Experiment An Do A Vontade De Deus

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PROVANDO A VONTADE DE DEUS Autor:

Marcos Paulo A. Morais “Provando sempre o que é agradável ao Senhor” Efésios 5:10

O que Deus gostaria que eu fizesse agora? Que decisão Deus gostaria que eu tomasse neste exato momento? Qual seria a vontade de Deus para todas as pessoas, sem qualquer distinção? Podemos perguntar ainda, qual a vontade de Deus para a minha vida em particular? Deus tem que planos para mim no que concerne a coisas bem específicas da minha vida particular? Essas e outras são perguntas que os seguidores de Cristo em geral fazem. Penso que para se ter uma vida de santidade diante de Deus em crescimento para a maturidade, é preciso aprofundar na buscar de saber sobre a vontade de Deus para as nossas vidas. A vontade de Deus no que diz respeito ao nosso estado espiritual é bem explícito. Diz as Escrituras que “...Ele é longânimo para convosco, não querendo nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”(2Pe 2:9). Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas deseja que este se arrependa de seus pecados e creia no Senhor Jesus Cristo. Paulo chega a dizer que o “mistério de Deus” foi revelado, que é “Cristo em nós”, a esperança da glória. Esta é a vontade de Deus para todas as pessoas: que elas creiam em Cristo, pois este é o único que pode nos libertar do pecado e da morte eterna. E nesse sentido, nós podemos dizer que a vontade de Deus, para agir na libertação de nossa alma do pecado, precisará do nosso desprendimento e reconhecimento de nossa total incapacidade de nos salvar pelos nossos próprios esforços e receber gratuitamente a sua Salvação realizada por Cristo na Cruz do Calvário. Ou seja, Deus precisa de uma ação de nossa parte. Uma escolha a ser feita por nós. Ele precisa de uma decisão fundamental da nossa parte de receber a Salvação na pessoa de Cristo e sua entronização como Senhor de nossas vidas, com a consciência de nossa total pecaminosidade, merecedores do castigo eterno. Como seres de livre ação, Deus não pode tomar essa decisão por nós. É nossa a ação no sentido de crê e de nos arrepender dos nossos pecados em que vivemos. Há uma história que ilustra muito bem o que eu quero enfatizar. Havia um dos discípulos de um grande sábio do oriente, e aquele discípulo ficou maquinando em sua mente um jeito de, afinal, provar ser mais esperto que seu mestre. E um dia, ao encontrar caído no chão um pequeno e frágil filhote de passarinho, pensou: “Vou levar o passarinho até o sábio e lhe perguntar se ele está vivo ou morto, pensou ele consigo mesmo, se ele responder que o passarinho está morto, eu abro as mãos e deixo o passarinho

se mexer. Se ele responder que está vivo, eu aperto um pouco com as mãos e o mato. De um jeito ou de outro, ele não acertará a resposta". Após ensaiar mentalmente suas palavras, aproximou-se do mestre e lhe perguntou: “Bom mestre, o que tenho em minhas mãos?” O mestre olhou para suas mãos e, vendo algumas penas por entre seus dedos, respondeulhe: “Um filhote de passarinho”. Então disse o discípulo pronto a mostrar a ignorância do mestre: “Muito bem mestre... mas este filhote está vivo ou está morto?” E o mestre, de pronto, lhe respondeu: “Isso só depende de você!” A Bíblia é clara nesse ponto: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito colherá vida eterna”(Gl 6:7,8). Não podemos fugir dessa responsabilidade imposta a nós de tomarmos ou não uma escolha quanto a servir a Deus ou permanecer em estado de rebeldia a ele. Penso que na sua grande maioria dos que se declaram crentes em Cristo, pecam em uma determinada medida no que diz respeito a tomadas de decisões no sentido de provar a vontade de Deus. De ser e agir dentro daquilo que é a vontade de Deus para a nossa vida. Vivemos muitas vezes acomodados em nossas atividades diárias, e pouco fazemos para a obra de Deus. Digo isso, por experiência própria: caiu constantemente nesse comodismo. E tudo isso reduz o nosso próprio crescimento espiritual, fazendo com que nos conformemos com este presente século, que jaz no maligno. Começamos a pensar e agir, não mais dentro da vontade de Deus, mas de acordo com esse sistema mundano, totalmente em oposição às coisas de Deus. Por isso é que Paulo nos intima à apresentar o nosso corpo ao serviço de Deus e nos adverte a não nos conformar com este presente século, mas a estarmos nos transformando constantemente por meio de uma contínua mudança de mentalidade, para que através dessa interligação entre corpo e mente, estejamos em “ação” para a obra de Deus e possamos está experimentando a vontade de Deus, a qual é boa, agradável e perfeita. “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1,2 Ao ouvir uma pregação, um dia desses, na qual o pregador fez uma observação, que me chamou muito a atenção, para um aspecto que penso que muitas vezes brincamos e não levamos muito a sério, não nos damos conta da gravidade da questão. Jesus sempre foi amigável com todas as classes de pessoas. Pobres e ricos, judeus e gentios, homens e mulheres, leprosos, enfermos, crianças, enfim Jesus sempre foi acessível a todos, e procurava sempre recebê-los com cordialidade, amabilidade, com simplicidade, apresentado o evangelho com amor a todos. Porém, se nós percebermos, Jesus não demonstrou todas essas qualidades de forma visível(embora ser da sua essência ser assim e não de outro modo) para os religiosos de seu tempo. Jesus não poupava palavras duras e críticas reveladoras à hipocrisia dos fariseus, saduceus e demais legalistas, os quais procuravam apenas “aparentar” santidade, demonstrar verdadeiro conhecimento de Deus, quando, na verdade, não conheciam nada a respeito do caráter de Deus, não possuíam amor, perdão, misericórdia, descanso na graça de Deus, enfim, eram ossos secos, sepulcros caiados, sem vida espiritual, sem um conhecimento pessoal de Deus, que os possibilitassem a uma verdadeira

