Boletim Informativo Nº 3
Abril 2009
Editorial
Porque eu, acredito!
O ano 2009 é um ano cheio de trabalho para os partidos políticos. São três os actos eleitorais que vamos enfrentar: as eleições Europeias, as Legislativas e as Autárquicas. São sem dúvida as últimas, as Autárquicas, as que mais mobilizam e motivam os cidadãos, pois trata-se da eleição de pessoas conhecidas, mais próximas de cada um, que irão desempenhar uma função que “mexe” directamente com o seu quotidiano e das suas famílias.
Eis a razão por que me candidato. Acredito no meu concelho, acredito nas suas gentes e, acima de tudo, acredito ser capaz de fazer melhor. Foi por acreditar que desde os meus 19 anos decidi dar o meu contributo, participando na vida activa do concelho, quer a nível político quer a nível cívico, participando e colaborando com várias instituições, algumas das quais ajudei a fundar. Fui, ao longo destes anos, um inconformado e manifestei-o, mesmo sabendo do ónus pessoal que essa postura acarreta. Fui crítico, dei sugestões, fiz e apresentei propostas, e sempre com um sentimento, o de acreditar. Acreditar, tendo a certeza que era a voz da razão, a voz de quem está atento, a voz de quem entendia que as coisas, a levar o caminho que levavam, só podiam chegar ao que chegaram! O resultado está à vista... Aceito ser candidato. Não, eu devo ser candidato! Não pode alguém passar tantos anos a falar e a criticar e quando chega a hora de mostrar o que vale, intimidar-se. Eu não sou cobarde. Eu acredito naquilo que sempre defendi ao longo dos anos e acredito que, mesmo ao estado a que as coisas chegaram, ainda é possível inverter esta tendência. Para isso são necessárias duas coisas. A primeira, amarmos e sentirmos a nossa terra, darmos provas de, desinteressadamente, nos dedicarmos a ela, não o fazendo só quando nos pagam para isso. A segunda, é acreditarmos num projecto e numa estratégia para o concelho, voltados para todos, que conte com todos e em que os melhores vejam as portas abertas para dar o seu contributo. Candidato-me contrariando a opinião dos meus conselheiros, os meus verdadeiros amigos, aos quais peço desculpa de não ouvir, mas na vida há momentos em que um passo em frente é difícil porque a tarefa é árdua, mas um passo atrás define-nos o carácter e eu não temo o combate! Acredito naquilo que sinto pelo meu concelho, acredito nesta vontade grande de fazer e acredito que o povo me vai pôr à prova. Eu acredito!...
Mas falar de eleições Autárquicas é, por aquilo a que nos fomos habituando, falar de promessas e mais promessas. Aí vêm aqueles que ao fim de sete anos e meio de tão pouco fazerem, e de tantas promessas por cumprir, mais uma vez virão dizer que agora sim, agora é que é, agora é que as obras vão arrancar; o desenvolvimento e o progresso vêm já aí!! Infelizmente, mais uma vez não vai ser assim. Não vai ser assim porque este executivo, agora, para além da falta de visão estratégica, de uma política meramente eleitoralista, do favorecimento de uns em detrimento de outros, de falta de poder reivindicativo, terá que juntar a tudo isto a situação financeira a que levou a autarquia. Basta! É tempo de falar verdade, é tempo de dizer aos macedenses que as coisas não estão bem. Para mudar de políticas e atitudes a hora chegou. Se o não fizermos continuaremos a hipotecar o nosso futuro e o futuro do nosso concelho. Existe alternativa. Existe a possibilidade de um novo rumo. Um rumo definido e estratégico, objectivo e determinado, a pensar nas pessoas (todas), nas instituições, nas empresas= no concelho. Acreditem! Por Macedo, eu e o Partido Socialista estaremos sempre prontos a lutar.É preciso mudar! Rui Vaz
ZONA INDUSTRIAL Em sede de elaboração e aprovação do PDM, em 1993, ficava definida a localização da futura Zona Industrial de Macedo de Cavaleiros. Convictamente, sempre defendi esta localização privilegiada, no entroncamento do IP2 com o IP4, no centro do nosso Distrito e a meio caminho entre os centros industriais de Valladolid e do Porto. Elaborou-se o projecto, o estudo de impacto ambiental, candidatou-se a primeira fase a fundos comunitários e a obra fez-se. Os candidatos eram mais que os lotes disponíveis, a expectativa era grande e havia um quadro comunitário a que os empresários podiam candidatar-se. No entanto ainda era necessário transpor um obstáculo – a ligação directa ao nó do IP4/ IP2. Depois de muitos contactos e muitas reuniões com o poder central, ao nível ministerial, conseguiu-se que a execução da obra ficasse da responsabilidade do IEP (Instituto de Estradas de Portugal), mediante condições a negociar com este organismo da administração central. Sucederam-se as reuniões em Lisboa e Coimbra e finalmente surgiu um acordo para a construção do nó de ligação, cujo custo, na altura, era de cerca de 700 mil contos. O acordo, basicamente, era o seguinte – O ICER (Instituto para a Conservação e Exploração Rodoviária)
