pref�cio � Carta de s�o paulo aos romanos por martinho lutero
"vorrede auf die epistel s. paul: an die romer" in d.martin luther: die ganze heilige schrifft deutsch 1545 aus new zurericht,ed. hans volz and heinz blanke. munich: roger & bernhard. 1972, vol. 2, pp. 2254-2268. notas de tradu��o: o texto dentro dos quadros [ ] s�o apenas explicativos e n�o faz parte do pref�cio de lutero, assim como os textos em{ } que foram usados pelo tradutor brasileiro. o termo justo, justi�a e justificar s�o sin�nimos dos termos reto, retid�o e se tornar reto. ambas as tradu��es s�o comuns do alem�o "gerecht" e palavras correlatas. uma situa��o similar existe na palavra f�, que � sin�nimo de cren�a, do alem�o "glaube". assim, "n�s somos justificados pela f�" � sin�nimo de "n�s somos feitos retos pela cren�a". esta carta e verdadeiramente a mais importante pe�a do novo testamento. � o evangelho mais puro. � de grande valor para um crist�o n�o somente para memorizar palavra por palavra, mas tamb�m para o ocupar com isso diariamente, como se fosse o p�o di�rio da alma. � imposs�vel ler ou meditar nesta carta {t�o pouco}. quanto mais algu�m lida com ela, mais preciosa ela se torna e melhor ela saboreia. por esta raz�o, eu quero completar meu servi�o e, com este pref�cio, prover uma introdu��o para a carta, a medida que deus me d� habilidade, de maneira que qualquer um possa obter o mais profundo entendimento dela. at� agora ela tem sido escurecida{colocada em trevas} pelas interpreta��es [notas de explica��o e coment�rios que acompanham o texto] e por muitos um coment�rio sem uso, mas est� dentro dela pr�pria uma luz resplandecente, quase resplandecente o suficiente para iluminar toda a escritura. para come�armos, n�s temos que nos tornar familiares com o vocabul�rio da carta e saber o que s�o paulo quer dizer das palavras lei, pecado, gra�a, f�, justi�a, carne, esp�rito, etc. do contr�rio, n�o h� uso em l�-la. voc� n�o deve entender a palavra lei aqui em padr�es humanos, i.e., um regulamento sobre que tipo de a��es devem ou n�o devem serem feitas. esta � a maneira em que est� as leis humanas: voc� satisfaz os mandamentos da lei com obras, n�o importa se o seu cora��o est� ou n�o de acordo. deus julga o que est� no mais profundo do cora��o. por esta raz�o suas leis tamb�m fazem mandamentos no mais profundo do cora��o e n�o deixa o cora��o descansar se satisfazendo com as a��es; mais ainda ele pune como hipocrisia e desmente todas as obras feitas longe do mais profundo do cora��o. todos os seres humanos s�o chamados de mentirosos (sl 116), uma vez que nenhum deles cumprem ou podem cumprir as leis de deus no mais profundo do cora��o. todos acham dentro de si uma avers�o ao bem e um desejo ardente pelo mal. onde n�o h� desejo espont�neo pelo bem, l� o cora��o n�o est� fundamentado nas leis de deus. l� tamb�m o pecado est� certamente para ser achado assim como a merecida ira de deus, mesmo que muitas boas obras e uma vida de honra apare�a exteriormente ou n�o. por esta raz�o, no cap�tulo 2, s�o paulo acrescenta que os judeus s�o todos pecadores e diz que somente os cumpridores da lei s�o justificados aos olhos de deus. o que ele est� dizendo � que ningu�m � um cumpridor da lei pelas obras. externamente, ele diz para eles, "voc�s ensinam que n�o se pode cometer adult�rio, e voc�s cometem adult�rio. voc�s julgam outro de uma certo assunto e se condena
voc�s pr�prios naquele mesmo assunto, porque voc�s fazem todas as mesmas coisas ao qual voc�s julgam ao outro." isto � como se ele estivesse dizendo, "externamente voc� vive propriamente nas obras da lei e julgam aqueles que n�o est�o vivendo a mesma maneira, voc�s sabem como ensinar a todo mundo. voc� olha o argueiro no olho de outro mas n�o nota a trave que est� no seu pr�prio." externamente, voc�s tomam a lei com obras contrariado com o temor de puni��o ou amor pelo enriquecimento{ganho, lucro, acr�scimo, vantagem}. da mesma maneira, voc�s fazem tudo sem o desejo espont�neo e amor � lei; voc�s agem por avers�o e for�a. voc�s deveriam viver de outra maneira se a lei n�o existisse. segue-se, ent�o, que voc�s, no profundo do cora��o, s�o inimigos da lei. o que significa para voc�s, por isso, em ensinar ao outro que n�o se deve roubar, quando voc�s, no profundo do cora��o, s�o ladr�es e seria um externamente tamb�m, se voc� tivesse coragem. (com certeza, do outro lado as obras n�o permanecem por muito tempo com tanta hipocrisia.) ent�o assim, voc�s ensinam aos outros mas n�o a voc�s mesmos; voc�s nem sabem ao certo o que est�o ensinando. voc�s nunca estudaram a lei corretamente. mais adiante, a lei faz aumentar o