Como comprar um carro usado? Muitas vezes, comprar um carro usado pode ser um bom negócio, más se você não tomar cuidado, isso pode acabar se transformando numa grande dor de cabeça. E por isso, nós do www.carrobonito.com resolvemos preparar um manual com algumas dicas a seguir na hora de comprar um veiculo usado ou seminovo. Você verá que apenas seguindo alguns passos simples, você pode, além de evitar problemas futuros, fazer um ótimo negócio.
1° passo Defina o que você quer: A primeira coisa a fazer é definir quanto você quer gastar em um carro, e como você quer pagar por ele. Depois do orçamento preparado, você deverá verificar que modelos e faixas de ano se encaixam nele. Para isso basta pesquisar em sites que se dedicam à compra e venda de veículos, filtrando por preço. A partir dos modelos obtidos, faça uma lista de 4 ou 5 modelos que mais te interessem. Saiba que no modo de pagamento financiamento, o valor da taxa de juros cresce de acordo com a idade do carro. Portanto fique atento, devido as diferentes taxas de juros, o financiamento de um VW Gol do ano 1995, pode ser mais caro que o de um carro do mesmo modelo com ano de fabricação 2000. Lembrese também que o que conta para efeito de definição da taxa de jutos é o ano modelo do carro, e que o ano de fabricação só tem efeito sobre o valor do IPVA. Outra dica, é consultar a tabela FIPE, que é feita com base nas transações realizadas em todo o Brasil e mede os preços médios de cada modelo, ano e versão. Mas essa tabela deve servir apenas como um guia, já não leva em conta o estado de conservação dos veículos, que quando muito bem conservados podem chegar a custar 40% mais que a média e mesmo assim continuar sendo um bom negócio. Mesmo assim pode ser uma boa base de argumentação quando você for negociar o preço do carro escolhido.
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2° passo – Pesquise sobre os modelos escolhidos: Pesquise sobre desvalorização e problemas comuns aos modelos escolhidos. Para verificar a desvalorização, basta entrar outra vez na tabela FIPE e verificar o quanto os modelos caem de preço em média. Primeiro você averígua o preço do modelo e ano desejados e compara com os preços de anos anteriores, isso ajudará obter uma estimativa de quanto valor o modelo vai perder durante o período que você esteja com ele. Fuja dos modelos com desvalorização acentuada se comparada a outros modelos, isso pode indicar que o modelo tem algum problema cônico, desgaste prematuro ou que suas peças são muito caras. Depois disso, pesquise sobre os problemas comuns apresentados pelo modelo. Isso não é difícil, basta que você busque no www.google.com.br, digitando por exemplo "problema comum chevette", e nesse caso encontrará que o modelo sofre de infiltrações de água. Mas se a sua busca identificar algum “problema comum” que seja muito grave ou custoso para ser resolvido, fuja do modelo. – Também vale conversar com algum mecânico que você conheça e confie, ele pode prestar maiores esclarecimentos. 3° passo – Encontre o veículo desejado: Depois de saber seu orçamento e os possíveis candidatos a ser seu próximo carro, chegou a hora de de encontralo! Para isso vale tudo, pesquisar no jornal, sites de compra e venda de veículos, procurar pelas revendas e concessionária, vale até mercado livre. Mas não se afobe, além de não comprar o primeiro carro que aparece, procure ver vários carros antes de decidir que melhor atende seus requisitos. 4° passo – Inspeção mecânica: Agora que você já tem um escolhido, chegou a vez de inspecionar a mecânica do carro. Como você já deve saber, você não pode confiar em tudo que escuta. Principalmente se você comprar o carro de um particular, porque esse tipo de compra não implica em concessão de garantia, apenas empresas são obrigadas a garantir seus produtos. Você vai ter que verificar a mecânica do carro para se livrar de problemas futuros. www.carrobonito.com
Você poderá fazelo, mas o ideal é ter um mecânico de confiança para te ajudar. Lembrese também, que é extremamente recomendável realizar a checagem do carro durante o dia, enquanto ainda existe luz solar e você pode perceber melhor qualquer detalhe. Como muitas pessoas e empresas acreditam que para vender vale qualquer coisa. Cada vez existe mais criatividade em “camuflar” defeitos, tornando a identificação de muitos deles impossível até para mecânicos experientes. Por exemplo, existe uma “técnica” para disfarçar os ruídos do eixo diferencial de carros mais antigos, que rangem muito quando estão desgastados. Essa peça é muito de difícil de encontrar, custa muito caro para ser reparada, e além disso pode dar muita dor de cabeça (imagine que você está a 110 km/h em uma rodovia, e de repente o eixo diferencial do seu carro trava). O truque consistia em abrir a peça, recheála com serragem e a graxa mais espeça disponível e fechala novamente. Isso inibia o rangido por até 1000 km, livrando o revendedor de ter que arcar com a garantia do item (por lei 90 dias para motor e transmissão). Mas isso não impede que você mesmo, ou que seu mecânico, identifiquem os problemas mais comuns. –
