Substituição Tributária
SUMÁRIO 1 HISTÓRICO 2 LEGISLAÇÃO Constituição federal; convênios; protocolos; convênio icms nº 81/93 3 MODALIDADES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Antecedentes; subseqüente; concomitante 4 CONCEITOS Contribuinte; responsável; substituto; substituído 5 PRODUTOS SUJEITOS AO REGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 6 BASE DE CÁLCULO 7 ALÍQUOTAS 8 SIMPLES NACIONAL 9 SUBSTITUTO Inscrição auxiliar; nota fiscal - emissão (cfop e cst); escrituração fiscal; gia/icms; gia/st; arquivo magnético 10 SUBSTITUÍDO Nota fiscal - emissão (cfop e cst); escrituração fiscal 11 RECUPERAÇÃO – RESSARCIMENTO – IMPOSTO RETIDO 12 DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA 13 AQUISIÇÕES DE MERCADORIAS / NÃO-APLICAÇÃO CRÉDITO DO IMPOSTO: HIPÓTESES 14 PRAZO E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO 15 PERGUNTAS E RESPOSTAS DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA FONTES BIBLIOGRÁFICAS
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1. HISTÓRICO Substituição Tributária (ST) é um instituto criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do advento da atual Constituição Federal, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais. Durante muito tempo, a sua constitucionalidade e legitimidade foi argüida em juízo pelos contribuintes, sob a alegação de falta de previsão constitucional e de lei complementar para a sua implementação. Em face da eficiência desse instituto, uma vez que a sua aplicação fez diminuir a evasão fiscal e facilitou a fiscalização, a atual Constituição Federal, no seu artigo 150, parágrafo 7º, incorporou-o definitivamente e a Lei Complementar nº 87/96 veio a legitimá-la.
2. LEGISLAÇÃO CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; b) templos de qualquer culto;
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c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. § 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
LEI KANDIR – 87/96 Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências. (LEI KANDIR). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
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Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores; III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual. § 1º O imposto incide também: I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente. § 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua. Art. 3º O imposto não incide sobre: I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços; III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar; VI - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie; VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor; VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
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IX - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a: I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa; II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização. (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo. Art. 6o Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que assumirá a condição de substituto tributário. (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) § 1º A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. § 2o A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias, bens ou serviços previstos em lei de cada Estado. (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) Art. 7º Para efeito de exigência do imposto por substituição tributária, inclui-se, também, como fato gerador do imposto, a entrada de mercadoria ou bem no estabelecimento do adquirente ou em outro por ele indicado. Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será: I - em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, o valor da operação ou prestação praticado pelo contribuinte substituído; II - em relação às operações ou prestações subseqüentes, obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
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a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou prestações subseqüentes. § 1º Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável, quando: I – da entrada ou recebimento da mercadoria, do bem ou do serviço; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) II - da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou não tributada; III - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. § 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido preço por ele estabelecido. § 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço. § 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos em lei. § 5º O imposto a ser pago por substituição tributária, na hipótese do inciso II do caput, corresponderá à diferença entre o valor resultante da aplicação da alíquota prevista para as operações ou prestações internas do Estado de destino sobre a respectiva base de cálculo e o valor do imposto devido pela operação ou prestação própria do substituto. § 6o Em substituição ao disposto no inciso II do caput, a base de cálculo em relação às operações ou prestações subseqüentes poderá ser o preço a consumidor final usualmente praticado no mercado considerado, relativamente ao serviço, à mercadoria ou sua similar, em condições de livre concorrência, adotando-se para sua apuração as regras estabelecidas no § 4o deste artigo. (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) Art. 9º A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados. § 1º A responsabilidade a que se refere o art. 6º poderá ser atribuída: I - ao contribuinte que realizar operação interestadual com petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, em relação às operações subseqüentes; II - às empresas geradoras ou distribuidoras de energia elétrica, nas operações internas e interestaduais, na condição de contribuinte ou de substituto tributário, pelo pagamento do imposto, desde a produção ou importação até a última operação, sendo seu cálculo efetuado sobre o preço praticado na operação final, assegurado seu recolhimento ao Estado onde deva ocorrer essa operação. § 2º Nas operações interestaduais com as mercadorias de que tratam os incisos I e II do parágrafo anterior, que tenham como destinatário consumidor final, o imposto incidente na operação será devido ao Estado onde estiver localizado o adquirente e será pago pelo remetente. Art. 10. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar.
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§ 1º Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo. § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados, também devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis. Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: I - tratando-se de mercadoria ou bem: a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhado de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado; d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física; e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido; f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados à industrialização ou à comercialização; h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crustáceos e moluscos; II - tratando-se de prestação de serviço de transporte: a) onde tenha início a prestação; b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso XIII do art. 12 e para os efeitos do § 3º do art. 13; III - tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação: a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e retransmissão, repetição, ampliação e recepção; b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária que forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago; c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese e para os efeitos do inciso XIII do art. 12; c-1) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, quando prestado por meio de satélite; (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos; IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do estabelecimento ou do domicílio do destinatário. § 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às mercadorias recebidas em regime de depósito de contribuinte de Estado que não o do depositário.
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§ 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem identificada. § 3º Para efeito desta Lei Complementar, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como onde se encontrem armazenadas mercadorias, observado, ainda, o seguinte: I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação; II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular; III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado no comércio ambulante e na captura de pescado; IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do mesmo titular. § 4º (VETADO) § 5º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para depósito fechado do próprio contribuinte, no mesmo Estado, a posterior saída considerar-se-á ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente. § 6o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, tratando-se de serviços não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos definidos, o imposto devido será recolhido em partes iguais para as unidades da Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador. (Parágrafo incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento: I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente; V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza; VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável; IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior; XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização; (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000)
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XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente. § 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses instrumentos ao usuário. § 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em contrário. § 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto. (Incuído pela Lcp 114, de 16.12.2002) Art. 13. A base de cálculo do imposto é: I - na saída de mercadoria prevista nos incisos I, III e IV do art. 12, o valor da operação; II - na hipótese do inciso II do art. 12, o valor da operação, compreendendo mercadoria e serviço; III - na prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, o preço do serviço; IV - no fornecimento de que trata o inciso VIII do art. 12; a) o valor da operação, na hipótese da alínea a; b) o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada, na hipótese da alínea b; V - na hipótese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no art. 14; b) imposto de importação; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operações de câmbio; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras; (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) VI - na hipótese do inciso X do art. 12, o valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização; VII - no caso do inciso XI do art. 12, o valor da operação acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente; VIII - na hipótese do inciso XII do art. 12, o valor da operação de que decorrer a entrada; IX - na hipótese do inciso XIII do art. 12, o valor da prestação no Estado de origem. § 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002) I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição; b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
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§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos. § 3º No caso do inciso IX, o imposto a pagar será o valor resultante da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sobre o valor ali previsto. § 4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto é: I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material secundário, mão-de-obra e acondicionamento; III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente. § 5º Nas operações e prestações interestaduais entre estabelecimentos de contribuintes diferentes, caso haja reajuste do valor depois da remessa ou da prestação, a diferença fica sujeita ao imposto no estabelecimento do remetente ou do prestador. Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço. Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado. Art. 15. Na falta do valor a que se referem os incisos I e VIII do art. 13, a base de cálculo do imposto é: I - o preço corrente da mercadoria, ou de seu similar, no mercado atacadista do local da operação ou, na sua falta, no mercado atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou gerador, inclusive de energia; II - o preço FOB estabelecimento industrial à vista, caso o remetente seja industrial; III - o preço FOB estabelecimento comercial à vista, na venda a outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante. § 1º Para aplicação dos incisos II e III do caput, adotar-se-á sucessivamente: I - o preço efetivamente cobrado pelo estabelecimento remetente na operação mais recente; II - caso o remetente não tenha efetuado venda de mercadoria, o preço corrente da mercadoria ou de seu similar no mercado atacadista do local da operação ou, na falta deste, no mercado atacadista regional. § 2º Na hipótese do inciso III do caput, se o estabelecimento remetente não efetue vendas a outros comerciantes ou industriais ou, em qualquer caso, se não houver mercadoria similar, a base de cálculo será equivalente a setenta e cinco por cento do preço de venda corrente no varejo. Art. 16. Nas prestações sem preço determinado, a base de cálculo do imposto é o valor corrente do serviço, no local da prestação. Art. 17. Quando o valor do frete, cobrado por estabelecimento pertencente ao mesmo titular da mercadoria ou por outro estabelecimento de empresa que com aquele mantenha relação de interdependência, exceder os níveis normais de preços em vigor, no mercado local, para serviço semelhante, constantes de tabelas elaboradas pelos órgãos competentes, o valor excedente será havido como parte do preço da mercadoria. Parágrafo único. Considerar-se-ão interdependentes duas empresas quando:
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I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, e respectivos cônjuges ou filhos menores, for titular de mais de cinqüenta por cento do capital da outra; II - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; III - uma delas locar ou transferir a outra, a qualquer título, veículo destinado ao transporte de mercadorias. Art. 18. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de mercadorias, bens, serviços ou direitos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial. Art. 19. O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação. § 1º Não dão direito a crédito as entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento. § 2º Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal. § 3º É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita: I - para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto se tratar-se de saída para o exterior; II - para comercialização ou prestação de serviço, quando a saída ou a prestação subseqüente não forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior. § 4º Deliberação dos Estados, na forma do art. 28, poderá dispor que não se aplique, no todo ou em parte, a vedação prevista no parágrafo anterior. § 5o Para efeito do disposto no caput deste artigo, relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias no estabelecimento destinadas ao ativo permanente, deverá ser observado: (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) I – a apropriação será feita à razão de um quarenta e oito avos por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento; (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) II – em cada período de apuração do imposto, não será admitido o creditamento de que trata o inciso I, em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período; (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000)
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III – para aplicação do disposto nos incisos I e II, o montante do crédito a ser apropriado será o obtido multiplicando-se o valor total do respectivo crédito pelo fator igual a um quarenta e oito avos da relação entre o valor das operações de saídas e prestações tributadas e o total das operações de saídas e prestações do período, equiparando-se às tributadas, para fins deste inciso, as saídas e prestações com destino ao exterior; (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) IV – o quociente de um quarenta e oito avos será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o período de apuração seja superior ou inferior a um mês; (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) V – na hipótese de alienação dos bens do ativo permanente, antes de decorrido o prazo de quatro anos contado da data de sua aquisição, não será admitido, a partir da data da alienação, o creditamento de que trata este parágrafo em relação à fração que corresponderia ao restante do quadriênio; (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) VI – serão objeto de outro lançamento, além do lançamento em conjunto com os demais créditos, para efeito da compensação prevista neste artigo e no art. 19, em livro próprio ou de outra forma que a legislação determinar, para aplicação do disposto nos incisos I a V deste parágrafo; e (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) VII – ao final do quadragésimo oitavo mês contado da data da entrada do bem no estabelecimento, o saldo remanescente do crédito será cancelado. (Inciso Incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) § 6º Operações tributadas, posteriores a saídas de que trata o § 3º, dão ao estabelecimento que as praticar direito a creditar-se do imposto cobrado nas operações anteriores às isentas ou não tributadas sempre que a saída isenta ou não tributada seja relativa a: I - produtos agropecuários; II - quando autorizado em lei estadual, outras mercadorias. Art. 21. O sujeito passivo deverá efetuar o estorno do imposto de que se tiver creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: I - for objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; II - for integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; III - vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; IV - vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. § 1º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) § 2º Não se estornam créditos referentes a mercadorias e serviços que venham a ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior. § 3º O não creditamento ou o estorno a que se referem o § 3º do art. 20 e o caput deste artigo, não impedem a utilização dos mesmos créditos em operações posteriores, sujeitas ao imposto, com a mesma mercadoria. § 4º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) § 5º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) § 6º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) § 7º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) § 8º (Revogado pela Lcp nº 102, de 11.7.2000) Art. 22. (VETADO)
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Art. 23. O direito de crédito, para efeito de compensação com débito do imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação. Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito extingue-se depois de decorridos cinco anos contados da data de emissão do documento. Art. 24. A legislação tributária estadual disporá sobre o período de apuração do imposto. As obrigações consideram-se vencidas na data em que termina o período de apuração e são liquidadas por compensação ou mediante pagamento em dinheiro como disposto neste artigo: I - as obrigações consideram-se liquidadas por compensação até o montante dos créditos escriturados no mesmo período mais o saldo credor de período ou períodos anteriores, se for o caso; II - se o montante dos débitos do período superar o dos créditos, a diferença será liquidada dentro do prazo fixado pelo Estado; III - se o montante dos créditos superar os dos débitos, a diferença será transportada para o período seguinte. Art. 25. Para efeito de aplicação do disposto no art. 24, os débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento, compensando-se os saldos credores e devedores entre os estabelecimentos do mesmo sujeito passivo localizados no Estado. (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) § 1º Saldos credores acumulados a partir da data de publicação desta Lei Complementar por estabelecimentos que realizem operações e prestações de que tratam o inciso II do art. 3º e seu parágrafo único podem ser, na proporção que estas saídas representem do total das saídas realizadas pelo estabelecimento: I - imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado; II - havendo saldo remanescente, transferidos pelo sujeito passivo a outros contribuintes do mesmo Estado, mediante a emissão pela autoridade competente de documento que reconheça o crédito. § 2º Lei estadual poderá, nos demais casos de saldos credores acumulados a partir da vigência desta Lei Complementar, permitir que: I - sejam imputados pelo sujeito passivo a qualquer estabelecimento seu no Estado; II - sejam transferidos, nas condições que definir, a outros contribuintes do mesmo Estado. Art. 26. Em substituição ao regime de apuração mencionado nos arts. 24 e 25, a lei estadual poderá estabelecer: I - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço dentro de determinado período; II - que o cotejo entre créditos e débitos se faça por mercadoria ou serviço em cada operação; III - que, em função do porte ou da atividade do estabelecimento, o imposto seja pago em parcelas periódicas e calculado por estimativa, para um determinado período, assegurado ao sujeito passivo o direito de impugná-la e instaurar processo contraditório. § 1º Na hipótese do inciso III, ao fim do período, será feito o ajuste com base na escrituração regular do contribuinte, que pagará a diferença apurada, se positiva; caso contrário, a diferença será compensada com o pagamento referente ao período ou períodos imediatamente seguintes. § 2º A inclusão de estabelecimento no regime de que trata o inciso III não dispensa o sujeito passivo do cumprimento de obrigações acessórias.
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Art. 27. (VETADO) Art. 28.(VETADO) Art. 29. (VETADO) Art. 30.(VETADO) Art. 31. Nos exercícios financeiros de 2003 a 2006, a União entregará mensalmente recursos aos Estados e seus Municípios, obedecidos os montantes, os critérios, os prazos e as demais condições fixadas no Anexo desta Lei Complementar. (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2000) § 1o Do montante de recursos que couber a cada Estado, a União entregará, diretamente: (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2000) I - setenta e cinco por cento ao próprio Estado; e II - vinte e cinco por cento aos respectivos Municípios, de acordo com os critérios previstos no parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal. § 2º Para atender ao disposto no caput, os recursos do Tesouro Nacional serão provenientes: (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2000) I - da emissão de títulos de sua responsabilidade, ficando autorizada, desde já, a inclusão nas leis orçamentárias anuais de estimativa de receita decorrente dessas emissões, bem como de dotação até os montantes anuais previstos no Anexo, não se aplicando neste caso, desde que atendidas as condições e os limites globais fixados pelo Senado Federal, quaisquer restrições ao acréscimo que acarretará no endividamento da União; II - de outras fontes de recursos. § 3o A entrega dos recursos a cada unidade federada, na forma e condições detalhadas no Anexo, especialmente no seu item 3, será satisfeita, primeiro, para efeito de pagamento ou compensação da dívida da respectiva unidade, inclusive de sua administração indireta, vencida e não paga junto à União, bem como para o ressarcimento à União de despesas decorrentes de eventuais garantias honradas de operações de crédito externas. O saldo remanescente, se houver, será creditado em moeda corrente. (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2000) § 4o A entrega dos recursos a cada unidade federada, na forma e condições detalhadas no Anexo, subordina-se à existência de disponibilidades orçamentárias consignadas a essa finalidade na respectiva Lei Orçamentária Anual da União, inclusive eventuais créditos adicionais. (Redação dada pela LCP nº 115, de 26.12.2000) § 5o Para efeito da apuração de que trata o art. 4o da Lei Complementar no 65, de 15 de abril de 1991, será considerado o valor das respectivas exportações de produtos industrializados, inclusive de semielaborados, não submetidas à incidência do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, em 31 de julho de 1996. (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) Art. 32. A partir da data de publicação desta Lei Complementar: I - o imposto não incidirá sobre operações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, bem como sobre prestações de serviços para o exterior;
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II - darão direito de crédito, que não será objeto de estorno, as mercadorias entradas no estabelecimento para integração ou consumo em processo de produção de mercadorias industrializadas, inclusive semielaboradas, destinadas ao exterior; III - entra em vigor o disposto no Anexo integrante desta Lei Complementar. Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte: I – I somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de 1º de janeiro de 2011; (Redação dada pela LC 122/2006) II – somente dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento: (Redação dada pela LCP nº 102, de 11.7.2000) a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica; (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) b) quando consumida no processo de industrialização; (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) d) a partir de 1º de janeiro de 2011, nas demais hipóteses; (Redação dada pela LC 122/2006) III - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao ativo permanente do estabelecimento, nele entradas a partir da data da entrada desta Lei Complementar em vigor. IV – somente dará direito a crédito o recebimento de serviços de comunicação utilizados pelo estabelecimento: (Inciso incluído pela LCP nº 102, de 11.7.2000) a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza; (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) "b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; e (Alínea incluída pela LCP nº 102, de 11.7.2000) c) a partir de 1º de janeiro de 2011, nas demais hipóteses. (Redação dada pela LC 122/2006) Art. 34. (VETADO) Art. 35. As referências feitas aos Estados nesta Lei Complementar entendem-se feitas também ao Distrito Federal.