pecado, como s�o paulo diz no cap�tulo 5. isso porque a pessoa se torna mais e mais inimigos da lei, quanto mais ela demanda dele o que ele n�o pode possivelmente fazer. no cap�tulo 7, s�o paulo diz, "a lei � espiritual." o que isso significa? se a lei fosse f�sica, ent�o ela poderia ser satisfeita com obras, mas desde que ela � espiritual, ningu�m pode satisfaze-la a menos que tudo que ele fa�a jorre do profundo do cora��o. mas ningu�m pode dar um cora��o assim exceto o esp�rito de deus, o qual faz a pessoa ser de acordo com {ou como} a lei, assim que ele atualmente concebe um cora��o com o sentimento ardente pela lei e a partir da� {de hoje em diante} faz tudo, n�o atrav�s do medo e da for�a, mas de um cora��o espont�neo. tal lei � espiritual desde que ela possa ser amada e cumprida por um tal cora��o e por um tal esp�rito espont�neo como esse. se o esp�rito n�o est� no cora��o, ent�o permanece o pecado, com avers�o e inimizade contra a lei, o que nela pr�pria � boa, justa e santa. voc� deve se atualizar da id�ia de que uma coisa � fazer as obras da lei e outra coisa � cumpri-la. as obras da lei s�o todas as coisas que uma pessoa faz ou pode fazer de sua pr�pria disposi��o espont�nea e pelas suas pr�prias for�as em obedecer a lei. mas porque em fazer tais obras o cora��o detesta a lei e ainda � for�ado a obedec�-la, as obras s�o uma total perca e s�o completamente in�teis{sem uso}. isto � o que s�o paulo quer dizer no cap�tulo 3 quando diz, "nenhum ser humano � justificado diante de deus atrav�s das obras da lei." atrav�s disso voc� pode ver que os mestres [i.e., os te�logos] e sofistas s�o sedutores quando eles ensinam que voc� pode se preparar para a gra�a atrav�s das obras. como pode qualquer pessoa se preparar a si pr�prio para o bem por meio das obras se ele n�o faz nenhuma boa obra exceto com avers�o e constrangimento em seu cora��o? como pode tal obra agradar a deus, se isso procede de um cora��o oposto e sem desejo ardente? {desejo ardente-unwilling=sem a for�a da mente em direcionar seus pensamentos e a��es e influenciar a outros neste sentido.} mas para cumprir a lei significa fazer suas obras ardentemente, amavelmente e espontaneamente, sem o constrangimento da lei; significa viver bem e de maneira que agrada a deus, como se n�o existisse lei nem puni��o. � o esp�rito santo, entretanto, quem p�e tal desejo ardente de amor dentro do cora��o, como paulo diz no cap�tulo 5. mas o esp�rito � somente dado, com, e atrav�s da f� em jesus cristo, como paulo diz em sua introdu��o. assim, tamb�m, a f� somente vem atrav�s da palavra de deus, do evangelho, o qual prega cristo: como ele � tanto filho de deus e do homem, como ele morreu e ressuscitou para o nosso beneficio. paulo diz tudo isso nos cap�tulos 3,4 e 10. isso � porque a f� sozinha faz algu�m justo e cumpre a lei; f�, isto � que traz o
esp�rito santo atrav�s do m�rito de cristo. o esp�rito, em troca, oferece cora��o alegre e espont�neo, como a lei demanda. ent�o boas obras procede por ela pr�pria. isto � o que paulo quer dizer no cap�tulo 3 quando, ap�s jogado fora as obras da lei, ele parece querer abolir a lei pela f�. n�o, n�s aprovamos a lei atrav�s da f�, i.e. n�s a cumprimos atrav�s da f�.
um da f� ele ter ele diz,
pecado nas escrituras significa n�o somente as obras externas do corpo mas tamb�m todos aqueles movimentos dentro de n�s que se ocupam eles mesmos de nos mover a fazer as obras externas, nominalmente, o profundo do cora��o com toda sua for�a. por esta raz�o, a palavra realmente deve se referir a uma queda total de uma pessoa no pecado. nenhuma obra externa do pecado acontece, ap�s tudo isso, a menos que uma pessoa se entregue a si pr�prio a isso completamente, corpo e alma. em particular, as escrituras v�em no profundo do cora��o, para o fundamento e para a principal fonte de todo o pecado: incredulidade dentro do mais profundo do cora��o. desta maneira, assim como a f� sozinha se faz justa e traz o esp�rito e o desejo de fazer boas obras externas, ent�o somente a incredulidade que peca e exalta a carne e traz o desejo de fazer obras externas do mal. � o que aconteceu a ad�o e eva no para�so (cf g�nesis 3). isso � o porqu� de somente a incredulidade � chamada de pecado por cristo, como ele diz em jo�o 16, "o esp�rito punir� o mundo por causa do pecado, porque ele n�o cr� em mim." mais adiante, antes que as boas e m�s obras aconte�am, que s�o os frutos bons e ruins do cora��o, deve estar presente no cora��o tanto a f� ou a incredulidade, a fonte, mina e poder chefe de todo pecado. isso � porque, nas escrituras, a incredulidade � chamada de a cabe�a da serpente e do antigo