Conhecendo O Perispirito

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CONHECENDO O

PERISPÍRITO SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA JOANNA DE ÂNGELIS

D

o grego péri, ao redor. Envoltório semi-material do Espírito. Nos encarnados serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria; nos desencarnados, constitui o corpo fluídico do Espírito. Por ter sido o termo criado pelo espiritismo, ninguém melhor que Kardec para o definir: “Perispírito é o traço de união entre a vida corpórea e a espiritual”. É por seu intermédio que o Espírito encarnado se acha em relação continua com “O PERISPÍRITO SUPORTA TRANSFORMA- os desencarnados; é em suma, por seu intermédio que ÇÕES SUCESSIVAS; ELE SE ETERIZA, CADA se operam no homem os fenômenos especiais, cuja causa VEZ MAIS ATÉ A DEPURAÇÃO COMPLETA, fundamental não se encontra na matéria tangível e que, por essa razão, QUE CONSTITUI OS ESPÍRITOS PUROS” parecem sobrenaturais. O Perispírito é ex- São Luís, Paris , 1859 - O Evangelho Segundo o traído pelo Espírito do meio onde se encontra, isto é, Espiritismo esse envoltório ele o forma dos fluídos ambientais conforme seja mais depurado o Espírito, seu Perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluído peculiar ao mundo onde ele encarna. Tem um número muito grande de funções, das quais podemos citar: • Como aparelho de comunicação do Espírito para o corpo e vice-versa. • Fazer com que o Espírito possa atuar sobre a matéria e reciprocamente. • Armazenar, registrar, conservar todas as percepções, vontades e idéias da alma. • Deter sem falhas, os mais fugidios pensamentos e sonhos. • Conservar nossa personalidade, pois é nele que reside a nossa memória. Tendo a matéria que ser objeto do trabalho do Espírito para desenvolvimento de suas faculdades, era necessário que ele pudesse atuar sobre ela, pelo que veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta. Tendo a matéria que ser ao mesmo tempo objeto e instrumento de trabalho, Deus em vez de unir o Espírito à “pedra rígida”, criou para seu uso o Perispírito, capaz de receber todos os impulsos de sua vontade. Conhecido pelos estudiosos desde a mais remota antigüidade , tem sido identificado numa gama de rica nomenclatura, conforme as funções que lhe foram atribuídas nos diversos períodos que duravam as investigações. Veja quadro abaixo: ESCOLAS/CIENTISTAS

DENOMINAÇÃO

Aristóteles Budismo esotérico Cabala hebraica Leibniz Orígenes Pitágoras Paracelso Paulo de Tarso Vedanta (*)

Corpo sutil e etéreo Kama-rupa Rouach Corpo fluídico Aura Carne sutil da alma Corpo astral Corpo espiritual ou incorruptível Manu, Maya e Kosha

(*) Sistema filosófico ortodoxo da Índia. Dentro de um universo de particularidades que envolvem o Perispírito, três merecem um pouco de nossa atenção: 1. CORDÃO FLUÍDICO - Chamado de Cordão de Prata, liga o corpo ao Espírito, normalmente em desdobramentos vemos o Cordão de Prata, esta ligação se faz necessária para que se achem sempre em contato. Por meio dele podemos identificar o Espírito de um encarnado no plano espiritual. 2. DUPLO ETÉRICO - Campo energético apropriado entre o Perispírito e o corpo físico, é uma zona vibratória ocupando posição de destaque nos fenômenos conhecidos de materialização. É semi-material, porém formado duma matéria mais grosseira que o Perispírito. Podemos considerar o duplo como uma extensão mais grosseira que o Perispírito, sendo que o mesmo retém uma maios quantidade fluídica de consistência organo-molecular (Fisiológica) que psíquica, ele é um campo mais denso que o perispiritual por onde as energias espirituais “condensam” em direção ao corpo. 3. AURA - É claramente compreensível que todas a s agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulam através de sinergias funcionais a se constituírem de recursos que podemos nomear “tecidos de força”, em torno dos corpos que as exteriorizam.