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Cheque a suspensão. Para isso, apóiese totalmente sobre cada paralamas e solte de uma só vez. Se o carro retornar a posição inicial sem balançar mais de uma vez, ela está em ordem. Caso contrário, o carro necessita de amortecedores novos. Verifique também se o veiculo está nivelado, se não estiver pode significar que as molas estão tortas, ou até mesmo que o carro foi batido. Cheque a direção, rodas e pneus. Verifique se não existem folgas na direção. Com o carro ligado, preste muita atenção nos ruídos que você vai escutar e na circunferência que o carro vai descrever. Esterce totalmente para a direita e faça um giro completo. Depois esterce para a esquerda e repita o procedimento. Se você escutar algum estalo ou rangido, pode significar que as juntas homocinéticas estão com problemas e necessitam substituição. Se os diâmetros dos círculos em que você movimentou o carro forem diferentes, pode significar que o carro está desalinhado algum problema estrutural e provavelmente tenha sido chocado. Com o carro em movimento em uma linha reta, solte o volante e verifique se ele não sai da linha, isso pode significar desalinhamento da direção, ou problemas na suspensão. Confira se a direção hidráulica não é muito pesada, isso pode significar que esse sistema está com algum defeito. www.carrobonito.com
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É aconselhável que você peça para erguer o carro em um macaco hidráulico. Se você conseguir isso, poderá examinar o carro mais a fundo. Com o carro suspenso, empurre cada uma das rodas em todas as direções, se você sentir folgas, pode que os rolamentos estejam gastos e que você tenha que substituílos. Tente esterçar as rodas dianteiras em busca de folgas, que quando muito grandes representam um perigo para sua segurança e querem dizer que o carro necessita de novas buchas e terminais de direção. Aproveite que o carro está levantado para examinar os pneus, que se estiverem gastos irregularmente, podem estar dizendo que os pneus precisam de balanceamento, ou que as rodas estão tortas. Também aproveite para verificar a parte inferior do carro em busca de sinais de corrosão no assoalho e no sistema de escapamento (que se estiverem furados necessitam substituição), vazamento de óleo ou água, para choques mal fixados e evidência de amassados ou de um acidente (tanque de gasolina ou caster amassados na parte inferior são normais, mas se você identificalos, preste atenção para ver se eles não estão tricados). Lembrese, a maioria das oficinas que tentam retocar carros batidos se esquecem de arrumar a parte inferior, deixando sinais, as vezes grotescos, de que o carro tenha sido reformado. Verifique o motor. Com o motor desligado, cheque a cor do óleo, e se ele não apresenta sinais de água. Isso pode significar que existem vazamentos a serem corrigidos. Se o óleo for muito espesso (só o mecânico pode dizer isso), o motor pode estar no fim de sua vida e o vendedor esteja “maquiando” vazamentos e ruídos (geralmente colocase óleo espesso em motores velhos para que funcionem por mais algum tempo). Também cheque a cor da água do radiador para identificar corrosão, ou a presença de óleo. Esse último quer dizer que há alguma falha na vedação entre as áreas de circulação de óleo e água, o que se não for corrigido em pouco tempo, pode levar a uma avalanche de problemas. Com o carro em ponto morto, ligue o motor, espere que ele se aqueça (um minuto é suficiente), então acelere bruscamente prestando atenção nos ruídos que ele emite, caso você escute ruídos metálicos podem identificar problemas internos no motor e desgaste de seus componentes. Se o seu mecânico estiver presente, peça para ele averiguar um pouco mais a fundo. Se não for grave, você pode concertar depois e pedir um desconto na hora de negociar o preço. Ainda com o motor ligado, veja se a fumaça que sai dele não é muito escura, o que quer dizer que o carro está “queimando” óleo e que você terá que desembolsar com uma retífica no futuro.
