A Informática Educativa Como Mediadora Para Inclusão

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A INFORMÁTICA EDUCATIVA COMO MEDIADORA PARA INCLUSÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Sheila Fortes Kimura

Resumo O presente trabalho vem apresentar uma nova estratégia ao processo de inclusão: o auxílio da informática educativa no ensino da escola inclusiva. Este estudo se justifica pela escassez de informações existentes a respeito desse processo e pela necessidade de contribuir para as pesquisas que buscam o aprimoramento da utilização do computador como uma ferramenta didáticopedagógica para a educação. Através deste estudo é possível compreender a importância de novas metodologias para o ensino de Portadores de Necessidades Educativas no processo de inclusão.

Palavras – chave: Inclusão. Informática Educativa. Educação Inclusiva.

Introdução A Constituição Federal, em seu Artigo 208, bem como legislação subsequente, recomendam o atendimento dos alunos com deficiências, preferencialmente no sistema rede regular de ensino. A proposta de Educação Inclusiva é amparada pela legislação em vigor e foi convertida em diretriz para políticas públicas educacionais a nível federal, estadual e municipal. Objetiva que todos os alunos, independentemente do tipo ou grau de comprometimento, devem ser matriculados diretamente no ensino regular, cabendo à escola se adaptar para atender às suas necessidades. Desta maneira a escola necessita adaptar seu currículo, de forma que atenda às necessidades físicas do espaço escolar para receber os alunos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais, bem como seu eixo norteador, que compreende em seu planejamento, objetivos, conteúdos, nas atividades e estratégias desse conteúdo, assim como na avaliação. O professor começa a ter um papel essencial nesse processo e a necessitar de que ele, também, passe por um processo de inclusão e imersão

nesta proposta desenvolvendo seu trabalho com competência, buscando aperfeiçoamento constante e novas estratégias de ensino, a fim de cumprir sua principal missão: ensinar a todos. O objetivo deste artigo é apresentar como uma nova estratégia de ensino e inclusão a utilização do computador como ferramenta didático – pedagógica eficaz ao ensino. Este estudo justifica-se pela falta de informações a respeito deste assunto e pela necessidade de obtermos novas ferramentas tecnológicas para auxílio na educação de alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais. Este trabalho constitui-se de três seções. Na Seção 1 é apresentada a educação inclusiva, termos e objetivos, na seção 2 é apresentada a inclusão e as mudanças necessárias que se efetuem na escola e na seção 3 é apresentado um referencial sobre a utilização do computador como mediador no processo de inclusão, a fim de propor uma nova estratégia de ensino.

1. Educação Inclusiva

A Educação Especial é uma modalidade de ensino que visa desenvolver as potencialidades de pessoas portadores de condições que afetem a aprendizagem devido a deficiências físicas, múltiplas (paralisia cerebral, surdocegueira, etc) ou sensoriais (auditiva e visual), deficiência mental, transtornos severos de comportamento ou condutas típicas (autismo e psicoses), bem como altas habilidades (superdotados), atingindo todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior, e é considerada como possuidora de recursos educacionais e estratégias de apoio oferecendo diferentes alternativas de atendimento. A pessoa portadora de deficiência, em comparação com a maioria das pessoas, apresenta significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais originadas de fatores congênitos ou adquiridas durante a vida, do tipo

permanente, que interferem e dificultam sua interação com o espaço físico e o meio social, e por esse motivo as fazem enfrentar barreias para serem pessoas ativas na sociedade com iguais oportunidades da maioria da população. Segundo Sassaki (1999), o termo necessidades especiais é utilizado com um significado mais amplo. Encontramos na literatura, em palestras e em conversas informais o uso das expressões “Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, Pessoas com Necessidades Especiais e Portadores de Necessidades Especiais”, como sendo melhor do que usar as expressões “Pessoas Portadoras de Deficiência, Pessoas com Deficiência e Portadores de Deficiência”, no sentido de que, assim, seria evitado o uso da palavra ”Deficiência” supostamente desagradável ou pejorativa. De qualquer forma, o termo “necessidades especiais” não deve ser tomado como sinônimo de “deficiências” (mentais, auditivas,visuais, físicas ou múltiplas), pois o Portador de Necessidades Educacionais Especiais é