CONVÊNIO ICMS 81/93 Estabelece normas gerais a serem aplicadas a regimes de substituição tributária, instituídos por Convênios ou Protocolos firmados entre os Estados e o Distrito Federal. O Ministro da Fazenda e os Secretários de Fazenda, Economia ou Finanças dos Estados e do Distrito Federal, na 71ª reunião ordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária, realizada em Fortaleza, CE, no dia 10 de setembro de 1993, tendo em vista o disposto no parágrafo único do artigo 25 do Anexo único do Convênio ICM 66/88, de 14 de dezembro de 1988, e nos artigos 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolvem, na forma da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, celebrar o seguinte
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CONVÊNIO Cláusula primeira Aos Convênios e Protocolos a serem firmados entre os Estados e/ou Distrito Federal, concernentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação-ICMS, que estabeleçam o regime de substituição tributária, aplicar-se-ão os procedimentos consignados neste Convênio, ressalvado o disposto na cláusula décima quarta. Cláusula segunda Nas operações interestaduais realizadas por contribuinte com as mercadorias a que se referem os correspondentes Convênios ou Protocolos, a ele fica atribuída a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto em favor do Estado destinatário, na qualidade de sujeito passivo por substituição, mesmo que o imposto já tenha sido retido anteriormente. Nova redação dada a cláusula terceira pelo Conv. ICMS 56/97, efeitos a partir de 30.05.97. Cláusula terceira Nas operações interestaduais, entre contribuintes, com mercadorias já alcançadas pela substituição tributária, o ressarcimento do imposto retido na operação anterior deverá ser efetuado mediante emissão de nota fiscal, exclusiva para esse fim, em nome do estabelecimento fornecedor que tenha retido originalmente o imposto. § 1º O estabelecimento fornecedor de posse da nota fiscal de que trata o caput desta cláusula, visada na forma do § 5º poderá deduzir o valor do imposto retido, do próximo recolhimento à unidade federada do contribuinte que tiver direito ao ressarcimento. § 2º Em substituição a sistemática prevista nesta cláusula, ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a estabelecer forma diversa de ressarcimento. § 3º O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido, não poderá ser superior ao valor retido quando da aquisição do respectivo produto pelo estabelecimento. § 4º Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à aquisição do respectivo produto, tomar-se-á o valor do imposto retido quando da última aquisição do produto pelo estabelecimento proporcional à quantidade saída. § 5º A nota fiscal emitida para fim de ressarcimento deverá ser visada pelo órgão fazendário em cuja circunscrição localiza-se o contribuinte, acompanhada de relação discriminando as operações interestaduais. § 6º A critério do fisco de cada unidade federada, a relação prevista no parágrafo anterior poderá ser apresentada em meio magnético. § 7º As cópias das GNR relativas às operações interestaduais que geraram o direito ao ressarcimento serão apresentadas ao órgão fazendário em cuja circunscrição localiza-se contribuinte, no prazo máximo de 10 (dez) dias após o pagamento; § 8º Na falta de cumprimento do disposto no parágrafo anterior, os órgãos fazendários não deverão visar nenhuma outra nota fiscal de ressarcimento do contribuinte omisso, até que se cumpra o exigido. Redação original, efeitos até 29.05.97. Cláusula terceira Nas operações interestaduais com mercadorias já alcançadas pela substituição tributária, o ressarcimento do imposto retido será efetuado mediante emissão de nota fiscal, em nome do estabelecimento que tenha efetuado a retenção, pelo valor do imposto retido em favor da unidade da Federação de destino. § 1º O estabelecimento que efetuou a primeira retenção poderá deduzir, do próximo recolhimento à unidade da Federação de origem, a importância do imposto retido a que se refere o parágrafo anterior, desde que disponha do documento ali mencionado. § 2º Em substituição à sistemática prevista nesta cláusula, ficam os Estados e o Distrito Federal autorizados a estabelecer forma diversa de ressarcimento.
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Nova redação dada a cláusula quarta pelo Conv. ICMS 56/97, efeitos a partir de 30.05.97. Cláusula quarta No caso de desfazimento do negócio, se o imposto retido houver sido recolhido, aplica-se o disposto na cláusula terceira, dispensando-se a apresentação da relação de que trata os §§ 5º e 6º e o cumprimento do disposto no § 7º. Redação original, efeitos até 29.05.97. Cláusula quarta No caso de desfazimento do negócio, se o imposto retido já houver sido recolhido, aplica-se o disposto na cláusula anterior, conforme o caso. Cláusula quinta A substituição tributária não se aplica: Nova redação dada ao inciso I pelo Conv. ICMS 96/95, efeitos a partir de 13.12.95. I - às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Redação original, efeitos até 12.12.95. I - às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição; II - às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa. Acrescido o Parágrafo único a cláusula quinta pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos a partir de 01.01.04. Parágrafo único Sujeito passivo por substituição é aquele definido como tal no protocolo ou convênio que trata do regime de substituição tributária aplicável à mercadoria. Nova redação dada a cláusula sexta pelo Conv. ICMS 27/95, efeitos a partir de 27.04.95. Cláusula sexta O imposto retido pelo sujeito passivo por substituição deverá ser recolhido por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNR, em agência do banco oficial da unidade federada destinatária, ou na sua falta, em agência de qualquer banco oficial signatário do Convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais - ASBACE, localizada na praça do estabelecimento remetente, em conta especial, a crédito do Governo em cujo território se encontra estabelecido o adquirente das mercadorias, ou, ainda, na falta deste, em agência de banco credenciado pela unidade federada interessada. Redação original, efeitos até 26.04.95. Cláusula sexta O imposto retido pelo sujeito passivo por substituição deverá ser recolhido em agência do banco oficial da unidade federada destinatária, ou na sua falta, em agência de qualquer banco oficial signatário do Convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais ASBACE, localizada na praça do estabelecimento remetente, em conta especial, a crédito do Governo em cujo território se encontra estabelecido o adquirente das mercadorias, mediante Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNR. Renumerado com nova redação o parágrafo único para § 1º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos a partir de 20.09.96. § 1º Os bancos deverão repassar os valores arrecadados, na forma estabelecida em Convênio específico, desde que a partir de 1º de novembro de 1993 os recursos estejam disponíveis ao Estado beneficiário até o terceiro dia útil após o efetivo recolhimento. Redação original, efeitos até 19.09.96. Parágrafo único. Os bancos deverão repassar o dinheiro arrecadado, na forma estabelecida em Convênio específico, desde que a partir de 1º de novembro de 1993 os recursos estejam disponíveis ao Estado beneficiário até o terceiro dia útil após o efetivo recolhimento. Acrescido o § 2º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos a partir de 20.09.96.
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§ 2º Deverá ser utilizada Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais - GNR especifica para cada Convênio ou Protocolo, sempre que o sujeito passivo por substituição operar com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária regido por normas diversas. Nova redação dada ao caput da cláusula sétima pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos a partir de 01.01.04. Cláusula sétima Poderá ser concedida ao sujeito passivo por substituição definido em Protocolo e Convênio específico inscrição no cadastro da Secretaria da Fazenda, Finanças ou Tributação da unidade da Federação destinatária das mercadorias, mediante remessa dos seguintes documentos: Redação anterior dada ao caput da cláusula sétima pelo Conv. ICMS 18/00, efeitos de 04.04.00 até 31.12.03.. Cláusula sétima O sujeito passivo por substituição definido em Protocolos e Convênios específicos, inscrever-se-á no cadastro da Secretaria da Fazenda, Finanças ou Tributação da unidade da Federação destinatária das mercadorias, devendo, para tanto, remeter para esta os seguintes documentos: Redação original, efeitos até 03.04.00. Cláusula sétima O sujeito passivo por substituição inscrever-se-á no cadastro da Secretaria da Fazenda, Economia ou Finanças da unidade da Federação destinatária das mercadorias, devendo, para tanto, remeter para esta os seguintes documentos: I - requerimento solicitando sua inscrição no cadastro de contribuinte do Estado; Nova redação dada ao inciso II pelo Conv. ICMS 50/95, efeitos a partir de 30.06.95. II - cópia autenticada do instrumento constitutivo da empresa devidamente atualizado e, quando se tratar de sociedade por ações, também da ata da última assembléia de designação ou eleição da diretoria; Redação original, efeitos até 29.06.95. II - cópia do instrumento constitutivo da empresa; III - cópia do documento de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda (CGC/MF); Nova redação dada ao inciso IV pelo Conv. ICMS 50/95, efeitos a partir de 30.06.95. IV - cópia do CIC e RG do representante legal, procuração do responsável, certidão negativa de tributos estaduais e cópia do cadastro do ICMS. Redação original, efeitos até 29.06.95. IV - outros documentos que a unidade da Federação de destino considerar necessários, desde que divulgue tal exigência mediante publicação no seu órgão de imprensa oficial. Acrescido o inciso V pelo Conv. ICMS 146/02, efeitos a partir de 01.01.03. V - registro ou autorização de funcionamento expedido por órgão competente pela regulação do respectivo setor de atividade econômica; Acrescido o inciso VI pelo Conv. ICMS 146/02, efeitos a partir de 01.01.03. VI - declaração de imposto de renda dos sócios nos 03 (três) últimos exercícios; Acrescido o inciso VII pelo Conv. ICMS 146/02, efeitos a partir de 01.01.03. VII - outros documentos previstos na legislação da unidade da Federação de destino. § 1º O número de inscrição a que se refere esta cláusula deve ser aposto em todos os documentos dirigidos à unidade da Federação de destino, inclusive no de arrecadação. Nova redação dada ao § 2º da cláusula sétima pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos a partir de 01.01.04. § 2º Se não for concedida a inscrição ao sujeito passivo por substituição ou esse não providenciá-la nos termos desta cláusula, deverá ele efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, em relação a cada operação, por ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de GNRE, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Redação original, efeitos de 04.04.00 até 31.12.03. § 2º Se o sujeito passivo por substituição não providenciar a sua inscrição nos termos desta cláusula, em relação à cada operação, deverá efetuar o recolhimento do imposto devido ao Estado destinatário, por
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ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de GNR, devendo uma via acompanhar o transporte da mercadoria. Acrescido o § 3º à cláusula sétima pelo Conv. ICMS 95/01, efeitos a partir de 04.10.01. § 3º No caso previsto no parágrafo anterior, deverá ser emitida uma GNRE distinta para cada um dos destinatários, constando no campo informações complementares o número da nota fiscal a que se refere o respectivo recolhimento. Acrescido o § 4º à cláusula sétima pelo Conv. ICMS 111/06, efeitos a partir de 11.10.06. § 4º A exigência prevista no inciso VI poderá ser dispensada a critério de cada unidade da federação. Cláusula oitava O sujeito passivo por substituição observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino da mercadoria. Cláusula nona A fiscalização do estabelecimento responsável pela retenção do imposto será exercida, conjunta ou isoladamente, pelas unidades da Federação envolvidas nas operações, condicionando-se a do Fisco da unidade da Federação de destino a credenciamento prévio na Secretaria da Fazenda, Economia ou Finanças da unidade federada do estabelecimento a ser fiscalizado. Acrescido o parágrafo único à cláusula nona pelo Conv. ICMS 16/06, efeitos a partir de 18.04.06. Parágrafo único. O credenciamento prévio previsto nesta cláusula será dispensado quando a fiscalização for exercida sem a presença física da autoridade fiscal no local do estabelecimento a ser fiscalizado. Cláusula décima Constatado o não recolhimento do ICMS por parte do sujeito passivo por substituição, a unidade da Federação de destino da mercadoria poderá suspender a aplicação do respectivo Convênio ou Protocolo, em relação ao inadimplente, enquanto perdurar a situação, sujeitando-se a exigência do imposto às regras da legislação da unidade da Federação credora. Acrescido o parágrafo único pelo Conv. ICMS 27/95, efeitos a partir de 27.04.95. Parágrafo único. A unidade da Federação destinatária poderá, em substituição à suspensão do acordo previsto no caput, exigir o pagamento do imposto na saída da mercadoria do estabelecimento remetente, que deverá ser acompanhada da 3ª via da GNR. Cláusula décima primeira Constitui crédito tributário da unidade federada de destino, o imposto retido, bem como a correção monetária, multa, juros de mora e demais acréscimos legais com ele relacionados. Cláusula décima segunda A nota fiscal emitida pelo sujeito passivo por substituição conterá, além das indicações exigidas pela legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do imposto retido. § 1º Revogado. Revogado o §1º pelo Conv. ICMS 19/94, efeitos a partir de 05.04.94. § 1º As operações sujeitas ao regime de substituição tributária serão objeto de emissão de nota fiscal de subsérie distinta, ou específica, neste caso se emitida pelo sistema eletrônico de processamento de dados. § 2º A inobservância do disposto no caput implica exigência do imposto nos termos que dispuser a legislação da unidade federada de destino. Nova redação dada ao caput da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 108/98, efeitos a partir de 17.12.98. Cláusula décima terceira O estabelecimento que efetuar retenção do imposto remeterá à Secretaria de Fazenda, Finanças ou Tributação das unidades da Federação de destino, mensalmente:
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Nova redação dada ao inciso I da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 31/04, efeitos a partir de 13.07.04. I - arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, ou com seus registros totalizadores zerados, no caso de não terem sido efetuadas operações no período, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, em conformidade com a cláusula oitava do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, até o dia 15 (quinze) do mês subseqüente ao da realização das operações; Redação anterior dada ao inciso I da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos de 01.01.04 a 12.07.04. I - arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, em conformidade com a cláusula oitava do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, até o dia 15 (quinze) do mês subseqüente ao da realização das operações; Redação anterior dada ao inciso I da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 109/01, efeitos de 01.01.02 até 31.12.03.. I - arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, em conformidade com a cláusula nona do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, até o dia 20 do mês subseqüente ao da realização das operações; Redação original, efeitos até 31.12.01. I - arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, em conformidade com a cláusula nona do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, até 10 (dez) dias após o recolhimento do imposto retido por substituição; II - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária, em conformidade com a cláusula oitava do Ajuste SINIEF 04/93, de 09 de dezembro de 1993. Redação anterior, dada ao caput da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos de 20.09.96 a 16.12.98. Cláusula décima terceira O estabelecimento que efetuar a retenção do imposto remeterá à Secretaria de Fazenda, Finanças ou Tributação das unidades da Federação de destino, mensalmente, até 10 (dez) dias após o recolhimento do imposto retido por substituição, arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, efetuadas no mês anterior, em conformidade com a cláusula nona do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995. Redação original, efeitos até 19.09.96. Cláusula décima terceira O estabelecimento que efetuar a retenção do imposto remeterá à Secretaria da Fazenda, Economia ou Finanças da unidade da Federação de destino, até 10 (dez) dias após o recolhimento do imposto substituído, listagem contendo as seguintes indicações: I - Nome, endereço, CEP, número de inscrição estadual e no CGC, dos estabelecimentos emitente e destinatário; II - número, série e subsérie e data da emissão da nota fiscal; III - valores totais das mercadorias; IV - valor da operação; V - valores do IPI e ICMS relativos à operação; VI - valores das despesas acessórias; VII - valor da base de cálculo do imposto retido; VIII - valor do imposto retido;
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IX - nome do banco em que foi efetuado o recolhimento, data e número do respectivo documento de arrecadação. Revogado o § 1º da cláusula décima terceira, pelo Conv. ICMS 31/04, efeitos a partir de 13.07.04. § 1º Revogado. Redação dada ao § 1º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos de 20.09.96 a 12.07.04. § 1º Na hipótese de não terem sido realizadas, no período, operações sob o regime de substituição tributária, o sujeito passivo informará, por escrito, ao fisco onde estiver inscrito como substituto tributário, no prazo previsto no caput, esta circunstância. Redação original, efeitos até 19.09.96. § 1º Na elaboração da listagem serão observadas: a) ordem crescente de CEP, com espacejamento maior na mudança de CEP; b) ordem crescente de inscrição do CGC, dentro de cada CEP; c) ordem crescente do número da nota fiscal dentro de cada CGC. Nova redação dada ao § 2º da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos a partir de 01.01.04. § 2º O arquivo magnético previsto nesta cláusula substitui o exigido pela cláusula oitava do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, desde que inclua todas as operações citadas na referida cláusula, mesmo que não realizadas sob o regime de substituição tributária. Redação anterior dada ao § 2º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos de 20.09.96 até 31.12.03. § 2º O arquivo magnético previsto nesta cláusula substitui o exigido pela cláusula nona do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, desde que inclua todas as operações citadas na referida cláusula, mesmo que não realizadas sob o regime de substituição tributária. Redação anterior, dada ao § 2º pelo Conv. ICMS 79/95, efeitos de 30.10.95 a 19.09.96. § 2º A listagem prevista nesta cláusula substituirá a do § 1º da cláusula nona do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995, podendo, nesta situação, ser emitida em meio magnético. Redação original, efeitos até 29.10.95. § 2º A listagem prevista nesta cláusula substituirá a da cláusula décima terceira do Convênio ICMS 95/89, de 24 de outubro de 1989. Nova redação dada ao § 3º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos a partir de 20.09.96. § 3º O sujeito passivo por substituição não poderá utilizar, no arquivo magnético referido no parágrafo anterior, sistema de codificação diverso da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias/Sistema Harmonizado - NBM/SH, exceto para os veículos automotores, em relação aos quais utilizar-se-á o código do produto estabelecido pelo industrial ou importador. Redação original, efeitos até 19.09.96. § 3º Poderão ser objeto de listagem em apartado, as operações em que tenha ocorrido o desfazimento do negócio. Nova redação dada ao § 4º da cláusula décima terceira pelo Conv. ICMS 114/03, efeitos a partir de 01.01.04. § 4º Poderão ser objeto de arquivo magnético apartado as operações em que haja ocorrido desfazimento do negócio ou que por qualquer motivo a mercadoria informada em arquivo não haja sido entregue ao destinatário, nos termos do § 1º da cláusula oitava do Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995. Redação anterior dada ao § 4º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos de 20.09.96 até 31.12.03. § 4º Poderão ser objeto de arquivo magnético em apartado, as operações em que tenha ocorrido o desfazimento do negócio. Redação original, efeitos até 19.09.96. § 4º A unidade federada de destino poderá exigir a apresentação de outras informações que julgar necessárias. Acrescido o § 5º pelo Conv. ICMS 78/96, efeitos a partir de 20.09.96.
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§ 5º A unidade federada de destino poderá exigir a apresentação de outras informações que julgar necessárias. Nova redação dada ao § 6º pelo Conv. ICMS 31/04, efeitos a partir de 13.07.04. § 6º O sujeito passivo por substituição que, por 60 (sessenta) dias ou 2 (dois) meses alternados, não remeter o arquivo magnético previsto no inciso I do “caput” ou deixar de entregar a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária, poderá ter sua inscrição suspensa ou cancelada até a regularização, aplicando-se o disposto no § 2º da cláusula sétima. Redação anterior dada ao § 6º pelo Conv. ICMS 73/99, efeitos de 01.11.99 a 12.07.04. § 6° O sujeito passivo por substituição que, por 60 (sessenta) dias ou 2 (dois) meses alternados, não remeter o arquivo magnético previsto no inciso I do “caput”, deixar de informar por escrito não ter realizado operações sob o regime de substituição tributária, ou, ainda, deixar de entregar a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária, poderá ter sua inscrição suspensa ou cancelada até a regularização, aplicando-se o disposto no § 2° da cláusula sétima. Redação anterior dada ao § 6º pelo Conv. ICMS 108/98, efeitos a partir de 17.12.98. § 6º O sujeito passivo por substituição que, por 2 (dois) meses consecutivos ou alternados, não remeter o arquivo magnético previsto no inciso I do caput, deixar de informar por escrito não ter realizado operações sob o regime de substituição tributária, ou, ainda, deixar de entregar a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária, poderá ter sua inscrição suspensa até a regularização, aplicando-se o disposto no § 2º da cláusula sétima. Redação anterior, acrescido o § 6º pelo Conv. ICMS 71/97, efeitos de 05.08.97 a 16.12.98. § 6º O sujeito passivo por substituição tributária que, por 2 (dois) meses consecutivos ou alternados, não remeter o arquivo magnético previsto no caput ou deixar de informar por escrito não ter realizado operações sob o regime de substituição tributária, poderá ter sua inscrição suspensa até a regularização, aplicando-se o disposto no § 2º da cláusula sétima. Cláusula décima quarta Os Convênios ou Protocolos firmados entre as unidades da Federação poderão estabelecer normas específicas ou complementares às deste Convênio. Cláusula décima quinta As unidades da Federação comunicarão à Secretaria Executiva da Comissão Técnica Permanente do ICMS-COTEPE, que providenciará a publicação no Diário Oficial da União: I - qualquer alteração na alíquota ou na base de cálculo da mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária; II - a não adoção do regime de substituição tributária nos casos de acordo autorizativo, até 30 (trinta) dias contados da data da sua publicação no Diário Oficial da União; III - a adoção superveniente à manifestação prevista no inciso anterior, do regime de substituição tributária; IV - a denúncia unilateral de acordo. Parágrafo único. As disposições dos incisos III e IV somente obrigam o sujeito passivo por substituição ao seu cumprimento após o decurso de, no mínimo, 15 (quinze) dias, a contar da mencionada publicação no Diário Oficial da União. Nova redação dada a cláusula décima sexta pelo Conv. ICMS 51/96, efeitos a partir de 07.06.96. Cláusula décima sexta Este Convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando suas normas aos Convênios e Protocolos celebrados até esta data, exceto as contidas nas cláusulas terceira, sexta, sétima, décima e décima-quinta e no inciso I da cláusula quinta. Redação anterior, dada a cláusula décima sexta pelo Conv. ICMS 19/94, efeitos de 05.04.94 a 06.06.96. Cláusula décima sexta Este Convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando suas normas, exceto as contidas nas cláusulas 3ª, 6ª, 7ª, 10ª e 15ª, aos Convênios e Protocolos celebrados até esta data.
