Futuro Da Internet E Redes Social

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As redes sociais são o futuro da Internet? E qual seria o futuro das redes sociais?

Frederico Sotero 1

É inegável que as redes sociais estejam neste momento na crista da onda. Mas fica a dúvida, trata-se de mais um modismo temporário ou as redes sociais vieram para ficar?

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Frederico Sotero é consultor em planejamento estratégico e gestão, cursou relações Internacionais (PUCMinas), administração (UFLA) e desenvolvimento local (International Training Center ILO-ONU), ocupou diversos cargos na administração municipal e estadual, atualmente realiza consultoria em gestão participativa através da empresa PARTICIPATIVA.NET (www.participativa.net), desenvolve redes sociais e tecnologias para internet no MANTGROUP (www.mantgroup.com)/MANTRUX (www.mantrux.com), além de atuar no terceiro setor presidindo o INSTITUTO GRAVATÁ (www.institutogravata.org.br). Conheça idéias e propostas no BLOG DO FREDERICO SOTERO (http://www.sotero.com.br). Contato: [email protected] . MSN/SKYPE/TWITTER/ORKUT/FACE/MYSPACE: fredericosotero .

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As redes sociais existem desde sempre na história humana, tendo em vista que os homens, por sua característica gregária, estabelecem relações entre si formando comunidades ou redes de relacionamentos presenciais. Hoje, por meio da internet, estamos transcrevendo nossas relações presenciais no mundo virtual de forma que aquilo que antes estava restrito a nossa memória agora está registrado e publicado. As tecnologias da web 2.0 ampliaram as possibilidades de interação na medida em que nos permitem visualizar as conexões existentes para além dos nossos relacionamentos presenciais, ou seja, hoje sabemos que são os amigos dos nossos amigos, bem como os amigos que temos em comum, o que está tornando nossa rede social virtual cada dia mais ampla e diversificada sobretudo quando comparada com nossa rede social presencial. As primeiras redes sociais virtuais surgiram há pouco mais de 10 anos, mais precisamente em 1997 com o lançamento do Sixdegrees. Este site foi o primeiro a possibilitar a criação de um perfil virtual combinado com o registro e publicação de contatos, o que viabilizou a navegação pelas redes sociais alheias. O pioneiro Sixdegrees apesar dos inúmeros usuários que angariou não conseguiu a sustentação financeira, o que resultou na interrupção do serviço três anos mais tarde. Embora a partir de 2000 tenham surgido vários serviços de rede social, como Live Journal, Asianevenue, Blackplanet, LunarStorm, Migente, Cyworld, Ryze e Fotolog, aquele que mais se assemelhava ao mundo das redes assim como as conhecemos atualmente foi o Friendster. Este serviço de rede social foi lançado em 2002 e em pouquíssimo tempo caiu na graça dos americanos. Fato, que por incrível que pareça, resultou em seu posterior decrescimento. O Friendster não suportou o estrondoso crescimento então experimentando e, como conseqüência, acabou frustrando seus usuários na medida em que limitou as funcionalidades do serviço em função de seu subdimencionamento diante da crescente demanda. As redes sociais, assim como as conhecemos hoje, iniciaram suas atividades em 2003. Naquele ano surgiram vários serviços, entre eles o Myspace, que em pouco tempo viria a ser o herdeiro dos milhões de usuários do Friendster. Além das já comentadas limitações das funcionalidades do Friendster, o catalizador de sua sucessão pelo 2

Myspace foram rumores sobre possível cobrança pela utilização do serviço. Tudo isso motivou a migração de milhões de usuários do Friendster para o Myspace, em especial muitas bandas de rock alternativo que haviam sido expulsas do Friendster. O fluxo proporcionado pelas bandas e seus fãs, bem como inovações nas funcionalidades do serviço que permitiam a personalização das páginas dos usuários acabaram por consolidar o Myspace. Desde então, muitas redes sociais prosperaram mobilizando milhões de usuários. Algumas, inclusive, tornaram-se tão grandes quanto o Myspace, como o QQ (China), Orkut (Brasil e India) e o Live Spaces (México e Europa). Além de inúmeras outras como Xanga, LiveJournal, and Vox e Skyrock nos Estados Unidos e Mixi (Japão), LunarStorm (Suécia), Hyves (Alemanha), Grono (Polônia), Hi5 (America Latina e Europa) e Bebo (Inglaterra e Austrália). Entre 2004 e 2005 novas redes sociais foram lançadas como o Ning e várias outras foram relançadas, em especial, o Facebook, que inicialmente fora lançado exclusivamente para universitários de Harvard. Quando do relançamento o acesso foi franqueado apenas para algumas poucas universidades americanas e redes de escolas de ensino médio. Somente em 2006 o Facebook se abriu ao grande público. Os números das redes sociais são reveladores da dimensão já alcançada por estes serviços no contexto da internet. Estima-se que o número de usuários de internet em todo o mundo seja da ordem de 1,6 bilhões, destes 80% já usam as redes sociais. As maiores redes sociais, segundo a Wikipedia, apresentam números impressionantes como 250 milhões de usuários no Myspace, 200 milhões no Facebook, 120 milhões no Windows Live Spaces, 117 milhões no Habbo, 90 milhões no Friendster, 67 milhões no Orkut, entre inúmeras outras congregando muitos milhões de usuários. Diante desta breve história e números estratosféricos, a primeira pergunta foi respondida: é inegável que as redes sociais sejam o futuro da internet. Assim, para tentar responder à segunda pergunta (qual seria o futuro das redes sociais?) nos caberia apenas construir alguns cenários possíveis, propomos três:

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1) Cenário de concentração (bilhões de usuários): o futuro pertenceria apenas a uma grande rede planetária de bilhões de usuários. E, portanto, estaríamos diante de um processo de concentração de usuários nesta grande rede social, que poderia ser o Myspace ou Facebook ou Orkut. 2) Cenário intermediário (milhões de usuários): o futuro pertenceria a algumas dezenas de redes sociais de milhões de usuários, ainda mais diversificadas que a realidade que vivenciamos atualmente. Estas redes sociais remanescentes seriam grandes redes sociais genéricas como o são atualmente o Facebook, Myspace e Orkut. 3) Cenário de descentralização (bilhões de usuários em milhões de redes): o futuro pertenceria a milhões de redes sociais de nichos (segmentadas) formadas por poucos milhares de usuários. Estes cenários poderiam ser resumidos na seguinte pergunta: a rede social do futuro é o Facebook (bilhões de usuários em uma grande rede) ou o Ning (milhões de redes sociais de nichos em uma plataforma aberta)? Por absurdo que possa parecer, diante do crescimento vertiginoso que o Facebook experimenta nos últimos anos, acreditamos que o Ning é a rede social do futuro. O futuro será das redes sociais de nichos estruturadas em plataformas abertas. Estas plataformas permitirão que os próprios usuários criem ou participem das redes sociais de nichos. No futuro cada um de nos participará de múltiplas redes sociais, uma para interagir com os familiares, outra com os colegas de trabalho e clientes da empresa, outra com os colegas da universidade, outra com os amantes do mesmo hobby, outra com profissionais do mesmo ramo, outra com consumidores de um produto que pretendemos comprar e assim por diante em consonância com as singularidades e múltiplos papéis vividos por cada ser humano. Configurando-se o cenário de descentralização estaremos a cada dia mais conectados à pessoas semelhantes que comungam dos mesmos interesses e percepções, mas apesar disso a diversidade está garantida pois faremos parte, simultaneamente, de dezenas de redes sociais.

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Nesta perspectiva, criamos o PORTAL NINGBRASIL para incentivar o uso das redes sociais de nichos no Brasil por meio de uma rede social que congrega os criadores de redes sociais na plataforma Ning, bem como disponibilizando um diretório com cadastro das principais redes sociais desenvolvidas na plataforma Ning para brasileiros. O PORTAL NINGBRASIL foi desenvolvido pelo MANTGROUP, grupo de empresas que atuam desenvolvendo tecnologias para internet, bem como criando e gerindo redes sociais através da MANTRUX, empresa especializada no desenvolvimento de redes sociais em múltiplas plataformas (Ning, Orkut, MySpace, Facebook, Hi5, entre diversas outras). A MANTRUX conta com uma equipe multidisciplinar formada por publicitários, designers, programadores, psicólogos, advogados e administradores. A equipe MANTRUX elabora estratégias de atuação em redes sociais para empresas, governos, entidades da sociedade civil, políticos e indivíduos. A MANTRUX atende seus clientes oferecendo a melhor combinação de design, conteúdo, segurança, usabilidade, legalidade e sustentabilidade na exploração de todo o potencial das redes sociais, sempre na perspectiva de maximizar resultados favoráveis e ao mesmo tempo minimizar riscos. Nesta perspectiva, a partir dos objetivos do cliente, a MANTRUX cria ou reorganiza redes sociais, programa novas funcionalidades, faz a programação visual, busca novos usuários, produz conteúdos e, inclusive, gera receitas.

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