a

pessoa que apresenta algum tipo de deficiência física, sensorial, cognitiva, múltipla, etc. e necessita portanto, de recursos especializados para desenvolver plenamente o seu potencial, superar ou minimizar suas dificuldades. A Educação Inclusiva objetiva que todos os alunos portadores de condições que afetem a aprendizagem sejam inseridos no sistema regular de ensino, com o mínimo possível de diferença na relação idade-série. Esta proposta ganhou força, sobretudo a partir da segunda metade da década de 90 com a difusão, entre outros documentos internacionais, da Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994). A mesma propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar...”, pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo

uma

sociedade

inclusiva

e

atingindo

a

educação

para

todos...” (UNESCO, 1994, p. 8-9). Desta forma, como apontam as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial (MEC/SEESP, 2001), a Escola deve propor no projeto

político-pedagógico, no currículo, na metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendam a todos os alunos. Pois, numa escola inclusiva, a diversidade do público estudantil não só é acolhida, como valorizada. Porém, esse processo não pode apenas objetivar a inserção do aluno com necessidades especiais na classe regular. Uma vez que, a “inclusão não significa, simplesmente, matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa dar ao

professor

e

à

escola

o

suporte

necessário

à

sua

ação

pedagógica” (MEC /SEESP, 2001), ou seja, a Educação Inclusiva não dispensa o atendimento especializado para alunos que estejam enfrentando dificuldades em acompanhar a classe regular, pelo contrário, torna-se de extrema necessidade.

2. A Inclusão na Escola

Os profissionais da área da educação e psicologia não possuem mais dúvidas de que as Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais em sala de aula regular beneficiam, também, os alunos de modo geral, pois todas aprendem

e

interagem

com

os

colegas

de

classe,

descobrindo

e

desenvolvendo atitudes de comportamento social e cognitivo com os alunos incluídos. Conforme Mantoan (1997, p. 145), “a inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”. Porém, é preciso salientar que existem resistências à inclusão no âmbito escolar, profissional, familiar e em outros setores. Elas têm origem no preconceito e na falta de informação a modelos inovadores e mais flexíveis.

Ora, tudo que é novo, desconhecido causa medo e, por conseqüência, resistência. Nos educadores essa resistência origina-se na sua formação acadêmica que não os habilita para trabalhar com a diversidade. Essa situação pode ser reduzida e até eliminada através de ações de sensibilização da sociedade e mediante a convivência na diversidade humana dentro das escolas inclusivas, das empresas inclusivas, dos programas de lazer inclusivos. Quando os alunos possuem a possibilidade de conviver com a diversidade podem se beneficiar com estímulos e modelos comportamentais existentes em cada um, relacionando-se e estabelecendo trocas uns com os outros. Todo o ser humano necessita experimentar para se desenvolver integralmente e essa convivência com a diversidade pode contribuir para o enriquecimento de nossa existência, para o desenvolvimento dos diversos tipos de inteligência que cada um de nós possui. Para que a inclusão escolar seja efetiva e favoreça o aprendizado dos alunos com necessidades especiais desenvolveu-se o conceito de “adaptações curriculares”, que englobam as transformações necessárias que a escola faça para garantir a acessibilidade dos alunos e as adaptações curriculares em si (MEC/SSESP,2001). Rampas de acesso e banheiros adaptados; apoio de intérpretes de LIBRAS e/ou capacitação do professor e demais colegas; transcrição de textos para Braile ou utilização de outros recursos pedagógicos adaptados para alunos com deficiência visual, como o computador; uso de comunicação alternativa e ampliada (CAA) com alunos com paralisia cerebral ou dificuldades de expressão oral, entre outras, são exemplos da adaptação de acessibilidade necessária ao currículo. As adaptações pedagógicas são as modificações que precisam ser realizadas no planejamento, nos objetivos da escola, nos conteúdos, nas atividades e estratégias desse conteúdo, assim como na avaliação. Sendo assim, são transformações realizadas no currículo num âmbito geral para

atender às necessidades especiais de cada aluno. O currículo é o eixo norteador da escola e desenvolve a própria identidade desta.