elaborava um novo projecto no prazo de 2 meses, o IEP executava a obra e reabilitava a EN15 que se tornaria municipal. Foi elaborada a minuta de contrato e aprazou-se para Janeiro a sua assinatura, pelo que, durante o ano de 2002 teríamos as vantagens irrefutáveis da nossa Zona Industrial disponíveis e “à mão de semear” dos empresários, através do IP2 e IP4. Mas, em vésperas de Natal de 2001, os Macedenses entenderam retirar ao PS e a mim próprio a responsabilidade de concretizar este e muitos outros projectos. Mesmo assim, por amor à terra e às gentes, e por dever junto dos que me elegeram Deputado, à falta de iniciativa e de ambição de outros, empenhei-me no sentido de conseguir que o actual Governo garantisse a construção do nó. E pela voz do Secretário de Estado, do ministro das Obras Publicas e do Primeiro ministro, garantiu!!! Anunciada publicamente a garantia, haveria que acompanhar, estar atento, pressionar=(e já teríamos a ligação), em vez de aguardar sonolentamente que a maçã caia madura. Recordo um dia de feira do Verão de 2001, em que o Eng.º Beraldino distribuía afanosamente aos Macedenses um comunicado insurgindo-se pela não existência da ligação à Zona Industrial= Já lá vão mais de 7 anos!!! Por, Luís Vaz
Q uando voltamos atrás no tempo e recordamos o empenhamento daqueles que trabalharam no projecto da Zona Industrial de Macedo, e quando olhamos para o presente, surge sim uma sensação de tristeza. Havia uma enorme convicção da sua importância... É quase uma década e queríamos ver mais. Neste espaço de tempo vimos desenvolver outras zonas industriais no distrito e a nossa, privilegiada geograficamente, foi sendo colocada num plano inferior. Alegam-se motivos, justificações e desculpas mas nós apenas queríamos que tivessem agarrado com força este projecto, pelo bem do concelho. Isso sim era ajudar as populações e criar riqueza. No mundo actual é quase proibida a distracção. As oportunidades agarram-se hoje. A concorrência é forte e nós temos que estar à frente. Sempre. Página 2
(Ab) Usos do poder... Todos temos a noção da importância do poder autárquico e do que este, enquanto poder de proximidade, representa junto das populações. O papel de Presidente de Junta de Freguesia é, sem dúvida, um papel de paciência, de voluntarismo, de compreensão e de competências ao serviço da população de cada freguesia. Com a desertificação, que persiste em continuar a escoar o interior do país, um novo problema se coloca, o cumprimento das exigências do processo eleitoral. Há aldeias em que já é difícil arranjar pessoas disponíveis para a constituição de listas. Sem dúvida que a realidade do interior profundo do país nos leva a pensar na urgência de alteração da lei eleitoral e/ou a alteração da divisão administrativa do território. Sem demagogias nem hipocrisias, sabemos que essa actualização à realidade tem que ser feita. Se o não fizermos tornaremos cada vez mais difícil o processo democrático nas autarquias, ficando o mesmo sujeito a um jogo pouco claro e de verdadeiro (ab)uso do poder no tratamento deste processo. E aqui aparecem aqueles que, sem pudor, não hesitam em criar mecanismos para adulterar o processo, desde logo, montando estratégias de pressão e de manipulação. Para
que tudo isto possa alcançar a sua máxima expressão, basta não ter pudor e não respeitar a ética democrática, permitindo que o presidente da Comissão Política Concelhia, vereador eleito e em serviço a tempo inteiro, com a responsabilidade do pelouro das freguesias, goze do direito de sobrepor o seu lugar partidário ao outro para o qual foi democraticamente escolhido. Passamos assim a ter uma pessoa paga pela autarquia ou seja, por todos nós, com todo o tempo do dia, com viatura e telefone ao dispor, sem qualquer limitação de utilização, para poder tratar de assuntos da concelhia do seu partido! Quem vai pôr em causa a presença do senhor vereador a qualquer hora do dia, em qualquer aldeia? Quem vai desconfiar se para além de matérias do foro da autarquia, o senhor vereador vai “casualmente” encontrar alguém com quem precisava de falar para tratar de assuntos do partido e, em particular, do processo eleitoral? Pois é, é aqui que todo o processo faz a diferença. Uns utilizam os meios públicos, outros terão de se servir dos seus automóveis, do seu escasso tempo livre, do tempo que retiram às famílias e do dinheiro que os partidos não dão. Na ausência da ética, da moral e das regras democráticas o (ab)uso do poder fica para os “chicos espertos”!