adoração em verdade e em espírito. Precisamos acabar com essa religiosidade barata. Há muitos cristãos assim. E outra vez digo por experiência: é umas das piores experiências você viver numa hipocrisia, levando o nome de cristão e sendo membro de uma igreja, quando, na realidade, você sabe o que a vontade de Deus quer que você seja, e você simplesmente não a obedece. Graças a Deus, o Senhor Deus, tem me chamado a atenção para isso, pois ou tomamos uma atitude de servilo, de buscar fazer a sua vontade, de aplicar a vontade revelada de Deus na Bíblia em nossas vidas, de pô-la em prática no dia-a-dia – ou, meu querido leitor ou leitora, então que abandonemos o cristianismo. Eu mesmo, já cometi tantos pecados que trouxeram muito mais desonra à Cristo do que glorificação ao seu santo nome. Conheço amigos, que mesmo conhecendo a vontade de Deus nas Escrituras, a transgridem, a desobedecem, de forma vergonhosa. Conheço outros, que estão nas igrejas apenas por não gostarem de ficar em suas casas ou porque já estão acostumados a freqüentar a igreja. Não estou escrevendo aqui que devemos ser agora “perfeitos”, longe de mim – sou tão pecador quanto o pior pecador da face da terra. Não busco perfeição, só quero aprender a andar com Ele, para que o Senhor Jesus Cristo me capacite a escolher e obedecer a vontade do Pai em minha vida. Foi o que Ele disse a Abraão: “...Apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu Sou o Deus Todo Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.”(Gn 17:1). O único apoio em que tenho firmeza e esperança para continuar é na graça de Deus, na sua misericórdia e na sua fidelidade para com Ele mesmo. Nada, além disso, pousa a minha fé. Penso que quando Deus tem um propósito em salvar uma alma, Ele não desiste jamais dela. Quantas vezes, me escondi de Deus, mergulhei nos prazeres da carne, fazia de conta que Deus não existia; mas o Senhor, mesmo quando somos infiéis, Ele permanece fiel. Ele vai nos buscar lá no poço do pecado, e Ele foi buscar esta ovelha rebelde, cheia de orgulho, cheia de soberba, cheia de si, cheia de pecados, para descansar outra vez na proteção de seu bom Pastor. Tenho ultimamente encontrado águas tranqüilas, pastos verdejantes. O Senhor Deus tem me ensinado a caminhar com Ele, mesmo na minha total imperfeição. Ele me mostrou que quando em pecado e pensando estar longe de sua presença, o Senhor cá sempre esteve presente comigo, mesmo sem eu percebê-lo. Ele me quer mesmo assim sempre; Ele quer andar comigo continuamente; e tenho orado para que Ele me sustente nesse caminhar, porque eu não consigo permanecer por muito tempo em sua presença, pois eu quero, às vezes, em vez de fazer a sua vontade, quero fazer a minha. Por isso devemos orar para que o Deus da paz nos capacite para fazer a sua vontade e opere em nós o que é agradável diante dele. “Ora, o Deus da paz, (...) vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo sempre. Amém!”. Hebreus 13:21 Portanto, posso resumir o que foi escrito até agora em três pontos que acho de fundamental importância: primeiro, devemos tomar uma decisão fundamental no sentido de cremos no Senhor Jesus Cristo, de crê de todo o coração que Cristo nos salvou naquela Cruz, nos trouxe libertação de nossos pecados; e que, não precisamos mais viver no pecado, pois temos um salvador que é Cristo Jesus. E se fizermos isso, estaremos provando a agradabilíssima vontade de Deus. Segundo, devemos tomar uma decisão fundamental de nos colocar à disposição do SENHOR para que Ele nos use em sua obra de propagação e testemunho de seu Evangelho salvador. Terceiro, precisamos tomar uma decisão fundamental de viver na presença de Deus, de andar com o Senhor Deus em todos os momentos; tendo a consciência de nossa fraqueza, de nossa pecaminosidade, de nossa tendência natural de fazer a nossa vontade e não a dEle. Que possamos orar a oração de nosso Senhor Jesus: “Não seja feita a minha vontade, mas a tua vontade”! E que possamos andar como andou Abraão, como andou Enoque, na presença de Deus.