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Redação original, efeitos até 04.04.94. Cláusula décima sexta Este Convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, não se aplicando suas normas, exceto as contidas nas Cláusulas 7ª, 10ª e 15ª, aos Convênios e Protocolos celebrados até esta data.
PROTOCOLO ICMS – 41/2008 Dispõe sobre a substituição tributária nas operações interestaduais com autopeças. Redação original, efeitos até 31.05.08. Dispõe sobre a substituição tributária nas operações com peças, componentes e acessórios, para veículos automotores e outros fins. Os Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e o Distrito Federal, neste ato representados pelos Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação e Gerente de Receita, considerando o disposto nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional, Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, e no art. 9º da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, resolvem celebrar o seguinte PROTOCOLO Nova redação dada ao caput da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. Cláusula primeira Nas operações interestaduais com peças, partes, componentes, acessórios e demais produtos listados no Anexo Único deste protocolo, realizadas entre contribuintes situados nas unidades federadas signatárias deste protocolo, fica atribuída ao remetente, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, relativo às operações subseqüentes. Redação original, efeitos até 31.10.08. Cláusula primeira Nas operações interestaduais com peças, componentes, acessórios e demais produtos listados nos anexos deste protocolo, realizadas entre contribuintes situados nas unidades federadas signatárias deste protocolo, fica atribuída ao remetente, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, relativo às operações subseqüentes. Nova redação dada ao § 1º da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. § 1º O disposto neste protocolo aplica-se às operações com peças, partes, componentes, acessórios e demais produtos listados no Anexo Único, de uso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo econômico do setor automotivo, sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento de indústria ou comércio de veículos automotores terrestres, bem como de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas peças, partes, componentes e acessórios.
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Redação anterior dada ao § 1º da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos de 01.06.08 a 31.10.08. § 1º O disposto neste protocolo aplica-se às operações com peças, partes, componentes e acessórios, listados no Anexo Único, de uso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo econômico do setor automotivo, sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento de industrial ou comercial de veículos automotores terrestres, bem como de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, ou de suas peças, partes, componentes e acessórios. Redação original, efeitos até 31.05.08. § 1º O disposto neste protocolo aplica-se às operações com os produtos listados: I – no Anexo I, quaisquer que sejam as unidades federadas signatárias remetente e destinatário; II – no Anexo II, na hipótese de contribuinte destinatário localizado nos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e o Distrito Federal. § 2º O regime de que trata este protocolo não se aplica às remessas de mercadoria com destino a: I – estabelecimento industrial; Nova redação dada ao inciso II do § 2º da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. II – outro estabelecimento do mesmo titular, desde que não varejista, salvo se a unidade federada de destino dispuser de forma diferente em sua legislação. Redação original, efeitos até 31.10.08. II – outro estabelecimento do mesmo titular, desde que não varejista. § 3º O disposto no “caput” aplica-se, também, às operações com os produtos relacionados no § 1º destinados à: I – aplicação na renovação, recondicionamento ou beneficiamento de peças partes ou equipamentos; II – integração ao ativo imobilizado ou ao uso ou consumo do destinatário, relativamente ao imposto correspondente ao diferencial de alíquotas. Acrescidos os §§ 4º e 5º à cláusula primeira pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos a partir de 01.06.08. § 4º Mediante acordo com o fisco de localização do estabelecimento destinatário, o regime previsto neste protocolo poderá ser estendido, de modo a atribuir a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto pelas saídas subseqüentes de todas as peças, partes, componentes e acessórios conceituados no § 1º, ainda que não estejam listadas no Anexo Único, na condição de sujeito passivo por substituição, ao estabelecimento de fabricante: I – de veículos automotores para estabelecimento comercial distribuidor, para atender índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729, de 28 de novembro de 1979; Nova redação dada ao inciso II do § 4º da cláusula primeira pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. II - de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, para estabelecimento comercial distribuidor, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. Redação original, efeitos de 01.06.08 a 31.10.08.
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II – de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, para estabelecimento comercial distribuidor, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. § 5º A responsabilidade prevista no § 4º poderá ser atribuída a outros estabelecimentos designados nas convenções da marca celebradas entre o estabelecimento fabricante de veículos automotores e os estabelecimentos concessionários integrantes da rede de distribuição. Acrescido o § 6º à cláusula primeira pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08.
§ 6º Para os efeitos deste protocolo, equipara-se a estabelecimento de fabricante o estabelecimento atacadista de peças controlado por fabricante de veículo automotor, que opere exclusivamente junto aos concessionários integrantes da rede de distribuição do referido fabricante, mediante contrato de fidelidade. Cláusula segunda A base de cálculo do imposto, para os fins de substituição tributária, será o valor correspondente ao preço máximo de venda a varejo fixado por autoridade competente, ou na falta deste, o preço sugerido ao público pelo fabricante ou importador, acrescido, em ambos os casos, do valor do frete quando não incluído no preço. § 1º Inexistindo os valores de que trata o “caput”, a base de cálculo corresponderá ao montante formado pelo preço praticado pelo remetente, acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante, do percentual de margem de valor agregado ajustada (“MVA ajustada”), calculada segundo a fórmula “MVA ajustada = [(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQ intra)] -1”, onde: I – “MVA-ST original” é a margem de valor agregado prevista no § 2º; II – “ALQ inter” é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à operação; III – “ALQ intra” é o coeficiente correspondente à alíquota prevista para as operações substituídas, na unidade federada de destino. § 2º A MVA-ST original é: I – 26,50% (vinte e seis inteiros e cinqüenta centésimos por cento), tratando-se de: a) saída de estabelecimento de fabricante de veículos automotores, para atender índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729, de 28 de novembro de 1979; Nova redação dada à alínea “b” do inciso I do § 2º da cláusula segunda pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. b) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas ou rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. Redação anterior dada à alínea “b” do inciso I do § 2º da cláusula segunda pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos de 01.06.08 a 31.10.08. b) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. Redação original, efeitos até 31.05.08. b) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade.
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II – 40,00% (quarenta por cento) nos demais casos. Nova redação dada ao § 3º da cláusula segunda pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos a partir de 01.06.08. § 3º Da combinação dos §§ 1º e 2º, o remetente deve adotar as seguintes MVAs ajustadas nas operações interestaduais: I – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 26,50% (vinte e seis inteiros e cinqüenta centésimos por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino Alíquota interestadual de 7% Alíquota interestadual de 12%
17% 41,7% 34,1%
18% 43,5% 35,8%
19% 45,2% 37,4%
II – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 40% (quarenta por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino Alíquota interestadual de 7% Alíquota interestadual de 12%
17% 56,9% 48,4%
18% 58,8% 50,2%
19% 60,7% 52,1%
III – nas demais hipóteses, o remetente deverá calcular a correspondente MVA ajustada, na forma do § 1º. Redação original, efeitos até 31.05.08. § 3º Da combinação dos §§ 1º e 2º, o remetente deve adotar as seguintes MVAs ajustadas: I – Na hipótese de a operação interestadual ser tributada à alíquota de 7% (sete por cento) e de a MVAST corresponder ao inciso I do § 2º: a) 41,7% (quarenta e um inteiros e sete décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 17% (dezessete por cento); b) 43,5% (quarenta e três inteiros e cinco décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 18% (dezoito por cento); c) 45,2% (quarenta e cinco inteiros e dois décimos por cento quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 19% (dezenove por cento). II – Na hipótese de a operação interestadual ser tributada à alíquota de 7% (sete por cento) e de a MVAST corresponder ao inciso II do § 2º: a) 56,9% (cinquenta e seis inteiro e nove décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 17% (dezessete por cento); b) 58,8% (cinquenta e oito inteiros e oito décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 18% (dezoito por cento); c) 60,7% (sessenta inteiros e sete décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 19% (dezenove por cento). III – Na hipótese de a operação interestadual ser tributada à alíquota de 12% (doze por cento) e de a MVA-ST corresponder ao inciso I do § 2º: a) 34,1% (trinta e quatro inteiros e um décimo por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 17% (dezessete por cento); b) 35,8% (trinta e cinto inteiros e oito décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 18% (dezoito por cento); c) 37,4% (trinta e sete inteiros e quatro décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 19% (dezenove por cento).
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IV – Na hipótese de a operação interestadual ser tributada à alíquota de 12% (doze por cento) e de a MVA-ST corresponder ao inciso II do § 2º: a) 48,4% (quarenta e oito inteiros e quatro décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 17% (dezessete por cento); b) 50,2% (cinquenta inteiros e dois décimos por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 18% (dezoito por cento); c) 52,1% (cinquenta e dois inteiros e um décimo por cento), quando a alíquota interna da unidade federada de destino for 19% (dezenove por cento); V – nas demais hipóteses, o remetente deverá calcular a correspondente MVA ajustada, na forma do § 1º. § 4º Na impossibilidade de inclusão do valor do frete na composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente será efetuado pelo estabelecimento destinatário, acrescido dos percentuais de margem de valor agregado de que tratam os §§ 1º, 2º e 3º. § 5º Nas operações com destino ao ativo imobilizado ou consumo do adquirente, a base de cálculo corresponderá ao preço efetivamente praticado na operação, incluídas as parcelas relativas a frete, seguro, impostos e demais encargos, quando não incluídos naquele preço. Cláusula terceira O valor do imposto retido corresponderá à diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido na cláusula segunda e o devido pela operação própria realizada pelo contribuinte que efetuar a substituição tributária. Cláusula quarta O imposto retido deverá ser recolhido, a favor da unidade federada de destino, até o dia 9 (nove) do mês subseqüente ao da saída das mercadorias. Nova redação dada à cláusula quinta pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos a partir de 01.06.08. Cláusula quinta Os Estados signatários adotarão o regime de substituição tributária também nas operações internas com as mercadorias de que trata este protocolo, observando os percentuais previstos nos incisos I e II do § 2º da cláusula segunda e o prazo de recolhimento do imposto retido previsto na cláusula quarta. Redação original, efeitos até 31.05.08. Cláusula quinta Os Estados signatários adotarão o regime de substituição tributária também nas operações internas com as mercadorias de que trata este protocolo, observando os percentuais previstos na cláusula segunda e o prazo de recolhimento do imposto retido previsto na cláusula quarta. Cláusula sexta Este protocolo poderá ser denunciado, em conjunto ou isoladamente, pelos signatários, desde que comunicado com antecedência mínima de 30 (trinta) dias. Parágrafo único. Ficam conjuntamente denunciados o Protocolo ICMS 36/04, de 24 de setembro de 2004, o Protocolo ICMS 89/07, de 14 de dezembro 2007 e o Protocolo ICMS 99/07, de 14 de dezembro de 2007, pelas unidades federadas signatárias deste e daqueles protocolos. Cláusula sétima Este protocolo entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir de 1º de maio de 2008, exceto em relação ao parágrafo único da cláusula sexta, que produzirá efeitos a partir de 1º de junho de 2008.
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RETIFICAÇÃO (DOU de 02.05.08) No Protocolo ICMS 41/08, de 4 de abril de 2008, publicado no DOU de 14 de abril de 2008, Seção 1, páginas 21 e 22, no preâmbulo, onde se lê: “Os Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas,....”, leia-se: “Os Estados do Amapá, Amazonas,...”. MANUEL DOS ANJOS MARQUES TEIXEIRA Acrescido o Anexo Único pelo Prot. ICMS 49/08, efeitos a partir de 01.06.08. ANEXO ÚNICO ITEM DESCRIÇÃO 1 Catalizadores em colméia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos 2 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos 3 Protetores de caçamba 4 Reservatórios de óleo 5 Frisos, decalques, molduras e acabamentos 6 Nova redação dada pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. Correias de transmissão de borracha vulcanizada, de matérias têxteis, mesmo impregnadas, revestidas ou recobertas, de plástico, ou estratificadas com plástico ou reforçadas com metal ou com outras matérias. Redação original, efeitos de 01.06.08 a 31.10.08. Correias de transmissão, de matérias têxteis, mesmo impregnadas, 6 revestidas ou recobertas, de plástico, ou estratificadas com plástico ou reforçadas com metal ou com outras matérias. 7
Juntas, gaxetas e outros elementos com função semelhante de vedação.
8 9
Partes de veículos automóveis, tratores e máquinas autopropulsadas Tapetes e revestimentos, mesmo confeccionados
10
15
Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados, com plástico Mangueiras e tubos semelhantes, de matérias têxteis, mesmo com reforço ou acessórios de outras matérias Encerados e toldos Capacetes e artefatos de uso semelhante, de proteção, para uso em motocicletas, incluídos ciclomotores Guarnições de fricção (por exemplo, placas, rolos, tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não montadas, para freios, embreagens ou qualquer outro mecanismo de fricção, à base de amianto, de outras substâncias minerais ou de celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias Vidros de dimensões e formatos que permitam aplicação automotiva
16 17
Espelhos retrovisores Lentes de faróis, lanternas e outros utensílios
11 12 13 14
29
NCM/SH 3815.12.10 3815.12.90 39.17 3918.10.00 3923.30.00 3926.30.00
4010.3 5910.0000 4010.3 5910.0000 4016.93.00 4823.90.9 4016.10.10 4016.99.90 5705.00.00 5903.90.00 5909.00.00 6306.1 6506.10.00
68.13
7007.11.00 7007.21.00 7009.10.00 7014.00.00
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18 19 20
Cilindro de aço para GNV (gás natural veicular) Molas e folhas de molas, de ferro ou aço Obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço
21 22 23
Peso de chumbo para balanceamento de roda Peso para balanceamento de roda e outros utensílios de estanho Fechaduras e partes de fechaduras
24 25
Chaves apresentadas isoladamente Nova redação dada pelo Prot. ICMS 83/08, efeitos a partir de 01.11.08. Dobradiças, guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais comuns
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
34
35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Redação original, efeitos de 01.06.08 a 31.10.08. Dobradiças, guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais comuns Triângulo de segurança Motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propulsão de veículos do Capítulo 87 Motores dos tipos utilizados para propulsão de veículos automotores Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos motores das posições 84.07 ou 84.08. Cilindros hidráulicos Bombas para combustíveis, lubrificantes ou líquidos de arrefecimento, próprias para motores de ignição por centelha ou por compressão Bombas de vácuo Compressores e turbocompressores de ar
7311.00.00 73.20 73.25, exceto 7325.91.00 7806.00 8007.00.90 8301.20 8301.60 8301.70
8302.10.00 8302.30.00 8302.10.10 8302.30.00 8310.00 8407.3 8408.20 84.09.9 8412.21.10 84.13.30
8414.10.00 8414.80.1 8414.80.2 Nova redação dada pelo Prot. ICMS 72/08, efeitos a partir de 14.07.08. 84.13.91.90 Partes das bombas, compressores e turbocompressores dos itens 31, 32 e 84.14.90.10 33 84.14.90.3 8414.90.39 Redação original, efeitos até 13.07.08. 84.14.90.10 Partes das bombas, compressores e turbocompressores dos itens 31, 32 e 84.14.90.3 33 8414.90.39 Máquinas e aparelhos de ar condicionado 8415.20 Aparelhos para filtrar óleos minerais nos motores de ignição por centelha 8421.23.00 ou por compressão Filtros a vácuo 8421.29.90 Partes dos aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 8421.9 Extintores, mesmo carregados 8424.10.00 Filtros de entrada de ar para motores de ignição por centelha ou por 8421.31.00 compressão Depuradores por conversão catalítica de gases de escape 8421.39.20 Macacos 8425.42.00 Partes para macacos do item 42 8431.1010 Nova redação dada pelo Prot. ICMS 72/08, efeitos retroativos a 01.05 para
30
Substituição Tributária
44
45 46 47 48 49
50 51 52 53
54
55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66
SP e MG e a 01.06 para os demais Estados. Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às máquinas agrícolas ou rodoviárias Redação original, efeitos até 30.04 para SP e MG e até 31.05 para os demais Estados. Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às máquinas agrícolas ou rodoviárias Válvulas redutoras de pressão Válvulas para transmissão óleo-hidráulicas ou pneumáticas Válvulas solenóides Rolamentos Árvores de transmissão (incluídas as árvores de "cames" e virabrequins) e manivelas; mancais e "bronzes"; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação Juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de juntas de composições diferentes, apresentados em bolsas, envelopes ou embalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selos mecânicos) Acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos Acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado para o arranque dos motores de pistão Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores. Aparelhos elétricos de iluminação ou de sinalização (exceto os da posição 85.39), limpadores de pára-brisas, degeladores e desembaçadores (desembaciadores) elétricos Telefones móveis Alto-falantes, amplificadores elétricos de audiofreqüência e partes Aparelhos de reprodução de som Aparelhos transmissores (emissores) de radiotelefonia ou radiotelegrafia (rádio receptor/transmissor) Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia Antenas Circuitos impressos Selecionadores e interruptores não automáticos Fusíveis e corta-circuitos de fusíveis Disjuntores Relés Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinados aos
31
84.31.49.2 84.33.90.90
84.31.49.20 84.33.90.90 8481.10.00 8481.20.90 8481.80.92 84.82
84.83
84.84 8505.20 8507.10.00
85.11
8512.20 8512.40 8512.90 8517.12.13 85.18 85.19.81 8525.50.1 8525.60.10 8527.2 8529.10.90 8534.00.00 8535.30.11 8536.10.00 8536.20.00 8536.4 8538
Substituição Tributária
67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
81 82 83
aparelhos dos itens 62, 63, 64 e 65 Interruptores, seccionadores e comutadores Faróis e projetores, em unidades seladas Lâmpadas e tubos de incandescência, exceto de raios ultravioleta ou infravermelhos Cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais Jogos de fios para velas de ignição e outros jogos de fios Carroçarias para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05, incluídas as cabinas. Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05. Parte e acessórios de motocicletas (incluídos os ciclomotores) Engates para reboques e semi-reboques Medidores de nível Manômetros Contadores, indicadores de velocidade e tacômetros, suas partes e acessórios Amperímetros Aparelhos digitais, de uso em veículos automóveis, para medida e indicação de múltiplas grandezas tais como: velocidade média, consumos instantâneo e médio e autonomia (computador de bordo) Controladores eletrônicos Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes Assentos e partes de assentos
8536.50.90 8539.10 8539.2 8544.20.00 8544.30.00 87.07 87.08 8714.1 8716.90.90 9026.10.19 9026.20.10 90.29 9030.33.21 9031.80.40 9032.89.2 9104.00.00 9401.20.00 9401.90.90 9613.80.00
84 Acendedores Acrescentados os itens 85 a 100 pelo Prot. ICMS 127/08, efeitos a partir de 01.02.09. 85 Tubos de borracha vulcanizada não endurecida, mesmo providos de seus 4009 acessórios. 86 Juntas de vedação de cortiça natural e de amianto 4504.90.00 6812.99.10 87 Papel-diagrama para tacógrafo, em disco. 4823.40.00 88 Fitas, tiras, adesivos, auto-colantes, de plástico, refletores, mesmo em rolos; placas metálicas com película de plástico refletora, próprias para 3919.10.00 colocação em carrocerias, pára-choques de veículos de carga, 3919.90.00 motocicletas, ciclomotores, capacetes, bonés de agentes de trânsito e de 8708.29.99 condutores de veículos, atuando como dispositivos refletivos de segurança rodoviários. 89 Cilindros pneumáticos. 8412.31.10 90 Bomba elétrica de lavador de pára-brisa 8413.19.00 8413.50.90 8413.81.00 91 Bomba de assistência de direção hidráulica 8413.60.19 8413.70.10 92 Motoventiladores 8414.59.10 8414.59.90 93 Filtros de pólen do ar-condicionado 8421.39.90
32
Substituição Tributária
94 95 96 97
"Máquina" de vidro elétrico de porta Motor de limpador de para-brisa Bobinas de reatância e de auto-indução. Baterias de chumbo e de níquel-cádmio.
