Informática Educativa E Educação De Alunos Surdos

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A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO DA LEITURA DO ALUNO SURDO Sheila Fortes Kimura Resumo O presente trabalho vem avaliar o auxílio da informática na compreensão de um teste de leitura para alunos surdos. Este estudo se justifica pela escassez de informações existentes a respeito deste processo e pela necessidade de contribuir para as pesquisas que buscam o aprimoramento da utilização do computador como uma ferramenta didático-pedagógica para aquisição da leitura em alunos surdos. O instrumento utilizado foi o Protocolo para Avaliação da Compreensão de Leitura em Crianças Deficientes Auditivas de Garolla e Chiari (2001). A amostra constituiu-se de 25 alunos da 4ª a 6ª série do Ensino Fundamental, de uma escola especial somente para alunos surdos. Através desta pesquisa foi possível verificar a importância da utilização do computador para educação do aluno surdo, uma vez que obtiveram melhores resultados se comprados com os resultados do mesmo protocolo na sua forma impressa. Palavras-Chave: surdez, leitura, informática educativa, avaliação.

Abstract

This academic work evaluates the aid of computers in the deaf students understanding of reading. This study is justified through few available information about this process and the necessity of contribute to improve the researches about the use of computers as a didacticpedagogical tool in reading development of deaf students. It was used the Evaluation Protocol for Understanding of Reading in Deaf Children of Garolla and Chiari (2001). The sample consisted in 25 students from 4ª to 6ª degree of brazilian basic education, on a special school only for deaf students. Through this research it was possible to verify the importance of computers on deaf students education. Keywords: deafness, reading, educational computing, evaluation.

Introdução Por muito tempo diferentes visões sobre a pessoa surda foram construídas, inclusive a mais utilizada que é a abordagem clínica da surdez. Com isso, a criança surda era considerada uma criança doente, por considerar-se a surdez como patologia, e assim prejudicando o convívio social no ambiente em que estava inserida. Mesmo com a mudança de percepção e o desenvolvimento de uma cultura surda ainda é e sempre será essencial a aquisição da linguagem e conseqüentemente da leitura e da escrita para uma melhor comunicação.

Em estudo realizado por GUARINELLO e QUINTILIANO (2001 apud BIAZÚZ, 2004a), ao aplicar um questionário em 23 alunos surdos, foi observado que os próprios surdos afirmam que eles deveriam aprender a ler e escrever para melhorar a sua comunicação. De acordo com RODRIGUES e ANTUNES (2003a), é justamente na escolarização dos surdos que se apresentam alguns obstáculos, e um destes obstáculos as autoras consideram que seja o processo de alfabetização de crianças surdas. Elas ainda afirmam que com o reconhecimento da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é um dos caminhos necessários para um efetivo trabalho pedagógico de alfabetização dos alunos surdos, por resultar em um aprendizado mais significativo para estes alunos, uma vez que está respeitando sua linguagem própria que é a Língua de Sinais-LS. Ainda segundo as autoras RODRIGUES e ANTUNES (2003b): “Investigar o processo de alfabetização de crianças surdas torna-se relevante na medida em que esta etapa de escolarização incorpora neste indivíduo uma série de novas relações e habilidades, como é o caso da aquisição da palavra escrita e da leitura que é oportunizada por meio do contato deste indivíduo com o mundo das letras. Além disso, esta etapa da aprendizagem é um momento de inicialização de caminhos a serem percorridos pela criança e que refletirão em sua vida pessoal, social, psicológica e educacional”.

Para o aluno surdo, as experiências demonstram a importância do estímulo visual para a comunicação e a informática fornece instrumentos poderosos que facilitam a autocorreção na construção e ou reconstrução de textos, permitindo ainda o desenvolvimento da autonomia do aluno em situação altamente promovedora de sua criatividade. (PINTO, 1998). O computador está sendo foco de muito estudo na área educacional, como uma ferramenta didático-pedagógica para auxílio no ensino e na aprendizagem escolar. Existem muitos cursos e pesquisas nessa área atualmente, mas esta ferramenta necessita de um bom planejamento para que o objetivo, que é o desenvolvimento cognitivo do aluno, seja atingido. Por isso desenvolver um projeto para avaliação de um protocolo de avaliação de compreensão de leitura utilizando o computador como mediador desse processo, tornando-se uma resposta interessante ao processo de alfabetização da Língua Portuguesa por alunos surdos. Uma vez que os surdos possuem sua percepção visual mais estimulada e desenvolvida, se comparados de um modo geral com os ouvintes, é importante salientar a questão da usabilidade dos softwares utilizados nos projetos educativos para trabalhar a sua alfabetização no laboratório de informática. Para LÉVY (2000), a interface contribui para definir o modo de captura da informação oferecido aos atores da comunicação. Ela abre, fecha e orienta aos domínios de significação, de utilização possível de uma mídia. GAROLLA e CHIARI (2001 apud Biazús, 2004a) elaboraram e desenvolveram o Protocolo para Avaliação da Compreensão de Leitura em Crianças Deficientes Auditivas estimuladas nas inúmeras pesquisas e leituras existentes utilizando o SDRT (Stanford Diagnostic Reading Test) como instrumento principal de sua avaliação, visando estabelecer os níveis de maior dificuldade encontrada pelo leitor surdo na compreensão do texto. Este protocolo trata-se de um teste com diversas atividades de compreensão de leitura da Língua Portuguesa com múltipla escolha, sendo seu objetivo avaliar no aluno surdo a compreensão do sentido global de textos e ler os mesmos de forma independente, cuja forma e conteúdo são familiares.O início da informática educativa nas escolas proporcionou aos alunos, tanto surdos quanto ouvintes, uma ferramenta didático-pedagógica de auxílio na educação, utilizando softwares específicos para a aprendizagem, a Internet e o conhecimento de informática. Partindo desta intenção de avaliação do trabalho das autoras citadas acima, este estudo

