A professora Silvia Zanetti estava lendo com as crianças o livro O Saci de Monteiro Lobato, que descrevia como caçá-lo. Onde caçar? No cimento da escola? Não. Onde havia um jardim bonito, grande e próximo era na Igreja da Boa Viagem. No dia da caçada cada menino levava um vidro de boca larga, com tampa e uma peneira. A professora Marisa fantasiava, pintava a cara, punha cachimbo na boca e ficava correndo e escondendo-se no jardim.
Todos os meninos voltavam para a escola com o vidro
fechado, jurando que tinha Saci. A professora Silvia guardava os vidros e dizia para tomarem conta para eles não fugirem.
A Escola seria transformada de baixo para cima, começaria a ser reestruturada pela pré-escola. A alfabetização se daria com a primeira etapa do método de Paulo Freire, as palavras geradoras. Partia-se do universo vocabular das crianças: pipoca, gelatina, etc. A esse método somava-se ao de Emilia Ferrero. “As professoras ficaram encantadas. As crianças começaram a trabalhar com letras aumentando a possibilidade delas de crescimento na fase alfabética... fazer os meninos observaram e perceberam que vinha tranquilamente, sem esforço, BEABA, PEAPA e quando chegava com 5 ou 6 anos vários estão lendo tranquilamente e escrevendo do jeito que eles pensam que deveriam ser a escrita , com erros que não eram erros, eram erros construtivos Emília Ferrero pegou a teoria de Piaget e aplicou /trabalhou na alfabetização.