Estimulando a mudança através do Treinamento Experiencial Nos últimos anos, tenho ouvido alguns depoimentos quanto à usual aplicação de treinamentos convencionais. Fala-se muito em teoria, em processos de mudança, em adaptabilidade funcional, em metodologias avançadas, mas quando tenta-se aplicar tudo o que foi abordado em um treinamento, observa-se um grande paradigma: de que forma transpor o conteúdo teórico para o contexto corporativo? Conforme Daniel Goleman, autor do Best Seller Inteligência Emocional, “As emoções ensinam mais do que processos racionais”. Pesquisas recentes demonstram que a aplicação da metodologia de Treinamentos Experienciais é 80% mais eficaz, em relação aos 20% dos treinamentos tradicionais. Os conceitos-chave para esta real aprendizagem confirmam-se através de dois aspectos: Vivência e a descoberta por si mesmo. A abordagem vivencial torna-se mais atraente, pois combinam-se 03 elementos essenciais para o aprendizado: recursos da natureza, espírito de aventura e o uso adequado das habilidades pessoais na superação dos desafios colocados para o grupo. Nesse conjunto, o panorama da educação experiencial legitima-se, pois a vivência promove a real assimilação, através das mudanças comportamentais visíveis, durante e após o processo. A atividade experiencial baseia-se em uma metodologia de ensino, conhecida como Treinamento Outdoor, Treinamento ao Ar Livre e Ecotreinamento. Relaciono alguns exemplos de atividades que podem ser realizadas, desde um contexto mais básico até um mais inovador: Rapel, Arvorismo, Expedições, Tirolesa, Rafting, Equitação, Pára-quedismo duplo, dentre outras. Diante desse novo cenário de Educação Corporativa, há um grande cuidado que deve-se ter, no que diz respeito à escolha das atividades e a sua metodologia aplicada. Algumas consultorias acabam desenvolvendo “pacotes fechados”, onde a construção das situações não segue uma co-dependência e sua abordagem fazse, apenas, através da “atividade pela atividade”. Ao desenvolver-se e aplicar-se um treinamento experiencial, é preciso fazê-lo de forma totalmente customizada e única, suprindo cada realidade organizacional. Dessa forma, os resultados são mensuráveis, pois os participantes vivenciam conflitos e soluções integradoras, devido à alternância de exercícios ao ar livre e situações reais, análogas às das empresas. Nesse prisma, a atividade experiencial acaba fomentando a construção coletiva e a reconstrução humana de cada participante. Quando processos vivenciais são bem aplicados, o ser humano reconhece fraquezas, administra melhor seus conflitos e potencializa a mudança.
Karine Bighelini é Relações Públicas, Palestrante, Consultora em Comunicação Organizacional e Sócia– Diretora da Sharing Consultores Associados. (
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