FICHA DE LEITURA FACUDADES BATISTA DO PARANÁ/ MEST. PROFFISSIONAL EM TEOLOGIA PROF. Alan Myatt. DISCIPLINA: Teologia Contemporânea e a Bíblia. MESTRANDO: Paulo Ferreira Lales: 1ª Ficha. DADOS GERAIS DA OBRA Titulo da Obra. Pelos Muitos Caminhos de Deus/Desafios do Pluralismo Religioso à Teologia da Libertação Nome dos Autores: Franz Damen... [et ai.].Editora: Rede, 2003 EIXO DE DISCURSÃO. A obra é um dialogo e baseia se na Intolerância religiosa X Pluralismo religioso, recolocação teológica na fé indígena e afro-americana, a libertação dos pobres como critério hermenêutico, Pluralismo de princípio ou de direito e não somente pluralismo de fato, um novo espírito missionário, releitura da Cristologia. Objetivo específico: desafios do pluralismo religioso à teologia da Libertação.
SINTESE DO TEXTO LIDO - Autores ou Colaboradores /Principais Ideias. Pedro Casaldáliga traz no Prólogo: Deus une, a religião nos separa, sendo este o desafio mundial: transformar em diálogo e colaboração o mal das incompreensões e as guerras religiosas, devido afetar a todas as religiões, porém mais concretamente às Igrejas cristãs por serem, colonizadoras, dogmáticas e excludentes. Luiza E. Tomita, Marcelo Barros e José Maria Vigi: fazem a apresentação da obra. Afirmam que o livro trata de duas Teologias; Teologia da Libertação-TdL e Teologia pluralista-Tp e de sua relação, de seu diálogo, de seu cruzamento. Cremos que é o primeiro livro desta temática no continente latino-americano. Afirmam os autores, sendo planejado e organizado pela ASETT (Associação Ecumênica de Teólogos e Teólogas do Terceiro Mundo). Paul F, Knitter: Para uma teologia da libertação das religiões. Neste capítulo, tenta se mostrar porque o diálogo entre a teologia da libertação e a teologia das religiões é necessário e de que modo ele dá a sua contribuição. O autor espera mostrar como os princípios e diretrizes da teologia da libertação podem ajudar a navegar rumo a uma teologia pluralística das religiões.
Franz Damen: Panorama das religiões no mundo e na América Latina, Este colaborador, demonstra em quadros o comportamento das religiões, no primeiro trata das religiões no mundo, destacando que 80% da população mundial tem religião. No segundo, trata das religiões na América Latina onde o cristianismo teve hegemonia, porém perdeu seu o monopólio, para. Já no terceiro trata dos cristãos na América Latina onde cristianismo manteve sua hegemonia com 93,7%. Hoje o cristianismo, é visto em seis grandes blocos: quatro tradicionais, que são o catolicismo, o protestantismo, a ortodoxia e o anglicanismo e dois blocos recentes: os cristãos marginais mormos, testemunhas de Jeová e as igrejas independentes. Armando Lampe, trabalhou a Intolerância religiosa contra o pluralismo religioso na história latino-americana. As igrejas cristãs na América Latina e Caribe é o seu objeto de estudo. A grande indagação do autor: Por que as igrejas oficiais manifestam uma atitude de intolerância religiosa que é tão diferente da atitude da religiosidade popular? Isto não é algo exclusivo da igreja católica, igrejas protestantes na época colonial, e as recentes igrejas pentecostais ainda as praticam: Prega-se que somente Cristo salva - e a religião do outro é satanizada. Já a atitude do povo é totalmente diferente, mais tolerante em relação à diversidade religiosa. Faustino Teixeira: O desafio do pluralismo religioso para a teologia latinoamericana. É preciso entender que na raiz desta teologia do pluralismo religioso está a prática do diálogo inter-religioso e que o exercício de uma teologia cristã do pluralismo religioso exige uma dinâmica de acolhida da diferença, o que pressupõe a consciência viva da contingência e da vulnerabilidade. Diego Irarrázaval: Reimplantação teológica na fé indígena. O autor tenta demonstrar que embora os indígenas não foram respeitados no processo teológico, contudo, a população primitiva continua reinventando formas de viver e tem as suas vozes teológicas. Por isso, a reflexão tem que resituar-se dentro de fecundas matrizes indígenas. Destaca ainda que o colonialismo negou o próprio ser humano ao negar a qualidade espiritual do indígena. A arrogante "civilização cristã" tem sido cega e surda diante da presença do Sagrado nos nossos povos. Antônio Aparecido da Silva: Teologia cristã do pluralismo religioso face às tradições religiosas afro-americanas. O autor afirma que até o momento atual, as teologias cristãs não levaram a sério as religiões afro-americanas, até recente eram tratadas como seitas ou cultos diabólicos tanto pelos católicos como pelos protestantes, sendo assim objetos de ataques. Portanto, uma Teologia Cristã do
Pluralismo Religioso vai exigir uma intensa preparação de terreno.
