Nut. Olívia P. Galvão De Podestá
Krieger através de autópsia em pacientes desnutridos, observou uma diminuição de 30% do peso usual do figado e coração, além do baço, rins e pâncreas. Esta é uma das razões que pessoas depletadadas apresentam maior risco de complicações após cirurgia ou doenças agudas. Funções: Mental; Muscular; Renal e Cardiovascular; Respiratória; Gastrointestinal; Termorregulação; Imunológica; Cicatrização de
•
Os escores de ansiedade e depressão elevam-se, só se
recuperam lentamente com a realimentação; •Deficiências vitamínicas específicas, como Tiamina (vit.
B1) e vitamina B12 (cobalamina), resultam em função cerebral prejuducada, assim como alterações no cálcio, magnésio e fosfato. Fontes de Tiamina (B1): carne de porco, castanhas, aveia, laranja, ervilha, bife de fígado,feijão preto, massas. Fontes de B12: bife de fígado, peixes(arenque, salmão, atum), carne vermelha, leite, ovos. Fonte de cálcio: leite e derivados, folhas verdes escuras, castanhas. Fonte de magnésio: semente de abóbora, castanhas, abacate. Fonte de fosfato: sementes de abóbora e girassol, soja, carnes, gérmen de trigo, peixes.
• Após poucos dias em jejum há um declinio
das funções das células musculares e continua a medida que se perde massa muscular.
•Durante a recuperação do estado nutricional,
esta função melhora 10% a 20% já nos primeiros dias.
•Destruição do musculo cardíaco ocasiona
diminuição da débito cardíaco, bradicardia e hipotensão. Carências específicas como a Vit. B1 desencadeiam arritmias.
•Diminuição da excreção de água e sal, fazendo
com que o espaço extracelular corporal se expanda – “edema da fome” ou edema carencial.
• Aperda de mais de 20% da proteína corporal
afeta a estrutura e função dos músculos respiratórios ( massa do diafragma + força da musculatura respiratória + ventilação voluntária máxima + estímulo respiratório neural); •Tosse ineficiente e menor resistência contra
micróbios.
•Menor absorção de lipídios, dissacarídios e
glicose; •Menor produção de suco gátrico, pancreático e
bile (= disabsorção); DIARRÉIA!
• Transtorno da flora intestinal, podem levar a spse
e a falência de multiplos órgãos.
•Atofia da mucosa (vilosidades e criptas
tornam-se menores);
• Desnutrição interfere na resposta
termogênica ao frio, diminui as respostas vasoconstrictoras; • Quedas de apenas 1 a 2C, já afeta as funções
cognitivas e pode ocasionar: incoordenação motora, confusão mental e fraqueza muscular (acidentes em idosos); • Grandes desnutridos não manifestam febre
mesmo ma vigência de infecções.
• Reduz a proliferação dos linfóciotos T; • Fagositose, quimiotaxia, e destruição
intarcelular de bactérias tornam-se inadequadas por falhas do sistema complemento; • Falhas no metabolismo das citocinas, se
hipoalbuminemia; •Deprime-se o metabolismo das interleucinas
•As feridas não se fecham eficientemente, as
etapas iniciais da cicatrização são retardadas. Uma dieta apropriada (Hiperprotéica) pode melhorar este processo após uma semana.
Sobotka,2008.
Fatores de Risco para o Estado Nutricional do Idoso 1. Fatores Socioeconômicos: Ingestão Inadequada de Alimentos; (obtenção e à forma de preparo do alimento, consumo alimentar em fç da rendaMaior rendamaior a escolha por alimentos processados).
Pobreza; (difícil acesso aos alimentos e pequena variedade de escolha-carnes, hortaliças e frutas, leite e derivados. O idoso como única fonte de renda fixa da família).
Saúde Oral. (aumento da cárie, infecções peridontais e à utilização de próteses dentárias mal ajustadas e xerostomia – antidepressivos/diuréticos/sedativos/tranquilizantes/anti-hipertensivos. Menor consumo de carnes, frutas e vegetais e um aumento do consumo de doces, levando a uma perda da qualidade da dieta e carências de ferro, vitaminas – C, folato e betacaroteno). PNSN(INAN, 1992) Frank, 2002.
Fatores de Risco para o Estado Nutricional do Idoso 2. Fatores Psicossociais: Alimentação fica afetada pelas desordens afetivas, como: perda de amigos e parentes, isolamento social, ausência de um papel social que o valorize, depressão, solidão... Eles podem agir reduzindo a quantidade ingerida ou não se interessando em se alimentar, fazendo opção por alimentos industrializados e de rápido preparo.
