Arte Brasileira Sec Xx-3

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  • Words: 3,252
  • Pages: 127
- Di Cavalcanti - Portinari

Profa. Ms. Priscilla Ramos da Silva

Emiliano Di Cavalcanti, Auto-retrato óleo sobe tela - 33,5 x 26 cm. - 1943 acervo particular

Di Cavalcanti (1897 - 1976) •

Nascido no Rio de Janeiro, inicia sua carreira artística como caricaturista e ilustrador, publicando sua primeira caricatura em 1914, na revista Fon-Fon.



Em 1917, reside em São Paulo, onde freqüenta o curso de Direito no Largo São Francisco e o ateliê de Georg Elpons (1865-1939). Convive com artistas e intelectuais paulistas como Oswald de Andrade e Mário de Andrade.



Em 1921, ilustra A Balada do Enforcado, de Oscar Wilde (18541900), e publica o álbum Fantoches da Meia-Noite, editado por Monteiro Lobato.



É o idealizador e o principal organizador da Semana de Arte Moderna de 1922, na qual expõe 12 obras.

Elpons, Georg Natureza-Morta , s.d. óleo sobre tela, c.i.d. 70 x 90 cm Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil

Colombina Ilustração de capa para a Revista Fon-Fon.

Retrato de Moça, 1921

Capa para Paulicéia Desvairada, de Mario de Andrade

Capa do catálogo da exposição da Semana de Arte Moderna , 1922

Fantoches da MeiaNoite enfoca o universo boêmio e os tipos da noite: bêbados, vigias e prostitutas. Seu desenho revela a influência do ilustrador inglês Aubrey Vincent Beardsley e caracteriza-se pela linha leve, alongada e sinuosa e pelo uso de elementos decorativos, ao estilo art nouveau. Ilustrações de Fantoches da Meia-Noite , 1922 Coleção Milton Guper - SP

Beardsley

John and Salome Aubrey Beardsley, 1872-1898 1894

Art Nouveau

Pierro, Arlequim e Colombina, 1922 óleo s/ tela - 78 x 65 cm

Pierrete, 1922 óleo s/ tela - 78 x 65 cm

Di Cavalcanti • Em 1923, faz sua primeira viagem à França, onde atua como correspondente do jornal Correio da Manhã. • Em Paris, instala ateliê e conhece obras, artistas e escritores europeus de vanguarda como, Pablo Picasso, Georges Braque, Fernand Léger, Henri Matisse, Jean Cocteau e Blaise Cendrars. • Volta a São Paulo em 1926, trabalha como jornalista e ilustrador no jornal Diário da Noite. • A estada em Paris marca um novo direcionamento em sua obra. Conciliando a influência das vanguardas européias com a formulação de uma linguagem própria, adota uma temática nacionalista e preocupa-se com a questão social. • No ano de 1928, filia-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB).

O Beijo , c. 1923 têmpera s/ tela, 90,4 x 62,3 cm Coleção MAC/USP

Gustave Klimt, O beijo, 1908

Pierrot, 1924 Guache - 30 x 22 cm

Samba, 1925 óleo s/tela, 177 x 154 cm Coleção Geneviève e Jean Boghici

Meninas Cariocas , 1926 óleo s/ cartão, 52 x 44 cm

Devaneio , 1927 óleo s/ tela, 99,5 x 156 cm Coleção Particular

Di Cavalcanti Mulatas , 1927 óleo sobre cartão, c.i.d. 50 x 39 cm

Retrato de Maria , 1927 crayon e aquarela s/ cartão, 32 x 22 cm Coleção Particular

Mesa de Bar , 1929 óleo s/ tela, 44 x 36 cm Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM RJ

Cinco Moças de Guaratinguetá , 1930 óleo s/ tela, 92 x 70 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Di Cavalcanti – anos 1930-40 •

Em 1931, participa do Salão Revolucionário e, no ano seguinte, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho (1899-1973), Antonio Gomide (1895-1967) e Carlos Prado (1908-1992), o Clube dos Artistas Modernos - CAM.