98 99 100
Aparelhos de sinalização acústica (buzina) Sensor de temperatura Analisadores de gases ou de fumaça (sonda lambda)
8501.10.19 8501.31.10 8504.50.00 8507.20 8507.30 8512.30.00 9032.89.82 9027.10.00
Revogados os Anexos I e II pelo Prot. ICMS 049/08, efeitos a partir de 01.06.08. ANEXO I ITEM DESCRIÇÃO 1 Catalizadores em colméia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos 2 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos, para uso automotivo 3 Protetores de caçamba de uso automotivo 4 Reservatórios de óleo para uso automotivo 5 Frisos, decalques, molduras e acabamentos para uso automotivo 6 Partes de veículos automóveis ou tratores e de máquinas ou aparelhos, não domésticos, dos Capítulos 84, 85 ou 90 7 Tapetes próprios para automóveis, ônibus ou caminhões; outros tapetes e revestimentos para pavimentos (pisos), de matérias têxteis, mesmo confeccionados, para uso automotivo 8 Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados, com plástico, exceto os da posição 59.02, para uso automotivo 9 Encerados e toldos para uso automotivo 10 Capacetes e artefatos de uso semelhante, de proteção, para uso em motocicletas, incluídos ciclomotores 11 Guarnições de fricção (por exemplo, placas, rolos, tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não montadas, para freios, embreagens ou qualquer outro mecanismo de fricção, à base de amianto, de outras substâncias minerais ou de celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias, para uso automotivo 12 Vidros de dimensões e formatos que permitam aplicação automotiva 13 14 15 16 17
Espelhos retrovisores para veículos Lentes de faróis, lanternas e outros utensílios Cilindro de aço para GNV (gás natural veicular) Molas e folhas de molas, de ferro ou aço, para uso automotivo Obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço, para uso automotivo
18
Fechaduras e partes de fechaduras para uso automotivo
19
Chaves apresentadas isoladamente, para uso automotivo
33
NCM 3815.12.10 3815.12.90 39.17 3918.10.00 3923.30.00 3926.30.00 4016.10.10 4016.99.90 5705.00.00 5903.90.00 6306.1 6506.10.00
68.13
7007.11.00 7007.21.00 7009.10.00 7014.00.00 7311.00.00 73.20 73.25, exceto 7325.91.00 8301.20 8301.60 8301.70
Substituição Tributária
20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
37 38 39
40
41 42 43 44
Outras guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais comuns, para uso automotivo Triângulo de segurança Motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propulsão de veículos do Capítulo 87 Motores dos tipos utilizados para propulsão de veículos do Capítulo 87 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos motores das posições 84.07 ou 84.08. (excluidas as da posição 8409.10.00 - para motores da aviação) Bombas para combustíveis, lubrificantes ou líquidos de arrefecimento, próprias para motores de ignição por centelha ou por compressão Turbocompressores de ar para uso automotivo Partes das bombas e turbocompressores dos itens 25 e 26 Máquinas e aparelhos de ar condicionado para uso automotivo Aparelhos para filtrar óleos minerais nos motores de ignição por centelha ou por compressão Filtros de entrada de ar para motores de ignição por centelha ou por compressão Depuradores por conversão catalítica de gases de escape de veículos Macacos para uso automotivo Válvulas redutoras de pressão, para fins automotivos Válvulas para transmissão óleo-hidráulicas ou pneumáticas, para fins automotivos Válvulas solenóides, para fins automotivos Árvores de transmissão (incluídas as árvores de "cames" e virabrequins) e manivelas; mancais e "bronzes"; engrenagens e rodas de fricção; eixos de esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação, para uso automotivo Acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos Acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado para o arranque dos motores de pistão Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores. Aparelhos elétricos de iluminação ou de sinalização (exceto os da posição 85.39), limpadores de pára-brisas, degeladores e desembaçadores (desembaciadores) elétricos, para uso automotivo Telefones móveis, para uso automotivo Alto-falantes, amplificadores elétricos de audiofreqüência e partes, para uso automotivo Aparelhos de reprodução de som, para uso automotivo Aparelhos transmissores (emissores) de radiotelefonia ou radiotelegrafia
34
8302.30.00 8310.00 8407.3 8408.20 84.09 84.13.30 8414.80.2 8414.90.39 8415.20 8421.23.00 8421.31.00 8421.39.20 8425.42.00 8481.10.00 8481.20.90 8481.80.92
84.83
8505.20 8507.10.00
85.11
8512.20 8512.40 8512.90 8517.12.13 85.18 85.19.81.90 8525.10.10
Substituição Tributária
67
(rádio receptor/transmissor) para uso automotivo Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia, para uso automotivo Antenas para uso automotivo Selecionadores e interruptores não automáticos, para uso automotivo Fusíveis e corta-circuitos de fusíveis, para uso automotivo Disjuntores, para uso automotivo Relés, para uso automotivo Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinados aos aparelhos dos itens 45, 46, 47 e 48 Interruptores, seccionadores e comutadores, para uso automotivo Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinados aos aparelhos das posições 8535, 8536.50.90, para uso automotivo Faróis e projetores, em unidades seladas, para uso automotivo Lâmpadas e tubos de incandescência, exceto de raios ultravioleta ou infravermelhos, para uso automotivo Jogos de fios para velas de ignição e outros jogos de fios para uso automotivo Carroçarias para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05, incluídas as cabinas. Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05. Parte e acessórios de motocicletas (incluídos os ciclomotores) Medidores de nível, para uso automotivo Manômetros, para uso automotivo Contadores, indicadores de velocidade e tacômetros, suas partes e acessórios, para uso automotivo Amperímetros utilizados em veículos automóveis Aparelhos digitais, de uso em veículos automóveis, para medida e indicação de múltiplas grandezas tais como: velocidade média, consumos instantâneo e médio e autonomia (computador de bordo) Controladores eletrônicos para uso automotivo Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes, para uso automotivo Assentos e partes de assentos para uso automotivo
68
Acendedores para uso automotivo
45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
65 66
8527.2 8529.10.90 8535.30.11 8536.10.00 8536.20.00 8536.4 8538 8536.50.90 8538 8539.10 8539.2 8544.30.00 87.07 87.08 8714.1 9026.10.19 9026.20.10 90.29 9030.33.21 9031.80.40 9032.89.2 9104.00.00 9401.20.00 9401.90.90 9613.80.00
ANEXO II ÍTEM 1 2
DESCRIÇÃO NCM Correias transportadoras ou de transmissão, de matérias têxteis, mesmo 4010.3 impregnadas, revestidas ou recobertas, de plástico, ou estratificadas com 5910.0000 plástico ou reforçadas com metal ou com outras matérias. 4016.93.00 Juntas, gaxetas e outros elementos com função semelhante de vedação. 4823.90.9
35
Substituição Tributária
ÍTEM
9 10 11 12 13 14
DESCRIÇÃO Mangueiras e tubos semelhantes, de matérias têxteis, mesmo com reforço ou acessórios de outras matérias Válvulas redutoras de pressão. Válvulas para transmissão óleo-hidráulica ou pneumática. Juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de juntas de composições diferentes, apresentados em bolsas, envelopes ou embalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selos mecânicos). Reservatório de ar comprimido Cordas, cabos, tranças, lingas e artefatos semelhantes, de ferro ou aço, não isolados Peso para balanceamento de roda para uso automotivo Peso para balanceamento de roda e outros utensílios de estanho Dobradiças para uso automotivo Cilindros hidráulicos Bombas de vácuo Compressores de ar
15
Partes das bombas e compressores
16 17 18 19
Filtros a vácuo Partes dos aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases Extintores, mesmo carregados Partes para macacos de uso automotivo Outras lâmpadas e tubos de incandescência, exceto de raios ultravioleta ou infravermelhos, para uso automotivo Rolamentos de esferas, de roletes ou de agulhas, para uso automotivo Juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de juntas de composições diferentes, apresentados em bolsas, envelopes ou embalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selos mecânicos) Circuitos impressos, para uso automotivo Cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais para uso automotivo Reboques e semi-reboques Radiadores e suas partes de uso automotivo Reservatório de ar comprimido para veículos automotores
3 4 5 6 7 8
20 21 22 23 24 25 26 27
NCM 5909.00.00 8481.10.00 8481.20.90 6812.99.10 7311.00.00 73.12 7806.00 8007.00.90 8302.10.00 8412.21.10 8414.10.00 8414.80.1 8414.90.10 8414.90.3 8421.29.90 8421.9 8424.10.00 8431.1010 8439.2 84.82 84.84 8534.00.00 8544.20.00 8716.90.90 7322.1 7311.00.00
PROTOCOLO ICMS – 41/2008 Altera o Protocolo ICMS 41/08, que dispõe sobre a substituição tributária nas operações com peças, componentes e acessórios, para veículos automotores e outros fins. Os Estados de Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e o Distrito Federal, neste ato representados pelos Secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação e Gerente de Receita, considerando o disposto
36
Substituição Tributária
nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966) e no art. 9º da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, resolvem celebrar o seguinte PROTOCOLO Cláusula primeira Passam a vigorar com a seguinte redação os dispositivos adiante indicados do Protocolo ICMS 41/08, de 4 de abril de 2008: I – a ementa: “Dispõe sobre a substituição tributária nas operações interestaduais com autopeças.”; II – o § 1º da cláusula primeira: “§ 1º O disposto neste protocolo aplica-se às operações com peças, partes, componentes e acessórios, listados no Anexo Único, de uso especificamente automotivo, assim compreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo econômico do setor automotivo, sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento de industrial ou comercial de veículos automotores terrestres, bem como de veículos, máquinas e equipamentos, agrícolas e rodoviários, ou de suas peças, partes, componentes e acessórios.”; III – a alínea “b” do inciso I do § 2º da cláusula segunda: “b) saída de estabelecimento de fabricante de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade.”; IV – o § 3º da cláusula segunda: “§ 3º Da combinação dos §§ 1º e 2º, o remetente deve adotar as seguintes MVAs ajustadas nas operações interestaduais: I – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 26,50% (vinte e seis inteiros e cinqüenta centésimos por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino Alíquota interestadual de 7% Alíquota interestadual de 12%
17% 41,7% 34,1%
18% 43,5% 35,8%
19% 45,2% 37,4%
II – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 40% (quarenta por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino Alíquota interestadual de 7% Alíquota interestadual de 12%
17% 56,9% 48,4%
18% 58,8% 50,2%
19% 60,7% 52,1%
III – nas demais hipóteses, o remetente deverá calcular a correspondente MVA ajustada, na forma do § 1º.”; V – a cláusula quinta: “Cláusula quinta Os Estados signatários adotarão o regime de substituição tributária também nas operações internas com as mercadorias de que trata este protocolo, observando os percentuais previstos nos incisos I e II do § 2º da cláusula segunda e o prazo de recolhimento do imposto retido previsto na cláusula quarta.”. Cláusula segunda Ficam acrescentados os seguinte dispositivos ao Protocolo ICMS 41/08, com a seguinte redação: I – os §§ 4º e 5º à cláusula primeira: “§ 4º - Mediante acordo com o fisco de localização do estabelecimento destinatário, o regime previsto neste protocolo poderá ser estendido, de modo a atribuir a responsabilidade pela retenção e
37
Substituição Tributária
recolhimento do imposto pelas saídas subseqüentes de todas as peças, partes, componentes e acessórios conceituados no § 1º, ainda que não estejam listadas no Anexo Único, na condição de sujeito passivo por substituição, ao estabelecimento de fabricante: I - de veículos automotores para estabelecimento comercial distribuidor, para atender índice de fidelidade de compra de que trata o art. 8º da Lei federal nº 6.729, de 28 de novembro de 1979; II - de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários, para estabelecimento comercial distribuidor, cuja distribuição seja efetuada de forma exclusiva, mediante contrato de fidelidade. § 5º - A responsabilidade prevista no § 4º poderá ser atribuída a outros estabelecimentos designados nas convenções da marca celebradas entre o estabelecimento fabricante de veículos automotores e os estabelecimentos concessionários integrantes da rede de distribuição.”; II - o Anexo Único: “ANEXO ÚNICO ITEM DESCRIÇÃO 1 Catalizadores em colméia cerâmica ou metálica para conversão catalítica de gases de escape de veículos 2 Tubos e seus acessórios (por exemplo, juntas, cotovelos, flanges, uniões), de plásticos 3 Protetores de caçamba 4 Reservatórios de óleo 5 Frisos, decalques, molduras e acabamentos
NCM/SH 3815.12.10 3815.12.90 39.17 3918.10.00 3923.30.00 3926.30.00
6
Correias de transmissão, de matérias têxteis, mesmo impregnadas, 4010.3 revestidas ou recobertas, de plástico, ou estratificadas com plástico ou 5910.0000 reforçadas com metal ou com outras matérias.
7
Juntas, gaxetas e outros elementos com função semelhante de vedação.
8 9
Partes de veículos automóveis, tratores e máquinas autopropulsadas Tapetes e revestimentos, mesmo confeccionados
10
15
Tecidos impregnados, revestidos, recobertos ou estratificados, com plástico Mangueiras e tubos semelhantes, de matérias têxteis, mesmo com reforço ou acessórios de outras matérias Encerados e toldos Capacetes e artefatos de uso semelhante, de proteção, para uso em motocicletas, incluídos ciclomotores Guarnições de fricção (por exemplo, placas, rolos, tiras, segmentos, discos, anéis, pastilhas), não montadas, para freios, embreagens ou qualquer outro mecanismo de fricção, à base de amianto, de outras substâncias minerais ou de celulose, mesmo combinadas com têxteis ou outras matérias Vidros de dimensões e formatos que permitam aplicação automotiva
16 17
Espelhos retrovisores Lentes de faróis, lanternas e outros utensílios
11 12 13 14
38
4016.93.00 4823.90.9 4016.10.10 4016.99.90 5705.00.00 5903.90.00 5909.00.00 6306.1 6506.10.00
68.13
7007.11.00 7007.21.00 7009.10.00 7014.00.00
Substituição Tributária
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49
Cilindro de aço para GNV (gás natural veicular) Molas e folhas de molas, de ferro ou aço Obras moldadas, de ferro fundido, ferro ou aço
7311.00.00 73.20 73.25, exceto 7325.91.00 Peso de chumbo para balanceamento de roda 7806.00 Peso para balanceamento de roda e outros utensílios de estanho 8007.00.90 Fechaduras e partes de fechaduras 8301.20 8301.60 Chaves apresentadas isoladamente 8301.70 Dobradiças, guarnições, ferragens e artigos semelhantes de metais 8302.10.10 comuns 8302.30.00 Triângulo de segurança 8310.00 Motores de pistão alternativo dos tipos utilizados para propulsão de 8407.3 veículos do Capítulo 87 Motores dos tipos utilizados para propulsão de veículos automotores 8408.20 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas aos 84.09.9 motores das posições 84.07 ou 84.08. Cilindros hidráulicos 8412.21.10 Bombas para combustíveis, lubrificantes ou líquidos de arrefecimento, 84.13.30 próprias para motores de ignição por centelha ou por compressão Bombas de vácuo 8414.10.00 Compressores e turbocompressores de ar 8414.80.1 8414.80.2 Partes das bombas, compressores e turbocompressores dos itens 31, 32 e 84.14.90.10 33 84.14.90.3 8414.90.39 Máquinas e aparelhos de ar condicionado 8415.20 Aparelhos para filtrar óleos minerais nos motores de ignição por centelha 8421.23.00 ou por compressão Filtros a vácuo 8421.29.90 Partes dos aparelhos para filtrar ou depurar líquidos ou gases 8421.9 Extintores, mesmo carregados 8424.10.00 Filtros de entrada de ar para motores de ignição por centelha ou por 8421.31.00 compressão Depuradores por conversão catalítica de gases de escape 8421.39.20 Macacos 8425.42.00 Partes para macacos do item 42 8431.1010 Partes reconhecíveis como exclusiva ou principalmente destinadas às 84.31.49.20 máquinas agrícolas ou rodoviárias 84.33.90.90 Válvulas redutoras de pressão 8481.10.00 Válvulas para transmissão óleo-hidráulicas ou pneumáticas 8481.20.90 Válvulas solenóides 8481.80.92 Rolamentos 84.82 Árvores de transmissão (incluídas as árvores de "cames" e virabrequins) e manivelas; mancais e "bronzes"; engrenagens e rodas de fricção; eixos de 84.83 esferas ou de roletes; redutores, multiplicadores, caixas de transmissão e
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50 51 52 53
54
55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76
variadores de velocidade, incluídos os conversores de torque; volantes e polias, incluídas as polias para cadernais; embreagens e dispositivos de acoplamento, incluídas as juntas de articulação Juntas metaloplásticas; jogos ou sortidos de juntas de composições diferentes, apresentados em bolsas, envelopes ou embalagens semelhantes; juntas de vedação mecânicas (selos mecânicos) Acoplamentos, embreagens, variadores de velocidade e freios, eletromagnéticos Acumuladores elétricos de chumbo, do tipo utilizado para o arranque dos motores de pistão Aparelhos e dispositivos elétricos de ignição ou de arranque para motores de ignição por centelha ou por compressão (por exemplo, magnetos, dínamos-magnetos, bobinas de ignição, velas de ignição ou de aquecimento, motores de arranque); geradores (dínamos e alternadores, por exemplo) e conjuntores-disjuntores utilizados com estes motores. Aparelhos elétricos de iluminação ou de sinalização (exceto os da posição 85.39), limpadores de pára-brisas, degeladores e desembaçadores (desembaciadores) elétricos Telefones móveis Alto-falantes, amplificadores elétricos de audiofreqüência e partes Aparelhos de reprodução de som Aparelhos transmissores (emissores) de radiotelefonia ou radiotelegrafia (rádio receptor/transmissor) Aparelhos receptores de radiodifusão que só funcionam com fonte externa de energia Antenas Circuitos impressos Selecionadores e interruptores não automáticos Fusíveis e corta-circuitos de fusíveis Disjuntores Relés Partes reconhecíveis como exclusivas ou principalmente destinados aos aparelhos dos itens 62, 63, 64 e 65 Interruptores, seccionadores e comutadores Faróis e projetores, em unidades seladas Lâmpadas e tubos de incandescência, exceto de raios ultravioleta ou infravermelhos Cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais Jogos de fios para velas de ignição e outros jogos de fios Carroçarias para os veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05, incluídas as cabinas. Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 87.01 a 87.05. Parte e acessórios de motocicletas (incluídos os ciclomotores) Engates para reboques e semi-reboques Medidores de nível
40
84.84 8505.20 8507.10.00
85.11
8512.20 8512.40 8512.90 8517.12.13 85.18 85.19.81 8525.50.1 8525.60.10 8527.2 8529.10.90 8534.00.00 8535.30.11 8536.10.00 8536.20.00 8536.4 8538 8536.50.90 8539.10 8539.2 8544.20.00 8544.30.00 87.07 87.08 8714.1 8716.90.90 9026.10.19
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77 78 79 80
81 82 83
Manômetros Contadores, indicadores de velocidade e tacômetros, suas partes e acessórios Amperímetros Aparelhos digitais, de uso em veículos automóveis, para medida e indicação de múltiplas grandezas tais como: velocidade média, consumos instantâneo e médio e autonomia (computador de bordo) Controladores eletrônicos Relógios para painéis de instrumentos e relógios semelhantes Assentos e partes de assentos
9026.20.10 90.29 9030.33.21 9031.80.40 9032.89.2 9104.00.00 9401.20.00 9401.90.90 9613.80.00
84 Acendedores “. Cláusula terceira Ficam revogados os Anexos I e II do Protocolo ICMS 41/08. Cláusula quarta Este protocolo entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir de 1º de junho de 2008.