Detecção de Desnutrição em Idosos Reconhecimento precoce da desnutrição permite
uma intervenção adequada.
Questionário de MiniavaliaçãoNutricional(MNA-Mini Nutritional Assessment, ESPEN 2002): São 6 perguntas, incluem comportamento geral, fatores subjetivos, peso e altura. Caso entre no grupo de risco nutricional deve-se realizar uma avaliação nutricional mais detalhada, enfatizando tópicos como: capacidade funcional, saúde física, mental e cognitiva e sua condição social. Espen, 2002.
Capacidade Funcional É estimada com as medidas: AVD (ativ. de vida
diárias) e AIVD (ativ. Instrumentais de vida diária). - AVD: atividades de cuidados pessoais (comer, vestir-se, tomar banho, se deslocar, controlar a bexiga e o intestino). Pcts incapazes para estas atividades não podem obter nutrição adequada, precisam de cuidadores de 12 a 24 hs /dia. - AIVD: atividades capaz de viver de forma INDEPENDENTE
(preparar refeições, realizar trabalhos domésticos, tomar remédios, admin. Finanças, utilizar telefone). Escalas de Katz e Lawton.
Os fatores que influenciam o ambiente social dos idosos são complexos e difíceis de quantificar. Eles incluem interação social, disponibilidade de recursos de suporte social, necessidades especiais, conveniência e segurança do ambiente, que podem influenciar a abordagem terapêutica utilizada.
Alterações na Função e Composição Corporal Nutricionalmente o homem tem 3 idades: 1.Crescimento e desenvolvimento na infância e
adolescência; 2.Fase de consolidação (20-30 anos), massa muscular e densidade óssea continuam aumentando e atividade física atinge seu pico máximo; 3.A partir dos 35 anos, diminui massa magra e acúmulo de gordura corporal (abdominal), diminuição da TM, densidade óssea. Sobotka, 2008.
Apetite no Idoso Redução em dois sentidos: paladar e olfato,
ocorrem juntas e diminuem a percepção hedônicas do alimento. Alternativas: aumento do sabor do alimento, com ervas aromáticas.
Apetite no Idoso Causas da anorexia são: - Mudanças no paladar; -
Diminuição da velocidade de esvaziamento gástrico – saciedade precoce; (Cd: fracionamento da dieta)
- Medicamentos; - Fatores emocionais.
“Apetite” é portanto, um processo basteante complexo composto por muitos fatores intrínsecos (paladar, olfato, visão, hormônios...) e extrínsecos (problemas sociais, emocionais, medicamentos...). Morley e cols.
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Energia
Diminuição do GE/kg peso corporal; 25-35 kcal/kg/dia; Ex: Pct com 75 anos e 65kg, sem risco nutricional, manutenção do seu peso. 1625 kcal/dia
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Proteína Formadas por diferentes combinações dos 20 aminoácidos e exercem funções estruturais, reguladoras, de defesa e de transporte nos fluidos biológicos. A melhor fonte protéica são as de origem animal, entretanto, a mistura de cereais e leguminosas fornece a quantidade necessária de aminoácidos para a síntese protéica. Os idosos apresentam diminuição na síntese e degradação protéica, além de uma menor massa magra, assim, o fornecimento protéico é fundamental. RDA é de 0,8g/kg/dia – Saudáveis. Idosos doentes 1 a 1,5g ptn/kg/dia (Sobrecarga renal e absorção de cálcio.) Ex: 65 kg, 52 g de ptn/dia. Iogurte natural (100g)=4,1 g ptn Fígado de boi (100g)=29,9 g ptn, Feijão preto (100 gr)= 4,5 g ptn
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Lipídios Funções energéticas, estruturais e hormonais no organismo, além de auxiliar na absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis – A, D, E e K. Recomendada é de 20% a 30% do VCT, não se altera. 20% obesos – maior mortalidade. No entanto, as gorduras saturadas não devem ser superior a 10%, pela sua associação com doenças coronarianas. São encontradas em carnes, ovos, leite e derivados, alimentos industrializados (gorduras TRANS). EX: Dieta 1625 Kcal/dia, 162,5 Kcal de gordura saturada/dia, 18 g gordura saturada/dia Ovo = 2,9 g gordura saturada/100g Castanha do pará = 15,3 g gordura saturada/100g Leite integral = 1,4 g gordura saturada/100ml, desnatado = 0,6g
• Lipídios O restante deverá ser de mono e poliinsaturados, encontrados em gorduras vegetais. A ingestão de ácidos graxos essenciais: - ômega 6 (ácido linoléico) deve ser de 11g/dia
(nozes, castanhas, sementes e óleo de soja, girassol e milho); Oléo girassol = 62,2g/100ml - ômega 3 (ácido linolênico) com ingestão de 1,1g/dia
(óleos de canola, linhaça, salmão, arenque, sardinha e algas); Sardinha=0,99g/100g - colesterol não deve ser superior a 300mg/dia.
