Antonio Rocha Modulo 4

  • July 2020
  • PDF

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  • Words: 901
  • Pages: 3
Biblioteca é uma palavra derivada do latim “bibliotheca” e segundo o seu significado, extraído de um dicionário de Língua Portuguesa, é uma colecção de livros posta em estantes ou armários. Esta definição encontra-se hoje ultrapassada pois, na realidade, ela é, tem de ser, muito mais do que isso pois tornou-se num lugar de prazer onde se podem consultar, para além dos livros, muitos outros materiais postos ao serviço de quem a frequenta. Tal como mudou a possibilidade de utilização, a biblioteca também se alterou no que respeita à sua auto-avaliação na medida em que deixou de ser considerado, como prioritário, o seu aspecto economicista para dar lugar à possibilidade dos alunos poderem ter nela um apoio na sua aprendizagem e na sua busca do saber. As bibliotecas escolares são, cada vez mais, locais de aprendizagem e de promoção do sucesso educativo dos alunos, razão pela qual se efectuou uma mudança a nível das atitudes e das competências imprescindíveis a uma avaliação do serviço prestado. Esta avaliação deve estar de acordo com a política educativa nacional bem assim como com a política emanada da escola/agrupamento onde a biblioteca escolar se encontra inserida para além de fazer parte da avaliação interna da escola. Por tal razão o papel primordial do trabalho realizado pela biblioteca escolar deve ser o de dar ênfase ao sucesso educativo dos alunos, promover a melhoria de resultados para além de preparar ao alunos para no futuro serem capazes de aprender por si próprios. Assim “esta relação da avaliação da biblioteca com a avaliação da escola ganha ainda mais pertinência se tivermos em conta o carácter transversal e a grande interacção que a biblioteca deve estabelecer com todos os órgãos da escola” uma vez que o trabalho realizado, ou a realizar, pela biblioteca deve constar no Plano Anual de Actividades (PAA). Por outro lado, há que ter uma preocupação permanente com a literacia da informação para que todos os alunos sejam capazes de se servir de todos os meios postos ao seu dispor. Uma auto-avaliação consciente do trabalho realizado permite, entre outras coisas, perspectivar o trabalho a realizar bem assim como atingir os

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objectivos

da

biblioteca

escolar

de

entre

os

quais

se

destaca

o

desenvolvimento e a promoção do processo de ensino e de aprendizagem. Por outro lado, uma auto-avaliação consciente permite também, uma economia de tempo nos processos de gestão e organização dos recursos existentes na biblioteca escolar dado que o Professor Bibliotecário pode planear, com maior eficiência e eficácia, se conhecer quais as melhores actividades de enriquecimento curricular que deve aplicar a cada grau de ensino. Ao Professor Bibliotecário e à Equipa que o acompanha compete promover o envolvimento de outras entidades no trabalho a realizar pela biblioteca escolar de ente as quais se podem destacar a associação de pais e os próprios pais e encarregados de educação dos alunos. Na realidade, para que o trabalho desenvolvido pela biblioteca escolar obtenha resultados satisfatórios será necessário implementar uma autoavaliação que siga as seguintes etapas: “motivação e compromisso institucional dos órgãos de gestão; formalização de procedimentos; aceitação de resultados e promoção de um plano de melhoria”. Por sua vez o Professor Bibliotecário tem de organizar o grupo responsável pela avaliação do trabalho desenvolvido pela biblioteca escolar, proceder à elaboração de Plano de Avaliação e desenvolver o processo de avaliação com vista à obtenção de resultados conclusivos. O modelo deve também efectuar recolha de informação através da observação directa das actividades realizadas, passar inquéritos aos utilizadores bem assim como analisar os trabalhos realizados pelos alunos para além de verificar se a gestão dos recursos existentes foi a mais válida. De uma maneira geral espera-se que cada professor bibliotecário seleccione um dos aspectos e o avalie anualmente de forma coerente para que “ao fim de quatro anos todos os domínios tenham sido auto-avaliados, correspondendo este período ao ciclo de gestão e avaliação global da BE”. Ao partir de uma avaliação diagnóstica, ainda que breve, o Professor Bibliotecário poderá verificar qual o domínio a avaliar em cada um dos anos bem assim como identificar o tipo de evidências que deve recolher para que a auto-avaliação possa vir a ser reconhecida como válida.

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No final deve redigir um Relatório Anual da Biblioteca Escolar no qual contem todos os aspectos que a equipa considerou como relevantes, após a análise das tabelas de evidências recolhidas e do quadro-síntese das acções tidas com prioritárias. Este relatório deve ser estruturado em três Secções: Secção A – onde se apresenta a avaliação do domínio; Secção B – onde se referenciam os outros domínios de forma simplificada e a Secção C – apresentação de um quadro sinóptico dos resultados. Um relatório bem delineado contribuirá para uma melhoria futura do trabalho a desenvolver pela biblioteca escolar. Os resultados da auto-avaliação devem ser divulgados junto dos restantes elementos da escola/agrupamento para que todos possam contribuir para a melhoria do trabalho a desenvolver através da sugestão de um planeamento futuro. Esta divulgação de resultados, fará com que toda a escola/agrupamento se sinta envolvida no processo de auto avaliação, retirando dessa divulgação os respectivos frutos, sejam eles positivos ou negativos. O maior ou menor impacto causado com a divulgação destes resultados, permitirá, ao Professor Bibliotecário medir o impacto que o seu trabalho teve, ao longo do ciclo de avaliação. Verá assim, recompensado, ou não, todo o esforço e dedicação colocado no desenvolvimento da sua prática diária de bibliotecário.

António João Rocha

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