3. A Informática Educativa como ferramenta didático-pedagógica no processo de inclusão

Dentro das adaptações curriculares necessárias a serem realizadas na escola, a utilização de recursos de apoio se torna um aspecto importante. Desta maneira é preciso voltar às atenções para as inovações tecnológicas que já fazem parte do cotidiano de todos. A inserção do computador na educação pode torná-lo uma ferramenta aliada ao processo de inclusão. De acordo com Fleishmann (2001, p.12):

“A linguagem do computador facilita e amplia as possibilidades de comunicação entre as pessoas, não estabelecendo apenas um código, um desenho para letras. Pretende uma linguagem mais universal, que domine o entendimento de um maior número de crianças, em diferentes tipos de sociedade, linguagens e culturas”.

É essencial que nos preocupemos com a questão pedagógica quando falamos de tecnologia dentro da escola. Assim, para Valente (apud OLIVEIRA 1997), cuja preocupação está voltada aos aspectos pedagógicos, afirma que o papel do computador na educação vem se definindo na medida em que se questiona a função da escola e do professor, uma vez que, para ele, “a função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas de promover o aprendizado”. Ainda para OLIVEIRA (1997), modificando a concepção da escola, modifica-se também o papel do professor, que passa a ser, não mais o repassador de informação, (papel que pode ser melhor desempenhado pelo computador), porém o facilitador no processo de ensino-aprendizagem. Também, Chaves (apud OLIVEIRA 1997), abordando a questão pedagógica da entrada do computador na educação, afirma que, embora não tenhamos provas contundentes a respeito do potencial deste instrumento

pedagógico, acredita que o contato regrado e orientado da criança no trabalho com o computador pode contribuir, positivamente, para acelerar seu desenvolvimento cognitivo e intelectual; em especial no que concerne ao raciocínio lógico e formal; à capacidade de pensar com rigor e de encontrar soluções para os problemas. Para ele, não será apenas com o computador que se atingirão tais objetivos. No entanto, esta máquina traz o elemento motivacional, tanto para os alunos quanto para os professores. Ele diz que:

“Quase toda forma de utilização do computador por parte da criança deverá surtir algum benefício pedagógico. Algumas formas de utilização serão mais adequadas para o desenvolvimento de certas habilidades, algumas formas se adaptarão melhor à consecução de outros objetivos educacionais”. ( p. 17).

A forma de utilização do computador deve variar de acordo com o objetivo a ser atingido, portanto não existe uma única forma correta. O enfoque deve ser: o que fazer para atingir o objetivo definido pela escola. Explica Valente (apud Oliveira 1997), que as atividades com o computador na escola têm se revestido de duas modalidades: ensino de informática e ensino pela informática. A primeira caracteriza-se por dar noções superficiais

ao

aluno

de

conceitos

de

programação,

princípios

de

funcionamento do computador, etc. Esta forma, segundo o autor, contribui muito pouco para a melhoria da qualidade de ensino, sendo na maioria das vezes usada pelas escolas visando atrair a atenção dos alunos, objetivando uma procura maior destas instituições nos momentos de matrícula. O segundo modelo, ensino pela informática, é o que caracteriza o que se chama informática educativa, pois aí o aluno, em diversas atividades que podem ser desenvolvidas no computador, tais como: programação, simulação, uso de softwares educativos etc., poderá desenvolver estratégias de aprendizagem que contribuam na assimilação dos conteúdos trabalhados em sala de aula.