(produtos de origem animal) Ovo=397mg/100g Leite integral=10mg/100ml Taco, 2006.
•Lipídios Colesterol: carreado pelo HDL “bom”, LDL “ruim”, VLDL.
O colesterol total e o LDL aumentam entre a terceira e quinta décadas de vida, atinge um platô entre a sexta e sétima década e reduzindo após 70 anos, enquanto a HDL mantém-se durante toda a vida
Dieta com baixo teor de colesterol Alimentos
Escolha
Cuidado
Carnes, aves, peixes e Cortes de carne magra, Crustáceos crustáceos aves sem a pele e peixes Laticínios
Leite e iogurte desnatados, queijos brancos, cottage e ricota
Iogurtes e queijos que não informem no rótulo a indicação de baixo teor em gordura, inclusive os light e diet
Ovos
Claras
A saber com o profissional de saúde
Gorduras e óleos
Milho, soja, canola, girassol, oliva
Nozes, sementes, óleo de amendoin e coco
Pães, leguminosas e cereais
A maioria
Biscoitos recheados, doces confeitados, nolos e produtos doces
Valor nutricional das fontes protéicas Média/100g Gordura(g) AG Saturado
AG Monoinsat
AG Poliinsat
Carne boi magra
4,6
44
50
4,3
Frango s/ pele
3,2
35,2
47,6
14,9
Peru s/ pele
1,1
36,5
26,9
34
Peixe magro
2,2
23
38
35
Porco magro
7,1
42,5
47,9
8,3
Fonte: McCance e Widdwson’s. The composition of food. Amsterdam, 1985
Dicas para uma dieta com baixa quantidade de gordura Substituir 1 ovo por duas claras; Creme de leite por ricota batida com leite desnatado; Leite integral por leite desnatado; Manteiga por margarina ou óleo vegetal (ATENÇÃO!); Alimentos fritos por cozidos, assados ou grelhados.
Frank, 2002.
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Carboidratos -
55% a 6o% do VCT; Simples - açúcares: mono, di e os oligossacarídeos e os Complexos – amidos e fibras dietéticas. Fçs: energética, constituição de compostos estruturais, ação poupadora de ptns, efeito anticetônico, combustível para o SNC, os complexos evita obstipação e sua absorção e lenta.
- Intolerância a lactose (deficiência lactase),
lamentável devido a restrição ao leite. Sintomas: flatulências, gazes, diarréia.
Sbotka, 2008
Carboitrados - Indice Glicêmico dos Alimentos : resposta glicêmica, em uma quantidade fixa do alimento, em fornecer glicose à circulação sanguínea
Carboidratos - Fibras alimentares: Fazem parte de plantas são cho e não digeríveis pelo homem: Solúveis - são viscosas (formam gel) fermentáveis no intestino(acetato e butirato, nutrientes da mucosa colônica – absorção de sal e água) e dão maciez as fezes. Pectinas, gomas e mucilagens. Ex: frutas (laranja, maçãs), vegetais leguminosas, aveia. Insolúveis – não viscosas, não fermentáveis no intestino elas colaboram aumentando ovolume fecal e estimulam o peristaltismo e esvaziamento do cólon. Lignina, celulose e Hemicelulose. Ex: farelo de cereais, grãos, cenouras, aspargos. Recomendação Diária: 25-30 g/dia ou 10-13g de fibras/1000 kcal/dia ex:
desjejum-banana assada com farelo de trigo almoço-frango com legumes refogados lanche-iogurte desnatado com ameixa jantar-peixe grelhado com chicória
Carboidratos As fibras apresentam um importante papel na prevenção de doenças crônicas e agudas: - Constipação; - Diverticulite; - Diabetes Melito; - Doenças Cardiovasculares; - Carcinogênese. Frank, 2002.