Estas coisas só dependem de nós. E tomar uma atitude de Fé nesse sentido é uma questão crucial para nós. Mas, por outro lado, há outras ocasiões que não dependem de nossa própria vontade necessariamente. Há propósitos no que diz respeito à sua divina providência que fazem parte da sua própria competência soberana. Ou melhor, em outras palavras, há determinadas coisas que devem acontecer por intermédio de sua ação poderosa na interferência providencial em nossa esfera humana para a concretização de seus santos propósitos. É nesse sentido que Paulo se refere em Romanos 8:28, quando diz: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” O que faz com que todas as coisas cooperem para o bem daqueles que creram em Cristo? A vontade soberana de Deus. E quando digo vontade soberana, significa a ação de Deus, através de seu poder, de fazer tudo que está de acordo com os seus divinos propósitos. Ou podemos dizer dessa forma: nada acontecerá se aquilo não estiver permitido para acontecer por Deus. Ou algo acontecerá porque é do propósito dEle acontecer. Tempos atrás, quando eu tinha por volta de uns doze anos, treze anos, lembro-me de um fato ocorrido comigo que ainda hoje me lembro muito bem. Estava banhando em um rio, com meus amigos, na parte rasa do rio, pois naquela época não sabia nadar; contudo, em determinado momento, não senti mais os meus pés fixados no solo, e então comecei a ser levado pelo correr do rio para a parte mais profunda, sendo que neste exato momento de afastamento, uma amiga, percebendo aquele meu estado de quase afogamento; ela, nas pontas dos dedos dos pés(pois esta também não sabia nadar), e com as pontas dos seus dedos da mão, tocou nas pontas dos meus, e puxou-me, livrando-me de ir para o meio das águas do rio. Tenho a absoluta certeza que Deus encheu de coragem aquela garota – na mesma faixa de idade que eu tinha na época – para que ela se aproximasse de mim, e me puxasse com as pontas de seus dedos. Eu poderia, naquele momento de desespero, ter-lhe puxado para a parte profunda; mas a vontade Soberana de Deus não permitiu que isso acontecesse, mas me salvou através daquela menina. Creio que se aplica bem o texto que diz “Tudo tem o seu tempo determinado,...tempo de nascer e tempo de morrer...”(Ec 3:1,2). Deus é soberano, e faz com que todas as coisas cumpram os seus santos propósitos. Nesse sentido, nós precisamos confiar neste Deus que cuida de nós. Veja bem. Nesses casos, a vontade de Deus, muitas vezes, não se revela ao cristão, e, portanto, este desconhece o que Deus tem planejado para a sua vida. Mas, no tempo certo, Deus se revela, mostrando-lhe o cumprimento de seus santos propósitos. Tenho estado orando por algumas coisas que Deus tem colocado em meu coração, e que, mesmo apesar da impaciência da minha velha natureza maligna, aguardo, pois “o Senhor Espera o momento de ser misericordioso(...) bem aventurado os que nele esperam”(Isaias 30:18). Creio que o SENHOR é poderoso para realizar tudo aquilo que estar em seus desígnios, infinitamente muito mais do que imaginamos ou pensamos. Nesse sentido, temos uma situação, em que, se quisermos provar a vontade de Deus em nossas vidas, precisamos esperar pela divina providência de Deus e, compreender que, mesmo em situações difíceis de nossas vidas, na qual podemos está sofrendo, sendo provados, passando por situações complicadas que muitas vezes podem nos trazer tristezas; ainda sim, devemos perceber que em tudo isso há a mão de Deus nos moldando para que provemos a sua vontade em nossas vidas. Há uma história que é contada como verídica, que ilustra o que estou afirmando. Diz de uma senhora muito pobre que telefonou para um programa evangélico de rádio pedindo ajuda em termos de alimentos. Um bruxo, aqueles do tipo que mexe com magia negra, que ouvia o programa, resolveu pregar-lhe uma peça – só pra se divertir com a reação daquela senhora, que acreditava na providência divina. O bruxo telefonou para a rádio e obteve seu endereço. Chamou seus "secretários" e ordenou-lhes que passassem num supermercado e fizessem umas compras generosas e levassem à casa daquela mulher, com a seguinte orientação: Quando ela perguntasse quem a estava presenteando, eles deveriam responder que o diabo estava lhe enviando tudo aquilo!