Corroborando com Valente, Tarja (2000), fala sobre as duas modalidades também: a utilização do computador para fins pedagógicos ou sociais. Para o primeiro fim, pedagógico, a escola utiliza o computador como ferramenta independente da abordagem, para complementos e sensibilizações disciplinares ou projetos educacionais. Para os fins sociais, a escola preocupase em repassar para os alunos alguns conteúdos tecnológicos. Como já dito, esta divisão assemelha-se muito a divisão feita por Valente. A autora sugere que a prática indicada é a conciliação dos enfoques pedagógico e social; portanto, ao elaborar o plano de curso com a utilização da informática, deverá ser previsto um momento em que sejam repassadas algumas orientações tecnológicas básicas associadas às orientações pedagógicas. A autora ainda fala que o uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá variar de acordo com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com a dedicação dos profissionais envolvidos. É importante que as pessoas envolvidas nesses projetos estejam dispostas aos novos desafios. As situações positivas mais frequentemente encontradas são as que os alunos ganham autonomia nos trabalhos, podendo desenvolver boa parte das atividades sozinhos, de acordo com suas características pessoais, atendendo de forma mais nítida ao aprendizado individualizado. Papert (1986, apud Oliveira 1997, p. 123) acredita que a articulação do potencial do computador com um novo modelo de escola pode garantir a transformação de todo o processo de ensino-aprendizagem hoje existente e enfatiza:

“A presença do computador nos permitirá mudar o ambiente de aprendizagem fora das salas de aula de tal forma que todo o programa que todas as escolas tentam atualmente ensinar com grandes dificuldades, despesas e limitado sucesso, será aprendido como a criança aprende a falar, menos dolorosamente, com êxito e sem instrução organizada. Isso implica, obviamente, que escolas como as que conhecemos hoje não terão lugar no futuro”.

O mesmo autor (apud MORAES 2000, p. 36), ainda diz que o desenvolvimento cognitivo é mais eficazmente alcançado com o computador, o

qual acelera a passagem do pensamento infantil para o pensamento adulto. Para ele, esta tecnologia transforma-se numa poderosa ferramenta para ajudar a pensar com inteligência e emoção, sendo, pois, revolucionária. Segundo Ghezzo e Andrade (apud FRANCO 2004, p.164), emerge um conceito alternativo de indivíduos “divers-abiles”, isto é, indivíduos capazes, mas de forma diferente. Emerge ainda a conotação “dEFICIENTE” (minúscula na primeira letra da palavra, mudando completamente o sentido), cujo uso vem crescendo entre as próprias pessoas com necessidades especiais, refletindo uma implícita auto-imagem de competência, tal como a embutida no próprio termo e que contesta a concepção preconceituosa e dominante em nossa sociedade. De acordo com Tijiboy (apud FRANCO 2004, p. 164), o desafio do momento, na educação especial, consiste, justamente, numa abordagem do tipo “divers-abiles” e na construção de um ambiente educacional enriquecedor. Tal perspectiva supera a exclusão social tradicional, com relação às pessoas com necessidades especiais, percebendo-as como pessoas capazes, ao mesmo tempo em que enfatiza suas potencialidades, ao invés de suas limitações. Possibilitar que as pessoas com necessidades educacionais especiais usufruam a multiplicidade de novas oportunidades que as tecnologias de informação e comunicação oferecem atualmente – passando a ter uma interação de maior e melhor qualidade com o mundo – é contribuir para que ampliem sua participação social, como sujeitos com uma nova condição de cidadania. Ainda, segundo a autora é dentro desse horizonte educacional, os ambientes de aprendizagem alternativos, que ao invés de reproduzirem seres humanos passivos e meros receptores de informações, devem procurar contribuir com a formação de sujeitos ativos, questionadores, criativos e construtores de conhecimento. Em outras palavras, é urgente que tais ambientes desenvolvam o potencial educacional e social dos envolvidos. Mas, para que a inclusão digital aconteça e auxilie crianças com necessidades especiais, é necessário que as tecnologias sejam acessíveis e possam ser utilizadas em diferentes contextos. Para isso, é necessário

