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ENTRE A DEMOCRACIA E O DEMOCRATISMO1 Uma breve discussão em torno do conceito de democracia e seu ensino nas Instituições de Ensino Brasileiras. Redigido em 16 de dezembro de 2008, dia de Santa Adelaide, 3ª. Semana do Advento. Por Dartagnan da Silva Zanela2 "A democracia precisa da virtude, se não quiser ir contra tudo o que pretende defender e estimular". (Papa João Paulo II)
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INTRODUÇÃO
O presente ensaio tem por objetivo tecer algumas considerações sobre “projeto de intervenção pedagógica” do professor PDE Josué Carlos dos Santos que versa sobre o tema “Democracia e Escola” (2008). Para tanto, pretendemos primeiramente discutir o conceito de democracia e bem como o papel da Instituição Escola e sua relação frente ao conceito citado. Feito isso, abordaremos
as
vias
que
julgamos
apropriadas
para
se
refletir sobre o exercício da democracia e o seu magistério em uma instituição de ensino dentro da devida e necessária
1 Trabalho apresentado no “Grupo de Trabalho de Rede” da SEED/PR para discussão junto ao curso DEMOCRACIA E ESCOLA, que tem como Tutor o professor - PDE Josué Carlos dos Santos. 2 Professor da Rede Pública Estatal do Paraná e da Faculdade Campo Real. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas (UEPG), Especialista em Pedagogia Escolar (IBEPEX) e graduado em Licenciatura em História (UNICENTRO).
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problematização do tema dentro do contexto político-cultural brasileiro. Quanto
às
considerações
sobre
o
trabalho
em
discussão, estas serão tecidas no correr do ensaio, conforme o desenvolvido das laudas subseqüentes.
1. DA DEMOCRACIA
Um
fenômeno
brasileira
hodierna
significado
das
muito
é
freqüente
justamente
palavras,
o
que
a
o
na
sociedade
transmutação
George
Orwell
do
(1996)
denominava como sendo a novilingua. Na ficção escrita por Eric Arthur Blair (verdadeiro nome de Orwell), a função da navilingua era implantar um “novo idioma” e, deste modo, reduzir
a
capacidade
de
pensamento
dos
indivíduos
fragilizando-os frente as investidas do partido do “Grande Irmão”. Este vocabulário, via de regra, distorcia ou mesmo invertia o significado das palavras como na sentença celebre da obra que afirma: “liberdade é escravidão. Escravidão é liberdade”. O fenômeno descrito na ficção de Orwell é deveras similar
com
pensamento
a dos
realidade
hodierna
indivíduos
é
dia
vivida a
dia
por
nós
onde
engessado
o
pelo
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vocabulário politicamente correto ou por alguma igrejinha ideológica do Butantã. Um caso bastante ilustrativo do que estamos apontando são justamente os usos e abusos da palavra “democracia”. Primeiramente, diferença
basilar
que
há
cabe
que
entre
aqui
democracia
lembremos e
a
oclocracia
(Aristóteles; [s/d]). Democracia seria o governo do povo, pelo povo e para o povo sob o império da Lei. Aliás,
A Assembléia do povo detinha realmente o supremo poder, porém este não era ilimitado. Até o apogeu do regime democrático a consciência coletiva guardava um complexo difuso de preceitos religiosos, morais e civis, que nenhum cidadão ousaria desobedecer ou alterar. (AZAMBUJA; 1979, p. 217)
Já a oclocracia, por sua deixa, é governo das massas onde as vontades e desejos da multidão dão o tom da governança. Ora, quanto Platão (2005) afirma que a tirania se forma graças aos abusos do regime democrático, ele está se referindo justamente a oclocracia que não vê limites para a sua ação e, quando a ação humana não os encontra, cria-se uma situação de anomia, que é um terreno fértil para o nascimento de todas as formas de tirania. Era
sobre
isso
que
nos
chamava
a
atenção
o
filósofo espanhol José Ortega y Gasset. Na sociedade moderna
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a lei maior passou a ser a realização das vontades humanas. Obviamente
que
essas
vontades
eram
e
são
meramente
manipuladas pelos caudilhos e tiranetes que se encastelam junto as instituições que integram o Estado, como nós vemos hodiernamente
na
sociedade
brasileira.