propõem a verificação da melhora da compreensão da leitura realizando a avaliação por meio do uso do computador para aplicação do teste. Surdez e Língua de Sinais Segundo SACKS (1998a), o termo “surdo” é muito abrangente, nos impedindo de levar em conta o grau de surdez imensamente variado, graus estes que acabam por ter uma importância qualitativa e mesmo “existencial”. Existem aqueles que possuem uma dificuldade para ouvir, pessoas que conseguem ouvir partes do que é dito com o auxílio de aparelhos auditivos, como por exemplo: pais e avós que muitos de nós possuímos que utilizam aparelhos e escutam parcialmente ou até normalmente. Há também os “seriamente” surdos, muitos vítimas de doenças ou danos nos ouvidos ocorridos na infância ou juventude. Estes também conseguem ouvir a partir do uso de aparelhos auditivos, em especial com os novos e cada vez mais sofisticados. E existem também os “profundamente surdos” - chamados também de “totalmente surdos” – que não possuem nenhuma esperança de ouvir. Essas pessoas não conseguem comunicar-se de maneira usual, precisando ler os lábios, utilizar a língua de sinais ou ambos. Mas, não é apenas o grau de surdez que importa, mas sim a idade ou estágio em que ocorre. O autor citado anteriormente, Wright (1969 apud SACKS, 1998b), perdeu a audição somente após ter aprendido a língua, assim ele não poderia imaginar como seria ter nascido surdo. Ele discorre em sua obra sobre “vozes fantasmagóricas” que ele ouve quando alguém lhe fala, mas ele precisa ver o movimento dos lábios e do rosto da pessoa. Conta que “escuta” o barulho do vento batendo nas árvores sempre que as vê sendo agitadas pelo ar. Embora ele saiba que os sons que ele “ouve” são “ilusórios” – projeções do hábito e da memória –, eles permanecem vívidos para ele ao longo de décadas de surdez. Sabemos que a aquisição da linguagem ajuda a criança a desenvolver seus conceitos sobre o mundo e está interligada ao desenvolvimento das capacidades mentais. Além disto, a educação depende das inter-relações sociais, culturais e emocionais da criança surda. Segundo SACKS (1998c), a mais profunda das questões quando refletimos sobre o que aguarda ou o que pode aguardar aqueles que nascem ou tornam-se surdos muito cedo é a relação da linguagem com o pensamento. Assim o autor cita Wright, um escritor do século XVIII mais fácil de ler do que os grandes escritores surdos dessa época, indica que a primeira obra do mesmo seja lida primeiramente, facilitando a leitura dos outros autores, pois prepara o leitor. No final dessa obra WRIGTH escreve: “Não há muitas coisas escritas por surdos sobre a surdez. Mesmo assim, considerando que só fiquei surdo depois de ter aprendido a língua, não estou em melhor posição do que uma pessoa ouvinte para imaginar como seria nascer no silêncio e chegar a idade da razão sem adquirir um veículo de pensamento e comunicação. Só o tentar já mostra a eloqüência da extraordinária abertura do Evangelho de São João: No princípio era o Verbo. Como é que se formulam conceitos nessas condições?” (WRIGHT 1969 apud SACKS, 1998d).