Assim que aquelas pessoas chegaram à casa da mulher, ela os recebeu com alegria e foi logo guardando os alimentos na sua prateleira, mas ela não perguntou quem lhe havia enviando. Ficou contente, agradeceu a Deus por ter enviado aquelas cestas básicas, sem contudo perguntar de onde procedia tudo aquilo. Os "secretários" do bruxo, sem saber o que deveriam fazer, provocaram a pergunta: -- A senhora não quer saber quem lhe enviou estas coisas? A mulher, na maior simplicidade da sua fé, respondeu: -- Não, meu filho. Não é preciso. Quando Deus manda, até o diabo obedece! De fato, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que foram chamados pela graça soberana de Deus. Por fim, podemos provar a vontade do Senhor “cooperando” com Ele na sua obra de Evangelização. Paulo nos diz que somos seus cooperadores; atuamos juntamente com Deus na salvação daqueles que ainda não conhecem a Jesus. “...somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus por nosso intermédio(...)rogamos que vos reconcilieis com Deus(...) E nós, na qualidade de cooperadores com Ele...”(2Co5:20; 6:1). Nesse sentido, ao colocarmos a nossa vontade para trabalhar juntamente com a vontade dEle, estaremos “provando” a sua vontade , visto que se trata de uma ordem expressa a todos os cristãos de ir e pregar o seu Evangelho. E a vontade de Cristo é que nós sejamos suas testemunhas, espelhando o seu caráter na terra, testificando não só com as palavras, mas também com uma vida que demonstre nossa intimidade com a sua pessoa; pois é isso que hoje as pessoas precisam ver em nós, o caráter de Cristo e o seu poder em nós. No livro, “Histórias que abrem as janelas mais ampla de Deus”, de DeVern Fromke, este relata um caso verídico que ocorreu na época do Comunismo Russo, onde os cristãos eram proibidos de exercerem com liberdade a sua fé em Cristo. Assim relata: “por causa de seu testemunho cristão, John havia sido sentenciado a cumprir trezes anos em uma prisão comunista. Cerca de dez anos depois, ele cometeu um leve delito e foi enviado para o pavilhão de isolamento. Ali, a solidão reinava absoluta e o completo silêncio era deprimente. O espírito de John foi ficando tão deprimido que, um dia, ele clamou ao Senhor que o levasse. Para que viver? Dez anos de sofrimento no pavilhão com os outros presos e agora isso! Ele achava – e quem poderia recriminá-lo – que estar ali era mais do que poderia suportar. Depois de algum tempo, ele se recompôs. Sentindo-se envergonhado de sua falta de fé, começou a cantar bem baixinho o hino “Conta as Bênçãos”: Se da vida as vagas procelosas Se com desalento julgas tudo em vão, Conta as muitas bênçãos, dize-as de uma vez, Hás de ver, surpreso, quanto Deus já fez. Cantando baixinho, ele podia ouvir o companheiro na cela ao lado andando para lá e para cá. De repente, John não mais pode conter-se e começou a cantar em alta voz, sabendo que certamente os guardas viriam espancá-lo. Quem sabe, ao ser espancado até a morte, fosse a forma de Deus responder a sua oração! Ao mesmo tempo em que tais pensamentos passavam por sua mente, ele percebeu que os passos do prisioneiro na cela ao lado haviam cessado. Continou: Tens, acaso, mágoas, triste é teu lidar,