drag�o os quais a semente da mulher, i.e. cristo, deve esmagar, como foi prometido a ad�o(cf. g�nesis 3).gra�a e dom que se distinguem nessa gra�a atualmente denotam a bondade de deus ou favor que ele tem para n�s e pelo que ele est� disposto a derramar cristo e o esp�rito com seus dons em n�s, como se torna claro desde o cap�tulo 5, onde paulo diz, "a gra�a e o dom est�o em cristo, etc." os dons e o esp�rito crescem diariamente dentro de n�s, ainda que eles n�o s�o completos, desde que os desejos do mal e dos pecados permanecem em n�s os quais guerreiam contra o esp�rito, como paulo diz no cap�tulo 7, e em g�latas, cap�tulo 5. e g�nesis, cap�tulo 3, proclama a inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente. mas a gra�a realmente faz muito isso: que n�s somos considerados completamente justos diante de deus. a gra�a de deus n�o est� dividida em pigmentos e peda�os, como s�o os dons, mas a gra�a nos levanta completamente ao favor de deus, pelo beneficio de cristo, nosso intercessor e mediador, de modo que os dons s�o permitidos a iniciar suas obras em n�s. desta maneira, voc� deve estudar o cap�tulo 7, onde s�o paulo retrata ele mesmo como ainda um pecador, enquanto no cap�tulo 8 ele diz que, por causa dos dons incompletos e por causa do esp�rito, n�o h� nada capaz de condenar ao inferno aqueles que est�o em cristo. porque a nossa carne ainda n�o foi morta, n�s ainda somos pecadores, mas porque n�s cremos em jesus e temos os princ�pios do esp�rito, deus ent�o nos mostra o seu favor e a sua miseric�rdia, em que ele nem percebe nem julga tais pecados. melhor ainda, ele lida conosco de acordo com nossa f� em cristo at� que o pecado � morto. f� n�o � aquela ilus�o humana e sonho ao qual algumas pessoas pensam que �. quando eles ouvem e falam muito sobre a f� e ainda v� que nenhum progresso moral e nenhuma boas obras resultam disso, eles caem no erro e dizem, "f� n�o � tudo. voc� deve fazer obras se voc� quer ser virtuoso e ir at� o c�u." o resultado � que, quando eles ouvem o evangelho, eles trope�am e fazem para eles mesmos com suas pr�prias for�as um conceito em seus cora��es que diz, "eu creio". este conceito eles pensam ser f� verdadeira. mas desde que isto � uma fabrica��o humana e pensamento e n�o uma experi�ncia do cora��o, isto n�o sucede em nada, e ent�o segue-se nenhum progresso.
f� � um trabalho de deus em n�s, o qual nos muda e nos traz a nascer um novo proveniente de deus (cf jo�o 1). ela mata o velho ad�o, nos faz pessoas completamente diferentes no cora��o, pensamento, sentido, e todas nossas for�as, e traz o esp�rito santo com ela. como � viva, criativa, uma coisa ativa cheio de poder � a f�! � imposs�vel que a f� em alguma ocasi�o fa�a parar o fazer bem. a f� n�o pergunta se boas obras est�o para serem feitas, mas, antes que ela seja questionada, ela as fez. ela est� sempre ativa. seja quem for que n�o fizer tais obras est� sem f�; ele anda se apalpando e se examinando por f� e boas obras mas n�o sabe o que a f� ou boas obras s�o. mesmo assim, eles tagarelam com muitas palavras sobre f� e boas obras. a f� � uma confian�a viva, inabal�vel na gra�a de deus; ela � ent�o certa, que algu�m poderia morrer mil vezes por ela. este tipo de confian�a e conhecimento da gra�a de deus faz uma pessoa cheia de alegria, confiante, e alegre com considera��o a deus e todas criaturas. isto � o que o esp�rito santo faz pela f�. atrav�s da f� uma pessoa far� bem a todos sem uso de for�a, espontaneamente e alegremente; ele servir� a todos, sofrer� tudo pelo amor e louvor a deus, o qual lhe tem mostrado tal gra�a. � t�o imposs�vel separar obras da f� como separar as chamas do brilho do fogo. por esta raz�o, fique de guarda contra suas pr�prias falsas id�ias e contra os tagareladores que pensam que eles s�o inteligentes o suficiente para fazer julgamentos sobre a f� e boas obras mas os quais s�o na realidade os maiores tolos. pe�a a deus para trabalhar a f� em voc�; do contr�rio, voc� permanecer� eternamente sem f�, n�o importa o que voc� tente fazer ou fabricar. agora justi�a � justamente uma f� assim. � chamada de justi�a de deus ou aquela justi�a a qual � v�lida aos olhos de deus, porque � Deus quem a d� e a considera como justi�a pelo benef�cio de cristo nosso mediador. ela influencia uma pessoa para dar a todos o que ele est� devendo. atrav�s da f� uma pessoa se torna sem pecado e obstinado pelos mandamentos de deus. assim ele d� a deus a honra pertencente a ele e paga a ele o que est� devendo. ele serve �s pessoas espontaneamente com os meios dispon�veis a ele. neste caminho ele paga a todos sua d�vida. nem a natureza, nem o desejo