Segundo GOLDEFELD (2002a), os conceitos de linguagem, língua, fala e signo lingüístico foram primeiramente sistematizados por Sausurre, em 1916. Ele é considerado o pai da lingüística, pois foi com base em sua sistematização dos estudos lingüísticos que a lingüística passou a ser considerada como ciência. De acordo com SAUSURRE (1991 citado por GOLDFELD, 2002b), a linguagem é

formada pela língua e fala. A língua é tida como um sistema de regras abstratas compostas por elementos significativos inter-relacionados. Ela é o aspecto social da linguagem, já que é compartilhada por todos os falantes de uma comunidade lingüística. Já a fala, ainda na visão de Sausurre, é o aspecto individual da linguagem, são características pessoais que os falantes imprimem na sua linguagem. GOLDEFELD (2002c), ainda difere o conceito de Sausurre para a noção de linguagem e fala para Vygotsky, pois para este, uma importante noção é o fato de perceber a linguagem não apenas como uma forma de comunicação, mas também como função reguladora do pensamento. O termo linguagem tem um sentindo amplo, é tudo que envolve significação e não se restringe apenas a uma forma de comunicação. O conceito de fala se refere à linguagem em ação, à produção lingüística do falante no discurso. Vygotsky divide a fala em três tipos: social, egocêntrica e interior. A fala, para o autor não se refere ao ato motor de articulação dos fonemas e sim à produção do falante que deve ser sempre analisada em relação de interação, no diálogo. É a linguagem que constitui o pensamento do indivíduo. Por isso, a linguagem está sempre presente no sujeito, mesmo nos momentos em que ele não está se comunicando com outras pessoas. Segundo ALMEIDA (2000a), a LIBRAS (Língua de Sinais Brasileira), como as línguas de sinais de outros países, apresenta organização, estrutura formal e gramatical próprias. A língua de sinais é um sistema de representação que se baseia em um número determinado de elementos, que são parâmetros formacionais (configuração das mãos, local de articulação, movimento das mãos, dedos, pulsos, braços) regidos por regras que estabelecem o modo como esses elementos serão combinados para expressar diferentes significados. Em relação ao aspecto gramatical, a LIBRAS possui uma organização própria dos itens lexicais, e os parâmetros que compõem os sinais, como configuração das mãos e seus movimentos e sua localização em relação ao corpo do sujeito podem ser combinados de diversas maneiras a fim de expressar diferentes significados. A LIBRAS foi e ainda é desenvolvida e utilizada por comunidades de surdos no Brasil. Assim, o português pode ser aprendido, mas é considerado pelos defensores do bilingüismo como uma segunda língua. Ela não possui sinais para artigos, para maior parte das preposições e das conjunções do português, uma vez que o significado expresso por tais elementos está contido nos próprio sinal. De acordo com KLIMA E BELLUGI (1979 citado por ALMEIDA, 2000b), a língua de sinais apresenta uma característica formal e icônica. Por formal, pois existem regras que regem a formação dos sinais, bem como a sintaxe que é a própria característica, com flexões que são expressas através da expressão corporo-facial. Por icônica, entende-se uma relação básica direta entre o sinal e o objeto representado, que se dá quando o sinal é criado. Com o tempo o sinal vai se modificando, perdendo muito de sua transparência original, até abandonar esta característica icônica inicial para tornar-se símbolo. Ainda conforme ALMEIDA (2000c), se a língua de sinais fosse apenas icônica, ouvintes normais a entenderiam sem problemas, o que não corresponde à realidade. Essa língua apresenta-se por meio de associação de sinais que remetem a imagens ou ícones, e por símbolos arbitrários designados por elementos da natureza. Língua de sinais e língua oral têm semelhanças e diferenças do ponto de vista operacional, mas a comunicação em língua de sinais é tão eficaz quanto a oral. Os dois tipos apresentam uma estrutura hierárquica dos elementos que participam dos processos de codificação e decodificação. Nas duas, o tratamento das mensagens exige uma análise interativa tanto quanto paralela. Os usuários de LIBRAS possuem um alfabeto digital, que se baseia nas letras do alfabeto comum do nosso português, permitindo assim a soletração e a tradução para o português ou qualquer outra língua alfabética.