É a cruz pesada que tens de levar Conta as muitas bênçãos, não duvidarás E em canção alegre os dias passarás John cantou todas as estrofes do hino. Cada vez que repetia o coro, fazia-o mais forte e mais confiantemente, atento a um iminente barulho do molho de chaves e dos passos pesados e irados do carcereiro. Ele aguardava a porta se abrir a qualquer momento, e começar a apanhar impiedosamente. E cantava alegremente: Seja teu conflito fraco ou forte cá Não te desanimes, Deus por cima está Seu divino auxílio minorando o mal Te dará consolo e paz celestial Nada porém aconteceu! Nenhum guarda apareceu! Estava tudo silencioso, exceto pelo som de algo pesado caindo na cela ao lado. “o pobre coitado deve ter caído”, pensou John. “Ele pode, até mesmo, ter morrido”. Semanas se passaram. Tendo cumprido o tempo estipulado em confinamento solitário, John voltou para seu pavilhão. Ao menos ali ele tinha companhia, e o cardápio era um pouco melhor que o pão dormido e água dos quais ele se alimentara nos três últimos meses. Assentado uma noite, depois de um pesado dia de trabalho, ele começou a pensar quão agradecido estava por Deus haver preservado sua vida. Então, começou a cantarolar o mesmo hino para si mesmo: “Conta, conta as bênçãos, quantas são; recebidas da divina mão; contas de uma vez; E verás surpreso, quanto Deus já fez”. Não havia, ainda cantado muito, quando sentiu uma mão pesada sobre o ombro. Ao virar-se, viu outro prisioneiro de pé ao seu lado. “Escuta aqui”, o homem disse: “Você estava na cela 11 no pavilhão de isolamento em tais dias?”. Respondeu John: “Sim, eu estava”. “Ouvi você cantando” – disse o homem visivelmente emocionado – “Escutei seu cantar! Você estava cantando exatamente a música que está cantarolando agora! E eu também consegui entender a letra do hino. Eu estava a ponto de mim suicidar. Tinha feito uma corda com a minha camiseta... e a prendi ao teto. Um pouco antes de você começar a cantar, eu parei de andar, subi na cadeira e pus o laço em volta do pescoço. Então, você começou a cantar. Cantava cada vez mais alto. As palavras penetravam cada vez mais intensamente. Fiquei esperando os guardas virem fazê-lo calar de uma vez por todas. Foi aí, então, que decidir que se havia alguém nessa prisão que podia tão destemidamente louvar a respeito de um Deus que se importava com nós – então a vida valeria a pena ser vivida. Tirei minha cabeça de dentro da corda e cai ao chão. Quero, agora, que conte acerca desse Deus e da fé que você tem, pois a desejo também”. John ficou tão empolgado! Falou ao homem sobre o amor de Deus e sobre a salvação oferecida por meio de Jesus Cristo. Ali mesmo, ele conduziu aquele homem a crer pessoalmente no Senhor Jesus como seu Salvador e Senhor. (Histórias que abrem as janelas mais ampla de Deus. Belo Horizonte: Edições Tesouro Aberto, 2003. p. 97-98)

Portanto, pelo que foi analisado nesse pequeno estudo, em síntese, podemos “provar” sempre a vontade de Deus nesses três aspectos: primeiro, a nossa vontade precisa render-se à vontade de Deus. Tem que haver uma decisão fundamental de nossa parte no sentido de crê e permanecer crendo na palavra de Deus para dessa forma irmos “provando a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Segundo, há coisas que compete ao Senhor realizar, e dessa forma, devemos descansar em seus santos propósitos, aguardando com paciência a sua vontade soberana realizar-se em nossas vidas. E por fim, em terceiro, vimos que podemos está “provando” a vontade de Deus cooperando com ele no sentido de nos entregarmos a Ele, para que sejamos usados por Ele para a salvação daqueles que estão nas trevas espirituais.

Amém!

03 de maio de 2009

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