Academia SL, 08 de Junho de 2009
CEM 2009
Surge em todo o percurso desde as culturas primárias orais até à literacia avançada e ao processamento electrónico de informação.
CEM 2009
O conhecimento advém da experiência humana. Só conhecemos aquilo que somos capazes de recordar.
O orador, para elaborar e exprimir um discurso devidamente articulado, tem de constituir um registo memorizado no seu pensamento, de forma a fluir no tempo.
CEM 2009
A partir da narrativa podem fazer-se algumas generalizações ou formular algumas conclusões abstractas.
Foi no desenvolvimento do enredo que se encontrou a forma de lidar com o fluxo do tempo.
CEM 2009
Nas culturas orais primitivas, as narrativas são mais funcionais. Não existe qualquer referência ao texto visual perceptível.
O som entra de uma forma natural no sentido existencial humano.
CEM 2009
Usam as histórias com acção humana para armazenar, organizar e comunicar muito do que sabem.
Anansi (aranha)
Histórias das guerras Troianas entre os antigos Gregos
As histórias Mwindo, entre os Nyanga
CEM 2009 O desenlace da intriga: da história de viagens à história policial
Ong considera a escrita como o maior acontecimento de todas as invenções tecnológicas humanas.
A sua reflexividade impulsionou o crescimento da consciência para lá do inconsciente.
CEM 2009 O desenlace da intriga: da história de viagens à história policial
E com ela chegou a intriga rígida para as narrativas extensas.
CEM 2009 O desenlace da intriga: da história de viagens à história policial
O antigo drama clássico Grego foi a primeira forma de arte verbal ocidental a ser totalmente controlada pela escrita. Foi o primeiro género a ter
tipicamente
uma
estrutura
ajustada
em
pirâmide - Freytag.
Que atinge o seu auge no romance policial, iniciado com o “The Murders in the Rue Morgue” de Poe, publicado em 1841.
CEM 2009 A personagem "redonda", Escrita e impressa
Foi também no antigo drama clássico Grego que surgiram as primeiras aproximações à personagem “redonda”, usando o termo de E.M. Forster.
…"nisso tem o valor inquantificável da vida".
CEM 2009 A personagem "redonda", Escrita e impressa
Comparando o discurso oral natural com a escrita, pode dizer-se que a escrita é, na verdade, artificial.
Paradoxalmente, o autor considera que a artificialidade é natural ao ser humano e pode enriquecer a psique humana
CEM 2009 A personagem "redonda", Escrita e impressa
A escrita e a leitura, como actividades solitárias que são, envolvem a mente num pensamento árduo, interiorizado e individualizado, inacessível para o povo na oralidade.
CEM 2009 A personagem "redonda", Escrita e impressa Com o aparecimento da impressão intensificou a espiritualidade interior… Capítulo 6 - Memória oral, o enredo e caracterização
A escrita e a impressão não eliminaram inteiramente a personagem plana.
CEM 2009 A personagem "redonda", Escrita e impressa
De acordo com o princípio de que uma nova tecnologia da palavra reforça a antiga ao mesmo tempo que a transforma, as culturas da escrita podem, de facto, gerar em certos pontos o epíteto de personagem tipo, ou seja, personagens abstractas.
CEM 2009 História Literária
• Antiguidade ao Séc. XVIII • textos literários destinavam-se a recitações públicas
• Séc. XX ao aparecimento da Cultura Electrónica •ler para a família e pequenos grupos
CEM 2009 História Literária
Oralidade
Processamento Electrónico das Palavras Épico - Forma Arte Verbal Romance - Cultura Quirográfica dependente dos modos orais de pensamento e expressão
CEM 2009 História Literária
Compreensão da
Psicodinâmica da Oralidade em relação à
Psicodinâmica da Escrita
• Melhorou o ensino das habilidades da escrita
CEM 2009 Novas Críticas e Formalismo
• Trabalhos Literários
• “Ícone Verbal”
CEM 2009 Novas Críticas e Formalismo
• Poemas
• Linguagem que apela às próprias palavras • Tem o seu próprio ser autónomo e interior
CEM 2009 Novas Críticas e Formalismo
Antiga Crítica
Mudança
• Mentalidade Oral Residual
Formalismo e Nova Crítica
Mentalidade Textual
CEM 2009 Textualistas e Desconstrutivistas
TEXTUALISTAS • Textos impressos • Pouca importância com as continuidades históricas • Diminuição da parcialidade quirográfica e tipográfica • Rejeição da comunicação electrónica
CEM 2009 Textualistas e Desconstrutivistas
ESTRUTURALISTAS • Foco na narrativa oral
• Liberdade de parcialidade quirográfica e tipográfica
CEM 2009 Textualistas e Desconstrutivistas
TEXTUALISTAS • Textos impressos Época do romantismo
• Pouca importância históricas • Diminuição tipográfica
da
com
as
parcialidade
continuidades quirográfica
• Rejeição da comunicação electrónica
e
CEM 2009 Textualistas e Desconstrutivistas
CONEXÃO LOGOCENTRISMO - FONOCENTRISMO
• Realismo bruto • Atenção à primazia do som
•
Incentivado pela textualidade • Mais marcante logo após a textualidade quirográfica ser reforçada pela cópia
CEM 2009 Textualistas e Desconstrutivistas
• Sem o TEXTUALISMO a ORALIDADE não poderia ser identificada
• Sem a ORALIDADE o TEXTUALISMO ficaria “apagado” ou esquecido
CEM 2009 Teorias dos actos de Linguagem e da Estética da Recepção
Teorias dos actos de Linguagem Três actos da Linguagem: 6. Acto Locutório 7. Acto Ilocutório 8. Acto Perlocutório
CEM 2009 Teorias dos actos de Linguagem e da Estética da Recepção
Nesta descrição estão implícitos:
•
Princípio de Cooperação
•
Implicatura
CEM 2009 Teorias dos actos de Linguagem e da Estética da Recepção
Teoria da Estética da Recepção • Diferenças entre ler e escrever e a comunicação oral, em termos de ausência
CEM 2009 Ciências Sociais, Filosofia e Estudos Bíblicos
A oralidade e a literacia podem ser alvo de estudo por parte de várias ciências: •
Antropologia
•
Linguística
•
Sociologia
•
Historiografia
•
Filosofia
•
…..
CEM 2009 Oralidade, Escrita e Ser Humano
•
A passagem da oralidade para a escrita foi muito importante em grande parte das mudanças da vida humana (por exemplo, nas trocas comerciais, nas
práticas
educativas,
na
organização
da
política,
entre
outros
aspectos...)
•
Tanto a oralidade como a crescente literacia, fora da oralidade, são necessárias para a evolução da consciência.
CEM 2009 Media versus Comunicação Humana
• O modelo «medium» condiciona a oralidade e a escrita, uma vez que a existência de um destinatário é necessária quando se produz uma mensagem.
•A comunicação é intersubjectiva. O modelo dos media não o é.
CEM 2009 O voltar-se para dentro: Consciência e Texto
• No início da vida do ser humano, o indivíduo desenvolve a sua oralidade, estruturando a linguagem. Quando se inicia na escrita, começa a intensificar o seu sentido do «eu»
• Escrever é o despertar da consciência.
• Oralidade e literacia relacionam-se assim com as dinâmicas da própria consciência.
Rita
Anemolif
Mimia
Nalemi
Alicia
Benji