Apontam-se
algumas questões que vão exigir uma atenção muito particular na busca da realização de uma Teologia Cristã do Pluralismo Religioso sem dúvida alguma, tratase de uma tarefa difícil, entretanto necessária para fazer avançar o próprio diálogo inter-religioso e por meio dele a aproximação entre pessoas e povos. Afinal a humanidade espera a contribuição das religiões para um novo mundo possível. Luiza E. Tomita: A contribuição da Teologia Feminista da Libertação para o debate do Pluralismo Religioso Este texto traz reflexões de teólogas e estudiosas da religião feministas da América Latina apartir do dialogo com as religiões afrobrasileiras e indígenas e conta com uma contribuição da teóloga Ivone Gebara Segundo esta teóloga, o feminismo tentou contar outra história das religiões e expressar o fato de como, quase todas elas marginalizaram as mulheres ou as instrumentalizaram segundo suas próprias perspectivas e isto porque já havia uma compreensão masculina do que é diálogo inter-religioso. O autor conclui: Este parece resultar num debate muito desigual, não porque nós, mulheres, não tenhamos argumentos válidos, mas porque os argumentos que apresentamos derrubam conceitos e dogmas intocáveis. Mas aí é que o debate parece "esquentar" porque os argumentos que apresentamos são bastante próximos aos apresentados pelas religiões indígenas e africanas, porque resvalam no conceito do monoteísmo patriarcal, na representação de Deus como um, que congrega todas as qualidades e todos os poderes, e, além disso, sob a figura de um varão. E foi este argumento que representou a intolerância religiosa que não apenas rejeitou as outras religiões como "inferiores" e não verdadeiras, mas dizimou centenas de povos com culturas e religiões diferentes e assassinou centenas pessoas. José Maria Vigil: Espiritualidade do pluralismo religioso. Uma experiência espiritual emergente. Em síntese diz o autor: Hoje há uma nova experiência espiritual, há um Espírito novo desafiando a cada dia, em múltiplos gestos, de reflexões, de novas práticas é momentos de transformação. Historicamente, passase do cristocentrismo ao pluralismo. Logicamente há medo, há resistência e ao mesmo tempo há atração, clareza, e até uma evidência que vai se impondo lenta, mas irresistivelmente é um "kairós". É isto que pretende este breve texto. Quer ser uma simples tentativa de captar e sistematizar esse Espírito ou "espiritualidade do Pluralismo Religioso" que vai crescendo e descrever suas características mais importantes
Marcelo Barros: A reconciliação de quem nunca se separou. Este é o ultimo artigo neste texto, o autor a partir da realidade latino-americana e do que disseram em capítulos anteriores, busca compreender se é possível considerar a Teologia do Pluralismo Religioso um paradigma novo e adicional à Teologia da Libertação feito isto, encaminha algumas sugestões para uma continuidade da caminhada teológica e pastoral de comunidades e movimentos. 2º Ficha. Alan Myatt: A Teologia da Libertação e o Novo Pluralismo Religioso O artigo tem início com uma grande afirmação: A Modernidade significa o fim da religião apoiada pelo estado. Logo em seguida vêm seus propósitos: examinar a nova teologia da libertação do pluralismo; determinar se o projeto é viável; entender suas implicações e consequências apartir de suas raízes. Determinar se o grupo atingiu seu proposito de fazer uma teologia que sirva para construir uma sociedade mais tolerante que afirme e poie os direitos de todos inclusive dos mais pobres e oprimidos. Logo vem a resposta conclusiva “não”, pois a TdL pluralista é mais uma forma de exclusivismo, pois excluí tudo que está fora e não absorve sua matriz. Em seguida vem uma grande pergunta: como será possível vivermos juntos afirmando a dignidade e os direitos e permanecermos fiéis as convicções individuais? A ASETT (Associação Ecumênica de Teólogos e Teólogas do Terceiro Mundo) tentou dar uma resposta com uma publicação “ao longo dos muitos caminhos de Deus”. No entanto os resultados desta TdL pluralista é a colonização ideológica, Pois os que pregam contra a intolerância e o individualismo se tornam intolerantes e arrogantes ao declararem que todas as demais religiões são falsas. E se contradizem ao refutar qualquer absolutismo, porém querem implantar seu próprio absolutismo. 3 - AVALIAÇÃO GERAL DAS OBRAS As fichas estão dentro da temática: Teologia da libertação e pluralismo religioso. A primeira é um trabalho de autores diferentes, onde cada um é responsável por suas postulações. Em linhas gerais ambss falam do surgimento e inserção e comportamento de uma nova teologia a teologia da libertação e teologia do pluralismo religioso. Quanto ao estilo de linguagem, poderia ser mais clara e objetiva. A ultima é um artigo de autoria do professor e escritor PH.D Alan Myatt, onde Ele refuta o ponto de vista dos autores da obra anterior, isto é, uma espécie de antítese. Isto, Ele faz com uma linguagem clara e compreensível. Ambas as obras são indicadas para aprofundamentos de estudos teológico