ANTIPSICÓTICOS Carlota Rangel Yagui
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INTRODUÇÃO ■ AGENTES PSICOTRÓPICOS = modificadores seletivos do SNC usados no tratamento de distúrbios psíquicos ■ Não são curativos, apenas aliviam sintomas ■ Ao contrário dos hipnóticos e sedativos – não deprimem centros vitais e não prejudicam a consciência Neuroses, psicoses Distúrbios de humor (depressão, bipolar)
psicotrópicos
antipsicóticos
ansiolíticos
INTRODUÇÃO Psicoses (ex: esquizofrenia) – alucinações sensoriais Distúrbios de ansiedade – neuroses - habilidade de compreender a realidade, porém com alterações de: humor: ansiedade, pânico, disforia pensamentos: obsessão, medo irracional comportamento: rituais, compulsão, repulsão
HISTÓRICO ■ Busca de meios para alterar o ânimo é antiga
álcool, ópio
não auxiliam casos psicóticos
■ Início séc. XX – psicanálise
pouco acesso da população
■ Coma insulínico e eletrochoque – primeiros tratamentos eficazes ■ Confinamento em manicômios = muito frequente
HISTÓRICO ■ clorpromazina e reserpina (1952)
derivados fenotiazínicos e tioxantênicos
■ Modificações moleculares de antihistamínicos que produziam sedação
HISTÓRICO ■ Butirofenonas - estudo sistemático das REA de analgésicos petidinas - efeitos semelhantes à clorpromazina
haloperidol (1958)
■ 1990 → fármacos de 2a geraç geração (atí atípicos) picos) – benzamidas, benzamidas, benzazepinas, benzazepinas, benzisoxazóis
ESQUIZOFRENIA ■ Caracterizada por ilusões, alucinação, desorganizaçao de pensamentos ■ Investigação dasCausas: fatores hereditários fatores ambientais (conplicações no parto, infecção viral, mal-nutrição, incompatibilidade de fator Rh) Hipótese neuroanatômica (volume ventricular aumentado) Hipótese da dopamina
Hipótese da dopamina ■ Esquizofrenia resulta de neurotransmissão dopaminérgica aumentada ■ Qualquer abordagem que ↓neurotransmissão dopaminérgica alivia os sintomas da doença ■ Antipsicóticos atuam em receptores de dopamina ■ Novos fármacos atuam também em receptores adrenérgicos e serotoninérgicos
Hipótese da dopamina ■ Via extrapiramidal-nigrostriatal locomoção e coordenação (Parkinson)
■ Via mesolímbica-mesocortical integração de emoções, comportamentos (Esquizofrenia)
Hipótese da dopamina
antipsicóticos
Distúrbios psíquicos e neurotransmisssores
Efeitos Colaterais de Antipsicóticos ■ Atividade antagonista de vários receptores no SNC: histamina H1 adrenérgico α1/α α2
sedação,hipotensão, disfunção sexual
colinérgico M1
efeitos anticolinérgicos: estímulo cardíaco, dilatação da pupila, diminui secreções/salivação, inibe peristaltismo
dopaminérgico D2 antagonismo na via extrapiramidal-nigrostriatal
sintomas parkinsonianos (bradicinesia, tremor, rigidez muscular)
SIMILARIDADES ESTRUTURAIS ENTRE OS NEUROTRANSMISSORES HO
NH2
HO DOPAMINA
OH HO HO
H N
NH2
OH HO
NH2
HO ADRENALINA (EPINEFRINA)
NORADRENALINA (NOREPINEFRINA)
HO N H SEROTONINA
Terapia da Esquizofrenia e Psicoses Relacionadas
FENOTIAZÍNICOS E TIOXANTÊNICOS ■ Antagonistas de receptores dopaminérgicos tipo-D2
Relações Estrutura-Atividade ■ Átomo eletronegativo de cloro no anel α confere assimetria à molécula ■ Presença de 3 átomos de C na cadeia lateral (prometazina → 2 C → antihistamí antihistamínico) nico)