Ou
então,
como
o
próprio filósofo espanhol nos diz que:
A velha democracia vivia temperada por uma dose abundante de liberalismo e de entusiasmo pela lei. Ao servir a estes princípios o indivíduo obrigava-se a sustentar em si mesmo uma disciplina difícil. [...] Democracia e Lei, convivência legal, eram sinônimos. Hoje assistimos ao triunfo de uma hiperdemocracia em que a massa atua diretamente sem lei, por meio de pressões materiais, impondo suas aspirações e seus gostos. (GASSET; 2001, p. 23)
Outro
ponto
que
merece
ser
destacado
nestas
linhas, em consonância direta com este ponto, é o conceito de igualdade. Via de regra, a igualdade é tratada como um valor
absoluto,
tal
qual
a
liberdade,
o
que
não
é.
A
liberdade é um valor em si, porém, a igualdade não, ela é antes
de
tudo,
uma
relação.
Trocando
em
miúdos,
quando
afirmamos que uma pessoa é livre, a sentença tem sentido pleno, todavia, quando afirmamos que uma pessoa é igual, logo na seqüência vem a pergunta: igual em que, igual a quem?
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Devemos lembrar também que igualdade, em si, não é sinônimo de justiça. O princípio da igualdade, em termos Constitucionais, é um instrumento que deve ser utilizado muito mais para medir desigualdades aceitáveis do que impor igualdade
meramente
desejáveis,
pois,
a
validade
de
uma
relação de igualdade ou desigualdade reside no fato de ela ser ou não ser justa (MORAES; 1999). Por essa razão que se fôssemos
optar
democrática,
por
não
um
seria
binômio
para
liberdade
e
orientar
igualdade,
a
vida
mas
sim,
liberdade e justiça (BOBBIO; 1999). Por Democrático
essa
de
razão
Direito
pela
que
se
prima
isonomia,
que
em é
um a
Estado
igualdade
perante a lei, isotimia, ou seja, igualdade de acesso a cargos
públicos,
participação
na
e vida
pela
isegoria,
política.
a
Inclua-se
igualdade neste
item
de a
igualdade de liberdade de crítica (CUNHA; 1990). Por fim, não podemos desdenhar de modo algum que o elemento basilar para que se possa ter a vivência de um regime democrático é a vivência da procura da realização no dia a dia das virtudes cardeais (PIEPER; [s/d]) e que, os indivíduos que integrem a sociedade tenham um pleno acesso as
informações
e
estejam
minimamente
interpretá-las e compreendê-las.
habilitados
a
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Sem
estes
elementos
o
que
temos
no
lugar
da
democracia é sua caricatura onde os vícios morais (aliás, os vícios de toda ordem) tomam o lugar das virtudes, onde as informações são distorcidas, manipuladas e escondidas e os indivíduos, privados do acesso aos requisitos mínimos para poder compreender o cenário em que estão inseridos tornandose assim em um reles marionete em uma encenação demoníaca de vida democrática, tal qual é a oclocracia. Tal qual o que nós
vivemos
ordinariamente
nesta
terra
de
desterrados
chamada Brasil.
2. DEMOCRACIA E ESCOLA
Quando pensamos a relação da democracia com a vida
escolar
devemos
pensá-la
através
do
seguinte
viés:
quais são as práticas e valores que se fazem presentes no currículo oculto (PILETTI; 1994) da Instituição de Ensino? É deveras cansativo e mesmo inútil todo este trololó sobre democracia,
questões
desta
ordem
sendo
introduzidas
no
currículo regadas com aquela conversa fiada sobre cidadania que, nada mais é que um sintoma claro de cidadanite (ZANELA; 2005).