3. MODALIDADES DE SUBST. SUBST. TRIBUTÁRIA A substituição tributária precede três modalidades distintas, são elas: SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA TRÁS; SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA PARA FRENTE; SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA CONCOMITANTE Observe a seguir o contexto geral de cada uma delas: A substituição tributária para trás, denominada diferimento, acontece quando o recolhimento do imposto é adiado para um momento futuro, transferindo a responsabilidade deste imposto para terceiro. A substituição tributária para frente em obrigar alguém a pagar, não apenas o imposto atinente à operação por ele praticada, mas, também, o relativo à operação ou operações posteriores. A substituição Tributária Concomitante se caracteriza pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não aquele que esteja realizando a operação/prestação, concomitantemente a ocorrência do fato gerador.
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Substituição Tributária
4. CONCEITOS A Substituição Tributária pode ser conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte.
ESPÉCIES DE ST NO ICMS Sobre Mercadorias Operações anteriores Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. Operações subsequentes A ST em relação às operações subsequentes caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar nº 87/96) Operações concomitantes Esta espécie de Substituição Tributária caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço, concomitantemente à ocorrência do fato gerador. Nesta espécie se encontra a Substituição Tributária dos serviços de transportes de cargas. A Substituição Tributária do ICMS foi implementada porque se constatou que poucos fabricantes vendiam seus produtos a milhares de distribuidores e revendedores, sendo que esses últimos sonegavam ICMS. Assim passaram a tributar os fabricantes, que por serem grandes e em pouco número, seria, e são, facilmente fiscalizados. Sobre serviço de transportes O ICMS sobre o serviço de transporte é devido ao local do início da prestação. Considerando este fato, as Unidades da Federação, por intermédio do Convênio ICMS nº 25/90, estabeleceram que, por ocasião da prestação de serviço de transporte de carga por transportador
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Substituição Tributária
autônomo ou por empresa transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da prestação, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poderá ser atribuída : a) – ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS; b) – ao destinatário da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS, na prestação interna; c) – ao depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica.
CONTRIBUINTES Contribuinte Substituto É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra geral será o fabricante ou importador no que se refere às operações subsequentes . Contribuinte Substituído É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pago pelo contribuinte substituto. Responsável O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando: a)
– da entrada ou recebimento da mercadoria ou serviço;
b)
– da saída subsequente por ele promovida, ainda que isenta ou não-tributada;
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Substituição Tributária
c) – ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto.
5. PRODUTOS SUJETIOS AO REGIME DE ST Os Estados da Federação celebram entre si Convênios ou Protocolos para incluir novos produtos ao regime nas operações interestaduais e internas, de modo a atingir os objetivos de racionalização da fiscalização e eficiência na arrecadação.O regime também pode ser aplicado pelo Estado, mesmo na ausência de convênio ou protocolo, em relação a determinadas mercadorias e apenas em operação de âmbito interno, que recebe a designação de "ST interna". Entre as mercadorias cuja sujeição nas operações foi determinada por Convênios/Protocolos subscritos por todos os Estados e/ou por uma maioria podemos citar: a) fumo; b) tintas e vernizes; c) motocicletas; d) automóveis; e) pneumáticos; f) cervejas, refrigerantes, chope, água e gelo; g) cimento; h) combustíveis e lubrificantes; i) material elétrico. Existem, também, mercadorias que foram objetos de Protocolo subscrito apenas por algumas Unidades da Federação que estão sujeitas ao regime da substituição tributária apenas em operações interestaduais: a) discos e fitas virgens e gravadas; b) bateria; c) pilhas; d) lâminas de barbear; e) cosméticos; f) materiais de construção.
6. BASE DE CÁLCULO CÁLCULO A Lei Complementar nº 87/96 em seu artigo 8º, ao tratar do regime de sujeição passiva por substituição, determina que a base de cálculo será o valor correspondente ao preço de venda a consumidor acrescido do valor do frete, IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento
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Substituição Tributária
destinatário, bem como a parcela resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de lucro). Esse percentual é estabelecido em cada caso de acordo com as peculiaridades de cada mercadoria. BC = (Valor mercadoria + frete + IPI + outras despesas) x margem de lucro
Forma de cálculo Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída das mercadorias de seu estabelecimento e, pela sistemática do regime, paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados pelos contribuintes substituídos, sabemos que este terá: a)
– o ICMS da operação própria;
b)
– o ICMS das operações subsequentes.
Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado do Rio de Janeiro com destino a um cliente localizado no Estado do Rio de Janeiro, cujo valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos: .ICMS da operação própria – R$ 1.000,00 x 19% (origem RJ destino RJ) = R$ 190,00 .Base cálculo da ST – R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00 R$ 1.610,00 x 19% (alíquota interna praticada no Estado do RJ) = R$ 305,90 Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subitem “Base de cálculo” e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, teremos : R$ 305,90 – R$ 190,00 = R$ 115,90 O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será cobrável “por fora” do destinatário, como permitem os Convênios e Protocolos específicos. Veja outro exemplo prático: Ind. de bebidas com uma venda do estado PE para a PB. Com o valor da mercadoria de R$ 1.000,00 com o IPI de 20%, TVA - Taxa de Valor Adicionado ( ver anexo 5 do RICMS) de 140%.
COMPRA
VENDA
APURAÇÃO DO ICMS
VL da Mercadoria 1.000,00 Base Cálculo = 1.200 + 1680
Apuração ICMS = Recolher – Recuperar
IPI 20%
Apuração ICMS = 720,00 – 120,00
200,00
Base Cálculo = 2.880,00
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Substituição Tributária
ICMS a recuperar (120,00) ICMS a recolher 25% = 720,00 Apuração ICMS = 600,00 TVA 140%
1.680,00 Valor Total da Nota = 1.800,00 ICMS a RECOLHER = 600,00
7. ALÍQUOTAS Conforme preconiza os protocolos 41/2008 e 49/2008 as alíquotas de ICMS sob o regime de substituição tributária são: I – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 26,50% (vinte e seis inteiros e cinqüenta centésimos por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino 17% 18% 19% Alíquota interestadual de 7%
41,70% 43,50% 45,20%
Alíquota interestadual de 12%
34,10% 35,80% 37,40%
II – quando a MVA-ST corresponder ao percentual de 40% (quarenta por cento): Alíquota interna na unidade federada de destino 17% 18% 19% Alíquota interestadual de 7%
56,90% 58,80% 60,70%
Alíquota interestadual de 12%
48,40% 50,20% 52,10%
8. SIMPLES NACIONAL Para ME e EPP enquadradas no Simples Nacional, o instituto da substituição tributária está relacionado com a operação com determinadas mercadorias e a opção pelo regime Simples Nacional não desobriga o optante pelo regime tributário Simples Nacional do cumprimento das regras relativas à ST. A apuração do imposto dentro do regime do Simples Nacional, deverá ser considerado na composição da receita, entre outros, o valor da operação própria, vale dizer, o valor da operação praticada pelo contribuinte enquadrado no Simples Nacional e que tenha sido remetida ao abrigo da Substituição Tributária.
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Substituição Tributária
O contribuinte enquadrado no Simples Nacional deverá, também, apurar o imposto sobre o estoque, na hipótese de inclusão de mercadorias no regime de substituição tributária. A exceção é para o estabelecimento varejista de contribuinte enquadrado no regime Simples Nacional que apura o imposto pela receita bruta presumida. A este não se aplica o disposto na Resolução n.º 3.728, de 20/12/05, em razão da própria sistemática estabelecida para a apuração do imposto. Os procedimentos à apuração da base de cálculo e recolhimento do ICMS/ST não se alteram em razão das operações praticadas por contribuintes enquadrados no regime do Simples Nacional. Nesse caso, o contribuinte deverá apurar o ICMS/ST nos termos dos artigos 321 a 336 do Decreto nº 18.955/1997– Regulamento do ICMS. Sendo o documento fiscal deverá ser emitido na forma indicada na questão anterior, quando se tratar de contribuinte que apura o imposto pela receita real. Tratando-se de contribuinte que apura o imposto pela receita presumida, apenas os campos "base de cálculo" e "ICMS retido por substituição tributária", deverão ser informados. O artigo 321-A do Decreto 18955/1997 – RICMS - dispõe acerca do procedimento a ser efetuado pelo estabelecimento quando a mercadoria que comercializa for submetida ao regime de substituição tributária. Na hipótese de fato gerador presumido que não se realizou, quando a mercadoria tenha sido adquirida de contribuinte substituto tributário enquadrado no Simples Nacional, caberá restituição. O contribuinte estabelecido no Distrito Federal terá direito à restituição da parcela de ICMS/ST que tiver suportado. Para o creditamento do imposto relativo à operação própria, deverá observar o respectivo destaque do imposto no documento fiscal de aquisição, se for caso.
9. SUBSTITUTO São os sujeitos passivos substituídos os atacadistas, distribuidores ou varejistas pelos quais o substituto tributário pagou o ICMS relativo à mercadoria a ser por eles revendida. Os Substitutos Tributários, que têm a responsabilidade de calcular e recolher o ICMS relativo a todas as operações que, de forma presumida, ocorrerão até o produto chegar ao consumidor final, estão relacionados nos subitens dos anexos do Decreto 18955/1997 – Regulamento do ICMS - que relacionam as mercadorias sujeitas à Substituição Tributária. Exemplos: A) Regime de Substituição Tributária Referente às Operações Subseqüentes – Operações Internas e Interestaduais - Caderno I do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: Os substitutos tributários referentes às operações subseqüentes encontram-se relacionados nas Portarias ou Convênios mencionados em cada item. Exemplo: Item 2. Cimento de qualquer espécie, classificado na posição 2523 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria - Sistema Harmonizado (NCM/SH). Convênio: Protocolo ICM 11/85 (o Protocolo ICM 11/85 pode ser consultado no site do CONFAZ, em: http://www.fazenda.gov.br/confaz/).
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Substituição Tributária
O substituto tributário está mencionado na cláusula primeira do protocolo ICM 11/85: Cláusula primeira: Nas operações interestaduais com cimento de qualquer espécie, classificado na posição 2523 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria - Sistema Harmonizado (NBM/SH), entre contribuintes do ICMS situados nas unidades federadas signatárias deste protocolo, fica atribuída ao estabelecimento industrial ou importador, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS devido nas subseqüentes saídas ou na entrada para o uso ou consumo do destinatário. (destacou-se) B) Substituição Tributária Referente às Operações Antecedentes - Caderno II do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: Operações Internas com: - papel usado; - apara de papel; - sucada de metal; - etc.. Substituto Tributário: - o industrial adquirente estabelecido no Distrito Federal; - o remetente da mercadoria, não previsto no inciso anterior: a) para outra unidade federada; C) Mercadorias sob Regime de Substituição Tributária Referente às Operações Subseqüentes – Operações Internas - Caderno III do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: 4. Aves, frescas, temperadas, refrigeradas ou congeladas, suas carnes, carcaças, meias-carcaças, cortes, pedaços, peças, partes e miudezas. Contribuintes substitutos: a) estabelecimento industrial, frigoríficos e abatedouros, ou importador; b) estabelecimento atacadista/distribuidor alcançado pelo Decreto nº 20.322, de 17 de junho de 1999, pelo Decreto nº 24.371, de 20 de janeiro de 2004, ou pelo Decreto nº 25.372, de 23 de novembro de 2004; D) Serviços sob Regime de Substituição Tributária – Interna - Caderno IV do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997:
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1. Serviços de Transporte Interestadual de pessoas, bens, mercadorias ou valores, prestados por transportador autônomo ou empresa não inscrita no Cadastro Fiscal do Distrito Federa – CF/DF. (...) Substitutos: I – o alienante ou remetente da mercadoria, inscrito no CF/DF; II – o contratante, inscrito no CF/DF, do serviço de transporte de bens, valores ou pessoas; III – o remetente, inscrito no CF/DF, de bens ou valores.
10. SUBSTITUÍDO São considerados agentes substituídos os atacadistas, distribuidores ou varejistas pelos quais o substituto tributário pagou o ICMS relativo à mercadoria a ser por eles revendida. Com relação as obrigações tributárias do contribuinte substituído, o contribuinte substituído está dispensado do pagamento (obrigação tributária principal) do ICMS pelas operações que realizar com mercadorias recebidas com o ICMS corretamente retido por substituição tributária, mas deverá cumprir as obrigações acessórias pertinentes à operação que realizar, como, por exemplo, emitir documentos fiscais e enviar o livro eletrônico.
11. 11. RECUPERAÇÃO – RESSARCIMENTO - IMPOSTO RETIDO O pagamento em duplicidade do ICMS/ST poderá ser restituído na modalidade prescrita na Lei nº 937/1995. O art. 15 do Decreto 18955/1997 dispõe que é assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar (Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996, art. 26), e o § 1º do art. 15 do Decreto 18955/1997 menciona que, formulado o pedido de restituição, na forma da legislação processual aplicável, e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado. Atenção: O art. 330 do Decreto nº 18955/1997, em consonância com Lei Complementar n.º 87/96, estabelece as regras de restituição aplicáveis somente nas hipóteses em que não tenha ocorrido o fato gerador presumido. Para a restituição de valor pago em duplicidade deve ser observado o disposto nos artigos 56 a 67 do Decreto nº 16.106/94 e a Lei nº 937/1995.
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As hipóteses de restituição do ICMS/ST são: O estabelecimento que receber mercadoria sujeita à substituição tributária poderá ser restituído do valor do imposto pago, caso não ocorra o fato gerador presumido (art. 15 do Decreto 18955/1997). Algumas hipóteses que ensejam restituição são: 1. saída para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da Federação; 2. saída amparada por isenção ou não-incidência; 3. perecimento, furto, roubo ou qualquer outro tipo de perda. Caso não ocorra o fato gerador, observadas as disposições legais, o contribuinte substituído poderá utilizar-se de quatro modalidades de restituição: 1. Solicitação de pedido de restituição em processo administrativo, e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado (art. 15, § 1º, do Decreto 18955/1997). Neste caso, sobrevindo decisão contrária irrecorrível no processo administrativo de restituição, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno do crédito lançado, também devidamente atualizado e com os acréscimos legais cabíveis (art. 15, § 2º, do Decreto 18955/1997). 2. Ressarcimento junto ao Substituto Tributário, regularmente inscrito no Distrito Federal, que tenha efetuado a retenção do imposto, mediante emissão de nota fiscal exclusiva para este fim, na proporção da quantidade saída, no período em que ocorrer a saída da mercadoria ou do produto tributado (art. 330 do Decreto 18955/1997). Atenção: A nota fiscal de ressarcimento, destinada a contribuinte localizado em outra Unidade Federada, deverá ser visada pela repartição fiscal, acompanhada das notas fiscais de compra (art. 330, § 3º, Decreto 18955/1997). 3. Emissão de nota fiscal de crédito (art. 329, § 1º) e creditamento em conta gráfica para dedução do próximo recolhimento do ICMS a pagar, observadas as hipóteses de anulação e estorno de crédito. (art. 329, § 2º, Decreto 18955/1997). 4. apropriação de 1% do valor de aquisição da mercadoria, na proporção da quantidade saída, no livro Registro de Apuração do ICMS, no campo "Crédito do Imposto - Outros Créditos", no período em que ocorrer a saída da mercadoria ou do produto tributado, observadas as hipóteses de anulação e estorno de crédito, caso não seja conhecido o valor da operação do contribuinte substituto; Valor a ser restituído: Regra geral, relativamente à substituição tributária, o valor do imposto a ser restituído corresponderá: 1. ao valor do imposto retido, no caso em que tenha adquirido mercadoria diretamente daquele que efetuou a retenção, contribuinte substituto; 2. ao valor do imposto recolhido, no caso em que o contribuinte tenha apurado o imposto devido a título de substituição tributária, como se substituto fosse, por ocasião da entrada da mercadoria em território do Distrito Federal ou em seu estabelecimento;
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3. ao valor corretamente informado na nota fiscal a título de ressarcimento, no caso em que o contribuinte tenha adquirido a mercadoria de contribuinte substituído ou de contribuinte que tenha apurado o imposto devido a título de substituição tributária por ocasião da entrada da mercadoria em território do Distrito Federal ou em seu estabelecimento (art. 330 do Decreto 18955/1997). O substituto tributário, caso efetue a retenção e recolhimento de valor indevido, em duplicidade, ou a maior, deverá utilizar o procedimento disposto no art. 57 do Decreto 18955/1997: “Art. 57. A restituição dos valores pagos indevidamente a título de ICMS será efetuada mediante requerimento do contribuinte, observadas as formalidades previstas na legislação específica (Lei nº 937, de 13 de outubro de 1995). § 1º Em substituição ao procedimento citado neste artigo, o contribuinte, após comunicação por escrito à repartição fiscal da circunscrição em que se localizar o estabelecimento, poderá apropriar-se do imposto recolhido a maior em períodos anteriores, diretamente na conta gráfica, mediante indicação no Livro Registro de Apuração do ICMS ((Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996 , art. 33, § 2º): I - no campo “Outros Créditos”, do valor do crédito apropriado; II - no campo “Observações”, da especificação do erro em que se fundamente e do período no qual se verificou o recolhimento a maior. § 2º A apropriação de que trata o parágrafo anterior: I - não poderá ser efetuada em períodos de apuração anteriores ao da sua comunicação; II - não implica o reconhecimento de sua legalidade e a conseqüente quitação dos débitos porventura existentes, podendo o Fisco a qualquer tempo, em face da constatação de qualquer irregularidade, exigir o imposto devido, sem prejuízo da aplicação das penalidades e dos acréscimos legais cabíveis. § 3º Os documentos que fundamentarem a apropriação de que trata este artigo ficarão à disposição do Fisco pelo prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício subseqüente àquele do efetivo aproveitamento.” Nesse contexto vale ressaltar o real contexto geral de ressarcimento como o procedimento a ser observado, previsto na legislação, para se recuperar o valor do ICMS/ST correspondente a fato gerador presumido que não se realizou. O ressarcimento é uma modalidade de restituição do ICMS/ST, que consiste na recuperação do valor do imposto retido pelo sujeito passivo por substituição (o substituto tributário), quando ocorrem as situações previstas nos §§ 6º e 7º do art. 321 do Decreto 18955/1997 – Regulamento do ICMS – (RICMS):
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- O § 6º do artigo 321 do RICMS se refere ao ressarcimento no caso de subseqüente saída interestadual. Exemplo: É importante enfatizar, a princípio, que o ICMS/ST é o imposto incidente na operação de venda ao consumidor final (venda de um varejista ao consumidor final, por exemplo) que é retido e recolhido pelo Substituto Tributário (o atacadista ou o estabelecimento industrial, em regra). Quando um estabelecimento varejista estabelecido no DF vende uma mercadoria adquirida sob o regime de substituição tributária para um contribuinte do imposto (uma loja, por exemplo) estabelecido em outra UF, o imposto retido e pago pelo substituto tributário (fornecedor: atacadista ou indústria) pode ser ressarcido, e será devido, desta forma, à UF do estabelecimento destinatário. Atenção: O § 7º do artigo 321, cita o § 2º, Inciso I, do mesmo artigo, e se refere ao ressarcimento no caso de retenção quando a mercadoria é enviada ao DF para um sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Exemplo: Indústria estabelecida em outra UF retém o ICMS/ST referente à venda de mercadoria sujeita à substituição tributária para um atacadista estabelecido no DF considerado sujeito passivo por substituição (substituto tributário), por determinação legal, na sua operação de venda desta mercadoria para um estabelecimento varejista. As formas de ressarcimento estão comentadas nos artigos 329 e 330 do Decreto nº 18.955/1997. O valor de imposto a ser ressarcido é o indicado no documento fiscal emitido pelo contribuinte substituto a título de ICMS/ST, ou seja, o valor destacado na Nota fiscal de compra da mercadoria. Ressaltamos que o ressarcimento será proporcional à quantidade saída para outra UF da respectiva mercadoria, sendo que o valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não poderá ser superior ao valor retido quando da entrada da mercadoria no estabelecimento situado no Distrito Federal.
