A Chegada Do Estranho No Cerrado Mineiro: O Caso Do Ctg Sinuêlo Da Querência Em Uberlândia - Mg.

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II SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOGRAFIA “PERSPECTIVAS PARA O CERRADO NO SÉCULO XXI” Universidade Federal de Uberlândia – Instituto de Geografia 26 a 29 de Novembro de 2003 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A CHEGADA DO ESTRANHO NO CERRADO MINEIRO: O CASO DO CTG- SINUÊLO DE QUERÊNCIA EM UBERLÂNDIA -MG SOUSA, Milton Jakson de* OLIVEIRA Guilherme Pereira de* SANTOS JÚNIOR, Fábio Francisco* LUZ, Paulo Henrique Ribeiro da* SILVA, Alex Marciel da** *Graduandos em geografia – Universidade Federal de Uberlândia **Prof. Ms. Instituto de Geografia – Universidade Federal de Uberlândia

Introdução

O Brasil é um país que apresenta diversas regiões e diversas características, cada uma delas com suas particularidades, sejam elas econômicas, políticas, sociais ou culturais. O Estado do Rio Grande do Sul possui uma singularidade em relação ao restante do país. Apresenta particularidades como características geográficas que lhe confere posição estratégica, forma de povoamento, modo de como está inserido na história brasileira. Descoberto no início do século XVI, o Rio Grande do Sul só começa a se articular as atividades econômicas do Brasil colonial mais de um século depois. Essa articulação se dá com a exportação de couro para Europa, que era realizada através de Buenos Aires ou através de Sacramento, e posteriormente com a exportação de carne para Região da mineração. O Rio Grande do Sul desempenhava para coroa Portuguesa uma função estratégica, como ponto de apoio para conservação do domínio luso da Prata, Trata-se de uma área limítrofe, pois esta nas margens do Brasil e poderia tanto fazer parte dele como de outros países.

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“Somos uma fronteira. No século XVII, quando soldados de Portugal e Espanha disputavam a posse definitiva desde então imenso deserto, tivemos de fazer nossa opção: ficar com portugueses ou com os castelhanos. Pagamos um pesado tributo de sofrimento e sangue para continuar deste lado da fronteira meridional do Brasil. Como pode você acusar de espanholismo? Fomos desde tempos coloniais até o fim do século um território cronicamente conflagrado. Em setenta e sete anos tivemos doze conflitos armados, contadas as revoluções. Vivíamos permanentemente em pé de guerra. Nossas mulheres raramente despiam o luto. Pense nas duras atividades da vida campeira – alçar, domar e marcar potros, conduzir tropas, sair da faina diária quebrando a geada nas madrugadas de inverno – e você compreendera a virilidade passou e ser a qualidade mais exigida e aparecida do gaúcho. Esse tipo de vida é responsável pelas tendências algo impetuoso que ficaram no inconsciente deste povo e explica a nossa rudeza, a nossa às vezes desconsertantes franquesas, o nosso hábito de falar alto, como quem grita ordens, dando não raro aos outros a impressão que vivemos num permanente estado de cavalaria. A verdade, porem, é que nenhum dos heróis autênticos do Rio Grande que conheci jamais proseou, jamais se gabou de qualquer ato de bravura seu. Os meus coestaduanos que depois da vitória da revolução de 1930, se tocaram para o Rio, fantasiados e amarraram seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco – esses não eram gaúchos legítimos, mas parodias de opereta'.

Como expõe acima Érico Veríssimo, as peculiaridades do Rio Grande são muitas, a necessidade de garantir fronteiras, manter-se sobre natureza, rebelar contra o governo central, alem de conflitos internos, esses fatos ocorridos na História Rio Grandense ajudam a explicar a identidade gaúcha.