Educação de alunos Surdos Sobre a educação de surdos no Brasil, têm-se relatos de que em 1855 chegou ao país um professor francês surdo chamado Hernest Huet. Foi trazido pelo imperador D. Pedro II para iniciar o trabalho de educação de duas crianças surdas. Em 1857 foi fundado o Instituto Nacional de Surdos – Mudos, atual Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), que utilizava a língua de sinais. Em 1911, o INES, seguindo a tendência mundial, estabeleceu o oralismo puro em todas as disciplinas. Mesmo assim, a língua de sinais sobreviveu em sala de aula até 1957, quando a então diretora chamada Ana Rímola de Faria Doria, com assessoria da professora Alpia Couto, proibiu a língua de sinais oficialmente em sala de aula. No final da década de 1970 chega ao Brasil, através da visita de uma educadora de surdos chamada Ivete Vasconcelos da Universidade Gallaudet, a comunicação Total. Na década seguinte inicia o bilingüismo. Atualmente, essas três abordagens convivem no Brasil, e pode-se dizer que todas têm relevância no trabalho com surdos. As diferentes abordagens causam conflitos entre os profissionais que as seguem, mas no Brasil, assim como na maioria dos países que convivem com essas diferentes visões não existe uma verdade única, todas as abordagens devem ter espaço para serem estudadas seriamente. Os discursos atuais, como a Declaração de Salamanca, evidenciam uma urgência ao incluir qualquer aluno, independentemente de sua singularidade, na escola regular. Segundo SILVA (2001a), o que fica no esquecimento é o que diz o artigo 19 da declaração: “Políticas educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e as situações individuais. A importância da linguagem de sinais como meio de comunicação entre os surdos, por exemplo, deveria ser reconhecida”. Além disso, é importante que os órgãos governamentais, pais, profissionais e pessoas ligadas ao assunto se dêem por conta que a inclusão social é uma atitude. É preciso, também que se entenda que os alunos necessitam de atendimento especializado. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei n° 9.394/1996), em seu artigo 58, Capitulo V, define a educação Especial “como modalidade escolar para educandos portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino. (...) Estabelece também que os sistemas de ensino deverão assegurar, entre outras coisas, professores especializados ou devidamente capacitados para atuar com qualquer ‘pessoa especial’ em sala de aula. Admite também que, nos casos em que necessidades especiais do aluno impeçam que se desenvolva satisfatoriamente nas classes existentes, este teria o direito de ser educado em classe ou serviço especializado”. Assim sendo, precisa-se levar em consideração que a inclusão tão falada ultimamente necessita de uma análise antecipada dos casos em que se procura atuar em classes regulares. Os surdos, por exemplo, possuem a mesma forma de aquisição da linguagem, mas com modalidade diferente dos alunos ouvintes e muitos não são oralizados, somente possuem a LIBRAS como comunicação, como língua oficial e a alfabetização da Língua Portuguesa como segunda língua. Ainda de acordo com SILVA (2001b): (...) “a inclusão do aluno surdo não deve ser norteada pela igualdade em relação ao aluno ouvinte e sim por suas diferenças sócio-histórico-culturais, às quais o ensino se sustente em fundamentos lingüísticos, pedagógicos, políticos, históricos, implícitos nas novas definições e representações sobre a surdez. (...) Portanto, que se tenha um currículo em LIBRAS e uma pedagogia

centrada no ensino da escrita, no caso dos surdos brasileiros, o português”.

A alfabetização ocupa-se de proporcionar ao indivíduo a capacidade de comunicar-se pela palavra escrita com o outro indivíduo, independente do tempo e do espaço. De acordo com GÓES (1996): “... aprender uma língua implica considerar um certo modo de significar o mundo através da linguagem e, portanto, uma disponibilidade para perceber peculiaridades culturais”.

Porém é importante salientar o fato de que toda a criança possui um esquema de assimilação que evolui de acordo com a etapa de desenvolvimento em que se encontra. E, também que a aquisição da língua escrita é uma dificuldade encontrada pelos surdos, pois esta será sua segunda língua. Segundo SILVA (2001c), a surdez é o motivo de retardo da linguagem ou da perturbação que ela provoca no desenvolvimento geral, indiretamente, pois, “acreditar que o surdo não desenvolva o pensamento abstrato (ou que o mesmo seja pobre) é acreditar que o pensamento chinês, pelo fato de ter inventado categorias lingüísticas como o yin e o yang, não seja capaz de assimilar conceitos da dialética materialista”. Pode-se dizer que estas dificuldades dos surdos acontecem, pelo fato de línguas orais serem as únicas utilizadas pela maioria das comunidades, não havendo para o surdo a possibilidade de adquiri-la espontaneamente. A surdez, por si só, não poderia ser obstáculo para o desenvolvimento intelectual da criança surda, a mudez e a falta de linguagem é que se tornam o problema. A educação tem por tarefas trabalhar essas questões. Assim como diz que é necessário enfatizar que as condições de aprendizagem da leitura e da escrita no processo de escolarização do aluno surdo dependem, por via de regra, do modo pelo qual são encaradas suas dificuldades e as diferenças ocorridas no processo educacional pelas instituições. (...) suas dificuldades (dos surdos), em quaisquer disciplinas, estão relacionadas às estruturas lingüísticas pouco desenvolvidas, repercutindo na sua educação de um modo geral. SILVA (2001d). Informática Educativa na Educação Especial Conforme OLIVEIRA (1997a), a supervalorização da tecnologia Educacional em um período da história da educação brasileira resultou na existência, entre muitos educadores, de um sentimento de descrédito em relação ao uso de artefatos tecnológicos no processo de ensino. Esta repulsa só pode ser compreendida e superada à medida que, além de conhecermos sua origem, apontemos para uma nova compreensão da importância do uso da Tecnologia Educacional no processo de ensino-aprendizagem. A era da informática está reunindo as pessoas em um mundo onde há cada vez mais possibilidades, permitindo novas formas de conhecer e pensar. Para os surdos, em especial, a utilização desse recurso surge como uma alternativa de comunicação e de aprendizagem. De acordo com FLEISCHMANN (2001a): “A linguagem do computador facilita e amplia as possibilidades de comunicação entre as pessoas, não estabelecendo apenas um código, um desenho para letras. Pretende uma

linguagem mais universal, que domine o entendimento de um maior número de crianças, em diferentes tipos de sociedade, linguagens e culturas”.