Vinhais
H
á coisas que, por muito que tentemos, são difíceis de perceber! Então se uns têm verba, embora com orçamentos mais curtos, porque será que outros deixam “morrer” as coisas alegando falta de dinheiro?! Vejam as fotos a cima. Uma simples iluminação, a manutenção dos equipamentos daquele que é o espaço mais nobre da nossa cidade não mereciam um pouco mais de cuidado? À noite, quem passa pelo Jardim 1º de Maio não vê qualquer iluminação ao edifício da Câmara e o jogo de água continua para ali abandonado. Falamos deste caso em particular, mas podíamos citar outros. É esta imagem de desleixo que queremos mostrar a quem nos visita?
A Secção do Partido Socialista de Macedo de Cavaleiros convida-o a consultar e a participar no seu Blog.
http://um-novo-rumo.blogspot.com Email:
[email protected] Página 3
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A VIA SUL (ainda!) Sabem porque razão as construções do lado esquerdo da Av. Comendador António Joaquim Ferreira estão tão recuadas(1)? É que há uns bons anos atrás, no tempo do Presidente “Pescadinha”, já se pensava que um dia esta avenida seria intervencionada, perspectivando-se o seu alargamento e contemplando a existência de mais
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faixas de rodagem e de um separador central. O que o Sr. Presidente da Câmara da altura não previa é que um dia chegaria um outro executivo Camarário que a tornaria ainda mais estreita(2). Era suposto termos evoluído nas ambições e horizontes para Macedo, mas não. Neste caso, os mais antigos eram bem mais perspicazes que os actuais! Nota: Reparem= “Tinha” árvores!
Comparem as entradas destas duas vilas do distrito com a “Via Sul”, na nossa cidade. Conseguem perceber as diferenças? Visão de urbanidade, sem dúvida.
Av. Nuno Álvares Pereira / saída para Mirandela (muro) / Av. Com. António Joaquim Ferreira Bem, ao ritmo a que as coisas se fazem por cá= Ainda por cima se os projectos justificassem a espera= Enfim, é o que se arranja por agora, até ao fim deste longo e pouco profícuo mandato. Como poderemos esperar por voos mais arrojados?! Esta Câmara não sabe voar, iohoh! Ai, Ai, Macedo!...
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Cuidado! É necessário e urgente relançar Macedo no contexto do Nordeste Transmontano. Macedo “Coração do Nordeste” é, para além de um estatuto, um sentimento que os macedenses não querem perder. É inquestionável o facto de Macedo, nos sete últimos anos, ter perdido o seu protagonismo face às vizinhas cidades de Mirandela e Bragança, e o distanciamento que estas almejaram em relação a Macedo é incontornável. Sabemos que, relativamente à hierarquia dos concelhos do distrito, Macedo ocupou sempre o terceiro lugar. No entanto, se as tendências dos últimos sete anos, seguramente, o posicionamento do nosso concelho irá alterar-se. Corremos o risco de ver um concelho emergente como Mogadouro, pese embora a sua localização geográfica, beneficiando de novas acessibilidades (IC5) e de uma nova dinâmica, vir a ocupar o lugar que Macedo sempre ocupou. São vários os indicadores que nos vão chegando desta realidade, apesar de não vermos, nas políticas desta nossa autarquia, qualquer sinal ou tendência para alterar este estado de coisas. Há factores que provam esta situação e para dar um exemplo, entre muitos que poderiam ser dados, atentemos no relatório da EDP relativo ao ano 2008, segundo o qual, a empresa efectuou em Mogadouro 5 ligações de Média Tensão. Estes dados significam que no ano 2008 se instalaram em Mogadouro 5 novos clientes de Média Tensão para a EDP, podendo estes ser empresas de médias dimensões ou instituições públicas. Mas o mais preocupante é saber que o mesmo relatório indica que em Macedo, no mesmo período, não foi feita qualquer ligação em Média Tensão! Será possível ficar indiferente? E que fazem os nossos autarcas para contrariar estes dados? NADA!! Estão unicamente preocupados como controlar as instituições do concelho e como ganhar as próximas eleições! (Perdoem a frontalidade)
Estalagem do Caçador Restaurante Muchacho Residencial/ Rest. Costa do Sol Espaços de referência de Macedo de Cavaleiros encerrados. Será que podemos retirar alguma conclusão? Onde estão as pessoas que se diz pretender cativar através das políticas de turismo? Onde está a real promoção da qualidade da “marca” (inexistente) Macedo? Onde está o interesse, empenhamento e trabalho com as entidades e os empresários do concelho?