livre, nem as nossas pr�prias for�as podem nos trazer tal justi�a, da maneira como ningu�m pode dar a si pr�prio f�, ent�o tamb�m ele n�o pode remover a incredulidade. como ele pode jogar fora mesmo o menor dos pecados? por esta raz�o, tudo que toma lugar fora da f� ou da incredulidade � mentira, hipocrisia e pecado (romanos 14), n�o importa como mansamente isto parece prosseguir. voc� n�o deve entender carne aqui como denotando somente lasc�via ou esp�rito como denotando somente a parte interior do cora��o. aqui s�o paulo chama a carne(como faz cristo em jo�o 3) tudo que nasceu da carne, i.e. todo ser humano com corpo e alma, raz�o e sentidos, desde que tudo dentro dele se inclina para a carne. isto � o porqu� voc� deveria saber o suficiente para chamar aquela pessoa de "carnal" quem, sem a gra�a, fabrica, ensina e tagarela sobre assuntos altamente espirituais. voc� pode aprender a mesma coisa em g�latas, cap�tulo 5, onde s�o paulo chama a heresia e obras odiadas da carne. e em romanos, cap�tulo 8, ele diz que, atrav�s da carne, a lei � enfraquecida. ele diz isso, n�o da lasc�via, mas de todos pecados, muitos deles da incredulidade, o qual � o mais espiritual dos defeitos. do outro lado, voc� deve saber o suficiente para chamar aquela pessoa "espiritual" que est� ocupada com as mais superficiais obras como foi cristo, quando ele lavou os p�s dos disc�pulos, e pedro, quando ele conduziu seu barco e pescou. ent�o assim, uma pessoa � "carne" quando, de uma internamente ou externamente, vive somente para fazer aquelas coisas que s�o de uso da carne e para a exist�ncia tempor�ria. uma pessoa � "espiritual" quem, internamente ou externamente, vive
somente para fazer aquelas coisas que s�o de uso do esp�rito e para a vida porvir. a menos que voc� entenda estas palavras desta maneira, voc� nunca entender� nem esta carta de s�o paulo nem o livro das escrituras. esteja atento, por isso, contra os professores que usam estas palavras diferentemente, n�o importa quem ele seja, seja jer�nimo, agostinho, ambrose, origen ou qualquer outro t�o grande como grande eles s�o. agora vamos voltar para a carta ela mesmo. a primeira d�vida de um pregador do evangelho �, atrav�s de sua revela��o da lei e do pecado, considerar e transformar em pecado tudo na vida que n�o tem o esp�rito e a f� em cristo como sua base. [aqui e em qualquer lugar no pref�cio de lutero, como voc� percebe em romanos, n�o est� claro tanto se o "esp�rito" tem o significado de "esp�rito santo" ou "homem espiritual", como lutero tem previamente definido isso.] desta maneira, ele levar� as pessoas para um reconhecimento de sua miser�vel condi��o, e assim eles se tornar�o humildes e afligir-se por ajuda. isto � o que s�o paulo faz. ele come�a no cap�tulo 1 por censurar os mais b�rbaros pecados e a incredulidade que est�o � vista, como eram (e ainda s�o) os pecados dos pag�os, que vivem sem a gra�a de deus. ele diz que, atrav�s do evangelho, deus est� revelando sua ira l� do c�u sobre toda esp�cie humana por causa da vida sem deus e injusta que eles vivem. assim, apesar deles saberem e reconhecerem dia ap�s dia que h� um deus, ainda a natureza humana nela pr�pria, sem a gra�a, � t�o m� que ela nem agradece muito menos honra a deus. esta natureza cega ela pr�pria e continuamente cai em imoralidade, mesmo indo mais longe cometendo idolatria e outros pecados horr�veis e imperfei��es. ela est� sem vergonha dela pr�pria e deixa tais coisas sem puni��o nas outras. no cap�tulo 2, s�o paulo estende sua rejei��o �queles que aparentam exteriormente piedosos ou quem peca secretamente. assim eram os judeus, e assim s�o todos os hip�critas ainda, quem vive vidas virtuosas mas sem obstina��o e sem amor; em seus cora��es eles s�o inimigos das leis de deus e gostam de julgar outras pessoas. este � o caminho da hipocrisia: eles pensam que s�o puros mas s�o atualmente cheios de gula, �dio, soberba e toda sorte de sujeira(cf mateus 23). estes s�o aqueles que desprezam a bondade de deus e, pela dureza de seus cora��es, acrescenta ira sobre eles. assim paulo explica a lei corretamente onde ele n�o deixa ningu�m permanecer sem pecado mas proclama a ira de deus a todos que querem viver virtuosamente pela natureza ou pela vontade pr�pria. ele faz eles se tornarem n�o melhores do que pecadores p�blicos; ele diz que eles s�o duros de cora��o e sem arrependimento. no cap�tulo 3, paulo atura ambos os p�blicos e os pecados secretos juntos: um, ele diz, � como o outro, todos s�o pecadores � vista de deus. ao lado, os judeus tiveram a palavra de deus, mesmo que muitos n�o acreditaram nela. mas ainda a verdade de deus e a