A identidade Gaúcha

A figura do gaúcho como conhecemos hoje sofreu um longo período de elaboração cultural Apesar da diversidade interna a historiografia tende a representar seu habitante através de um único tipo social: o gaúcho, o cavaleiro e peão de estancia da Região sudoeste do estado. Mesmo sendo brasileiro, o gaúcho era muito distinto do restante da população, estando vezes mais próximo com seu homônimo da Argentina e do Uruguai. A figura do gaúcho hoje como conhecemos sofreu um longo período de elaboração cultural. Durante o período colonial os gaúchos eram chamados de guasca e depois de gaudério, este possui um sentido pejorativo e se referia aos aventureiros paulistas

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que tinham desertado das tropas regulares e adotado a vida rude coreadores e ladrões de gado. Eram vagabundos errantes e contrabandistas de gado numa região onde a fronteira era bastante móvel. Para o pensador fluminense, Oliveira Viana “O gaúcho é socialmente um produto de guerra.” E mais eles têm “a capacidade de mando e a pratica da organização de grandes massas humanas”. Ao analisar o campeador gaúcho, Viana lhe atribuiu características especiais e uma mentalidade especifica que o distinguiram do tipo social dos sertões nordestinos e o das matas do centro-sul do país.

Os Negros Rio - grandenses

“Não há, creio, em todo o Brasil, um lugar onde os escravos seja mais felizes que nesta capitania. Os senhores trabalham tanto quanto os escravos, mantém –se próximos deles, tratam-nos com menos desprezo. O escravo come à vontade, não é ma vestido, não anda a pé e suas principal ocupação consiste em galopar pelos campos, cousa mais sadia do que fadigante. Enfim, eles fazem sentir aos animais que o cercam uma superioridade consoladora de sua condição baixa, elevando-se aos seus próprios olhos.”

A afirmação acima de Saint-Hilaire é de certa forma contraditória, ambígua, pois o existia ao mesmo tempo era uma relação autocrática e democrática. A afirmativa de Saint-Hilaire, não corresponde às condições reais de existência social, e mais contraditória nela mesma. Durante a Revolução Farroupilha, os negros tiveram uma participação importante e significativa, segundo os cálculos dos exércitos imperiais, cerca de um terço a metade dos integrantes dos farrapos eram compostos de negros. Encontra partida, Bento Gonçalves, solicitava como condição de paz como governo imperial à liberdade dos escravos que estão a serviço da Republica, deixa ao morrer (1847), 53 escravos em sua estancia (Fazenda de Camaguã).

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A presença do índio

As presenças desse ator sociais, o Índio, são esquecidas na construção social da identidade gaúcha. Em meados do século XVII, os bandeirantes estavam no encalço dos índios, parte desses estavam aldeados em reduções jesuíticas. Os bandeirantes paulistas massacraram e destruíram Missões guaraníticas. Assim como a historiografia tradicional do estado subestima a presença do índio, o mesmo acontece com os negros, afastando os índios da formação da identidade gaúcha, contrariando o que ocorreu no Brasil a partir das décadas de 30. Assim, é possível afirmar que “sobre a formação do rio Grande do Sul”, faz uma distinção entre o gaúcho platino e o rio-grandense. Ao passo que aquela teria sido marcada pela miscigenação dos espanhóis com as índias, gerando o mestiço, um tipo revoltado que teria dado origem ao caudilho, no Brasil nada disso teria ocorrido.”

A origem dos CTGs.

Quando se fala em cultura gaúcha a primeira idéia que se tem são os gaúchos vestidos com roupas típicas, as pilchas, comendo churrasco e tomando chimarrão, mas a cultura tradicionalista gaúcha vai muito além desse estigma que se cultua em outros estados. Desde o século XVIII até a Revolução Farroupilha (1835-1845), o Rio Grande do Sul foi inserido no contexto econômico nacional pela Região da Campanha, sendo esta caracterizada pela proximidade da fronteira com a Argentina e o Uruguai, ficando no sudoeste do estado. A principal atividade econômica desenvolvida pela região era a pecuária sendo o charque uns dos motivos da revolta Farroupilha. Neste contexto o gaúcho adquiriu esta conceituação como homem livre e errante que cavalgava pelas vastas