Segundo OLIVEIRA (1997b), abordando a questão pedagógica da entrada do computador na educação, afirma que, embora não tenhamos provas contundentes a respeito do potencial deste instrumento pedagógico, acredita que o contato regrado e orientado da criança no trabalho com o computador pode contribuir, positivamente, para acelerar seu desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que concerne ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar com rigor e de encontrar soluções para os problemas. Para ele, não será apenas com o computador que se atingirão tais objetivos. No entanto, esta máquina traz o elemento motivacional, tanto para os alunos quanto para os professores. O mesmo afirma que: “Quase toda forma de utilização do computador por parte da criança deverá surtir algum benefício pedagógico. Algumas formas de utilização serão mais adequadas para o desenvolvimento de certas habilidades, algumas formas se adaptarão melhor à consecução de outros objetivos educacionais”.

Ainda neste aspecto, OLIVEIRA (1997c), diz que a entrada dos computadores na educação, provavelmente, será propulsora de uma nova relação entre os professores e alunos, uma vez que a chegada desta tecnologia sugere ao professor um novo estilo de comportamento em sala de aula, talvez, independentemente da forma de utilização que ele faça deste recurso no seu trabalho. À medida que os professores passem a utilizá-lo, não encontrarão espaço as práticas que inibam o aluno de avançar na elaboração de estratégias próprias de resolução de problemas, bem como na construção de atividades que sejam expressões da imaginação rica e sem limite da criança ou do adolescente. TAJRA (2000), fala sobre as duas modalidades também: a utilização do computador para fins pedagógicos ou sociais. Para o primeiro fim, pedagógico, a escola utiliza o computador como ferramenta independente da abordagem, para complementos e sensibilizações disciplinares ou projetos educacionais. Para os fins sociais, a escola preocupase em repassar para os alunos alguns conteúdos tecnológicos. Como já dito, esta divisão assemelha-se muito a divisão feita por Valente. A autora sugere que a prática indicada é a conciliação dos enfoques pedagógico e social; portanto, ao elaborar o plano de curso com a utilização da informática, deverá ser previsto um momento em que sejam repassadas algumas orientações tecnológicas básicas associadas às orientações pedagógicas. A autora ainda fala que o uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente educacional, irá variar de acordo com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com a dedicação dos profissionais envolvidos. É importante que as pessoas incorporadas nesses projetos estejam dispostas aos novos desafios. As situações positivas mais freqüentemente encontradas são que os alunos ganham autonomia nos trabalhos, podendo desenvolver boa parte das atividades sozinhos, de acordo com suas características pessoais, atendendo de forma mais nítida ao aprendizado individualizado, assim como em função da gama de ferramentas disponíveis nos softwares, os alunos, além de ficarem mais motivados, também se tornam mais criativos. De acordo com FRANCO (2004), o desafio do momento, na educação especial, consiste, justamente, numa abordagem do tipo “divers-abiles” e na construção de um ambiente educacional enriquecedor. Tal perspectiva supera a exclusão social tradicional, com relação às pessoas com necessidades especiais, percebendo-as como pessoas capazes, ao

mesmo tempo em que enfatiza suas potencialidades, ao invés de suas limitações. Possibilitar que as pessoas com necessidades educacionais especiais usufruam a multiplicidade de novas oportunidades que as tecnologias de informação e comunicação oferecem atualmente – passando a ter uma interação de maior e melhor qualidade com o mundo – é contribuir para que ampliem sua participação social, como sujeitos com uma nova condição de cidadania. Avaliação da compreensão da Leitura do Surdo Avaliar a compreensão do aluno surdo é uma tarefa difícil, pois se trata de uma questão que envolve o trabalho constante de pesquisadores e profissionais envolvidos na alfabetização da Língua Portuguesa destas crianças e, também, pela falta de um instrumento com este objetivo. Segundo GAROLLA (2001a), nos Estados Unidos e no Canadá além de possuírem este tipo de instrumento, utilizam-no amplamente incluindo-o em suas pesquisas. Ainda segundo as autoras, partindo da necessidade de haver um instrumento eficiente na avaliação das crianças surdas, centraram a aplicação do protocolo nos níveis iniciais da leitura com relação às habilidades exigidas em Língua Portuguesa ao final do “Primeiro Ciclo” (1ª e 2ª série do ensino fundamental), descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Os principais objetivos visados pelas autoras do protocolo foram de comparar os níveis de leitura alcançados pelos indivíduos surdos com os níveis alcançados pelos estudantes não surdos, através dos escores obtidos em ambos grupos, assim como verificar em que período escolar se daria a semelhança de respostas obtidas pelo grupo de surdos estudado, em relação ao grupo de controle da sua pesquisa. Conforme MEDEIROS (1983 apud BIAZÚS, 2004b), as vantagens das questões de múltipla escolha são as seguintes: apresentam opções de resposta para exame crítico, não precisando apoiar-se em memorização; solicitam a capacidade de análise e comparação das possíveis respostas, estimulando uma atitude crítica; facilitam a identificação das deficiências individuais, ao apresentarem nas opções os erros mais comuns, ajudam a apurar o número e qual o erro cometido pelo participante; seu julgamento é rápido e objetivo; permite o exame de resultados complexos como: compreensão de leitura, raciocínio dedutivo, raciocínio indutivo e julgamento de valor. Partindo deste protocolo já introduzindo em séries iniciais de alfabetização cabe agora introduzi-lo através da ferramenta didático – pedagógica, o computador, e verificar se este protocolo informatizado será de maior auxílio e valia para pesquisadores e profissionais envolvidos na alfabetização dos alunos. Experimento O presente estudo se desenvolve na aplicação do protocolo de avaliação da leitura dos alunos surdos em duas etapas, na primeira é aplicado o protocolo informatizado com os alunos, na segunda etapa os alunos recebem o protocolo em versão impressa. A população do estudo constitui-se de alunos de uma escola especial para surdos, de ambos os sexos. A amostra soma 25 alunos de uma escola especial de Porto Alegre – RS, estudantes da 4ª a 6ª série do Ensino Fundamental. Utiliza-se, então, o Protocolo de Avaliação de Leitura em Crianças Deficientes Auditivas de Garolla e Chiari de 2001. Para a elaboração do protocolo foram formuladas