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No teste de rua, use o freio motor e verifique se isso realmente reduz a velocidade do carro, se não reduzir, o motor pode estar com problema de compressão, com anéis ou válvulas desgastados (o que custa caro para arrumar). Vale lembrar que isso não se aplica Teste os Freios do carro. Novamente na rua, (em algum lugar sem movimento) dirija normalmente em linha reta, tomando cuidado para não ir muito rápido (escolha uma velocidade em que seja possível controlar o carro em caso de algum imprevisto sério), solte levemente o volante e pise no freio para ver se o carro não sai de trajetória, se ele sair, é por que os freios estão desbalanceados ou irregularmente gastos. Também escute com atenção para saber se eles não emitem um barulho metálico, que identificam pastilhas e discos ou tambor e lonas gastos. Examine os discos em busca de “arranhões” profundos, isso pode identificar descuidos do ultimo proprietário na manutenção dos freios, e que você pode ter que trocar os discos em breve. Pedal muito alto, muito baixo, ou muito duro significam defeitos no sistema, ou falta de fluido de freio.
5° passo – Inspeção de lataria, interior e equipamentos:
Uma vez que o carro que você quer comprar já está mecanicamente aprovado, chegou a vez de inspecionar os equipamentos, interior e principalmente a lataria do carro. Como você já deve saber, a lataria também é uma parte crítica da inspeção, então é bom você ir preparado com um pequeno imã envolvido em um pedaço de flanela (para detectar massa sem riscar a lataria). – Verifique se capô, tampa do portamalas e portas estão bem alinhados, se existirem folgas irregulares entre essas peças e a carroceria . Tais imperfeições podem significar que as dobradiças estão muito gastas ou que a estrutura do carro está mal alinhada (quase sempre devido a alguma batida séria, ou mal uso do carro, o que acontece quando o carro anda muito por estradas de terra). Verifique também se essas partes encaixam bem nos batentes e se você escuta algum rangido e estalos. Um rangido não seguido por estalos significa que as peças apenas necessitam lubrificação. Mas se você tiver que empregar muita força para abrir e fechar as portas, capô, ou tampa do portamalas, ou escutar rangidos e estalos enquanto realiza os movimentos de abertura e fechamento, isso pode ser muito grave, indicando desde que o carro está muito rodado, a que já haja sofrido um acidente sério com danos estruturais. www.carrobonito.com
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Olhe detalhadamente a pintura do carro não esquecendo nenhuma parte. Se você encontrar diferenças nas tonalidades das partes que compõe o carro, pode que alguém já haja pintado o mesmo. Desconsidere diferenças na tonalidade de para choques, aerofólio, ou outros adornos do carro, essas pequenas alterações são normais e devemse principalmente a diferenças entre os materiais que compõe a carroceria (mesmo que saiam de fábrica, as pinturas de partes plasticas ou de fibra de vidro quase sempre diferem das aplicadas sobre superfícies metálicas). Quando se deparar com alguma área irregular, bata levemente com as pontas dos dedos no ponto exato e ao redor, se existir massa, os ruídos da parte normal serão bem distintos dos emitidos pela parte afetada. Procure por partes onde a pintura estiver desbotada, se o veiculo em questão tiver menos de 6 anos de uso, não são comuns e podem indicar que o carro já recebeu pintura. Porque as pinturas aplicadas em oficinas, não são tão resistentes as forças dos elementos quanto as aplicadas na fábrica. Mas se o carro já é mais velho, é normal que algumas partes como capô ou capota estejam desbotadas. Se você encontrar marcas de pintura em partes plásticas, etiquetas, vidros, frisos e borrachas, o carro, é porque o carro foi pintado. Também procure pelas etiquetas de identificação de modelo , elas devem estar no compartimento do motor e ninguém em seu juízo