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planícies dos pampas tocando seu gado com destemor de um povo aguerrido e forte pela natureza. Com o inicio da migração do estado consequentemente a melhoria na produtividade agrícola e a crise na pecuária nos anos de 1870, a região da Campanha vai perdendo importância política e econômica no estado, sendo que em 1868 em Porto Alegre foi criado Partenon Literário, uma sociedade de intelectuais e letrados que tinham como objetivo a exaltação da temática gaúcha inspirados nos modelos positivistas europeus. Mas em 1898 surge em Porto Alegre a primeira agremiação tradicionalista com o nome de Grêmio Gaúcho de Porto Alegre, entidade voltado ás tradições com promoções de festas, desfiles de Cavalaríanos, etc. O fundador foi um soldado que servil como voluntário na Guerra do Paraguai, de origem humilde o Sr. João Cezimbra Jacques que se aposentou como major, mesmo era, republicano e positivista. Logo após a criação do Grêmio Gaúcho, foi fundada outras entidades tradicionalistas sendo as mesmas consideradas pioneiras, como: União Gaúcha de Pelotas (1899), Centro Gaúcho Bagé (1899), Grêmio Gaúcha de Sta. Maria (1901), Sociedade Gaúcha Lombagrandense (1943), todas com o mesmo objetivo de resgatar as tradições esquecidas ou deixadas de lado e sem dúvida aumentar os laços culturais existentes entre os participantes. Um marco histórico ocorrido no Rio Grande para os tradicionalistas foi sem dúvida à criação do CTG (Centro de Tradições Gaúchas) cujo nome evocava a Revolução Farroupilha deflagrada em 20 de setembro de 1835, o “35 CTG” surge em 1948 em Porto Alegre aonde seus fundadores na maioria estudantes secundários vindos do interior, principalmente de áreas pastoris de grande latifúndio onde predominava a pecuária, apesar de que quase na sua totalidade eram filhos de pequenos proprietários rurais humildes ou estancieiros em processo de declinação social que mandava seus filhos para estudar na capital. A criação do “35CTG” foi precedida pela fundação em 1947 pelas mesmos jovens do Departamento de Tradições Gaúchas do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, os mesmos organizaram a primeira Ronda Gaúcha (hoje semana Farroupilha) que aconteceu entre 7 e 20 de setembro daquele ano.

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Embora não quisesse constituir uma entidade que não refletisse sobre a tradição e sim um movimento que procura revive-la, era necessário recriar os costumes do campo, sendo assim usaram nomenclatura diferente de outras associações substituindo o presidente, o vice- presidente, secretário, tesoureiro, diretor, etc., empregando os títulos de padrão, capataz, sota-capataz, agregados, posteiros. Os conselhos Consultivos e Deliberativos foram renomeados de Conselho de Vaqueanos e os departamentos foram chamados de Invernadas conseguindo assim uma maior proximidade da cultura do campo. Estes fatos evidenciam que o tradicionalismo, desde seu início, até os dias atuais é um movimento urbano que procura resgatar os valores rurais do passado, mesmos que esses integrantes não fossem ligados a terra. Após o surgimento do “35 CTG” o Rio Grande do Sul foi contagiada pelo sentimento tradicionalista, sendo fundado em todo estado mas principalmente no interior outros CTGs, mas o que causou maior espanto foi o CTG Fogo de Chão em Taquara que iniciou suas atividades em 1948, este inserido numa região de colonização Alemã surpreendeu os tradicionalistas conservadores. O motivo da criação deste CTG esta ligado a II Guerra Mundial, pois com medo de serem perseguidos os descendentes alemães e italianos queriam estar mais próximos dos gaúchos e culturalmente ligados. Os estatutos dos CTGs seguiram de certa forma uma copia do 35 CTG sendo sua finalidade: a) Zelar pela tradições do rio Grande do Sul, sua história, suas lendas, canções, costumes, etc., e consequentemente difundir pelos estados e países vizinhos; b) Primar por uma maior elevação moral e cultural do Rio Grande; c) Fomentar a criação de núcleos regionalistas no Estado, dando-lhes todo o apoio possível. A expansão dos CTGs fora do Rio Grande do Sul seguiu uma tendência natural que foi sendo construída com a emigração do povo gaúcho para outras fronteiras agrícolas. Essa emigração se dá geralmente do interior do Rio Grande para o interior de outros estados como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás, entre outros.