É preso em 1932 durante a Revolução Constitucionalista.



Em 1933, publica o álbum A Realidade Brasileira, uma sátira ao militarismo da época.



Em 1938 viaja a Paris, onde trabalha na rádio Diffusion Française.



Retorna ao Brasil em 1940, trabalha como ilustrador, e publica poemas e memórias de viagem.

Ilha de Paquetá, 1930 óleo s/ tela

Mulher e Paisagem , 1931 óleo s/ cartão, 40 x 50 cm Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Palácio Boa Vista (Campos do Jordão, SP)

Mulheres com Frutas , 1932 óleo s/ tela, 60 x 100 cm Coleção Particular

Di Cavalcanti Menina do Circo , 1937 óleo sobre cartão, c.i.d. 56 x 46 cm Coleção Jones Bergamin

Moças com Violões , 1937 óleo s/ tela, 50 x 70 cm Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ

Ciganos , 1940 óleo s/ tela, 96,5 x 130 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

Nascimento de Vênus , 1940 óleo s/ tela, 54 x 65 cm Coleção Particular

Picasso Sleeping Peasants, 1919. Guache, aquarela e lápis s/ papel, 31.1 x 48.9 cm Museu de Arte Moderna (MoMA), NY

PicassoThree Women at the Spring, 1921 óleo s/ tela, 203.9 x 174 cm Museu de Arte Moderna (MoMA), NY.

Mulheres Protestando , 1941 óleo s/ tela, 51 x 70 cm Coleção Particular

Preocupação social • Di Cavalcanti, 1933 (a propósito de uma exposição de Tarsila do Amaral em que constavam os quadros “Operários” e “2ª Classe”): • “Nós artistas não podemos nos separar da humanidade, com veleidades de possuirmos qualquer coisa de superior aos nossos semelhantes (...) o homem indiferente, o homem que se coloca acima das competições, tornouse um anacronismo e toda sua existência é uma traição a sua época.”

Colonos c.1945 óleo s/ tela, 60 x 90 cm.

Maternidade , 1949 óleo sobre tela, 100 X 81 cm

Picasso The Dream, 1932 Picasso Seated Woman, 1927. óleo s/ madeira Coleção óleo s/ madeira, 129.9 x 96.8 cm Particular, NY Museu de Arte Moderna (MoMA), NY

Pescadores , 1951 óleo sobre tela, 114,5 x 162 cm Coleção MAC/USP

Gente do Morro, 1951 óleo s/ tela 162 x 114 cm

Di Cavalcanti, Mulher de Chapéu, 1952 óleo s/ tela, 64 x 49 cm

Picasso Portrait of Dora Maar, 1937 óleo s/ tela, Musée Picasso, Paris.

Mulher Deitada e Cachorro, 1954 óleo s/ tela, 50 x 65 cm Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)

Mulher na Varanda, 1955 óleo s/ tela, 100 x 81 cm

Di Cavalcanti Favela , 1958 óleo sobre tela, c.i.d. 100 x 80 cm

Duas Mulatas na Varanda, 1961 óleo s/ tela, 114 x 116 Coleção Particular

Duas Mulatas de Vestidos Coloridos , 1962 óleo s/ tela, 130 x 81 cm Coleção Particular

Candido Portinari (1903 - 1962) • Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebe apenas a instrução primária e desde criança manifesta sua vocação artística. Inicia-se na pintura em meados da década de 1910, auxiliando na decoração da Igreja Matriz de Brodósqui, sua cidade natal. • Em 1918, muda-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes -Enba, na qual cursa pintura com Rodolfo Amoedo (1857 - 1941). • Em 1929, viaja para a Europa com o prêmio de viagem ao exterior, que conquista com o retrato do poeta Olegário Mariano.