Propriedades e benefícios fisiológicos das fibras Fibras
Propriedade Benefícios fisiológicos s
Lignina, celulose e hemicelulose
Retém água
Pectinas, gomas, muculagens e hemicelulose
Retardam o esvaziamento gástrico. Solúveis, fermentáveis Modulam a motilidade intestinal, auxiliam a formação do bolo fecal nas e viscosas
Inulina
Fermentáveis Recuperam a flora bacteriana
Reduzem a cosntipação intestinal, aumentam a massa fecal, a maciez das fezes e o trânsito intestinal. Promovem a renovação de células saudáveis. Intensificam a proteção contra infecções bacterianas.
diarréias. Fornecem energia a mucosa intestinal. Diminuem a alcalinidade no meio intestinal. Formam barreira de proteção e garantem a imunidade das célular intestinais contra infecções. Aumentam a intolerância à glicose. Carreiam sais biliares e auxiliam no controle do colesterol e do LDL no sangue.
Fontes vegetais das diferentes frações da fibra alimentar Fração de Fibra
Fontes Alimentares
Lignina
Parede de células maduras (grãos, ervilhas, cenouras, aspargos)
Celulose
Camadas de farelo de cereais, cascas de frutas e sementes
Hemicelulose
Trigo e centeio em grãos, alimentos com amido e soja
Inulina
Raiz de chicória, ceboa. Alho, algumas frutas e legumes
Pectinas
Cascas de frutas cítricas, especialmente maçã
Gomas
Farelo de aveia e cevada
Mucilagens
Sementes e algas marinhas
ALIMENTOS LAXANTES Frutas:
Abacate; abacaxi; ameixa; caqui; jaca; laranja; mamão; manga; melancia; morango; tangerina; uvas. Legumes: Abóbora; abobrinha; berinjela; brócolis; folhosos em geral; palmito; pimentão; quiabo; inhame. Leguminosas: Fava; feijão; lentilha. Cereais: Arroz integral; aveia; centeio; farelo de trigo; fubá; gérmem de trigo; trigo integral, semente de linhaça.
ALIMENTOS CONSTIPANTES Frutas:
Banana prata; caju; goiaba; jabuticaba; limão; maçã. Legumes: Aipim; batata inglesa; cará; cenoura. Cereais: Arroz; cream-cracker; creme de arroz; féculas; macarrão; maisena; mucilon de arroz; pão branco. Outros: Chá de camomila; chá preto.
ALIMENTOS NEUTROS
Chuchu; acerola; banana nanica; carambola;
figo; jambo; kiwi; maracujá; nêspera; pêra; pêssego.
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Líquidos - Necessidades hídricas: 1 ml/kcal ingerida ou 30 ml/kg. - Avaliação do balanço hídrico é a chave para diagnosticar
algumas queixas e mudanças cognitivas. - A desidratação e desequilíbrio eletrólito podem contribuir
para queixas não específicas, de difícil diagnóstico.
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Vitaminas Não há requerimentos específicos estabelecidos para pessoas acima de 65 anos. As deficiências vitamínicas subclínicas são comuns em pessoas idosas. - Vitaminas A e K não se alteram, os níveis de vit. K podem ser afetados pelo uso de antibióticos, fármacos a base de sulfa; - Vitamina D pode aumentar, e o risco de deficiência pode aumentar pelo não exposição adequada ao sol e pela sua intolerância aos laticínios. - Vitaminas hidrossolúveis há uma evidência no aumento da B12 e B6, as outras permanecem constantes
Fontes alimentares de vitaminas antioxidantes Betacaroteno – frutas e vegetais de cores vivas: cenoura, brócolis, couve, espinafre, pêssego, melão, mamão. Vitamina C – laranja, limão, morango, kiwi, cajú, acerola, tomate, couve, brócolis. Vitamina E – óleo vegetal (girassol), espinafre e cereais integrais.
Alterações nas Necessidades dos Nutrientes Minerais
Cálcio, fósforo, magnésio, ferro, zinco, iodo, cromo, selênio, molibdênio – não parecem alteradas, mas devem ser oferecidas em maior quantidade para manutenção dos níveis sanguíneos. - Ferro – anemia - Cálcio - osteoporose
Teor de cálcio dos alimentos Alimentos
Cálcio (mg)
Farinha láctea
260
rapadura
174
Soja
226
Sardinha
195
Leite integral
123
Avelã
209
Ovo, gema
141
Couve
203
Pirâmide Alimentar de Idosos
OBRIGADA!!!
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