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Em 1980 havia aproximadamente 900.000 gaúchos vivendo fora do Estado, o que eqüivalia a 11,5% da população do Rio Grande. Diante dessa expressiva migração os CTGs foram difundidos por todo o país e até no exterior como é o caso do Paraguai, Canadá e Japão. O CTG Sinuêlo da Querência em Uberlândia - MG Seguindo um fluxo migratório nos anos 70 e 80, uma grande parte de gaúchos e sulistas foram atraídos pelas terras baratas do cerrado, pelos incentivos dos programas federais e pela esperança de ganhar mais dinheiro e melhorar a qualidade de vida de suas famílias. Foi neste momento que se deu um grande avanço tecnológico na agricultura nacional, promovendo o aparecimento de novas fronteiras agrícolas como é o caso da Região do Triangulo Mineiro e Alto Paranaíba. Com o auxilio de novas técnicas os agricultores do sul do país conseguiram boa produtividade da soja no cerrado, apoiados por pesquisas desenvolvidas pela Embrapa e a Emater/MG potencializando os resultados devido a experiência desses agricultores. A cidade de Uberlândia foi dos pólos de atração desses agricultores sulistas e em especial os gaúchos que chegaram a região e logo transformaram o cerrado em grandes plantações de soja. Foi neste contexto que em 1985 surgiu na cidade o CTG Sinuêlo da Querência, com o objetivo de reunir os conterrâneos para promover um resgate das tradições do Sul, cultura, e sem duvida uma maior relação entre os participantes. A bandeira utilizada por eles esta representada na figura 01.

Fig.01- Bandeira do CTG-Sinuêlo (João Osório/15-02-2000)

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Apesar de 18 anos de existência o CTG de Uberlândia conta com uma deficiente estrutura e organização social, sendo que ate não hoje possui um local próprio para as reuniões e o numero de associados gira em torno de 20 pessoas. Segundo João Osório, um dos membros da entidade, o CTG de Uberlândia agrega mais descendentes, ou seja, os gringos filhos de imigrantes italianos, alemães e portugueses que estão em busca de churrasco barato e baile barato e são desinteressados pela cultura e contribuição mensal.

“O CTG daqui é uma coisa gozada, o pessoal quer churrasco barato e baile, não quer saber de biblioteca, que dizer a parte cultural o pessoal não da muita bola, se marcar uma reunião para apresentar um filme gaúcho, uma escola de dança, o pessoal não vai; agora se fala de baile a quarenta paus e mesa, ai vem de montão, churrasco a dez reais é uma beleza.”1

1-

Entrevista realizada com João Osório em 17 de julho de 2003 .

Existe no CTG de Uberlândia algumas divergências internas que é cultural. Segundo Osório, os “gringos e os pelos duros” (estes filhos da terra e descendentes de índios ou negros), convivem com um certo desconforto. Tal motivo faz com que no CTG Sinuêlo da Querência, a divisão dos seus membros seja heterogênea. Entre as principais atividades desenvolvidas pelo CTG destacamos os bailes fig.02, churrascos fig.03, boi no Rolete e as rodas de chimarrão, que atraem cerca de 200 freqüentadores notando assim o grande numero de gaúchos existentes na região.

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Fig.02 – Baile Típico (João Osório 15/06/01 )

Fig.03- Churrasco de Confraternização (João Osório / 08-06-2001 )