f� nele n�o s�o por essa raz�o devolvidas sem uso. s�o paulo introduz, como de um lado, os dizeres do salmo 51, em que deus permanece a verdade em suas palavras. ent�o ele retorna ao seu t�pico e prova baseado na escritura que eles s�o todos pecadores e que ningu�m se torna justo atrav�s das obras da lei mas que deus entregou a lei somente para que o pecado possa ser percebido. ap�s S�o paulo ensina o caminho certo para ser virtuoso e ser salvo; ele diz que todos eles s�o pecadores, incapazes{destitu�dos} da gl�ria de deus. eles devem, entretanto, serem justificados atrav�s da f� em cristo, que tem recebido o m�rito para n�s atrav�s do sangue e tem se tornado a n�s uma base de miseric�rdia [cf. �xodo 25:17, lev�tico 16:14 em diante, e jo�o 2:2] na presen�a de deus, o qual nos perdoa todos os nossos pecados anteriores. fazendo assim, deus prova que isso � sua justi�a sozinha, o qual ele d� atrav�s da f�, que nos ajuda, a justi�a a qual foi revelada no tempo escolhido atrav�s do evangelho e, previamente a isso, foi testemunhada pela lei e os profetas. por esta raz�o, a lei � estabelecida pela f�,
mas as obras da lei, junto com a gl�ria observada neles, s�o destru�das pela f�. [com o termo "esp�rito", a palavra "lei" parece ser para lutero, e para s�o paulo, dois significados. algumas vezes parece significar "regulamentos sobre o que deve e o que n�o deve ser feito", como no terceiro par�grafo deste pref�cio; algumas vezes parece significar o "torah", como na senten�a anterior. e algumas vezes parece significar ter ambos os significados, como se segue.] nos cap�tulo 1 at� 3, s�o paulo tem revelado o pecado pelo que � e tem ensinado o caminho da f� o qual conduz � justi�a. agora, no cap�tulo 4 ele lida com algumas obje��es e cr�ticas. ele se dedica primeiro �quele que as pessoas levantam que, ouvindo que a f� faz justi�a sem obras, diz, "o qu�? n�o devemos fazer nenhuma boa obra?" aqui s�o paulo levanta abra�o como exemplo, ele diz, " o que abra�o realiza com suas boas obras? foram todas elas boas para nada e sem uso?" ele conclui que abra�o foi feito justo separadamente de todas suas obras atrav�s da f� sozinha(cf. g�nesis 15). agora se a obra de sua circuncis�o n�o fez nada para faz�-lo justo, uma obra que deus tinha mandado ele fazer e em conseq��ncia uma obra de obedi�ncia, ent�o certamente nenhuma outra boa obra pode fazer qualquer coisa para fazer uma pessoa justa. mesmo como a circuncis�o de abra�o foi um sinal externo com o qual ele provou sua justi�a baseada na f�, assim tamb�m todas as boas obras s�o sinais externos que procedem da f� e s�o os frutos da f�; eles provam que a pessoa j� � internamente justa aos olhos de deus. s�o paulo verifica seus ensinamentos na f� no cap�tulo 3 com um exemplo poderoso da escritura. ele chama de testemunha davi, que diz no salmo 32 que uma pessoa se torna justo sem as obras mas n�o permanece sem obras uma vez que ele se tornou justo. ent�o paulo estende seu exemplo e o aplica contra todas as obras da lei. ele conclui que os judeus n�o podem ser herdeiros de abra�o somente por causa de seus parentesco de sangue com ele e ainda menos por causa das obras da lei. mais ainda, preferencialmente eles devem herdar a f� de abra�o se eles quiserem ser seus reais herdeiros, desde que isso foi antecedente para a lei de mois�s e da lei da circuncis�o de que abra�o se tornou justo atrav�s da f� e foi chamado de um pai dos crentes. s�o paulo acrescenta que a lei traz mais ira do que gra�a, porque ningu�m a obedece com amor e obstina��o. mais desgra�a que gra�a vem por causa das obras da lei. por esta raz�o a f� sozinha pode obter a gra�a prometida a abra�o. exemplos como esses est�o escritos para nosso benef�cio, de que n�s tamb�m devemos ter f�. no cap�tulo 5, s�o paulo vem para os frutos e obras da f�, nominalmente, gozo, paz, amor por deus e por todas as pessoas; em acr�scimo: convic��o, firmeza, confian�a, coragem, e esperan�a atrav�s da afli��o e sofrimento. tudo isso segue onde a f� � genu�na, por causa da superabund�ncia da boa vontade em que deus mostrou em cristo; ele tem morrido por n�s antes que n�s pud�ssemos pedi-lo por isso, sim, mesmo que n�s tenhamos sido seus inimigos. assim n�s temos estabelecido que a f�, sem qualquer boa obra, nos faz justos. n�o se segue, entretanto, que n�o devemos fazer boas obras; preferencialmente significa que obras moralmente honestas n�o permanece em falta. sobre tais obras, sobre as "sagradas obras" as pessoas n�o sabem nada; eles inventam para eles mesmos suas pr�prias obras no qual n�o h� nem a paz, nem o regozijo, nem convic��o, nem amor, nem esperan�a, nem firmeza, nem qualquer tipo de obras crist�s genu�nas ou f�. ap�s S�o paulo faz um desvio, uma agrad�vel pequena viagem, e relatos onde ambos o pecado e a justi�a, a morte e a vida procede. ele faz uma oposi��o destes dois: ad�o e cristo. o que ele quer dizer � que cristo, um segundo ad�o, teve que vir para nos fazer herdeiros de sua justi�a atrav�s de um novo nascimento na f�, justamente como o velho ad�o nos fez herdeiros do pecado atrav�s do antigo nascimento da carne. s�o paulo prova, por este racioc�nio, que uma pessoa n�o pode se ajudar a si mesmo