Meu Primeiro Trabalho, 1921

Portinari, Candido Baile na Roça , 1924 óleo sobre tela 97 x 134 cm Coleção Particular

Portinari, Candido Retrato de Olegário Mariano , 1928 óleo sobre tela, c.s.e. 198 x 65,3 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari • Percorre vários países durante dois anos. Conhece as obras dos mestres italianos Giotto (ca.1266 - 1337) e Piero della Francesca (ca.1415 - 1492) e da cena européia: Henri Matisse (1869 - 1954), Amedeo Modigliani (1884 - 1920), Giorgio de Chirico (1888 - 1978) e Pablo Picasso (1881 - 1973).

Giotto di Bondone, O Beijo de Judas, Cappella Scrovegni, Padova,1304-06. Afresco, 200 x 185 cm

Piero Della Francesca, O Batismo de Cristo, óleo sobre madeira c. 1440-1450

Henri Matisse, A Dança, 1910

De Chirico

Modigliani

Volta ao Brasil • Retorna ao Brasil no início de 1931. Trabalha com intensidade, pintando principalmente retratos, sua maior fonte de renda.

Retrato de Manuel Bandeira, 1931

Retrato de Olegário Mariano, 1931

O Violinista, 1931

Mário de Andrade • Foi vendo este retrato no Salão Revolucionário de 1931 que, pela primeira vez, Mário de Andrade notou a pintura de Portinari; fato que relembraria alguns anos mais tarde, em um artigo de jornal: “[...] 'O Violinista' era já uma obra admirável pela composição e a firmeza extraordinária do desenho, e me deixei arrastar pelo entusiasmo. [...] Havia nela uma ‘necessidade’ interior impossível de confundir-se com o prazer da novidade e as preocupações de originalidade. E depositei no pintor uma confiança sem reservas...”

Retrato de Mário de Andrade, 1935

Portinari • 1932- São Paulo - Primeira Individual depois do retorno da França; apresenta pela primeira vez ao público telas de temática brasileira: cenas de infância, o circo, cirandas. • Em algumas telas apresenta lembranças da infância Brodósqui. As figuras são diminutas, sem rostos, contrastando com a imensidão da paisagem, na qual predominam os tons de marrom.

Ronda Infantil, 1932

Morro, 1933. Museum of Modern Art, New York,NY.

Circo, 1933

Futebol, 1935

O social • Em 1934, Portinari pinta Despejados, sua primeira obra com temática social. Ao longo de sua carreira, o pintor revelará forte preocupação social, procurando captar tipos populares e enfatizar o papel dos trabalhadores.

Despejados, 1934

• 1934: Sua tela O Mestiço é adquirida pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, primeira instituição pública a incluir Portinari no seu acervo.

Mestiço, 1934

Portinari, Candido O Lavrador de Café , 1934 óleo sobre tela, c.s.d. 100 x 81 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Operário, 1934

Família, 1935

Portinari, Candido Retirantes , 1936 óleo sobre tela 73 x 60 cm Coleção de Artes Visuais do Instituto de Estudos Brasileiros - USP

Retirantes, 1936

• Entrevistado por um jornal paulista sobre o aspecto social de sua pintura afirma: “Estou com os que acham que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção do pintor, o quadro indica sempre um sentido social”. PORTINARI, paulista de Brodowski, vai mostrar a S. Paulo os seus últimos trabalhos. Folha da Noite, São Paulo, 20 nov. 1934. • “Quanto à pintura moderna, tende ela francamente para a pintura mural. Com isso, bem entendido, não quero afirmar que o quadro de cavalete perca o seu valor, pois a maneira de realizar não importa. No México e nos Estados Unidos já há muitos anos essa tendência é uma realidade, e noutros países se opera o mesmo movimento, que há de impôr à pintura o seu sentido de massa” EXPOSIÇÃO de pintura Candido Portinari. Diário de São Paulo, São Paulo, 21 nov.1934.