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Na fig.02 acima temos um exemplo claro de como este tipo de evento se torna importante para a miscigenação de culturas,pois um autentico gaúcho pelo-duro esta dançando com uma prenda (mulher vestida com trajes típicos )de Belo Horizonte- MG. O Sinuêlo da Querência adquiriu um terreno no bairro Taiaman que foi doado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia, que além da doação do terreno contribuiu também com a terraplanagem do local onde funcionara a futura sede do CTG (ver fig.04 em anexo ), porém o interesse da prefeitura foi atrair gaúchos da região para futuros eventos que iriam ocorrer no CTG , mas os membros ainda não conseguiram se organizar para o inicio da construção, sendo assim mais um elemento de desmotivação e desagregação dos gaúchos da cidade. A viabilidade econômica do movimento tradicionalista gaúcho consegue visibilidade quando ocorre eventos como o 10º Rodeio Crioulo Nacional de Campeões que aconteceu paralelamente com o 6º FENART ( Festival Nacional de Arte Gaúcha ), na Granja do Torto em Brasilia-DF entre os dias 26-29 de Julho /2001,com o apoio do governo do Distrito Federal. Para esta festividade houve mais de 150 mil pessoas entre participantes e turistas além de contar com grande estrutura ,demonstrada pelas Figs.05-06 em anexo.

Considerações finais

Através desde trabalho percebemos que o Brasil é um país que apresenta diversas culturas, nas suas diferentes regiões . O Rio Grande do Sul é um exemplo disso, apresentando uma cultura bastante peculiar, que foi construída ao longo dos anos da historia brasileira. Sua cultura é em grande parte influenciada pela cultura européia e indígena, porem passaram por modificações ate chegar no que temos hoje. O CTG Sinuêlo da Querência em Uberlândia não segue os mesmos princípios dos CTGs do Rio Grande do Sul, além de não dispor de boa estrutura, há em grande parte desinteresse dos gaúchos que aqui vivem.

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Apesar de muitos tropeços e desencontros o CTG de Uberlândia, conseguiu a impressão de um período mensal com o nome de “O Gaudério”, que contava com o patrocínio de diversas empresas ligadas a cultura gaúcha; porém o periódico teve apenas quatro edições devido ao custo de manutenção do mesmo. Os membros do CTG- Sinuêlo da Querência precisam deixar de lado suas pendências internas e culturais para promoverem seu crescimento enquanto entidade de classe, participativa do sucesso melhoria das condições de vida de todo o cidadão Uberlandense seja ele gaúcho ou não. É nesse contexto que a cultura brasileira vai perdendo seu espaço em locais onde poderiam estar funcionando centro de tradições sejam elas gaúchas ou não, porém o tradicionalismo gaúcho mostra seu lado guerreiro com surgimento de entidades até no exterior, mesmo que essas entidades sirvam como clubes de ajuda mutua num primeiro momento que não foi o caso de Uberlândia, mas passado este estagio de surgimento ganha outra conotação de resgate e valorização da cultura do sul que move todo este sentimento patriótico nacionalista.

Bibliografia

APPIO, Francisco. Paixão Cortes e a Ronda Crioula – Um marco histórico do tradicionalismo gaúcho. Editora Corag, 1997. OLIVEN, Ruben George. A parte e o todo – A diversidade cultural no Brasil – Nação. Petrópolis. Editora Vozes, 1992. Migração Interna; Textos Selecionados. Coordenador

Hélio A de Moura .

Fortaleza, 1980 . VERÍSSIMO , Érico. ``Um Romancista apresenta sua Terra’’ .In Rio Grande do Sul. Terra e Povo. Porto Alegre ,Globo ,1969. SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem ao Rio Grande do Sul. Belo Horizonte, Itatiaia,1974. CORTES, J. C. P. O laçador – Historia de um símbolo. Edições Renascença, 1994.

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Mas afinal, o que é um CTG? Disponível em: http://www.culturaraiz.hpg.ig.com.br/tg.htm Acesso em 30 jul. 2003. O Gaudério. Uberlândia: 2001. Mensal. Informativo do centro de tradições gaúchas Sinuêlo da Querência. (inicio abril-2001 e termino setembro-2001).

Anexos:

Fig.04 – Terraplanagem do Terreno no Taiaman (João Osório – abril/2001 )

Fig.06 – Vista Aérea da Granja do Torto ( Digitalizado pôr Ana Paula 01/11/03 )

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Fig.05- Capa do Encarte da 6º FENART(Digitalizado pôr Milton 03/11/03)

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