Teste à atenção dos munícipes: 1. a) Sabe quantos metros de guias de passeio em granito tem o separador central da Avenida da Estação? b) Sabe quanto custaram as guias e seu assentamento, na 1ª fase da obra? c) Sabe o que fez a Câmara às guias iniciais, na transformação do referido separador central? 2. a) Agora que estamos em ano de eleições, sabe quantas carradas de paralelos já foram descarregadas pelas aldeias do concelho? b) Sabia que numa das aldeias a carrada de paralelos que lá descarregaram há 4 anos ainda estão no mesmo sítio?! Sabe qual é a aldeia? 3. Sabe em quanto aumentou a despesa corrente da Câmara de 2001 a 2008? 4. Sabe qual era o valor da dívida a fornecedores em 31 de Dezembro de 2008? Soluções: 1.a) 850 m; b) +/- 20.000,00€; c ) Enterrou-as porque achou que não serviam para mais nada; 2. a) Como são 67 aldeias, ainda não conseguimos contá-las todas; b) Resposta no próximo Boletim; 3. Aumentou 4 milhões de euros (quase o dobro); 4. 6.900.000,00€!
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um olhar menos atento sobre a nossa cidade, diríamos estar tudo na mesma, uma cidade parada no tempo. Não podíamos estar mais enganados! Macedo é, hoje, uma cidade com menos vida, menos gente, menos horizontes, menos oportunidades, menos jovens! O actual executivo está a acabar com a Macedo de Cavaleiros www.juventudesocialista.org/concelhiamaccavaleiros vivacidade da nossa jovem cidade. Jovem pois só é cidade desde 2000, tendo tudo para crescer, isto é, se ninguém apagar a chama, a irreverência, própria da juventude! Falando de juventude, qual será a noção de juventude do nosso executivo camarário? Transcrevendo directamente da aba juventude do site da Câmara Municipal: “Reportando-nos aos Censos de 2001, 28,5% da população do Município tinha menos de 25 anos. Esta importante franja da população tem disponível um importante conjunto de equipamentos (a Loja Ponto Já, as Piscinas Municipais, o Espaço Internet do Centro Cultural, o Pavilhão Desportivo e a Biblioteca Municipal) e iniciativas (formação em teatro, dança, desporto e férias desportivas) que visam contribuir para a sua formação e desenvolvimento. A aposta mais recente da Câmara Municipal, no âmbito da juventude, reside na vontade de construir uma Pousada da Juventude e um novo Pólo Escolar”. Será esta uma correcta noção de juventude? É disto que os jovens precisam? Entende-se que até aos 14 ou 15 anos, um jovem tenha como principais necessidades as piscinas, o espaço Internet, o pavilhão desportivo, formação em teatro, dança e desporto, mas, como é referido no mesmo excerto, jovens são os menores de 25 anos, não de 15! Um aluno do secundário precisa de muito mais. Precisa de formação profissional, de horizontes, de perspectivas de futuro, já para não falar dos universitários, que precisam de locais para estagiar, para confirmar a sua vocação. Ainda nesta faixa etária, temos os licenciados que precisam de empregos qualificados que lhes permitam evoluir na sua carreira profissional, não esquecendo os jovens trabalhadores que, não concluindo os seus estudos, não tem de ser obrigados a ter um emprego sem prognóstico de futuro. Depois desta pequena apreciação fica a pergunta: Há em Macedo verdadeiras políticas de juventude?
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Presidente, há uma coisa que me intriga!...
Então que se passa, Barrosão?! O que t’intriga?
Hum… Deixa cá ver… ão sei o que se passa, mas vou-me informar.
Porque será que nos chamam “merendeiros”?
Bairro do Padrão Lembra-se da foto desta mesma fonte no Boletim anterior? Chegou a ver as grades? Eram para proteger as crianças!? Agora veja a foto actual... Não se esqueça de ir passear por lá com as suas crianças e atreva-se a ter uma distracção...!!!
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