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odos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos, se revestem de um “halo energético” lhes correspondem a natureza. No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento continuo que, em se ajustando às emanações do campo celular lhe modelam em derredor da personalidade o conhecido Duplo Etérico. Aí temos nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais , a aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao mesmo tempo que parece emergir dele, à maneira de um campo ovóide, não obstante a feição irregular em que se configura. Valendo por espelho sensível em que todos os “O Cordão de Prata tem estados da alma se estampam com sinais característicos e em que este nome porque, sendo todas as idéias se evidenciam , plasmando telas vivas. composto de partículas A leitura da aura é uma em rotação rápida, de to- técnica de avaliação das condições espirituais das pessoas através das as cores em existên- da vidência. O Perispírito por sua cia, parece prateado.As tessitura, organização, flexibilidade e expansibilidade, fornece cores em miríades refle- inúmeras condições de ação ao Espírito, mesmo quando tem-se para o clarividen- encarnado, condições essas que podemos chamar propriedades do te como um prateado Perispírito, sem com isso , desconhecermos que o propulsor de puro, azulado-branco.” todas e qualquer ação é o Espírito. Sistematicamente temos: • APARIÇÕES - por sua nature- Lobsang Rampa - A Sabedo- za e em seu estado normal, o Perispírito é invisível. Pode ele ria dos Lamas. sofrer modificações que o tornam perceptíveis à vista, quer por meio de condensação, quer por meio de uma mudança da disposição das moléculas. Aparecendo então sob uma forma vaporosa. • TANGIBILIDADE - Conforme o grau de condensação do fluído perispíritico pode, mesmo chegar a tangibilidade real, ao ponto de o observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si. • TRANSFIGURAÇÃO - O fenômeno da transfiguração pode operar-se com intensidade muito diferentes, conforme o grau de depuração do Perispírito , grau que corresponde a evolução moral do Espírito. Cinge-se , às vezes, a uma simples mudança no aspecto geral da fisionomia, enquanto que doutras vezes dá ao Perispírito uma aparência luminosa e esplêndida. • BIOCORPORIEDADE - Quer o homem esteja encarnado, quer desencarnado, traz sempre o envoltório semi-material que pode tornar-se visível. Isolado do corpo o Espírito pode mostrar-se com todas as aparências da realidade. Este fenômeno é conhecido pelo nome de bicorporiedade. Uma ressalva: - Não devemos confundir a bicorporiedade com a bilocação. Para ocorrer a bicorporiedade, carece que o Espírito se desloque e , onde se manifeste, necessário produza transformações em sua constituição molecular perispiritual; já para bilocação, é necessário que se dê apenas a primeira parte do fenômeno, pois o Espírito pode se desprender sem contudo ser visto ou percebido pelos sentidos comuns. • PENETRABILIDADE - O Perispírito pode atravessar todos os tipos de matéria, como a luz atravessa os corpos transparentes. O Perispírito pode sofrer marcas, mutações e lesões que só um trabalho fluídico pode reparar, seja pela ação fluídico-magnética, seja pela mentalização equilibrada. comprova o fato de vermos, ouvirmos e sabermos de tantos Espíritos desencarnados que trazem profundas marcas, fortes deformações em seus Perispíritos como decorrência de desvios pretéritos, regeneráveis pela assimilação moral de uma doutrina cristã, conjugada à terapia do passe, e todo um processo de arrependimento e reforma íntima que, no seguimento , se estabiliza via etapas reencarnatórias corretivas. Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu Perispírito, o liga ao gérmen que o atraí por uma força irresistível, desde o

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momento da concepção. A medida que o gérmen se desenvolve , o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o Perispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu Perispírito, “se enraíza, de certa maneira neste gérmen como uma planta na terra”. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, nasce então o ser para a vida exterior. Segundo dizem estudiosos conceituados (e que merecem o nosso crédito) a união completa com o Perispírito se dá numa fase que vai dos 06 a 08 anos. No desencarne o Perispírito se desprende molécula a molécula conforme se unira, porém numa aceleração maior, e ao Espírito é restituída a liberdade. Assim, não é a partida do Espírito que causa a morte física; esta é que determina a partida do Espírito. Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o Perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto , nos fenômenos fisiológicos e patológicos. O invólucro fluídico do ser, depura-se, ilumina-se ou obscurece-se , segundo a natureza elevada ou grosseira dos pensamentos em si refletidos. Qualquer ato, qualquer pensamento, repercute e grava-se no Perispírito. Daí as conseqüências inevitáveis para situação da própria alma, embora esta seja sempre senhora de modificar o seu estado pela ação que exerce sobre o seu invólucro. everte-se , portanto, de significativa importância o Perispírito nos campos energéticos da evolução por este urdir não só de fluídos eminentemente físicos, densos, mas por igualmente ser atingido com as emanações psicomentais do Espírito, seu detentor. No passe o Perispírito tem um papel importante, pois desempenha a vontade em todos os fenômenos de magnetismo, assim se explica a faculdade de cura pelo contato e pela imposição das mãos. Podemos inserir que, como o Perispírito é o meio de veiculação da vontade do Espírito, cabe a ele o papel transformador e reativo nos e dos fluídos , especialmente quando movimentados nos trabalhos de passe. O Perispírito, este nosso companheiro de estrada ou, melhor dizendo, este nosso indumento, necessita ser bem conhecido; afinal, não se trata de uma mera vestimenta física ou de uma insígnia para fazer registrar o “status”de seu possuidor. Muito mais que isso, é uma “máquina” multiuso, de poderes tão variados e para atendimento de finalidades tão diversas que desconhecê-lo é , no mínimo, desperdício injustificável, mormente por quem quer extrair-lhe os “melhores produtos”. Assim como um computador, que quase nada vale se não sabemos usá-los, o Perispírito perde muito de suas potencialidades se lhe atribuirmos apenas a importante, mas limitada, função de gerenciar as atividades diretas e exclusivas de ligar o Espírito ao corpo. Assim como o computador não é, em si mesmo, inteligente, o Perispírito igualmente não o é por não ser o Espírito; enquanto o computador guarda funções e executa tarefas tão avançadas e de maneira tão eficiente, por resoluções que evidenciam a inteligência do homem que concebeu e o opera, o Perispírito por um automatismo divino, interpreta o Espírito que lhe preside a vida. Através do Perispírito podemos avaliar funcionamento, limites e regências de leis na elaboração do relacionamento que temos, cada um de nós, com a matéria; e por ser fluídico, temos como comprovar que sua estrutura funcional obedece às leis dos fluídos e portanto, dirigido pela ação psíquica do seu senhor, o Espírito.

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FONTES O Livro do Médiuns - Allan Kardec Obras Póstumas - Allan Kardec Revista Espírita Allan Kardec - Maio/1858

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