conhecer o verdadeiro contexto de acessibilidade, para que a interação homem-máquina aconteça de forma eficaz. Godinho (1999), explica o conceito de acessibilidade sob três perspectivas: a do usuário, da situação e do ambiente. Diz que para ser acessível a tecnologia não pode impor nenhum obstáculo ao usuário frente às suas capacidades sensoriais e funcionais. O sistema deve ser acessível e utilizável em diversas situações, independente do software, comunicação ou equipamento dos usuários e que o acesso não deve ser condicionado pelo ambiente físico envolvente, exterior ou interior. A discussão de acessibilidade se reduz muito às limitações físicas ou sensoriais das pessoas portadoras de necessidades especiais, mas pode-se perceber que estes aspectos podem trazer benefícios a muito mais usuários. Precisa-se incluir as pessoas que não possuem impedimentos físicos ou sensoriais ao mundo de quem possui, por meio desse tipo de aproveitamento, onde podemos colaborar e incluir a quem tem necessidade e a quem possa utilizar as tecnologias para suas necessidades específicas.

Conclusão

É fato a importância de se buscar sempre novas estratégias de ensino, atualizar o conhecimento e desenvolver novas metodologias para o trabalho na escola. Se tratando de uma escola que vise à inclusão e um ensino de qualidade este fato torna-se ainda mais eminente. A interação com pessoas, sendo todas diferentes entre si em suas características pessoais, potencialidades, necessidades e habilidades é a base do desenvolvimento de todos para uma vida mais plena. Durante anos a Educação Especial funcionou como um sistema paralelo e não como parte integrante do sistema geral de educação, criou-se um mito de que é difícil trabalhar com pessoas portadoras de necessidades especiais. Não é fácil, mas é totalmente possível, pois requer mudanças viáveis de infra

estrutura e um professor competente, sendo que isto sempre foi necessário para uma educação que vise o desenvolvimento pleno dos alunos. É preciso sensibilizar a sociedade à conviver com a diversidade humana dentro das escolas inclusivas, empresas inclusivas e dentro de políticas públicas inclusivas. Pois estes são os alicerces do processo de inclusão. Na Escola Inclusiva todas as pessoas Portadoras de Necessidades Educativas Especiais têm direito à escolarização, o mais próximo possível do normal. O seu objetivo é acolher todos que apresentem alguma diversidade, e assim trata-se, indiscutivelmente, de uma sociedade de direitos para todos. Finalmente, como diz Mantoan (1997, p.120), “a inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico”, e desta forma a inserção do computador na escola inclusiva apenas vem ao encontro do objetivo mais importante: educar com qualidade e respeito.

REFERÊNCIAS BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Ensino Básico.Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

FLEISCHMANN, Lezi Jacques. Crianças no computador: desenvolvendo a expressão gráfica. Porto Alegre: Mediação, 2001.

FRANCO, Sérgio Roberto Kieling (org) [et al.]. Informática na educação: estudos interdisciplinares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004.

GODINHO, Francisco. Noções de acessibilidade na Web. 1999. Disponível em: < http://www.acessibilidade.net/web > Acesso em: 06/11/2005.

MANTOAN, Maria Teresa Egler.(org.) A integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon; SENAC, 1997.

MORAES, Raquel de Almeida. Informática na educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática Educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas: Papirus, 1997.

SASSAKI, Romeu Kasumi. Inclusão: Construindo Um a Sociedade Para Todos. 3ª edição. Rio de Janeiro: WVA, 1999, 174p.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. São Paulo: Érica, 2000.

UNESCO. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.

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