pelas suas obras a sair do pecado para a justi�a n�o mais que ele possa se prevenir de seu pr�prio nascimento f�sico. s�o paulo tamb�m prova que a lei divina, o qual deveria ter sido bem adaptada, como se alguma coisa foi, em ajudar as pessoas a obter justi�a, n�o somente n�o houve ajuda quando ela veio, mas ela ainda aumentou o pecado. a m� natureza humana, consequentemente, se torna mais inimigo a isso; quanto mais a lei pro�be ela satisfazer seu pr�prio desejo, quanto mais ela quer fazer isso. assim a lei torna a cristo o todo maior necess�rio e demanda mais gra�a para ajudar a natureza humana. no cap�tulo 6, s�o paulo levanta a obra especial da f�, a luta em que o esp�rito peleja contra a carne para matar aqueles pecados e desejos que permanecem naquelas pessoas que foram tornadas justas. ele nos ensina que a f� n�o nos liberta do pecado a ponto de sermos negligente, pregui�osos e auto confiantes, como se n�o houvesse mais pecado em n�s. o pecado est� l�, mas, por causa da f� que luta contra ele, deus n�o considera o pecado como merecendo condena��o. por isso n�s temos em nosso pr�prio ser uma vida de obras para n�s; n�s devemos temer nosso corpo, matar suas luxurias, for�ar os seus membros a obedecer ao esp�rito e n�o �s luxurias. n�s devemos fazer isto de maneira que n�s nos conformemos � morte e � ressurrei��o de cristo e completar nosso batismo, o qual significa uma morte para o pecado e uma nova vida de gra�a. nosso objetivo � ser completamente limpos do pecado e ent�o ressuscitar corporalmente com cristo e viver para sempre. s�o paulo diz que n�s podemos executar tudo isso porque n�s estamos na gra�a e n�o na lei. ele explica que estar "fora da lei" n�o � o mesmo como n�o tendo lei e sendo capaz de fazer o que voc� desejar. n�o, estar "debaixo da lei" significa viver sem a gra�a, rendido pelas obras da lei. ent�o certamente o pecado reina pelos significados da lei, desde que ningu�m � naturalmente bem disposto para a lei. toda esta condi��o, entretanto, � o maior dos pecados. mas a gra�a torna a lei am�vel para n�s, de maneira que ent�o n�o h� mais pecado, e a lei n�o � mais contra n�s, mas � por n�s. ***** isto � a verdadeira liberdade sobre o pecado e sobre a lei; s�o paulo escreve sobre isso no resto do cap�tulo. ele diz que isto � uma liberdade apenas para fazer o bem com obstina��o e para viver uma vida boa sem a obriga��o da lei. esta liberdade �, por esta raz�o, uma liberdade espiritual a qual n�o suspende a lei mas a qual supre o que a lei requer, nominalmente o ardor e amor. essas coisas silencia a lei de maneira que ela n�o tem mais nenhuma causa para dirigir as pessoas e fazer requerimentos deles. isto � como se voc� devesse alguma coisa a um agiota e n�o pudesse pag�-lo. voc� pode se livrar dele de uma das duas maneiras: ou ele n�o levaria nada de voc� e rasgar seu livro de contas, ou um homem piedoso o pagaria para voc� e daria a voc� o que voc� precisasse para saldar a sua d�vida. isso � exatamente como cristo nos livra da lei. por esta raz�o nossa liberdade n�o � uma liberdade selvagem, carnal que n�o tem obriga��o para fazer nada. ao contr�rio, � uma liberdade que faz um grande neg�cio, sem d�vida de tudo, ainda est� livre dos mandamentos da lei e d�vidas. no cap�tulo 7, s�o paulo confirma o precedente por uma analogia desenhada pela vida conjugal. quando um homem morre, a esposa est� livre; aquele est� livre e limpo do outro. n�o � o caso em que uma mulher n�o possa ou n�o deveria casar com outro homem; melhor ainda ela est� agora pela primeira vez livre para casar com qualquer outro. ela n�o poderia fazer isso antes de ela ser livre de seu primeiro marido. no mesmo caminho, nossa consci�ncia est� ligada � lei t�o longo quanto nossa condi��o � aquela do pecado do antigo homem. mas quando o velho homem � morto pelo esp�rito, ent�o a consci�ncia � livre, e consci�ncia e lei est�o livres uma da outra. n�o aquela consci�ncia deveria agora fazer nada; mais ainda, ela deveria agora pela primeira vez verdadeiramente unir-se ao seu segundo marido, cristo, e dar � luz o fruto da vida.
