Sua Insulina... Dentre os hormônios, o mais importante é, sem dúvida nenhuma, a insulina. A insulina é produzida pelas células beta, localizadas nas ilhotas de Langerhans, no interior do pâncreas, e tem a função de regular a quantidade de glicose existente no organismo. A glicose penetra nas células graças à ação da insulina. No diabetes há falta de insulina e portanto a glicose não penetra nas células permanecendo na circulação. O nível normal de açúcar no sangue é de 70 a 110 mg/dL. Acima de 110 e até 126 mg fala-se em intolerância à glicose e após 126mg - diabetes mellitus. Receptor de insulina - A insulina sérica se liga a um receptor específico na superfície de suas células-alvo. O receptor é um grande complexo glicoprotéico transmembrana que pertence à superfamília de receptores tipo 3 ligados a quinases e constituindo em duas subunidades alfa e duas beta. Os receptores ocupados se agregam em grupos, que são interiorizados em vesículas, resultando em infra-regulação. A insulina interiorizada é degradada nos lisossomos, mas os receptores são reciclados para a membrana plasmática. Ações da insulina insulina tem importantes ações na econômica energética, tais como: 1. Aumento da síntese do glicogênio - a insulina força o armazenamento da glicose nas células do fígado (e dos músculos) na forma do glicogênio; os níveis baixos de insulina faz com que as células do fígado convertam o glicogênio em glicose e excrete para o sangue. Esta é a ação clínica da insulina que é diretamente útil em reduzir níveis elevados do glicose do sangue como no diabetes. . Aumento da síntese do ácido graxo - a insulina força as células gordurosas a recolher os lipides do sangue que são convertidos nos triglicerides; a falta da insulina causa efeito ao contrário. 3. Aumento da esterificação dos ácidos graxos - a insulina força o tecido adiposo a sintetizar gorduras (isto é, triglicerides) a partir dos esteres do ácido graxo; a falta da insulina causa o efeito inverso. 4. Diminuição da proteinolise - a insulina promove a redução da degradação das proteínas; a falta da insulina aumenta a degradação da proteína. 5. Diminuição da lipólise - a insulina reduz a conversão dos estoques lipídicos das células gordurosas em ácidos graxos sangüíneos; a falta da insulina tem efeito inverso. 6. Diminui a gliconeogenese - diminui a produção da glicose oriundas de vários substratos, no fígado; a falta da insulina causa a produção da glicose de vários substratos no fígado e em outras partes do corpo. 7. Aumento da “captura” de amino-ácido - forças células à absorver aminos-ácido circulantes; a falta do insulin inibe essa absorção.
8. Aumento da “captura” do potássio - a insulina força as células a absorver potássio sérico; a falta da insulina inibe esta absorção. 9. Ação no tônus do músculo das artérias - a insulina promove o relaxamento dos músculos das arterias, aumentando o fluxo sangüíneo, especialmente nas artérias da microcirculação; a falta da insulina reduz o fluxo sangüíneo permitindo que estes músculos se contraiam. 10. Crescimento celular - As ações de longo prazo da insulina englobam efeitos sobre o DNA e RNA, mediados, em parte, pelo completo Ras (Ras é uma proteína que regula o crescimento celular e cicla entre uma forma ativa ligada ao GTP (guanidina trifosfato) e GDP (guanidina difosfato)). A insulina muda o equilíbrio em favor da forma ativa e inicia uma cascata de fosforilação que resulta na ativação de proteínas quinase ativada por mitógenos, que, por sua vez, ativa vários fatores de transcrição nucleares, levando à expressão de genes que estão envolvidos com crescimento celular, Referências: ALBUQUERQUE Reginaldo. Hipoglicemia. Sociedade Brasileira de Diabetes. [on line] Diabetes Mellitus. [on line] FAJANS, Stefan S. Diabetes Mellitus; Hipoglicemias. Manual Merck, Seção 13 Distúrbios Hormonais, Capítulo 148 – Hipoglicemia