A Fortaleza/Palácio de S. Lourenço
Sala do Palácio de São Lourenço
A construção do primitivo baluarte foi ordenado em 1540 por D. João III. Em 1566, com o assalto dos corsários huguenotes, reconheceu-se a inoperância do mesmo, tendo-se avançado com a total transformação a cargo dos fortificadores Mateus Fernandes e Jerónimo Jorge, dando-lhe a forma do desenho traçado em 1654 por Bartolomeu João.
O conjunto destaca-se na frente marítima pela sua imponência. O torreão leste
sobressai por evidenciar as marcas da primitiva construção com é o caso das armas manuelinas em cantaria da ilha A partir da ocupação filipina o edifício foi reservado a morada das autoridades superiores da ilha, perdendo as funcionalidades de fortaleza e adquirindo as de palácio de acolhimento de visitantes ilustres, convidados dos governadores no decurso dos séculos XVIII e XIX. O próprio rei D. Carlos I nele pernoitou em 1901. São vários os motivos de atenção e visita. Assim, no primeiro piso temos a sala gótica com abóbada de nervuras assentes com cinco ramos, fechada por uma Cruz de Cristo. Ainda, na entrada são de registar os retratos das autoridades da ilha: os capitães do Funchal, os capitães e governadores gerais e os governadores civis. Abaixo do plano da muralha, que se espraia sobre a baía, estavam as célebres fontes de João Dinis, destruídas em 1949 e que nos séculos passados abasteceram a navegação. Em 1993 foi inaugurada uma exposição permanente que conta a História do imóvel.
O Castelo do Pico O Castelo do Pico é, sem dúvida, a mais imponente fortaleza construída pelos castelhanos na ilha. Situa-se no Pico dos Frias e foi idealizado para encerrar a cortina de muralha que envolvia a cidade pela frente marítima. A construção foi morosa, tendo a primeira campanha de obras, que se iniciou nos primeiros anos do século XVII, só terminado em 1632, conforme o testemunha a data que encima o portão exterior. Entretanto, a cisterna ostenta a data de 1639 e a capela só foi concluída em 1730
Uma lápide refere-nos que o governador Luiz de Miranda Henriques concluíu em 1640 as obras do castelo com os baluartes e capela de S. João Baptista. Este último deu nome ao conjunto e retirou da memória os filipes, pois era chamada de S. Filipe. Hoje está ao serviço da Marinha e funções de apoio à navegação marítima. Como posto de rádio naval desde 1922, que deu origem à popular designação de Pico Rádio.
O Castelo do Pico
A Fortaleza de S. Tiago
Fortaleza de S. Tiago
A fortaleza de S. Tiago foi construída no período da dominação filipina para remate da cortina da muralha que defendia a cidade. Um dos pórticos ostenta o ano de 1614, como o do início da construção, que ficou concluída em 1637. Os conflitos mundiais, de finais do século XVI a princípios do seguinte, motivaram forte instabilidade no mar. Isto resultava da guerra de represália dos corsários franceses e ingleses. Por isso uma das primeiras preocupações dos governadores castelhanos foi a salvaguarda da cidade, com o reforço da cortina de defesa da cidade. A solução ficou por duas imponentes fortalezas: do Pico e São Tiago. Os planos são de Jerónimo Jorge e Mateus Fernandes, fortificadores da ilha.
Ao longo dos séculos devido à função militar sofreu transformações, sendo a campanha de obras mais importante no século XVIII, sob a orientação do engenheiro Francisco de Alincourt. A data de 1767 que ostenta na porta deve marcar o fim destas obras. A partir de 1992 o imóvel transitou para a posse do Governo Regional da Madeira, para actividades culturais e montagem de um museu militar. Hoje alberga o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, onde se incluem as peças pertencentes ao acervo artístico da região, fruto de aquisições e ofertas a partir da década de sessenta.