questões que visam à avaliação das habilidades básicas necessárias para a compreensão de leitura, separadamente divididas por categoria, aumentando-se o grau de dificuldade gradualmente. O grau do teste é equivalente a segunda série do ensino fundamental. O protocolo informatizado, sendo o principal instrumento de verificação do objetivo principal desta pesquisa, é aplicado primeiro para que não houvesse um possível vício das palavras que compõe o protocolo. O laboratório de informática da escola possui 4 computadores nos quais foi possível fazer a aplicação do teste, assim as turmas foram divididas em grupos e chamadas conforme a ordem de série. Não é estabelecido tempo para o término do teste. A instrução dada foi de que o teste fosse completado até o final, com leitura e interpretação individual. Após aplicar o protocolo informatizado, é aplicado o protocolo na sua forma original, ou seja, impresso. Para a comparação pretendida nesta pesquisa, a utilização do computador para aplicação do teste, utilizou-se o Teste de médias. Este trabalho corresponde a um estudo pareado, onde temos duas amostras, mas cada observação da primeira amostra é pareada com uma observação da segunda amostra (aplicados dois tipos de teste na mesma criança). Tal delineamento ocorre, por exemplo, num estudo de medidas feitas antes e depois no mesmo indivíduo. Como esperado, as duas observações do mesmo indivíduo (ou de um conjunto de gêmeos) são mais prováveis de serem similares e, portanto, não são considerados estatisticamente independentes. Discussão Com os recursos da informática o educador poderá compreender melhor os processos mentais, os conceitos e as estratégias que os alunos utilizam e, com isso, mediar e contribuir mais efetivamente nesse processo de construção do conhecimento. (VALENTE, 1999 apud FARIA, 2002a). Segundo FARIA (2002b), afirma que com a utilização dos recursos tecnológicos é facilitada a passagem do modelo mecanicista para uma educação sociointeracionista. Ainda diz que é muito importante criar um ambiente de ensino e aprendizagem que instigue os alunos, que proporcione à eles oportunidades para que pesquisem e participem da comunidade com autonomia. É importante, também, que os professores aprimorem seus conhecimentos tecnológicos para que dominem a máquina, podendo então, criticamente avaliá-la e conhecêla para que possam saber as vantagens e desvantagens, os riscos e as possibilidades, para que o computador possa ser uma ferramenta útil. (FARIA, 2000c). O computador na educação tem causado uma revolução na concepção de ensino e aprendizado, uma vez que eles podem ser utilizados para ensinar, existe uma quantidade de programas educacionais e diferentes modalidades de uso do computador que mostram a utilidade do computador na educação. As novas modalidades do uso do computador na escola desenvolvem a concepção do uso desta tecnologia não como uma máquina para ensinar, mas como uma mídia educacional. Ele passa a ser uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de mudança na qualidade de ensino. (VALENTE, 1991a). Após a aplicação do protocolo impresso é possível comparar a dificuldade com que os alunos realizaram as atividades. No protocolo impresso fica muito confuso para eles o comando das atividades, mesmo realizando treinamento que antecedia os exercícios juntamente com o mediador, treinamento este que, obviamente, não entra na contagem de pontos.

No protocolo informatizado, este treinamento também é realizado e, também, não participa da contagem de pontos, mas os alunos demonstravam já saber o que o comando pretendia realizar. Segundo FLEISCHMANN (2001b): “... a criança não precisa dominar a língua escrita para trabalhar no computador, ela precisa apenas reconhecer um símbolo que indicará o programa que irá utilizar”.