12. DEVOLUÇÃO E INUTILIZAÇÃO DE MERCADORIA Para observar o contexto geral das situações representadas pela Devolução de Mercadorias e de Inutilização de Mercadorias, observe o prescrito nos itens a seguir: TÍTULO III - DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS CAPÍTULO I - DA DEVOLUÇÃO E DO RETORNO DE MERCADORIA SEÇÃO I DA DEVOLUÇÃO OU TROCA DE MERCADORIA EM VIRTUDE DE GARANTIA
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Art. 265. Na hipótese de devolução de mercadoria ou troca, esta entendida a substituição por uma ou mais da mesma espécie ou de espécie diversa em decorrência de garantia, realizada por pessoa física ou por pessoa não obrigada a emitir documento fiscal, o estabelecimento recebedor deverá: I - emitir nota fiscal para documentar a entrada, com destaque do imposto, a qual terá por natureza da operação "Devolução de mercadoria em garantia"; II - consignar na nota fiscal mencionada no inciso I, o número, a série, a data e o valor do documento fiscal original, bem como o número, a data da expedição e o termo final do certificado de garantia; III - colher, nesta nota fiscal, ou em documento apartado, a assinatura da pessoa que promover a devolução, indicando a espécie e o número do respectivo documento de identidade. § 1º Para efeito do disposto neste artigo, considera-se como garantia a obrigação legal ou a assumida pelo remetente ou fabricante, de substituir a mercadoria. § 2º O prazo de garantia é aquele fixado no respectivo certificado, contado da data de sua expedição ao consumidor, ou o previsto em lei. § 3º O documento fiscal mencionado no "caput" deverá ser lançado no livro Registro de Entradas, nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto". § 4º Quando o estabelecimento recebedor tratar-se de empresa enquadrada no Simples Nacional, o documento de que trata o inciso I deverá ser emitido sem destaque do imposto. RICMS - Aprovado pelo Decreto n. 1.980 de 21.12.2007, atualizado até o Decreto n. 3.550, de 08.10.2008 § 5º O produtor rural emitirá Nota Fiscal de Produtor para acompanhar o transporte da mercadoria, por ocasião de sua devolução ou troca, devendo o estabelecimento recebedor emitir nota fiscal para documentar sua entrada, com destaque do imposto, se for o caso, dispensada a exigência prevista no inciso III. Art. 266. Na saída da mercadoria em substituição à devolvida, o estabelecimento deverá emitir nota fiscal indicando como destinatário o adquirente original da mercadoria, com destaque do imposto, quando devido. Art. 267. Na hipótese de remessa ao fabricante da mercadoria devolvida, o estabelecimento remetente deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, sem destaque do imposto, que terá como natureza da operação "Devolução ou troca de mercadoria em garantia", hipótese em que deverá estornar o crédito pela aquisição original. SEÇÃO II DA SUBSTITUIÇÃO DE PARTES E PEÇAS EM VIRTUDE DE GARANTIA Art. 268. O disposto nesta Seção aplica-se nas operações com partes e peças substituídas em virtude de garantia realizadas por (Convênios ICMS 129/06, 27/07 e 34/07): I - concessionário de veículo auto propulsado ou oficina autorizada que, com permissão do fabricante, promova a substituição de peça em virtude de garantia, tendo ou não efetuado a venda do veículo auto propulsado; II - estabelecimento ou oficina credenciada ou autorizada que, com permissão do fabricante, promova a substituição de peça em virtude de garantia; III - fabricante da mercadoria que receber peça defeituosa substituída em virtude de garantia e de quem será cobrada a peça nova a ser aplicada em substituição. § 1º Para efeito do disposto neste artigo, considera-se garantia a obrigação legal ou a assumida pelo remetente ou fabricante, de substituir a mercadoria, suas partes e peças, se estas apresentarem defeito. § 2º O prazo de garantia é aquele fixado no certificado da garantia, contado da data de sua expedição ao consumidor, ou o previsto em lei.
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§ 3º Na entrada da peça a ser substituída, o estabelecimento concessionário ou a oficina credenciada ou a autorizada deverá emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, que conterá, além dos demais requisitos, as seguintes indicações: RICMS - Aprovado pelo Decreto n. 1.980 de 21.12.2007, atualizado até o Decreto n. 3.550, de 08.10.2008 a) a discriminação da peça defeituosa, o número, a série, e, sendo o caso, a data e o valor do documento fiscal original de aquisição; b) o valor atribuído à peça defeituosa, que será equivalente a dez por cento do preço de venda da peça nova praticado pelo estabelecimento, pela concessionária ou pela oficina credenciada ou autorizada; c) o número da Ordem de Serviço ou da Nota Fiscal - Ordem de Serviço; d) o número, a data da expedição do certificado de garantia e o termo final de sua validade. § 4º A nota fiscal de que trata o § 3º poderá ser emitida no último dia do período de apuração, englobando todas as entradas de peças defeituosas ocorridas no período, sendo neste caso dispensadas as indicações mencionadas nas suas alíneas, desde que: a) na Ordem de Serviço ou na Nota Fiscal - Ordem de Serviço, conste: 1. a discriminação das peças defeituosas substituídas; 2. os números, as datas de expedição dos certificados de garantia e os termos finais de suas validades; 3. se for o caso, os números dos chassis dos veículos auto propulsados e outros elementos indicativos; b) a remessa ao fabricante, das peças defeituosas substituídas, seja efetuada após o encerramento do período de apuração. Art. 269. A remessa da parte ou peça defeituosa promovida pelo estabelecimento concessionário, ou pela oficina credenciada ou autorizada, para o fabricante, será documentada por nota fiscal que deverá conter, além dos demais requisitos, o valor atribuído à peça defeituosa referido na alínea "b" do § 3º do art. 268, observado o disposto no item 97 do Anexo I. Art. 270. Na saída da parte ou peça nova em substituição à defeituosa, o estabelecimento concessionário, ou oficina credenciada ou autorizada, deverá emitir nota fiscal indicando, como destinatário, o proprietário da mercadoria ou do veículo, com destaque do imposto, quando devido, cuja base de cálculo será o preço cobrado do fabricante pela peça. SEÇÃO III DA DEVOLUÇÃO POR PARTICULAR, SEM CLÁUSULA DE GARANTIA Art. 271. Na devolução de mercadoria, sem cláusula de garantia, por particular, o estabelecimento poderá RICMS - Aprovado pelo Decreto n. 1.980 de 21.12.2007, atualizado até o Decreto n. 3.550, de 08.10.2008 creditar-se do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria, desde que: I - haja prova inequívoca da devolução; II - o retorno se verifique dentro do prazo de sessenta dias, contados da data da saída da mercadoria. Parágrafo único. O estabelecimento recebedor deverá: a) emitir nota fiscal para documentar a entrada, mencionando o número, a série, se for o caso, a data e o valor do documento fiscal original; b) colher, na nota fiscal emitida para documentar a entrada, ou em documento apartado, a assinatura da pessoa que promover a devolução, indicando a espécie e o número do respectivo documento de identidade; c) lançar o documento referido na alínea "a", no livro Registro de Entradas, consignando os respectivos valores nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto". SEÇÃO IV DA DEVOLUÇÃO POR CONTRIBUINTE INSCRITO
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Art. 272. O estabelecimento que devolver mercadoria emitirá Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, com o destaque do imposto, se devido, mencionando-se o número e a data do documento fiscal originário, o valor da operação e o motivo da devolução. § 1º É assegurado ao estabelecimento que receber a mercadoria em devolução, o crédito do imposto destacado na nota fiscal. § 2º Quando se tratar de devolução efetivada por empresa enquadrada no Simples Nacional: a) estas empresas poderão, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, efetuar a devolução por meio da Nota Fiscal Avulsa emitida por processamento de dados - NFAe, nos termos da Norma de Procedimento Fiscal de que trata o § 5º do art. 136. b) o estabelecimento recebedor da mercadoria poderá recuperar o imposto anteriormente debitado, mediante "estorno de débito". SEÇÃO V DO RETORNO DA MERCADORIA NÃO ENTREGUE Art. 273. O estabelecimento que receber, em retorno, mercadoria por qualquer motivo não entregue ao RICMS - Aprovado pelo Decreto n. 1.980 de 21.12.2007, atualizado até o Decreto n. 3.550, de 08.10.2008 destinatário, deverá: I - emitir nota fiscal para documentar a entrada com menção dos dados identificativos do documento fiscal original, lançando-a no livro Registro de Entradas, consignando os respectivos valores nas colunas "ICMS - Valores Fiscais - Operações ou Prestações com Crédito do Imposto" ou "ICMS Valores Fiscais - Operações ou Prestações sem Crédito do Imposto", conforme o caso; II - manter arquivada a 1ª via da nota fiscal emitida por ocasião da saída, que deverá conter a indicação prevista no parágrafo único; III - mencionar a ocorrência na via que ficou em poder do emitente ou em documento equivalente; IV - exibir ao fisco, quando exigido, todos os elementos, inclusive os contábeis, comprobatórios de que a importância eventualmente debitada ao destinatário não tenha sido recebida. Parágrafo único. O transporte da mercadoria em retorno será acompanhado pela própria nota fiscal emitida pelo remetente, cuja 1ª via deverá conter a indicação, no verso, efetuada pelo destinatário ou pelo transportador, do motivo de não ter sido entregue a mercadoria. SEÇÃO VI DA DISPOSIÇÃO FINAL Art. 274. Na operação de devolução, total ou parcial, de mercadoria ou bem, inclusive recebido em transferência, aplicar-se-á, inexistindo disposição em contrário, a mesma base de cálculo e a mesma alíquota constante do documento que acobertar a operação anterior de recebimento da mercadoria ou bem (Convênio ICMS 54/00).
13. AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS / NÃO APLICAÇÃO E CRÉDITO DO IMPOSTO: HIPÓTESES HIPÓTESES O imposto destacado ou informado no documento fiscal relativo à ST poderá ser apropriado sob a forma de crédito, nos casos que o estabelecimento que receber mercadoria com o imposto retido por
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substituição tributária, exceto aquela que se destinar à comercialização, poderá apropriar, sob a forma de crédito, o valor do imposto: 1. corretamente destacado na nota fiscal, relativo à operação própria e ao retido por substituição tributária, na hipótese de recebimento da mercadoria diretamente do contribuinte que tenha efetuado a retenção; ou 2. corretamente indicado na nota fiscal, a título de informação ao destinatário, na hipótese de recebimento da mercadoria dos demais contribuintes. Ressalta-se que não caberá ao adquirente de bem destinado a uso e ou consumo o direito ao crédito do imposto devido por diferencial de alíquota, ainda que retido pelo remetente a título de substituição tributária.
14. 14. PRAZO E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO Com relação aos prazos de recolhimento e mensuração do imposto, observa-se o contexto a seguir: o estoque deverá ser quantificado e o imposto devidamente apurado em dia imediatamente anterior àquele em que vigorar a norma relativa à inclusão da mercadoria no regime de ST. (Art. 321-A, Inc.I, do Decreto nº 18.955/1997). Com relação ao prazo de pagamento O ICMS/ST pode ser pago nos prazos mencionados no Caderno I do Anexo IV ao Decreto 18955/1997, se o contribuinte substituto efetuar o cadastro no Cadastro Fiscal do Distrito Federa. Se não efetuar a inscrição, o pagamento do imposto deve ser efetuado no momento do ingresso da mercadoria no território do DF, no posto fiscal. Os prazos para o pagamento dos impostos podem ser consultados no Calendário das Obrigações Tributárias. O pagamento pode ser efetuado via Internet, de qualquer lugar do Brasil ou do mundo, por meio da página de um banco conveniado em que o contribuinte seja correntista, nas casas lotéricas, nas unidades de auto-atendimento das agências bancárias ou diretamente (presencialmente) nas agências bancárias conveniadas. Nas seguintes instituições bancárias conveniadas com a SEF: OBS: Nessas instituições bancárias, o pagamento poderá ser efetuado em todos os Estados, ou seja, dentro ou fora do Distrito Federal.
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15. 15. PERGUNTAS E RESPOSTAS DE ST 1- O que é substituição tributária no ICMS? R: É o instituto jurídico previsto na Constituição Federal que autoriza, desde de que prevista em lei do ente estatal tributante, a possibilidade de atribuir a outrem, sujeito passivo da obrigação tributária, a condição de responsável pelo pagamento de imposto relativo a fato gerador praticado por terceiros. A Substituição Tributária constitui-se como regime de tributação que assegura arrecadação mais eficiente e possibilita racionalizar a fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias pelos contribuintes. 2– Quais são as vantagens do regime de substituição tributária? R: Algumas vantagens decorrem do regime de ST: - Para os contribuintes: A substituição tributária centraliza o recolhimento do imposto devido por terceiros no contribuinte substituto, facilita a fiscalização e estimula a igualdade na tributação, impedindo a concorrência desleal entre contribuintes que recolhem e os que não recolhem regularmente seus tributos. Com o ICMS/ST, as operações comerciais ganham agilidade e simplicidade na emissão de documentos fiscais e escrituração dos livros, além de atenuar distorções e concorrências entre contribuintes do mesmo ramo de atividades. - Para a sociedade: O sistema da substituição tributária é uma importante ferramenta utilizada pelo Estado no sentido de ampliar sua base de arrecadação, facilitando a fiscalização e diminuindo a sonegação de impostos, gerando receitas para benefícios à sociedade. 3- Qual o âmbito de aplicação da substituição tributária? R: A substituição tributária alcança as operações internas e interestaduais de determinados produtos na forma que dispõem os Convênios e Protocolos celebrados entre os Estados para esta finalidade, e, conforme dispõe a legislação estadual, o regime também pode ser aplicado, mesmo na ausência de convênio ou protocolo, em relação a determinadas mercadorias e apenas em operação de âmbito interno. 4– O regime de substituição tributária onera a cadeia de comercialização dos produtos a ele sujeitos? R: Não. Com a substituição tributária não há aumento ou diminuição da carga tributária na cadeia de comercialização do produto, mas tão-somente alteração do responsável pelo recolhimento do valor do imposto devido pelas operações realizadas com a mercadoria.
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Os mecanismos para operacionalizar o regime de substituição tributária, e que estão contidos na legislação respectiva, permitem que cada um dos contribuintes, envolvidos na circulação da mercadoria, suporte unicamente sua própria carga tributária. 5– Por que determinadas mercadorias estão sob o regime de substituição tributária? R: Os Estados da Federação celebram entre si Convênios ou Protocolos para incluir novos produtos regime nas operações interestaduais e internas, de modo a atingir os objetivos de racionalização fiscalização e eficiência na arrecadação.O regime também pode ser aplicado pelo Estado, mesmo ausência de convênio ou protocolo, em relação a determinadas mercadorias e apenas em operação âmbito interno, que recebe a designação de "ST interna".
ao da na de
6- Quando ocorre a substituição tributária? R: Ocorre a Substituição Tributária quando se concretiza o fato gerador presumido para a retenção do imposto, previsto nas hipóteses de incidência relacionadas nos seguintes textos legais: - Decreto nº 18955/1997 – Anexo 04 - Caderno 01 – Substituição Tributária Referente às Operações Posteriores; - Decreto nº 18955/1997 - Anexo 04 – Caderno 02 - Substituição Tributária Referente às Operações Antecedentes; - Decreto nº 18955/1997 - Anexo 04 - Caderno 03 - Substituição Tributária Referente às Operações Internas; e - Decreto nº 18955/1997 - Anexo 04 - Caderno 04 - Substituição Tributária Referente às Operações Internas - Serviços. A título de exemplo, e considerando a substituição tributária subseqüente ou para frente, quando o imposto devido pela saída de determinado produto do estabelecimento comercial varejista é calculado e pago pelo industrial, "fornecedor" ou, ainda, por quem a lei atribuir responsabilidade, ocorre a substituição tributária. O industrial, por exemplo, ao vender bebidas para o atacadista, além de arcar com o ICMS relativo à sua própria operação, recolhe também o ICMS devido pelas operações a serem realizadas pelo atacadista e pelo varejista. Como o industrial passou a recolher o imposto por substituição tributária, este valor será cobrado do estabelecimento comercial na nota fiscal de fornecimento. 7– Quem são os sujeitos passivos substituídos? R: São os atacadistas, distribuidores ou varejistas pelos quais o substituto tributário pagou o ICMS relativo à mercadoria a ser por eles revendida.