normal as remove. Não encontralas é indicativo de que o carro já bateu, foi repintado, ou pegou fogo. No interior do carro, preste atenção para ver se os bancos não estão rasgados ou manchados (algumas manchas são impossíveis de remover), se se tratar de um carro com bancos de couro veja se eles não estão ressecados, em alguns casos, o ressecamento é irreversível e seguramente levará a rupturas no material. Preste também atenção nos forros das portas e teto e acabamentos do painel estão bons, isso também é relativo a idade do carro e em que condições ele costumava ser utilizado. Ao comprarse carros dotados de airbag, você deve tomar cuidado redobrado. É muito comum que quando um carro desses se envolve em um acidente, as únicas coisas que são reparadas são a lataria e os forros do painel e volante, deixando para traz o sistema de airbags, que deve ser completamente substituído. Por isso, procure indícios de troca dos forros do painel e do volante. Quando essas substituições são mal feitas, deixam marcas.
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Comprove se os sistemas de som (este se original é muito valorizado), ar condicionado, ar quente, desembaçador traseiro, espelhos retrovisores, faróis, limpadores de parabrisas, levantamento de vidros (alguns modelos como o VW Gol 2 portas da segunda geração, tendem sofrer quebras no sistema de levantamento de vidros), luzes internas e do painel estão funcionando corretamente. Cheque também todas as luzes externas do veiculo, como luzes de freio, faróis, faróis de milha ou neblina, pisca aletra, piscas laterais ou aqueles que estão posicionados nos retrovisores e iluminação da placa. Comprove se buzina, velocímetro, contagiros, indicador de combustível e demais indicadores funcionam corretamente. Olhe também se a quilometragem bate com a idade aparente do carro. Verifique se o carro conta com todos os equipamentos obrigatórios, como, estepe, macaco, triângulo, extintor (cheque se este esta dentro do prazo de validade) e demais equipamentos.
6° passo – Inspeção dos documentos do veiculo: Agora que você sabe que o carro que vai levar pra casa esta em dia com a manutenção, chegou a vez de checar a documentação do carro. Deixamos esse item por último porque é o único que pode custar alguma coisa, já que dependendo da situação, você vai ter que recorrer os serviços de uma empresa especializada. – Confira a autenticidade dos documentos apresentados, os do carro e os do vendedor. Existem situações em que o carro está alienado a bancos ou financeiras, nesses casos, o dono fica legalmente impedido de vender ou transferir o veiculo sem pedir autorização a empresa. E em alguns casos, os vendedores conseguem apagar o nome da empresa a quem o bem está alienado, por isso é que você tem que checalos. – De posse dos números de matrícula (placa), chassis (não confie no documento e cheque você mesmo) e Renavam, e do nome do proprietário, faça a consulta dos dados de propriedade e multas através do telefone ou do site do DETRAN do seu estado. Também peça um certificado de propriedade ao orgão. Aproveite para ver se existe alguma pendencia de multa ou de tributo referente ao veiculo. Em nosso pais, as multas e tributos não pagos, ficam atrelados ao veiculo e não ao proprietário, impossibilitando a transferência sem o devido pagamento da pendencia. – Agora que você sabe que o veiculo está bom e pertence a quem o vendedor diz que pertence, é hora de transferir o carro. Recomendamos que você vá ao cartório acompanhado do vendedor. Além disso não dê nenhum tipo de adiantamento antes de que a firma esteja reconhecida. www.carrobonito.com
Agora que você já checou o carro e os documentos e tem o recibo de transferência, basta transferir o carro para o seu nome. Devido a burocracia para fazelo, recomendamos que você contrate um despachante para fazelo. Lembrese, você tem 30 dias para transferir o bem junto ao DETRAN.
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