Mesmo não sendo necessário dominar a língua escrita para dominar a máquina é essencial lembrarmos que o computador deve ser utilizado para apoio do desenvolvimento de qualquer área, conhecimento, inteligência, saber. Enfim, que ele seja um facilitador para qualquer objetivo de desenvolvimento dos alunos, assim como a compreensão de leitura e escrita. De acordo com WEISS (2001), o uso do computador só funciona efetivamente como instrumento no processo de ensino – aprendizagem, se for inserido num contexto de atividades que desafiem o grupo em seu crescimento. Espera-se que o aluno construa o conhecimento: na relação consigo próprio, com o outro (professor e colegas) e com a máquina. Devido às dificuldades de memória, no encadeamento de ações ou informações, na solução e compreensão de problemas, os deficientes cognitivos e de linguagem podem ser beneficiados com a existência (...) de conteúdo em pequenos parágrafos, elementos que facilitem sua orientação ou que mantenham um histórico das ações realizadas ou telas visitadas (...), telas simples, organizadas de maneira consistente, padronizadas e com seqüências óbvias de interação (DIAS, apud BARTH 2005a). Neste estudo fica muito óbvia a diferença entre o protocolo informatizado e o impresso, sendo que no computador cada atividade é apresentada ao aluno em uma tela por vez, enquanto o impresso possui de 4 a 10 exercícios na mesma folha. Essa interface é facilitadora no que diz respeito ao desenvolvimento da cognição. A partir dos critérios de usabilidade citados por Dias anteriormente, a prototipação do design das telas refere-se à qualidade de interação do usuário com as atividades, sendo que a compreensão do mesmo ao aprender com facilidade os caminhos propostos. De acordo com ROCHA e BARANAUSKAS (2003 apud BARTH 2005b), existem critérios importantes em relação à avaliação de um protótipo, o mais visado no desenvolvimento do protocolo informatizado é a facilidade no modo de operação, uma vez que se dispõe ao usuário poucos estímulos visuais, com uma organização de interface padrão a cada nível de atividade, e botões permanecem com as mesmas relações – imagem/funçãoem todas as telas, assim ocorre mais um critério que é o reconhecimento ao invés de relembrança, já que os ícones se mantêm padronizados ao inferirem às mesmas ações durante toda a interação com as atividades. E outro critério essencial foi a estética e design minimalista, para qual ocorrer foi utilizadas somente informações extremamente necessárias, imagens claras, contendo simplesmente as informações iconográficas importantes à comunicação. Fundo branco em todas as telas, sendo que na tela final a diferenciação de cor para o reconhecimento do aluno quanto ao término das atividades. De acordo com VALENTE (1991b), o uso do computador na educação com pessoas que necessitam de algum tipo de atendimento especial vem tornando-se cada vez mais uma realidade e se desenvolve graças ao avanço tecnológico e a criatividade dos profissionais que trabalham na Educação Especial. O autor também salienta a importância de não ter o computador como solução dos problemas da Educação Especial, pois cada caso deve ser

analisado, pensado e tratado individualmente. Conclusão Este estudo objetiva a verificação do auxílio do computador como ferramenta didático – pedagógica na aplicação de um protocolo de avaliação da compreensão da leitura em crianças surdas. Na amostra pesquisada é possível perceber a diferença de reação dos alunos quanto a forma do protocolo. No computador eles obtém maior autonomia para finalizar o teste, já no impresso ele possuem uma dificuldade significativa para responder as questões objetivas com múltipla escolha onde havia figuras. Conclui-se com esse fato que os alunos provavelmente ficaram confusos com as figuras reunidas e de mesma forma e cor. Para a implementação deste protocolo foi necessária a atenção em vários itens, sempre respeitando critérios de usabilidade a partir do perfil dos usuários. Uma vez que segundo BARTH (2005c): “Essa característica, apesar de ser direcionada aos deficientes, torna mais fácil o uso dos produtos por todas as pessoas, diminuindo a fadiga, aumentando a velocidade de interação, diminuindo a quantidade de erros e o tempo de aprendizado”.