Diego Rivera, El Reparto de Tierras, 1924 Fresco Universidad Autónoma de Chapingo, Edificio de Administración

Café , 1935 óleo sobre tela,130 x 195 cm Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari – anos 1930 • Em 1935, recebe uma Menção Honrosa do Carnegie Institute de Pittsburgh pela pintura Café, tornando-se o primeiro modernista brasileiro premiado no exterior. • Na tela, a figura humana adquire formas escultóricas robustas, com o agigantamento das mãos e pés, recurso que reforça a ligação dos personagens com o mundo do trabalho e da terra. • Em 1936, realiza seu primeiro mural, que integra o Monumento Rodoviário da Estrada Rio-São Paulo.

Construção de Rodovia I, II, III, IV, 1936. Obra executada para decorar o salão principal do Monumento Rodoviário, localizado à Rodovia Presidente Dutra, Piraí, RJ. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro,RJ

MEC • Em 1938 é convidado pelo ministro Gustavo Capanema (1902 - 1998) para pintar uma série de afrescos para o novo prédio do Ministério da Educação e Cultura - MEC, projetado por Lucio Costa. O trabalho tem como tema os ciclos econômicos do país.

Pau-Brasil, 1938. Pintura Mural, obra executada para decorar o salão de audiências do Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, RJ Ciclos Econômicos

Portinari, Candido Jogos Infantis (detalhe) , 1937 - 1944 Mural do MEC, têmpera, 477 x 1295 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Cana , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 247 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Ferro , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 248 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Café , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 297 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Borracha , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 248 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Cacau , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 298 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Gado , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 246 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Garimpo , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 298 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

Portinari, Candido Algodão , ca. 1938 Mural do MEC - Ciclo Econômico afresco 280 x 300 cm Palácio Gustavo Capanema (Rio de Janeiro, RJ)

1939 • Executa três grandes painéis para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York e o Museu de Arte Moderna de Nova York adquire sua tela Morro.

Jangadas do Nordeste, 1939. Painel a têmpera s/ tela. Obra executada para decorar o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, projeto dos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer encomendada por Armando Vidal, comissário geral da representação do Brasil na feira. Ministério das Relações Exteriores, Brasília,D.F.

Cena Gaúcha, 1939. Idem

Portinari, Candido Casamento Caipira , ca. 1940 óleo sobre cartão, colado em madeira 64 x 50 cm

Paisagem de Brodósqui, 1940

Espantalhos, 1940

Yves Tanguy, The absent lady, 1942

Biblioteca do Congresso • Em 1941, pinta os painéis para a Seção Hispânica da Biblioteca do Congresso em Washington D.C. (EUA) com temas da história do Brasil: Descobrimento, Desbravamento da mata, Catequese e Descoberta do ouro. Realizados em têmpera, com grande luminosidade, os painéis têm como protagonistas, mais uma vez, os trabalhadores.

Portinari, Candido Desbravamento da Mata (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941. Pintura mural a têmpera 316 x 431 cm Library of Congress (Washington, DC, EUA)

Portinari, Candido Descobrimento (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941 316 x 316 cm Library of Congress (Washington D. C., Estados Unidos)

Portinari, Candido Catequese (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941 pintura mural a têmpera 494 x 463 cm Library of Congress (Washington, DC, Estados Unidos)

Portinari, Candido Descoberta do Ouro (mural da Biblioteca do Congresso em Washington) , 1941 afresco, 494 x 463 cm Library of Congress (Washington D. C., Estados Unidos)

1943 • Realiza oito painéis conhecidos como Série Bíblica, fortemente influenciado pela visão picassiana de 'Guernica' e sob o impacto da Segunda Guerra Mundial.

O Massacre dos Inocentes, 1943. Painel a têmpera s/ tela. Obra executada para decorar a sede da Rádio Tupi de São Paulo, SP Série Bíblica. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo,SP

Portinari, Candido Ressurreição de Lázaro (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943 Série Bíblica têmpera sobre tela 150 x 300 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Portinari, Candido O Pranto de Jeremias (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943 Série Bíblica têmpera sobre tela 191 x 179,5 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Portinari, Candido O Massacre dos Inocentes (painel da Rádio Tupi, SP) , ca. 1943 Série Bíblica têmpera sobre tela 150 x 150 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Picasso, Guernica, 1937 A tela representa o bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de abril de 1937 por aviões alemães e atualmente está exposta no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia, em Madrid.O pintor, que morava em Paris na altura, soube do massacre pelos jornais e pintou as pessoas, animais e edifícios destruídos pela força aérea nazista tal como os viu na sua imaginação.