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Não basta apenas que afirmemos que há uma “[...] grande falta de participação e entendimento dos setores da escola” ou que quando se fala em democracia pensa-se apenas em termos de eleições (SANTOS; 2008, p. 01). Esta é apenas a primeira
impressão
sobre
o
que
os
alunos,
professores,
funcionários e pais pensam e sentem em relação ao referido assunto. Isso não basta para a execução de uma proposta pedagógica
que
primeiramente,
se
pretenda
devemos
séria.
compreender
Julgamos
que
muitas
que, destas
impressões que se fazem presentes na comunidade escolar, são elementos que estão presentes na sociedade brasileira e que, por sua deixa, tem a sua historicidade que são sustentados nas práticas cotidianas (ZANELA; 2005). Vivemos em uma sociedade patrimonialista (PENNA; 1988)
onde
a
formação
de
morais,
etc.,
política
prática currais são
brasileira
do
mandonismo,
eleitorais,
práticas
que
(LEAL;
1997)
troca
de
apadrinhamento, fazem e,
parte
da
favores, pactos cultura
inevitavelmente,
se
fazem presentes dentro das instituições de ensino desde as eleições para Equipe Diretiva até nas relações diuturnas entre os professores e destes para com a direção e com algumas instituições da sociedade local.
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Confessamos que a imagem de uma escola, muitas das vezes, chega a ser patética. Lá estão os professores falando, por exemplo, da importância de se fiscalizar os gastos do erário público, mas, não tem coragem de cobrar uma prestação
de
contas
transparente
junto
a
direção
da
Instituição de Ensino onde lecionam. Falam da indignidade do ato de negociar o voto, mas assim procedem para poder obter alguma “facilidade” em um
pleito
eleitoral
para
diretor
ou
mesmo
dentro
da
municipalidade. Ou então, falam da grave transgressão aos direitos fundamentais quando os “coroné” abusam do poder, mas, via de regra, muitos educadores acabam agindo a margem de toda legalidade (na informalidade mesmo) dentro da escola seja
com
suas
avaliações
ou
com
o
cumprimento
de
seus
afazeres. Por essa razão que todo discurso dentro de uma escola sobre democracia faz-se muito mais semelhante a um colóquio
flácido
do
que
com
outra
coisa,
pois,
estes
colóquios belos e pomposos não refletem a realidade que é vivida
pela
comunidade
escolar
e
muito
menos
dentro
da
sociedade civil. Aliás, é por essa razão que é uma mera quimera discutirmos com seriedade um tema como este em uma escola
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sem
gerarmos
conflitos
(SANTOS;
2008,
p.
