capitão da mais importante era, também, chefe da frota e ficava com o título de capitão-general ou capitão-mor. A segunda autoridade a bordo era o mestre. Como se encarregava do comando directo da tripulação e dirigia as manobras do navio no mar, bem
como o atracar nos portos, devia ser um navegador experimentado. O piloto era o terceiro oficial dentro do navio. Era o técnico da navegação, o que manejava os instrumentos para fazer o ponto, tendo a seu cargo as cartas marítimas. Depois estava o contramestre, o primeiro dos sub-oficiais. Todo o navio dependia dele pois fazia a ligação entre os oficiais e a tripulação. Depois havia o despenseiro e o aguazil. O primeiro vigiava e distribuía as provisões, o segundo era o assistente do contramestre e aquele que aplicava os castigos que o capitão impunha. Carpinteiros, tanoeiros, calafates e cirurgiões que eram, ao mesmo tempo, curandeiros e barbeiros. Intérpretes, vedores que zelavam ppelos interesses económicos do rei e o escrivão encarregado de tratar do diário de bordo e registar as novas terras que se iam encontrando.” Florit, José “História do Mundo”, Vol. II