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8- Quem são os sujeitos passivos substitutos tributários responsáveis pelo cálculo e pagamento do ICMS/ST? R: Os Substitutos Tributários, que têm a responsabilidade de calcular e recolher o ICMS relativo a todas as operações que, de forma presumida, ocorrerão até o produto chegar ao consumidor final, estão relacionados nos subitens dos anexos do Decreto 18955/1997 – Regulamento do ICMS - que relacionam as mercadorias sujeitas à Substituição Tributária. Exemplos: A) Regime de Substituição Tributária Referente às Operações Subseqüentes – Operações Internas e Interestaduais - Caderno I do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: Os substitutos tributários referentes às operações subseqüentes encontram-se relacionados nas Portarias ou Convênios mencionados em cada item. Exemplo: Item 2. Cimento de qualquer espécie, classificado na posição 2523 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria - Sistema Harmonizado (NCM/SH). Convênio: Protocolo ICM 11/85 (o Protocolo ICM 11/85 pode ser consultado no site do CONFAZ, em: http://www.fazenda.gov.br/confaz/). O substituto tributário está mencionado na cláusula primeira do protocolo ICM 11/85: Cláusula primeira: Nas operações interestaduais com cimento de qualquer espécie, classificado na posição 2523 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria - Sistema Harmonizado (NBM/SH), entre contribuintes do ICMS situados nas unidades federadas signatárias deste protocolo, fica atribuída ao estabelecimento industrial ou importador, na qualidade de sujeito passivo por substituição, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS devido nas subseqüentes saídas ou na entrada para o uso ou consumo do destinatário. (destacou-se) B) Substituição Tributária Referente às Operações Antecedentes - Caderno II do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: 1. Operações Internas com: - papel usado; - apara de papel; - sucada de metal; - etc..
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1.1 Substituto Tributário: - o industrial adquirente estabelecido no Distrito Federal; - o remetente da mercadoria, não previsto no inciso anterior: a) para outra unidade federada; C) Mercadorias sob Regime de Substituição Tributária Referente às Operações Subseqüentes – Operações Internas - Caderno III do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: 4. Aves, frescas, temperadas, refrigeradas ou congeladas, suas carnes, carcaças, meias-carcaças, cortes, pedaços, peças, partes e miudezas. 4.2 Contribuintes substitutos: a) estabelecimento industrial, frigoríficos e abatedouros, ou importador; b) estabelecimento atacadista/distribuidor alcançado pelo Decreto nº 20.322, de 17 de junho de 1999, pelo Decreto nº 24.371, de 20 de janeiro de 2004, ou pelo Decreto nº 25.372, de 23 de novembro de 2004; D) Serviços sob Regime de Substituição Tributária – Interna - Caderno IV do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997: 1. Serviços de Transporte Interestadual de pessoas, bens, mercadorias ou valores, prestados por transportador autônomo ou empresa não inscrita no Cadastro Fiscal do Distrito Federa – CF/DF. (...) 1.2 Substitutos: I – o alienante ou remetente da mercadoria, inscrito no CF/DF; II – o contratante, inscrito no CF/DF, do serviço de transporte de bens, valores ou pessoas; III – o remetente, inscrito no CF/DF, de bens ou valores. 9– O que é ICMS próprio? R: É o imposto incidente sobre a base de cálculo da operação própria realizada pelo contribuinte, sujeito passivo por substituição, cujo montante não incluiu o ICMS das operações subseqüentes.
2- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REFERENTE ÀS OPERAÇÕES POSTERIORES
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10– O que é ICMS/ST referente às operações posteriores ou subseqüentes? R: É o imposto retido a título de substituição tributária, incidente nas operações subseqüentes com a mercadoria e que deverá ser recolhido para o Estado onde estiver estabelecido o adquirente. 11– Quais são os acontecimentos necessários para a aplicação da substituição tributária nas operações posteriores? R: Primeiro, a previsão legal para se atribuir a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente nas operações com a mercadoria. Segundo, a concretização do fato gerador presumido por ocasião da retenção do imposto. 12- Que mercadorias estão sujeitas à substituição tributária referente às operações posteriores? R: A descrição das mercadorias sujeitas à Substituição Tributária Referente às Operações Posteriores, o âmbito de aplicação do regime e a Margem de Valor Agregado (MVA) estão contidos no Decreto nº 18955/1997 ANEXO 04 CADERNO 01, DODF de 24/12/1997: - Cigarros, charutos, cigarrilhas, fumos e artigos correlatos; - Cimento de qualquer espécie; - Cerveja, inclusive chope, refrigerantes, água mineral ou potável e gelo, - Combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo; - Veículos novos; - Tintas, vernizes e outras mercadorias de indústria química; - Operações interestaduais com telhas, cumeeira e caixas d’água de cimento, amianto, fibrocimento, polietileno e fibra de vidro; - Pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha; - Farinha de trigo; - Mercadorias destinadas a revendedoras que efetuam venda porta-a-porta a consumidor final e a contribuinte inscrito; - Disco fonográfico, fita virgem ou gravada e outros suportes para reprodução ou gravação de som ou imagem; - Filme fotográfico e cinematográfico e “slide”; - Lâmina de barbear, aparelho de barbear e isqueiro de bolso a gás, não recarregável; - Lâmpada elétrica e eletrônica, reator e “starter”; - Pilhas e baterias elétricas;
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- Energia elétrica não destinada à comercialização ou à industrialização; - Sorvetes; - Peças, componentes, acessórios e demais produtos, para serem utilizados como autopropulsados e outros fins; - Aguardente; - Bebidas quentes; - Vinhos e Sidras.
13 – É devido o ICMS/ST relativamente ao diferencial de alíquota nas aquisições interestaduais para uso e consumo? R: Sim, ressalvando que a responsabilidade atribuída ao estabelecimento remetente restringe-se às remessas de mercadorias relacionadas no Caderno 01 do Anexo 04 ao Decreto nº 18955/1997 – que relaciona as mercadorias sujeitas à Substituição Tributária Referente às Operações Posteriores, e desde que o remetente esteja estabelecido em unidade da Federação signatária do respectivo Convênio ou Protocolo. 14 - Existe percentual diferenciado de MVA para o cálculo da ST? R: Sim. Em relação a algumas hipóteses previstas em Regulamento do ICMS, há percentuais diferenciados de MVA para obtenção da base de cálculo relativo ao imposto devido por substituição tributária, que variam de acordo com o tipo da mercadoria. 15 – Qual a base de cálculo para apuração do ICMS/ST nas operações subseqüentes? R: Observada a ordem, a base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária será, a) o preço tabelado, se houver, ou tarifa pública; b) na ausência de preço tabelado: - o preço sugerido pelo fabricante; - o preço médio ponderado ao consumidor (PMPF); -
o preço praticado pelo remetente, acrescido de despesas e da Margem de Valor Agregado (MVA).
16 – Como deve ser apurado o valor da base de cálculo? R: Na apuração do valor da base de cálculo, para fins de recolhimento do ICMS/ST, em regra geral, deve ser observado o critério do preço da mercadoria. Exemplo:
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Produto Produto X
Produto Y
Produto Z
Preço
Despesas debitadas ao MVA Base de Cálculo ST adquirente
R$ 160,00
R$ 20,00*
(Preço tabelado)
(outras despesas)
R$ 170,00
R$ 15,00*
(PMPF)
(frete)
R$ 200,00
R$ 13,00*
(Sugerido pelo fabricante)
(frete)
Produto W R$ 100,00 (Praticado pelo remetente)
-- x -- R$ 160,00
-- x -- R$ 170,00
-- x -- R$ 200,00 (o valor do frete não deve ser considerado, neste caso)
Frete: R$ 13,00
30%
IPI: R$3,00
(MVA) ((100+13+3+5) * 1,30)
R$ 157,30
Seguro: R$5,00 (acrescentar valores de demais despesas) * Nos casos de preço tabelado, PMPF e preço sugerido pelo fabricante, as despesas debitadas ao adquirente não integram a base de cálculo do ICMS/ST.
17 - Como é o cálculo do ICMS/ST nas operações subseqüentes? R: O imposto a recolher a título de substituição tributária será o valor da diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota estabelecida para as operações internas sobre a base de cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte remetente. Exemplo de apuração e recolhimento do ICMS/ST, em relação às operações subseqüentes: Operações com mercadoria sob o regime de ST A) Valor da operação interestadual com mercadoria sujeita à ST R$ 1.000,00 R$ 120,00 B) Crédito de ICMS relativo à operação própria do remetente. (R$1.000,00 x 12%) C) Base de Cálculo da ST.
R$ 1.560,00
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Será o montante formado pela soma do valor da operação ((R$1.000,00 + R$200,00) x 1,30) própria, das despesas debitadas ao adquirente, acrescido do ((operação) + (despesas) x (MVA)) percentual de 30% de MVA. (R$ 1.560,00 x 17% ) - (R$1.000,00 x 12%)
D) Cálculo do ICMS/ST
R$ 265,20 - R$120,00 E) Valor do ICMS/ST após dedução do ICMS incidente na R$ 145,20 operação própria F) Valor total da NF do remetente, sujeito passivo por R$ 1.145,20, ou seja, A + E (R$ substituição 1.000,00 + R$ 145,20)
18– Como deve ser efetuado o cálculo do ICMS/ST, quando a operação subseqüente estiver beneficiada com a redução da base de cálculo? R: Após a composição da base de cálculo da ST, aplica-se o benefício da redução, nos termos do art. 321, § 3º, Inciso I, do Decreto 18955/1997 , sendo que o crédito da operação própria a ser considerado será proporcional à redução aplicada, nos termos art. 60, Inciso V, do Decreto 18955/1997 – Regulamento do ICMS. 19 – Há casos em que não se aplica a substituição tributária, ainda que a mercadoria esteja relacionada no Caderno 01 do Anexo 04 ao Decreto nº 18955/1997? R: Sim. Não se aplica o regime de substituição tributária nas seguintes situações (art. 321, § 2º, do Decreto nº 18955/1997): a) Às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria (Convênio ICMS 81/93 e art. 321, § 2º, Inc. I, do Decreto nº 18955/1997). Nesse caso, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a outro contribuinte. Ex: Industrial estabelecido em outra UF vende mercadoria sujeita à substituição tributária para atacadista estabelecido no DF, que é o Substituto Tributário (sujeito passivo por substituição) desta mercadoria. O estabelecimento atacadista efetuará a retenção e recolhimento do imposto quando vender esta mercadoria a um varejista. b) Às transferências para outro estabelecimento do contribuinte substituto, excluído o varejista, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a contribuinte diverso (art. 321, § 2º, Inc. II, do Decreto nº 18955/1997). c) Às operações de retorno promovidas por estabelecimento industrial ao encomendante da industrialização. A responsabilidade pelo recolhimento do imposto a título de substituição tributária
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fica atribuída ao autor da encomenda. (Neste caso, a mercadoria é enviada ao estabelecimento industrial com suspensão do imposto, e não há incidência do icms quando a mercadoria retorna ao encomendante). d) Às transferências promovidas pelo industrial para outro estabelecimento, exceto varejista. Nesse caso, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a outro contribuinte. Aplica-se essa hipótese somente quando o estabelecimento atacadista for distribuidor exclusivo do remetente; e e) Às operações que destinem mercadorias a estabelecimento industrial para emprego em processo de industrialização como matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem.
3- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REFERENTE ÀS OPERAÇÕES ANTECEDENTES
20- O que é a ST para trás ou ST referente às operações antecedentes? R: É a modalidade de substituição tributária em que o recolhimento do imposto devido pelo remetente da mercadoria fica sob a responsabilidade do adquirente, nos termos dos artigos 337 a 345 do Decreto 18955/1997. 21- Que mercadorias estão sujeitas à ST referente às operações antecedentes? R: São as mercadorias relacionadas no Caderno II do Anexo IV ao Decreto nº 18.955/1997 – Regulamento do ICMS). 22- Qual a base de cálculo nas operações com a ST na modalidade antecedente ou para trás? R: A base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária antecedente é o valor da operação, nele incluído o valor do próprio imposto, praticado pelo contribuinte substituído ou produtor rural. 23 - Como se calcula o ICMS/ST nas operações antecedentes? R: O imposto a recolher a título de substituição tributária será calculado mediante aplicação, sobre a respectiva base de cálculo, da alíquota estabelecida para a operação.
4- SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REFERENTE ÀS OPERAÇÕES INTERNAS
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24 – O que significa "ST interna"? R: É uma denominação que vem sendo utilizada quando se quer referir ao regime de substituição tributária aplicável a determinadas mercadorias em operações internas. Ou seja, realizadas no âmbito estadual e que não estão inseridas em Convênios ou Protocolos. Exemplo: Medicamentos. 25- Que mercadorias estão sujeitas à ST interna? R: A descrição das mercadorias sujeitas à Substituição Tributária Referente às Operações Internas estão contidas no Caderno 03 do Anexo IV ao Decreto nº 18955/1997: - Aves, frescas, temperadas, refrigeradas ou congeladas, suas carnes, carcaças, meias-carcaças, cortes, pedaços, peças, partes e miudezas. - Medicamentos e outros produtos farmacêuticos, classificados nos Códigos da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH, relacionados no item 5 do Caderno 03 do Anexo IV ao Decreto nº 18955/1997 (verificar lista completa). - Bebidas mistas classificadas nos códigos 2009.80.00 e 2009.90.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul, Sistema Harmonizado – NCM/SH. - Pneumáticos de borracha, do tipo ‘remold’ classificados no código 4012.10.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul, Sistema Harmonizado – NCM/SH. Atenção: As peças, componentes, acessórios e demais produtos automotivos classificados nos Códigos da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado - NBM/SH, ainda constam relacionados no item 6 do Caderno III do Anexo IV ao Decreto 18955/1997, disponibilizado no sítio da Secretaria de Fazenda do DF, em razão da falta de atualização do Anexo. Atualmente estas mercadorias estão sujeitas à Substituição Tributária referente às Operações Subseqüentes, e estão relacionadas no item 23 do Caderno 01 do Anexo 04 ao Decreto nº 18955/1997. 26 – Tratando-se de "ST interna", é possível que determinado estabelecimento remetente, situado em unidade da Federação não signatária de Convênio ou Protocolo com o Distrito Federal seja contribuinte substituto? R: Sim. Apesar da revogação do § 4º do art. 327-A do Dec. 18955/1997, existe a possibilidade do contribuinte de outra UF celebrar Termo de Acordo para se tornar substituto tributário conforme art. 327 do mesmo decreto.
5- SERVIÇOS SUJEITOS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA REFERENTE ÀS OPERAÇÕES INTERNAS
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30- Que serviços estão sujeitos à ST interna (STI)? R: A descrição dos serviços sujeitos à Substituição Tributária está contida no Decreto nº 18955/1997 – Anexo 04 – Caderno 04 - ao Decreto 18955/1994: - Serviços de Transporte Interestadual de pessoas, bens, mercadorias ou valores, prestados por transportador autônomo ou empresa não inscrita no Cadastro Fiscal do Distrito Federal – CF/DF.
6- OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL
31 – O contribuinte, enquadrado como ME ou EPP (Simples Nacional), estabelecido fora do Distrito Federal, deverá observar as regras relativas à ST? R: Sim. O instituto da substituição tributária está relacionado com a operação com determinadas mercadorias e a opção pelo regime Simples Nacional não desobriga o optante pelo regime tributário Simples Nacional do cumprimento das regras relativas à ST. 32 – Em razão da sistemática relativa ao ICMS/ST apresentada na resposta anterior, como será realizada a apuração do imposto dentro do regime do Simples Nacional para o contribuinte substituto? R: Na apuração do imposto devido no período, em conformidade com o regime, deverá ser considerado na composição da receita, entre outros, o valor da operação própria, vale dizer, o valor da operação praticada pelo contribuinte enquadrado no Simples Nacional e que tenha sido remetida ao abrigo da Substituição Tributária. 33 – O contribuinte enquadrado no Simples Nacional deverá, também, apurar o imposto sobre o estoque, na hipótese de inclusão de mercadorias no regime de substituição tributária? R: Sim. A exceção é para o estabelecimento varejista de contribuinte enquadrado no regime Simples Nacional que apura o imposto pela receita bruta presumida. A este não se aplica o disposto na Resolução n.º 3.728, de 20/12/05, em razão da própria sistemática estabelecida para a apuração do imposto. 34 – Como deverá ser efetuado o recolhimento do ICMS/ST pelos contribuintes enquadrados no regime do Simples Nacional? R: Os procedimentos à apuração da base de cálculo e recolhimento do ICMS/ST não se alteram em razão das operações praticadas por contribuintes enquadrados no regime do Simples Nacional. Nesse caso, o contribuinte deverá apurar o ICMS/ST nos termos dos artigos 321 a 336 do Decreto nº 18.955/1997– Regulamento do ICMS.
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35 – Como deve ser emitido o documento fiscal nas operações com ST praticadas por contribuinte substituto enquadrado no regime do Simples Nacional? R: O documento fiscal deverá ser emitido na forma indicada na questão anterior, quando se tratar de contribuinte que apura o imposto pela receita real. Tratando-se de contribuinte que apura o imposto pela receita presumida, apenas os campos "base de cálculo" e "ICMS retido por substituição tributária", deverão ser informados. O artigo 321-A do Decreto 18955/1997 – RICMS - dispõe acerca do procedimento a ser efetuado pelo estabelecimento quando a mercadoria que comercializa for submetida ao regime de substituição tributária. 36 – Na hipótese de fato gerador presumido que não se realizou, quando a mercadoria tenha sido adquirida de contribuinte substituto tributário enquadrado no Simples Nacional, caberá restituição? R: Sim. O contribuinte estabelecido no Distrito Federal terá direito à restituição da parcela de ICMS/ST que tiver suportado. Para o creditamento do imposto relativo à operação própria, deverá observar o respectivo destaque do imposto no documento fiscal de aquisição, se for caso.
7- RESTITUIÇÃO DO ICMS/ST
37 - O pagamento em duplicidade do ICMS/ST poderá ser restituído na modalidade prescrita na Lei nº 937/1995? R: Sim. O art. 15 do Decreto 18955/1997 dispõe que é assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que não se realizar (Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996, art. 26), e o § 1º do art. 15 do Decreto 18955/1997 menciona que, formulado o pedido de restituição, na forma da legislação processual aplicável, e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado. Atenção: O art. 330 do Decreto nº 18955/1997, em consonância com Lei Complementar n.º 87/96, estabelece as regras de restituição aplicáveis somente nas hipóteses em que não tenha ocorrido o fato gerador presumido. Para a restituição de valor pago em duplicidade deve ser observado o disposto nos artigos 56 a 67 do Decreto nº 16.106/94 e a Lei nº 937/1995.