Pampulha • Em 1944, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, inicia as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte, Minas Gerais, destacando-se na Igreja de São Francisco de Assis, o mural São Francisco (do altar) e a Via Sacra, além dos diversos painéis de azulejo.

Painel de Azulejos, 1944. Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, Belo Horizonte,MG

São Francisco despojando as vestes, 1944. Pintura mural a têmpera. Parede do fundo do altar da Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, Belo Horizonte, MG.

Jesus Carrega a Cruz às Costas, Passo II da Via Sacra, 1945. Pintura a têmpera s/ madeira. Igreja de São Francisco de Assis da Pampulha, Belo Horizonte,MG

Guerra e militância • A escalada do nazi-fascismo e os horrores da II Guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries Retirantes (1944) e Meninos de Brodósqui (1946), assim como à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro, sendo candidato a deputado em 1945, e a senador em 1947.

Retirantes, 1944. Painel a óleo s/ tela, 190 x 180cm. MASP, SP.

Portinari, Candido Retirantes , 1944 óleo sobre tela 190 x 180 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Portinari, Candido Criança Morta , 1944 óleo sobre tela 180 x 190 cm Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)

Portinari, Candido Mãe Chorando , 1944 óleo sobre tela 73 x 60 cm Museo Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires, Argentina)

Menino de Brodowski, 1946. Desenho a óleo e pastel/papel. Col Part. RJ

Menina Chorando, 1946. Desenho a óleo s/ papel. Col. Part. RJ.

Temas históricos • Em 1948, Portinari se auto-exila no Uruguai, por motivos políticos, onde pinta o painel A Primeira Missa no Brasil, encomendado pelo Banco Boavista do Rio de Janeiro. • Em 1949 executa o grande painel Tiradentes, narrando episódios do julgamento e execução do herói brasileiro, que lutou contra o domínio colonial português. Por este trabalho, Portinari recebeu, em 1950, a Medalha de Ouro concedida pelo júri do Prêmio Internacional da Paz, reunido em Varsóvia. • Em 1952, atendendo à encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática histórica: A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia.

Portinari, Candido A Primeira Missa no Brasil (painel) , 1948 têmpera sobre tela 266 x 598 cm Coleção Particular

Clientela eclética • “Seu talento como pintor colocou-se a serviço de uma clientela eclética: da ditadura de Vargas à esquerda, bem como a alta sociedade em fins de 30 e início de 40. (...) Portinari dizia não recusar trabalhos, como profissional que era. Assim entremeia-se, em sua produção, o mural em que registra de forma exaltatória o trabalhador brasileiro, o retrato da grã-fina, o quadro em que fixa a memória da infância, o painel historicista que refaz nossa memória nacional, o painel decorativo para a residência do diplomata italiano em pleno período fascista: Portinari, enfim, é o grande pintor nacional dos anos 30 e 40” (Aracy Amaral)

Portinari, Candido Tiradentes (painel - detalhe) , 1948 - 1949 têmpera sobre tela 309 x 1767 cm Fundação Memorial da América Latina (São Paulo, SP)

1953-56 • Entre 1953 e 1956, realiza os murais Guerra e Paz (1953-1956) para a sede da ONU, em Nova York, obras de grandes dimensões, em que trabalha com uma sobreposição de planos. • Esses murais apresentam um resumo da trajetória do artista, em termos de iconografia: neles estão presentes a mãe com o filho morto, os retirantes e os meninos de Brodósqui. • Em 1956, com a inauguração dos painéis Guerra e Paz, recebe o prêmio Guggenheim. • Em 1962, Portinari falece consagrado como o artista brasileiro mais importante, posição que deixará de ser unânime nas décadas seguintes.

Guerra e Paz

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