A questão da “usabilidade” do material é de extrema importância tratando-se de alunos surdos, uma vez que os mesmos têm uma percepção visual mais aguçada para tentar compensar a perda auditiva. Qualquer material, seja este impresso ou informatizado, precisa ser estruturado de forma a facilitar e auxiliar o aluno a desenvolver o processo de aprendizagem. Através dos dados obtidos pela aplicação do protocolo, na sua forma impressa e informatizada, pode-se concluir que o computador utilizado como ferramenta – didático pedagógica auxilia os alunos que participaram deste estudo, não podendo se generalizar para outra população. Foi fato, também, que os alunos obtiveram um grande número de respostas nulas, ou seja, não responderam, no protocolo impresso, sendo que no informatizado os alunos finalizavam a atividade antes de passar para a próxima questão. Assim, o protocolo informatizado atendente ao requisito primordial para ser um auxiliar, ele apresenta uma estrutura de apresentação amigável. LÉVY (1996), ainda esclarece que considerar o computador como somente um instrumento para produção de textos, sons ou imagens é o mesmo que negar a capacidade de criação e desenvolvimento cultural que o mesmo pode proporcionar. De acordo com VALENTE (1991), o uso do computador na educação com pessoas que necessitam de algum tipo de atendimento especial vem tornando-se cada vez mais uma realidade e se desenvolve graças ao avanço tecnológico e a criatividade dos profissionais que trabalham na Educação Especial. O autor também salienta a importância de não ter o computador como solução dos problemas da Educação Especial, pois cada caso deve ser analisado, pensado e tratado individualmente. Além disso, para o surdo a questão viso-espacial é um dos fatores necessários para gerar mais atenção, pois conforme este espaço é utilizado para desenvolver esta criança melhor poderá se dar o trabalho. Com este estudo percebemos, então, a importância de encontrar novas ferramentas

para o auxílio da Língua Portuguesa no aluno surdo, pois segundo Garolla (2001b), a eficiência na leitura está relacionada ao êxito escolar e é de extrema importância aprender a ler, mas mais importante ainda seria ler para aprender, ou seja, que a leitura sirva de instrumento para a aquisição de conhecimento. Uma vez que as pessoas que possuem o hábito da leitura são melhor orientadas para o futuro. LEITE et al. (2000 apud FARIA, 2002d) reforça estas idéias dizendo que: “Diante desta realidade, torna-se necessário que as escolas passem a trabalhar visando a formação de cidadão capaz de lidar, de modo crítico e criativo, com a tecnologia no seu dia-a-dia. Cabendo à escola esta função, ela deve utilizar como meio facilitador do processo de ensinoaprendizagem a própria tecnologia com base nos princípios da Tecnologia Educacional”.

Referências ALMEIDA, Elizabeth Oliveira Crepaldi de, (2000). Leitura e Surdez. São Paulo : Revinter. BARTH, Creice, (2005). Software “Descobrindo Emoções”: Análise e Desenvolvimento de Modelos Mentais em Sujeitos com Autismo. Graduação. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Monografia. BIAZÚS, Geórgia Arioli, (2001). Avaliação da leitura em alunos surdos. Graduação. Universidade Luterana do Brasil, Trabalho de Conclusão de Curso. FARIA, Elaine Turk, (2002). O Professor e as novas tecnologias. In: ENRICONE, D. org. Ser Professor. Porto Alegre : EDIPUCRS. FLEISCHMANN, Lezi Jacques, (2001). Crianças no computador: desenvolvendo a expressão gráfica. Porto Alegre : Mediação. FRANCO, Sérgio Roberto Kieling, (2004). Informática interdisciplinares. Porto Alegre : Editora da UFRGS.

na

educação:

estudos

GAROLLA, L.P.; CHIARI, B.M, (2001). Protocolo para avaliação de leitura em crianças deficientes auditivas. Mestrado. Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo, Dissertação de mestrado. GÓES, Maria Cecília Rafael de, (1999). Linguagem, Surdez e Educação. 2ª ed. Campinas : Autores Associados. GOLDEFELD, Márcia, (2002). A criança surda: Linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 2ª ed. São Paulo : Plexus. LÉVY, Pierre, (1999). As tecnologias da inteligência, o futuro do pensamento na era da informática. 8ª ed. São Paulo: Editora 34. Tradução Carlos Irineu da Costa. ____________, (1996). O que é o virtual?. 3ª ed. São Paulo : Editora 34. Tradução Paulo Neves.

PINTO, Sandra. Recursos da informática na organização e estruturação de textos escritos por alunos surdos. Disponível em: Acesso em: 14/11/2005. OLIVEIRA, Ramon de, (1997). Informática Educativa: Dos planos e discursos à sala de aula. Campinas : Papirus. RODRIGUES, Graciela, ANTUNES, Helenise. Alfabetização de surdos: Apontando Desafios. Disponível em: < http://www.ufsm.br/ce/revista http://www.ufsm.br/ce/cader> Acesso em: 16/03/2005. SACKS, Oliver, (1998). Vendo Vozes: uma viajem ao mundo dos surdos. 4ª ed. São Paulo: Companhia das letras, 1998. SILVA, Marília da Piedade Marinho, (2001). A construção de sentidos na escrita do aluno surdo. São Paulo : Plexus. TAJRA, Sanmya Feitosa, (2000). Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. São Paulo: Érica. VALENTE, José Armando, (1991). Liberando a mente: computadores na educação especial. Campinas : Graf. Central da UNICAMP. WEISS, Alba Maria Lemme, (2001). A informática e os problemas escolares de aprendizagem. Rio de Janeiro : DP&A.

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