02),
pois,
inevitavelmente, os conceitos acabarão por se confrontar com a
turva
realidade
e,
se
não
houver
este
conflito,
toda
discussão sobre vida democrática acabará por se mostrar como um reles exibicionismo histriônico. O
que
falta
em
nossa
sociedade
e,
conseqüentemente, em nossas escolas, é o que Oliveira Vianna chamava de “escolas práticas de educação democrática” que, no caso, seria a expressão de nosso JUS GENTIUM, de nossos costumes (VIANNA; 1955). Ora,
Vivemos em uma sociedade em que tudo se espera das bênçãos mundanas do Leviatã Estatal. Vivemos em uma sociedade que espera que todos os problemas societais sejam elucidados por um grupelho de iluminados consagrados por uma maioria que tem como símbolo de orgulho maior o futebol, a caipirinha e os glúteos fartos. (ZANELA; 2008a)
Não é com grandes discursos e belas poses que se edifica uma sociedade democrática, mas sim, com discretos e ordinários costumes que reflitam estes discursos e é isso que tanto nossa sociedade e nossas escolas carecem para que nossos alunos aprendam como se deve viver em uma sociedade democrática. Por fim, quando se afirma que “a não compreensão do processo histórico e as causas que levam as mudanças
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significativas no curso da história” (SANTOS; 2008, p. 02), está-se afirmando algo de grande relevância, todavia, devese fazer algumas ressalvas. Um dos problemas que muitas das vezes se tem na interpretação
dos
processos
históricos
é
que
as
vias
interpretativas se encontram viciadas por uma ótica marxista que
procura
ver
lutas
de
classe
em
todas
as
searas
da
sociedade e não compreender o devir humano através do tempo, principalmente políticas
quando
de
nossa
estamos
tratando
sociedade,
tal
das
qual
instituições
nos
explica
o
historiador José Murilo de Carvalho (1998). De
mais
filosófica
que
100.000.000
de
a
mais,
conseguiu pessoas
em
o
cremos feito
nome
de
de
que
uma
ceifar
uma
corrente
a
utopia
vida
de
quimérica
(COURTOIS; 1999) não seja uma fundamentação adequada para o desenvolvimento democráticas
de
do
ensino qualquer
e
discussão
sociedade
das que
instituições seja.
Aliás,
maciçamente se discute marxismo como se fosse uma espécie de “sinônimo” de democracia3 o que, por sua deixa, está mui distante da realidade dos fatos, visto que, todos os regimes
3
Basta que lembremos (aqueles que tiveram esta experiência em mocidade) do movimento estudantil. O autor destas linhas lembra clareza como eram as disputas internas e como era a “lisura” processos democráticos do movimento estudantil que, via de regra, majoritariamente controlado por grupos políticos marxistas.
sua com dos era
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marxistas fizeram apenas distribuir de maneira equitativa o terror, a miséria e o medo. É (entenda-se
muito os
mais
cômodo,
professores,
neste
para
os
caso)
se
intelectuais agarrarem
ao
marxismo como uma tábua de salvação, de justificativa para suas intenções (boas ou más) do que compreender a realidade tal qual ela se apresenta em seu assalto a nossas vistas, fazendo as vezes de um entorpecente das almas desarmadas, ou seja, um reles ópio para intelectuais (ARON; [s/d]). Por
fim,
não
será
recorrendo
ao
uso
de
uma
ideologia política (simpática ou não ao professor) que se permitirá a edificação de uma cultura política permeada de valores democráticos, mas sim, a compreensão e a vivência das instituições que são inerentes a um regime democrático. Por sua deixa, uma postura que procure enfatizar a primazia de um viés ideológico (como vem ocorrendo em nosso sistema educacional) apenas contribuirá para um maior firmamento do oclocracia reinante.
3. TRÊS PERGUNTAS
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Na “Democracia
proposta e
de
Escola”
intervenção é
pedagógica
apresentada
três
sobre
questões
norteadoras, as quais seriam:
(i) Qual a versão que trabalhamos os fatos? (ii) O que na realidade pretendemos atingir um conhecimento estático ou um posicionamento crítico? (iii) 3 - Uma única interpretação dos acontecimentos ou diversas versões? (SANTOS; 2008, p. 02)
Bem, primeiramente o objetivo da educação, do ex ducere é guiar o indivíduo para fora da sua esfera subjetiva de
percepção
da
realidade
para
assim
poder
perceber
e
compreender a realidade objetiva e assim, libertar-se de qualquer forma de psicologismo (HUSSERL; 2000) que venha a turvar
a
sua
compreensão.
Trabalhar
as
várias
possíveis
“versões dos fatos” é um ótimo procedimento metodológico desde
que
se
tenha
por
meta
a
compreensão
objetiva
da
realidade. Optar por uma ou outra “versão” é o mesmo que trocar uma versão por uma outra que se tenha maior simpatia. Tal impostura, de modo algum contribui para a edificação de uma cultura democrática de fato, não apenas de nome, mas sim,
para
habilitar
o
indivíduo
a
sempre
se
render
a
qualquer persuasão sem a devida reflexão e análise do que está sendo dito.