■ Isomeria cis = mais ativo ■ Dupla ligação = mais ativo
REA
Clorpromazina (CPZ)
superposição
dopamina
CPZ “trans” superposta com dopamina
FÁRMACOS ESPECÍFICOS clorpromazina
tioridazina
■ 1o fármaco da classse (1950) ■ ansiolítico, sedativo ■ efeitos antiemético, hipotensivo, anticolinérgicos e antidopaminérgicos
■ menos potente que a CPZ ■ menos efeitos extrpiramidais, menos sedação
FÁRMACOS ESPECÍFICOS trifluoperazina
flufenazina
■ 20 vezes mais potente que CPZ
■ 50-70 vezes mais potente que CPZ
perfenazina
■ 15 vezes mais potente que CPZ
FÁRMACOS ESPECÍFICOS
clorproxiteno
■ 2/3 potência da CPZ
tiotixeno
■ Pouco utilizado atualmente
Fármacos IM de ação prolongada (1-3 semanas)
BUTIROFENONAS ■ Antagonistas de receptores dopaminérgicos tipo-D2 e serotoninérgicos 5HT2
Relações Estrutura-Atividade ■ cadeia lateral propila ■ X= F ou OCH3 ■ Substituinte em p- outro anel
X
↑ potência ■ Carboxila importante para potência ■ N terciá terciário
N O
R
BUTIROFENONAS Surgiram como alternativa aos fenotiazínicos
50 vezes mais potente que CPZ haloperidol
Terapia de manutenção Injeção a cada 4-6 semanas haloperidol decanoato
BUTIROFENONAS spiperona
Mais potente que o haloperidol
Efeito de curta duração Uso em anestesia e pós-
operatório: sedativo, antiemético
droperidol
BUTIROFENONAS → DIFENILBUTIL PIPERIDINAS ■ Modificação do haloperidol ↓ ■ Maior tempo de ação
F
F O
N N
N
N
N O
F
N
F
pimozida
F
Uso na Síndrome de Tourete
N OH
fluorfenilmetano penfluridol
F
F3 C Cl
fluspirileno
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
BENZAZEPINAS ■ Baixo risco de efeitos extrapiramidais
olanzapina clozapina
■ Efeito colateral grave ■ agranulocitose fatal (raro)
quetiapina loxapina
OUTROS FÁRMACOS zotepina
■ Causa ganho de peso mais acentuado que os outros fármacos ■ Não aprovado pelo FDA
amisulprida
■ Antagonista seletivo D2 ■ Não aprovado pelo FDA
BENZISOXAZÓIS ■ Planejamento racional a partir de benzamidas (antagonista D2) e benzotiazol piperazinas (antagonista 5-HT2) ■ Efeito serotoninérgico desinibe neurotransmissão dopaminérgica no striatum e córtex e mantém blequeamento no sistema límbico → alivia sintomas extrapiramidais
risperidona
paliperidona
Em desenvolvimento pela Janssen Fórmula de liberação controlada
OUTROS FÁRMACOS
molindona ziprazidona
■ Menos potente que haloperidol mas não causa efeitos extrapiramidais
■ Aprovado em 2001 - Pfizer ■ Alta afinidade por receptores D2, 5-HT2 e α ■ Inibição da recaptura de serotonina e norepinefrina ■ Mínimo ganho de peso
OUTROS FÁRMACOS aripiprazol
■ Aprovado em 2002 - Bristol Myers Squibbs ■ Agonista parcial em receptores D2 pós- e pré-sinapticos ■ Não causa efeitos extrapiramidais ■ “Nova geração”
ANTIPSICÓTICOS - PARA TER EM MENTE ■ Esquizofrenia, transtorno bipolar, ansiedade, transtorno obssessivo-compulsivo ■ Não são curativos ■ Atuam em receptores de neurotransmissores: dopaminérgicos, serotoninérgicos, adrenérgicos, histamínicos ■ Fenotiazínicos – clorpromazina ■ Butirofenonfas – haloperidol ■ Antipsicóticos atípicos: benzazepinas, benzisoxazóis, etc.
Efeitos colaterais extrapiramidais
Ganho de peso, hiperlipidemia