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38- Quais são as hipóteses de restituição do ICMS/ST R: O estabelecimento que receber mercadoria sujeita à substituição tributária poderá ser restituído do valor do imposto pago, caso não ocorra o fato gerador presumido (art. 15 do Decreto 18955/1997). Algumas hipóteses que ensejam restituição são: 1. saída para estabelecimento de contribuinte situado em outra unidade da Federação; 2. saída amparada por isenção ou não-incidência; 3. perecimento, furto, roubo ou qualquer outro tipo de perda. 39- Quais as formas de restituição previstas no Regulamento do ICMS? R: Caso não ocorra o fato gerador, observadas as disposições legais, o contribuinte substituído poderá utilizar-se de quatro modalidades de restituição: 1. Solicitação de pedido de restituição em processo administrativo, e não havendo deliberação no prazo de noventa dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido, devidamente atualizado (art. 15, § 1º, do Decreto 18955/1997). Neste caso, sobrevindo decisão contrária irrecorrível no processo administrativo de restituição, o contribuinte substituído, no prazo de quinze dias da respectiva notificação, procederá ao estorno do crédito lançado, também devidamente atualizado e com os acréscimos legais cabíveis (art. 15, § 2º, do Decreto 18955/1997). 2. Ressarcimento junto ao Substituto Tributário, regularmente inscrito no Distrito Federal, que tenha efetuado a retenção do imposto, mediante emissão de nota fiscal exclusiva para este fim, na proporção da quantidade saída, no período em que ocorrer a saída da mercadoria ou do produto tributado (art. 330 do Decreto 18955/1997). Atenção: A nota fiscal de ressarcimento, destinada a contribuinte localizado em outra Unidade Federada, deverá ser visada pela repartição fiscal, acompanhada das notas fiscais de compra (art. 330, § 3º, Decreto 18955/1997). 3. Emissão de nota fiscal de crédito (art. 329, § 1º) e creditamento em conta gráfica para dedução do próximo recolhimento do ICMS a pagar, observadas as hipóteses de anulação e estorno de crédito. (art. 329, § 2º, Decreto 18955/1997). 4. apropriação de 1% do valor de aquisição da mercadoria, na proporção da quantidade saída, no livro Registro de Apuração do ICMS, no campo "Crédito do Imposto - Outros Créditos", no período em que ocorrer a saída da mercadoria ou do produto tributado, observadas as hipóteses de anulação e estorno de crédito, caso não seja conhecido o valor da operação do contribuinte substituto; Valor a ser restituído: Regra geral, relativamente à substituição tributária, o valor do imposto a ser restituído corresponderá:
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1. ao valor do imposto retido, no caso em que tenha adquirido mercadoria diretamente daquele que efetuou a retenção, contribuinte substituto; 2. ao valor do imposto recolhido, no caso em que o contribuinte tenha apurado o imposto devido a título de substituição tributária, como se substituto fosse, por ocasião da entrada da mercadoria em território do Distrito Federal ou em seu estabelecimento; 3. ao valor corretamente informado na nota fiscal a título de ressarcimento, no caso em que o contribuinte tenha adquirido a mercadoria de contribuinte substituído ou de contribuinte que tenha apurado o imposto devido a título de substituição tributária por ocasião da entrada da mercadoria em território do Distrito Federal ou em seu estabelecimento (art. 330 do Decreto 18955/1997). O substituto tributário, caso efetue a retenção e recolhimento de valor indevido, em duplicidade, ou a maior, deverá utilizar o procedimento disposto no art. 57 do Decreto 18955/1997: “Art. 57. A restituição dos valores pagos indevidamente a título de ICMS será efetuada mediante requerimento do contribuinte, observadas as formalidades previstas na legislação específica (Lei nº 937, de 13 de outubro de 1995). § 1º Em substituição ao procedimento citado neste artigo, o contribuinte, após comunicação por escrito à repartição fiscal da circunscrição em que se localizar o estabelecimento, poderá apropriar-se do imposto recolhido a maior em períodos anteriores, diretamente na conta gráfica, mediante indicação no Livro Registro de Apuração do ICMS ((Lei nº 1.254, de 8 de novembro de 1996 , art. 33, § 2º): I - no campo “Outros Créditos”, do valor do crédito apropriado; II - no campo “Observações”, da especificação do erro em que se fundamente e do período no qual se verificou o recolhimento a maior. § 2º A apropriação de que trata o parágrafo anterior: I - não poderá ser efetuada em períodos de apuração anteriores ao da sua comunicação; II - não implica o reconhecimento de sua legalidade e a conseqüente quitação dos débitos porventura existentes, podendo o Fisco a qualquer tempo, em face da constatação de qualquer irregularidade, exigir o imposto devido, sem prejuízo da aplicação das penalidades e dos acréscimos legais cabíveis. § 3º Os documentos que fundamentarem a apropriação de que trata este artigo ficarão à disposição do Fisco pelo prazo de cinco anos contados do primeiro dia do exercício subseqüente àquele do efetivo aproveitamento.”
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40 – Considerando o regime de substituição tributária, o que é “ressarcimento” do imposto? R: É o procedimento a ser observado, previsto na legislação, para se recuperar o valor do ICMS/ST correspondente a fato gerador presumido que não se realizou. O ressarcimento é uma modalidade de restituição do ICMS/ST, que consiste na recuperação do valor do imposto retido pelo sujeito passivo por substituição (o substituto tributário), quando ocorrem as situações previstas nos §§ 6º e 7º do art. 321 do Decreto 18955/1997 – Regulamento do ICMS – (RICMS): - O § 6º do artigo 321 do RICMS se refere ao ressarcimento no caso de subseqüente saída interestadual. Exemplo: É importante enfatizar, a princípio, que o ICMS/ST é o imposto incidente na operação de venda ao consumidor final (venda de um varejista ao consumidor final, por exemplo) que é retido e recolhido pelo Substituto Tributário (o atacadista ou o estabelecimento industrial, em regra). Quando um estabelecimento varejista estabelecido no DF vende uma mercadoria adquirida sob o regime de substituição tributária para um contribuinte do imposto (uma loja, por exemplo) estabelecido em outra UF, o imposto retido e pago pelo substituto tributário (fornecedor: atacadista ou indústria) pode ser ressarcido, e será devido, desta forma, à UF do estabelecimento destinatário. Atenção: O § 7º do artigo 321, cita o § 2º, Inciso I, do mesmo artigo, e se refere ao ressarcimento no caso de retenção quando a mercadoria é enviada ao DF para um sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Exemplo: Indústria estabelecida em outra UF retém o ICMS/ST referente à venda de mercadoria sujeita à substituição tributária para um atacadista estabelecido no DF considerado sujeito passivo por substituição (substituto tributário), por determinação legal, na sua operação de venda desta mercadoria para um estabelecimento varejista. As formas de ressarcimento estão comentadas nos artigos 329 e 330 do Decreto nº 18.955/1997. 41 – Será cabível a restituição do valor do ICMS/ST, quando ocorrer a saída de mercadoria destinada a não-contribuinte do imposto ou a consumidor final para outra unidade da Federação? R: Não. Nessa hipótese não cabe o ressarcimento, uma vez que a operação foi tributada à alíquota interna. 42 – Como apurar o valor do imposto a ser ressarcido? R: O valor de imposto a ser ressarcido é o indicado no documento fiscal emitido pelo contribuinte substituto a título de ICMS/ST, ou seja, o valor destacado na Nota fiscal de compra da mercadoria. Ressaltamos que o ressarcimento será proporcional à quantidade saída para outra UF da respectiva mercadoria, sendo que o valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não poderá ser
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superior ao valor retido quando da entrada da mercadoria no estabelecimento situado no Distrito Federal.
8- ATIVO PERMANENTE
43– É devido o ICMS/ST relativamente ao diferencial de alíquota nas aquisições interestaduais de mercadoria destinada ao ativo permanente ou ao uso e consumo? R: Sim. É devido o diferencial de alíquota na operação de aquisição de material sujeito à Substituição Tributária destinado a compor o ativo permanente ou para uso e consumo. Neste caso não há margem de lucro a ser considerado. Ou seja, será de 0% o lucro considerado no cálculo do ICMS/ST. 44– Como é calculado o ICMS/ST nas operações que destinar mercadorias ao adquirente estabelecido no Distrito Federal para uso ou consumo ou ativo permanente? R: Na entrada, em operação interestadual, de mercadorias destinadas a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente, o valor do ICMS/ST será calculado mediante aplicação do percentual relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual sobre a respectiva base de cálculo, e não há margem de lucro a ser considerado (MVA ou valor de venda). A responsabilidade prevista refere-se às mercadorias relacionadas no Caderno 01 do Anexo 04 ao Decreto 18955/1997. Exemplo de cálculo:
- Valor de aquisição
R$ 1.000,00
- Base de Cálculo do ICMS/ST
R$ 1.000,00
- Cálculo do ICMS/ST (R$ 1.000,00 x (18-12%))
R$ 60,00
Nota: o ICMS a reter será sem dedução do ICMS destacado no operação própria do remetente.
9- OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS, PRAZO E LOCAL DE PAGAMENTO DO IMPOSTO
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45– Quais são as obrigações tributárias do contribuinte substituto? R: O contribuinte substituto deve reter e recolher o ICMS devido nas operações em que for o responsável pelo recolhimento, bem como recolher o ICMS devido pelas próprias operações que promover, devendo, inclusive, cumprir as obrigações acessórias pertinentes à operação que realizar (vide obrigações tributárias acessórias). 46– Quais são as obrigações tributárias do contribuinte substituído? R: O contribuinte substituído está dispensado do pagamento (obrigação tributária principal) do ICMS pelas operações que realizar com mercadorias recebidas com o ICMS corretamente retido por substituição tributária, mas deverá cumprir as obrigações acessórias pertinentes à operação que realizar, como, por exemplo, emitir documentos fiscais e enviar o livro eletrônico. 48 – Como devem ser preenchidos os campos da nota fiscal emitida pelo contribuinte substituto? R: O sujeito passivo por substituição, contribuinte substituto remetente da mercadoria, deverá indicar, nos campos próprios da nota fiscal emitida para acobertar a operação por ele promovida, além dos demais requisitos exigidos: I - a base de cálculo do ICMS retido por substituição tributária; II - o valor do imposto retido; III - o seu número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado, se situado em outra unidade da Federação. Abaixo, exemplo de preenchimento dos campos relativos aos valores de base de cálculo e destaque do imposto
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49 - Como devem ser preenchidos os campos da nota fiscal emitida pelo contribuinte substituído? R: O contribuinte que receber mercadoria com o imposto retido por substituição tributária observará o seguinte: A nota fiscal que acobertar a saída da mercadoria será emitida sem destaque do imposto, contendo, além das demais indicações, no campo Informações Complementares, o seguinte: 1- a declaração: "Imposto recolhido por ST nos termos do (indicar o dispositivo) do RICMS"; 2- tratando-se de operação entre contribuintes: 2.1 - a título de informação ao destinatário: - a importância sobre a qual incidiu o imposto, que corresponderá ao valor que serviu de base para cálculo do ICMS devido a título de substituição tributária; e - o valor do imposto que incidiu nas operações com a mercadoria, que corresponderá à soma do valor do imposto devido a título de substituição tributária e do imposto devido pela operação própria do sujeito passivo por substituição ou do remetente quando a responsabilidade for atribuída ao destinatário da mercadoria; 2.2 - o valor do ressarcimento de substituição tributária, se for o caso.
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Cabe ressaltar, novamente, a importância da obrigação do contribuinte substituído de informar no documento fiscal de remessa da mercadoria, o valor do ressarcimento, pois, desta informação depende o procedimento de restituição, bem como a apuração do VAF (Valor Adicionado Fiscal, a que se refere o artigo 161 da Constituição Federal) dos municípios. Abaixo, exemplo de preenchimento dos campos relativos aos valores de base de cálculo e destaque do imposto e informações complementares.
52 – Quando deverá ser apurado o imposto devido por ST, relativo às mercadorias constantes do estoque? R: O estoque deverá ser quantificado e o imposto devidamente apurado em dia imediatamente anterior àquele em que vigorar a norma relativa à inclusão da mercadoria no regime de ST. (Art. 321-A, Inc.I, do Decreto nº 18.955/1997) 53- Qual o prazo de pagamento do ICMS/ST? O ICMS/ST pode ser pago nos prazos mencionados no Caderno I do Anexo IV ao Decreto 18955/1997, se o contribuinte substituto efetuar o cadastro no Cadastro Fiscal do Distrito Federa. Se não efetuar a inscrição, o pagamento do imposto deve ser efetuado no momento do ingresso da mercadoria no
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território do DF, no posto fiscal. Os prazos para o pagamento dos impostos podem ser consultados no Calendário das Obrigações Tributárias. 54- Como efetuar o pagamento do ICMS/ST? R: O pagamento pode ser efetuado via Internet, de qualquer lugar do Brasil ou do mundo, por meio da página de um banco conveniado em que o contribuinte seja correntista, nas casas lotéricas, nas unidades de auto-atendimento das agências bancárias ou diretamente (presencialmente) nas agências bancárias conveniadas. Nas seguintes instituições bancárias conveniadas com a SEF: OBS: Nessas instituições bancárias, o pagamento poderá ser efetuado em todos os Estados, ou seja, dentro ou fora do Distrito Federal.
10- GERAL
55. Existe a obrigação de entrega de alguma Declaração que envolva as mercadorias no regime de recolhimento antecipado? R: Esclarecemos inicialmente que não houve alteração na legislação tributária referente à cobrança do ICMS antecipado, pois o Dec. nº 29.672/2008 revogou somente a obrigatoriedade de entrega da DPA (obrigação acessória). As demais obrigações (cálculo, recolhimento, etc) não foram alteradas. Portanto, após a publicação do Dec. nº 29.672/2008, em relação as mercadorias sujeitas ao regime do antecipado e substituição tributária interna o contribuinte deve: - Entregar a DPA somente para os fatos geradores ocorridos até 05/11/2008, ou seja, para fatos geradores ocorridos a partir de 06/11/2008 não será entregue a DPA; - Apurar e recolher o imposto nos prazos previstos na legislação tributária: Antecipado, ST, STI, etc.. - Aguardar a publicação de legislação que regulamente novos procedimentos a serem adotados relativos a obrigação acessória, pois não foi publicada regulamentação instituindo nova obrigação em substituição a DPA. Obs.: Devido a questões internas de infra-estrutura e logística o NUPAN está recebendo as DPA's desde o dia 20/10/2008 na Agência de Atendimento do SIA - AGSIA." 59 - Por ocasião da entrada de mercadoria, para efetuar o recolhimento do ICMS/ST, é correto abater o valor do crédito destacado no documento fiscal que acobertou a operação? R: Sim, desde que o imposto esteja corretamente destacado no documento fiscal e restrito ao respectivo montante.
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60 – Na hipótese da questão anterior, qual o valor a ser abatido como crédito, caso a operação esteja alcançada por benefício fiscal concedido em desacordo à Lei Complementar n° 87/96? R: O valor a ser abatido sob a forma de crédito deverá se restringir ao valor de imposto corretamente pago, ou seja, não poderá ser abatido o montante do imposto que corresponder a vantagem econômica decorrente da concessão de qualquer subsídio, redução de base de cálculo, crédito presumido ou outro incentivo ou benefício fiscal em desacordo com a Lei Complementar Federal 87/96, exigida na alínea "g" do inciso XII do § 2º do artigo 155 da Constituição Federal, para regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, as isenções, incentivos e benéficos fiscais serão concedidos e revogados. 61 – Em relação às mercadorias sujeitas à ST em âmbito de aplicação apenas interno, qual o critério para pagamento do imposto devido pelo diferencial de alíquota? R: Neste caso não há imposto devido pelo remetente de fora do Estado. O recolhimento de ICMS relativo ao diferencial de alíquota será efetuado pelo contribuinte estabelecido no Distrito Federal e se dará juntamente com o cumprimento de sua obrigação principal e no prazo estabelecido na legislação. 62– Como é calculado o ICMS/ST por contribuinte substituto enquadrado no regime Simples Nacional? R: O cálculo do ICMS/ST será efetuado como se a operação estivesse submetida ao regime normal de apuração por débito/crédito. 63– Toda modalidade de contratação de frete compõe a base de cálculo para recolhimento do ICMS/ST? R: Não. Somente o serviço de transporte contratado sob a cláusula FOB deverá ter o seu valor incluído na composição da base de cálculo da ST. 64– Quando o transporte da mercadoria sujeita à ST ocorrer com a cláusula CIF, o valor da prestação deverá ser incluído na formação da base de cálculo da ST? R: Não. Uma vez que o valor da prestação de serviço já compõe o preço da mercadoria vendida e este será o valor de partida a ser considerado para a base de cálculo da ST, incluídas as demais despesas cobradas do adquirente. 65- O que significa CIF e FOB? R: São nomenclaturas utilizadas para definir de quem é a responsabilidade pelos riscos, perdas e custos associados à operação de transporte. FOB: a responsabilidade pelo transporte é do cliente que arca com os custos, riscos e perdas associados a esta operação.
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CIF: a responsabilidade pelo transporte é da empresa vendedora que arca com todos os custos, riscos e perdas associados a esta operação até a entrega ao cliente. 66– Na apuração do valor do imposto devido pelo estoque de mercadorias incluídas no regime de ST, há vedação para que o contribuinte utilize o saldo credor de ICMS porventura existente para fins de abatimento? R: Não. O contribuinte que adota o regime normal de apuração do imposto poderá deduzir, a título de crédito, do valor do imposto calculado por ocasião do levantamento do estoque, até o limite deste, a parcela de saldo credor eventualmente existente no período anterior à mudança do regime de tributação, observadas as hipóteses de estorno ou anulação. (Art. 321-A, § 1º, Decreto nº 18.955/1997 ). 67- O imposto destacado ou informado no documento fiscal relativo à ST poderá ser apropriado sob a forma de crédito? R: O estabelecimento que receber mercadoria com o imposto retido por substituição tributária, exceto aquela que se destinar à comercialização, poderá apropriar, sob a forma de crédito, o valor do imposto: 3. corretamente destacado na nota fiscal, relativo à operação própria e ao retido por substituição tributária, na hipótese de recebimento da mercadoria diretamente do contribuinte que tenha efetuado a retenção; ou 4. corretamente indicado na nota fiscal, a título de informação ao destinatário, na hipótese de recebimento da mercadoria dos demais contribuintes. Ressalta-se que não caberá ao adquirente de bem destinado a uso e ou consumo o direito ao crédito do imposto devido por diferencial de alíquota, ainda que retido pelo remetente a título de substituição tributária. 68– Quando o valor do ICMS/ST for apurado sobre uma base cálculo superior ao efetivo valor de operação com a mercadoria, ocorrerá devolução da parcela paga a maior? R: Ressalvada a situação em que o fato gerador presumido não se realizar, o imposto corretamente recolhido por substituição tributária é definitivo, não ficando o contribuinte ou o responsável sujeito ao recolhimento da diferença do tributo, tampouco o Estado sujeito à restituição de qualquer parcela, seja qual for o valor de saída das mercadorias.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS CRUZ, June Alisson Westarb Cruz. Contabilidade Introdutória Descomplicada. Curitiba: editora Juruá, 2008. OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. São Paulo: editora Saraiva, 2005.
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http://www.receita.fazenda.gov.br/Sped/Download/ProgSpedwindows.htm http://www1.receita.fazenda.gov.br/sped-fiscal/download/Guia_Pratico_da_EFD.pdf http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/assuntoagrupado1.aspx# http://www.fazenda.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=303 http://www1.receita.fazenda.gov.br/
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