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A
mera
confrontação
de
versões
é
apenas
uma
confrontação de discursos que tenham verossimilhança com a realidade, não passando uma ação que se auto-anula. Todavia, se
partirmos
procura
de
de
uma
uma
mera
certeza
confrontação
possível
que,
retórica
apenas
é
para
a
possível,
através de uma depuração dialética (CARVALHO; 1996), teremos um significativo crescimento do horizonte de consciência do aluno (ZANELA; 2008b). Segundo, constantes
na
temos
estrutura
que da
compreender realidade
e
que
há
outros
traços que
são
meramente contingentes. Afirmar que tudo é contingente nega inclusive a nossa própria capacidade de captar e compreender a
realidade,
pois,
se
tudo
é
contingente,
o
que
há
de
constante em nossa capacidade de intelecção que nos permite apreender
e
ampliar
o
nosso
horizonte
de
consciência?
E
mais! O fato de não conhecermos a realidade com a devida clareza de modo algum invalida ou anula a sua existência objetiva. O desconhecimento de algo demonstra apenas a sua ignorância
sobre
o
fato
(total
ou
parcial),
não
a
sua
inexistência. Por fim, de que importa termos várias versões sobre os fatos se desdenhamos a realidade dos mesmos? Aliás, isso é um claro sinal de neurose que, em resumidas palavras,
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nada mais seria que o ato de crer em uma mentira contada por nós
mesmos,
esquecendo
que
foi
o
próprio
sujeito
que
a
contou. A validade pedagógica das várias versões que se apresentam dos fatos apenas faz sentido quando o sujeito da intervenção
pedagógica
tem
ciência
de
sua
condição
de
sujeito histórico e isso, meus caros, é uma questão deveras delicada em uma sociedade como a nossa. Aliás, em qualquer sociedade. Uma educação que se preze como tal, não procura instigar um aluno a criar ou se apegar a uma versão de um ou outro fato, mas sim, instrui o indivíduo a desejar conhecer e ter paciência e perspicácia na investigação da realidade. Ensinar os alunos a não falarem como papagaios que repetem o que ouvem com ares de superioridade postiça, mas sim, a silenciar-se diante do que não compreendem e investigar para poder-se ter uma clara compreensão do que está assaltando as vistas de nossa alma, assim se aprende a não ser manipulado por quem quer que seja. Fora desta perspectiva, perdoe-nos a franqueza, a educação
apenas
servirá
para
alimentar
oclocracia que impera nestas paragens.
mais
e
mais
a
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Antes
de
nos
preocupar
em
apresentar
para
os
educandos as mais variadas “versões” do que seja democracia, é
de
fundamental
importância
que
os
educandos
sejam
instruídos sobre o que é a democracia, de fato, e em que consiste
um
Estado
proceder
por
este
Democrático viés
o
aluno
de
Direito.
apenas
Se
estará
não
se
como
um
barquinho de papel perdido em meio a um mar agitado de versões sem fim, mas sem ter em vista um bom porto seguro conceitual. Depois
disso,
é
fundamental
que
o
aluno
compreenda como funcionam as Instituições democráticas de nosso país e seus problemas e, para tanto, é fundamental que as
instituições
do
Colégio
sejam
realmente
vividas
e
vivifiquem a crença dos alunos, professores, funcionários e pais, na eficácia e validade dos procedimentos democráticos. Não
há
necessidade
de
que
se
apresente
um
professor
“diferente” em um colégio como vemos no filme clássico, “A Sociedade dos Poetas Mortos”. Em uma educação democrática há-se
a
necessidade
de
professores
que,
abnegadamente,
ensinem mais com o seu exemplo do que com palavras vazias.
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REFERÊNCIAS
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