GRANDEZAS ESCALARES E VETORIAIS Existem grandezas físicas que ficam completamente determinadas quando conhecidos os seus valores numéricos e suas respectivas unidades de medida. Estas grandezas são chamadas de grandezas escalares. Ex.: massa
temperatur
a 10 kg 22ºC
tempo energia 2h
50J
Por outro lado, existem grandezas que , além do valor numérico e da unidade de medida necessitam de uma direção e de um sentido para que fiquem completamente determinadas. Estas grandezas são chamadas de grandezas vetoriais. Ex.: aceleraçã
deslocamento velocidade 10 m vertical para baixo
o
10 km/h
50 m/s2
horizontal para
a
direita
vertical para cima
força
impulso
100 N
50 N.s
horizontal para esquerda
a
vertical para baixo
VETORES Vetor é um ente matemático representado por segmento de reta orientado. O comprimento desse segmento de reta representa o valor numérico (módulo ou intensidade do vetor); a reta suporte do segmento de reta determina a direção do vetor; e a orientação do segmento de reta indica o sentido.
•Um vetor pode ser deslocado no espaço, desde que mantenha seu módulo, direção e sentido.
•Um vetor só é negativo, se tiver seu sentido invertido.
V
-V
OPERAÇÕES COM VETORES 1.
Soma
1.1 Regra do polígono: A regra do polígono pode ser utilizada na adição de qualquer número de vetores. Para a sua aplicação, devemos colocar os vetores de modo tal que: a origem do segundo vetor coincida com a extremidade do primeiro; a origem do terceiro coincida com a extremidade do segundo; e assim sucessivamente. O vetor resultante ou vetor soma é determinado ligando-se a origem do primeiro à extremidade do último vetor traçado.
V V
1
V
V V
3
1
2
V
2
3
VR
1.2 Regra do paralelogramo: A regra do paralelogramo é aplicada somente à adição de dois vetores. Sem alterar o módulo, a direção e o sentido de cada vetor, desenhamos os dois vetores com suas origens coincidentes. A partir da extremidade do vetor segmento de reta paralelo ao vetor
V1 , traçamos um
V2 . Em seguida, a partir da extremidade do vetor V2 , traçamos um outro segmento
paralelo ao vetor V1 . O vetor resultante é obtido pela ligação do ponto de origem comum dos vetores ao ponto de cruzamento dos segmentos de reta traçados.
V1
V1
VR
V2 V2
Sendo θ o ângulo formado entre os vetores V1 e V2 , calculamos o módulo do vetor soma através da expressão: 2 2 VR = V1 + V2 + 2.V1 .V2 . cos θ
V1 θ
V2
Casos Particulares da regra do paralelogramo: 1º) Ângulo θ = 0º
V1 e o vetor V2 , mede 0º, os vetores possuem mesma direção e sentido. Nesse caso, o módulo do vetor resultante é dado pela soma dos módulos dos vetores V1 e V2 . Se o ângulo θ, entre o vetor
V1
V1
V2 VR
V2 2º) Ângulo θ = 90º Nesse caso, o vetor
V1 e o vetor V2 são perpendiculares entre si. O módulo do vetor resultante é obtido através da
aplicação do teorema de Pitágoras:
VR = a 2 + b 2
V1
VR
V2 3º) Ângulo θ = 180º
V1 e o vetor V2 possuem mesma direção, mas sentidos contrários. Nesse caso, o módulo do vetor soma é dado pelo módulo da diferença entre os módulos dos vetores V1 e V2 . O vetor
V1 VR 2.
V2
Subtração Na subtração vetorial, faz-se uma soma, porém invertendo-se um dos vetores.
Ex:
V1 - V2 Conserva-se o sentido de
V1
V2
V1 e inverte-se o sentido de V2 , somando-se os vetores logo em seguida, como na figura.
V1
-V 2
VR
-V 2
V1
Também pode-se determinar a subtração unindo-se as origens dos vetores e traçando o vetor diferença nas extremidades dos vetores. O vetor diferença deve apontar para o primeiro vetor. (no exemplo o primeiro vetor seria o vetor
V1
)
VR
V1
V 3.
Decomposição Vetorial Um vetor pode ser escrito como a soma de dois ou mais vetores quaisquer. Em algumas situações, podemos decompor
um vetor em suas componentes
x e y, traçando retas imaginárias paralelas aos eixos
que vão desde o final do vetor
eixo, conforme a figura abaixo. Podemos calcular o valor de vx e vy usando trigonometria básica. Assim:
y
Vx = V cos θ Vy = V sen θ
v
vy θ
vx
x
Exercícios 1) Que características de um vetor precisamos conhecer para que ele fique determinado? 2) O que são vetores iguais? E vetores opostos? Dê exemplo de cada um deles. 3) Calcule o módulo do vetor resultante do vetor
e
em cada caso abaixo.
4) Qual o vetor soma de dois vetores perpendiculares entre si cujos módulos são 6 e 8 unidades?
v até o
5) Calcule o ângulo formando por dois vetores de módulos 5 unidades e 6 unidades e cujo vetor resultante tem módulo unidades? 6) Determine o módulo de dois vetores, módulos estão na razão de
e
, perpendiculares entre si e atuantes, num mesmo ponto, sabendo que seus
e que o vetor soma de e
tem módulo 10.
7) Observe a figura:
Qual o módulo, direção e sentido do vetor a)
=
+
b)
=
+
c)
=
, em cada caso: +
d)
= +
e)
= +
+
f)
=
+ +
8) A soma de dois vetores de um módulo diferente pode ser nula? Tente explicar. 9) Quais as condições para que o módulo do vetor resultante de dois vetores, não nulos, seja igual a zero? 10) Considere a figura ao abaixo.
Sabendo que a = 4 m, b = 6 m e cos 30º = 0,8, calcule o módulo do vetor diferença (3 - 2 ) 11) Determine o módulo das componentes de um vetor de módulo 4 m que forma um ângulo de 30º com a vertical. Adote 1,7.
=
12) Um projétil é atirado com velocidade de 400 m/s fazendo um ângulo de 45º com a horizontal. Determine as componentes vertical e horizontal da velocidade do projétil. 13) Um vetor velocidade é decomposto em dois outros perpendiculares entre si. Sabendo-se que o módulo do vetor velocidade é 10 m/s e que uma das componentes é igual a 8 m/s, determine o módulo do vetor correspondente à outra componente. 14) Dados os vetores ,
a)
= +
, ,
e
, abaixo representado, obtenha graficamente os vetores
+
b)
=2
-
e
.
+
15) Um jovem caminha 100 metros para norte; em seguida, orienta-se para o leste e caminha mais 50 metros. Determine o módulo do deslocamento resultante. 16) Qual a diferença entre direção e sentido?