mais adiante s�o paulo esquematiza mais a natureza do pecado e a lei. � a lei que faz o pecado realmente ativa e poderosamente, porque o homem velho se torna mais e mais inimigo da lei desde que ele n�o possa pagar o d�bito requerido pela lei. o pecado � a sua inteira natureza; dele mesmo ele n�o pode fazer nada. � assim como a lei � a sua morte e tortura. agora a lei n�o � m� por ela mesma; � a nossa natureza m� que n�o pode tolerar que a boa lei devesse requerer o bem disso. � como o caso de uma pessoa doente, o qual n�o pode tolerar que voc� o requeira que ele corra e pule e fa�a outras coisas que uma pessoa saud�vel faz. s�o paulo conclui aqui que, se n�s entendemos a lei propriamente e a compreendemos da melhor maneira poss�vel, ent�o n�s vamos ver que a sua �nica fun��o � nos lembrar de nossos pecados, para nos matar por nossos pecados, e para nos tornar merecedores da ira eterna. a consci�ncia aprende e experimenta tudo isso em detalhes quando ela vem face a face com a lei. segue-se, ent�o, que n�s dever�amos ter algo � mais, al�m e acima da lei, o qual pode fazer uma pessoa virtuosa e faz�-lo por isso ser salvo. aqueles, entretanto, que n�o entendem a lei direitamente est�o cegos; eles v�o para seus caminhos ousadamente e acham que eles est�o satisfazendo a lei com obras. eles n�o sabem o quanto a lei requer, nominalmente, um cora��o livre, obstinado e ardente. esta � a raz�o pelo que eles n�o v�em mois�s direitamente diante de seus olhos. [ em ambos ensinamentos judeus e crist�os, mois�s foi comumente tomado para ser o autor do pentateuco, os primeiros cinco livros da b�blia. cf. a imagem envolvida da face de mois�s e o v�u encobrindo isso em 2 cor�ntios 3.7-18.] para eles ele � coberto e escondido pelo v�u. ent�o s�o paulo mostra como o esp�rito e a carne lutam contra si em uma pessoa. ele se d� como exemplo, de maneira que, n�s podemos aprender como matar o pecado dentro de n�s. ele d� tanto ao esp�rito e a carne o nome de "lei", de maneira que, assim como � na natureza da lei divina para guiar uma pessoa e fazer mandamentos para ele, assim tamb�m a carne guia e requer e se enfurece contra o esp�rito e quer ter seu pr�prio caminho. da mesma maneira o esp�rito guia e requer contra a carne e quer ter seu pr�prio caminho. esta guerra permanece dentro de n�s ao longo de nossa vida, em uma pessoa mais, em outra menos, dependendo de que o esp�rito ou a carne seja mais forte. ainda todo ser humano � tanto: esp�rito e carne. o ser humano luta com ele mesmo at� que ele se torne completamente espiritual. no cap�tulo 8, s�o paulo conforta os tais lutadores dizendo para eles que esta carne n�o pode trazer condena��o. ele vai adiante para mostrar o que a natureza da carne e do esp�rito s�o. esp�rito, ele diz, vem de cristo, o qual nos deu seu esp�rito santo; o esp�rito santo nos faz espiritual e reprime a carne. o esp�rito santo nos assegura que n�s somos filhos de deus n�o importa t�o furiosamente o pecado possa assolar dentro de n�s, t�o longo n�s seguimos o esp�rito e lutamos contra o pecado para mat�-lo. porque nada � t�o efetivo em mortificar a carne como a cruz e o sofrimento, paulo nos conforta em nosso sofrimento. ele diz que o esp�rito, [cf. nota anterior sobre o significado do "esp�rito".] o amor e todas as criaturas ser�o levantadas por n�s; o esp�rito dentro de n�s geme e todas as criaturas junto conosco em que n�s sejamos libertados da carne e do pecado. assim n�s vemos que estes tr�s cap�tulos, 6, 7 e 8, todos lidam com a obra da f�, o qual est� para matar o velho ad�o e para reprimir a carne. nos cap�tulos 9, 10 e 11, s�o paulo nos ensina sobre a eterna provid�ncia de deus. � a fonte original que determina quem deveria acreditar ou n�o, quem poderia ser livre do pecado e quem n�o pode. tais assuntos t�m sido lan�ados fora de nossas m�os e s�o colocadas nas m�os de deus de maneira que n�s devamos nos tornar virtuosos. � absolutamente necess�rio que isso seja assim, pelo que n�s somos t�o fracos e incertos de n�s mesmos que, se isso dependesse de n�s, nenhum ser humano seria salvo. o diabo nos venceria a todos n�s. mas deus est� resoluto; sua provid�ncia n�o falhar�, e ningu�m pode impedir sua realiza��o. por esta raz�o n�s
temos esperan�a contra o pecado. mas aqui n�s devemos tapar a boca daqueles esp�ritos sacr�legos e arrogantes que, simples iniciantes como eles s�o, trazem suas raz�es para tolerar este assunto e doutorar-se, de suas posi��es exaltadas, para provar o abismo da provid�ncia divina e inutilmente se perturbam sobre tanto se eles s�o predestinados ou n�o. estas pessoas devem com certeza se precipitar para as suas ru�nas, desde que eles tanto se desesperar�o ou abandonar�o a eles mesmos para uma vida de probabilidades. voc�, entretanto, deve seguir o racioc�nio desta carta na ordem em que � apresentada. fixe sua aten��o, primeiro que tudo, no evangelho de cristo, de maneira que voc� possa reconhecer seu pecado e a sua gra�a. ent�o lute contra o pecado, como o cap�tulo 1-8 tem lhe ensinado a fazer. finalmente, quando voc� tem chegado, no cap�tulo 8, debaixo da sombra da cruz e da dor {sofrimento}, eles lhe ensinar�o, nos cap�tulos 9-11, sobre a provid�ncia e que conforto ela �. [o contexto aqui e na carta de s�o paulo se faz claro que isto � a cruz e a paix�o, n�o somente de cristo, mas de cada crist�o.] longe do sofrimento, da cruz e das ang�stias da morte, voc� n�o pode lidar com a provid�ncia sem dano para voc� mesmo e sem ira secreta contra deus. o velho ad�o deve estar quase morto antes que voc� possa suportar este assunto e beber este vinho forte. por esta raz�o tenha certeza de que voc� n�o beba vinho enquanto voc� ainda � um beb� de peito. h� uma medida adequada, hora e idade para entendimento de toda doutrina. no cap�tulo 12, s�o paulo ensina a verdadeira liturgia e faz a todos os crist�os sacerdotes, de maneira que eles possam oferecer, n�o dinheiro ou gado, como os sacerdotes fazem na lei, mas os seus pr�prios corpos, por colocar seus desejos para a morte. adiante, ele descreve a conduta externa de crist�os cujas vidas s�o governadas pelo esp�rito; ele fala como eles ensinam, pregam, ordenam, servem, d�o, sofrem, amam, vivem e atuam para os amigos, inimigos e a todos. estas s�o as obras que um crist�o faz, pelo que, como eu tenho dito, f� n�o � neglig�ncia. no cap�tulo 13, s�o paulo ensina que devemos honrar e obedecer �s autoridades seculares. ele inclui isto, n�o porque isso faz as pessoas virtuosas � vista de deus, mas porque isso realmente garante que o virtuoso tem paz externa e prote��o e que o perverso n�o pode fazer o mal sem temor e numa paz sem perturba��o. por esta raz�o isto � o dever de uma pessoa virtuosa em honrar a autoridade secular, mesmo que, rigorosamente falando, eles n�o precisam disso. finalmente, s�o paulo resume tudo em amor e ajunta tudo isso no exemplo de cristo: o que ele tem feito por n�s, n�s devemos tamb�m fazer e segu�-lo. no cap�tulo 14, s�o paulo ensina que devemos cuidadosamente guiar aqueles com a consci�ncia fraca e poup�-los. n�o devemos usar a liberdade crist� para prejudicar mas melhor ainda para ajudar o fraco. onde isso n�o � feito, segue-se a dissens�o e desprezo ao evangelho, no qual tudo mais depende. � melhor conceder caminho um pouco para os fracos na f� at� que eles se tornem mais forte, do que ter o ensinamento do evangelho perecer completamente. esta obra � uma obra particularmente necess�ria de amor especialmente agora quando as pessoas, por comer carne e por outras liberdades, s�o atrevidos, ousados e est�o desnecessariamente abalando suas consci�ncias fracas o qual ainda n�o tem vindo a conhecer a verdade. no cap�tulo 15, s�o paulo menciona cristo como um exemplo para mostrar que n�s devemos tamb�m ter paci�ncia com o fraco, mesmo com aqueles que falham por pecar publicamente ou por sua moral repugnadas. n�s n�o devemos expuls�-los mas devemos conduzi-los at� que eles se tornem melhores. esse � o caminho com que cristo nos tratou e ainda nos trata todos os dias; ele conduz pacientemente com nossas imperfei��es, nossa moral enfraquecida e todas as nossas imperfei��es, e ele nos
ajuda incessantemente. finalmente paulo ora pelos crist�os em roma; ele os elogia e os recomenda a deus. ele aponta seu pr�prio minist�rio e a mensagem que ele prega. ele faz uma discreta s�plica por uma contribui��o para os pobres em jerusal�m. amor puro � a base de tudo que ele diz e faz. o �ltimo cap�tulo consiste em sauda��es. mas paulo tamb�m inclui uma saud�vel advert�ncia contra as doutrinas humanas as quais s�o pregadas ao lado do evangelho e que fazem uma grande distribui��o de danos. � como se ele tivesse claramente visto que por causa de roma e atrav�s dos romanos viria os livros can�nicos e decretos distorcidos e destruidores com todos agrupamentos e col�nias de leis humanas e mandamentos que est� agora afogando todo o mundo e tem rasurado esta carta e todas as escrituras, tamb�m o esp�rito e a f�. nada sobra exceto o �dolo do ventre {idol belly, belly=abd�men}, e s�o paulo descreve em palavras aquelas pessoas aqui como servos de seus pr�prios ventres. deus nos resgata deles. amem. n�s achamos dentro desta carta, ent�o, o ensinamento mais rico poss�vel sobre o que um crist�o deva conhecer: o significado da lei, evangelho, pecado, puni��o, gra�a, f�, justi�a, cristo, deus, boas obras, amor, esperan�a e a cruz. n�s aprendemos como n�s estamos prontos para atuar a favor de todos, a favor do virtuoso e do pecador, a favor do forte e do fraco, dos amigos e inimigos, e a favor de n�s mesmos. paulo baseia tudo firmemente na escritura e prova seus pontos com exemplos de sua pr�pria experi�ncia e dos profetas, de maneira que nada mais possa ser desejado. por esta raz�o parece que s�o paulo, ao escrever esta carta, quis compor um sum�rio de tudo do ensinamento crist�o e evang�lico o qual poderia tamb�m ser uma introdu��o para todo o velho testamento. sem d�vida, seja quem for que pegue esta carta para possuir de cora��o a luz e o poder do velho testamento. por esta raz�o cada e todos os crist�os devem fazer desta carta o objeto habitual e constante de seu estudo. deus nos garante sua gra�a para fazer assim. am�m.
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