3 Actos

  • November 2019
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  • Words: 946
  • Pages: 2
3 actos ser quem sou

1. Ser Dantes deleitavas-te na solidão. Até pensares que havia uma hora certa. Mas as horas não são certas. Não têm a capacidade de pertencerem a qualquer tempo. As horas não regulam o mundo. De maneira nenhuma: de maneira nenhuma há algum pensamento que possas justificar perante as horas, o tempo tal como o medem. O tempo tal como é medido. Por sons? Quando os sons não servem senão para despertar e lembrar. Os sons são lembranças e assim sendo são também despertares maneiras de recordar uma vida em comum. Maneiras de pensar a comunidade, os diversos sons e as diversas comunidades, mais ou menos fechadas. As diversas comunidades mais ou menos fechadas, as diversas fases de nada que são celebrações, pensamentos de um outro tempo. O tempo do amor constante esse que nunca acaba. O amor está sempre lá não precisas de o ter. o amor deve ser para lembrar para percorrer, o amor que sentes que tens para dar e o amor que sentes que deverias receber. E o amor que julga tudo e que tudo perdoa. E o amor que faz, faz em sentido. Faz ter pensamentos épocas. E o amor que sustenta fica e perde sem perder. Ganha sem ganhar. Julga sem julgar e perdoa perdoando-se. E o amor que sustenta são as palavras que abandonam. As palavras são acasos em sentido, são metas lutas e obstáculos, experiências duras no processo do conforto amoroso. São formas de distanciamento para o encontro. Não é mais nada. Não há mais nada é tudo. E tudo é uma solidão, sem fundo que nem conhece o nome. É o próprio abismo, o lugar a que se teve de recorrer por o medo estar aí instalado, nesse lugar que mais nada vê. O lugar sem fim. O lugar com fim. Que não sabia propositado que foi ocultado, milhões de anos sem fim nem pensamento. Como uma primazia que não tivesse outro conselho. O lugar da paz de um lugar que fosse ou se tornasse mais leve e lento, como o julgamento do general. 2. Quem A vida não é senão o processo que vela pelo seu tempo. A vida não e senão o tempo passageiro efémero e julgado. Não é senão a solidão. Não é senão olhar em volta e nada ver. Nada reparar nada ter nem possuir. A vida não é senão desprendimento, lugar impensado. Outra coisa que não é senão outra coisa. Como um lugar que se procura para sempre para estar diante dos olhos esses que só sentem, esses que não vêem. Diante dos olhos que não se tornaram noutras palavras. Diante de tudo e do mesmo. Diante de nada. A vida não é senão este querer ir resgatado para um mundo verdadeiro. Um mundo que nada

haja a não ser a bonomia do espaço. Do tempo dos lugares. Sem forma. As peças construídas. Do outro tempo que não veio: onde não havia passagem nem lugares de conforto. Onde não havia mais nada. Nem outro tempo qualquer a que pudesse destinar. A vida não é senão esta perdição a que te voltaste diante de um propenso sacrifício. Uma propensa glória uma justificação pura. Um sinonimo da paz. Um conforto sem esperança, um lugar sem pensamento, uma tragédia sem forma. Um lugar sem ser. Nem estar ou ver, um andamento nas palavras um sorriso ou um lugar sem maré. Um veio cansado, um julgamento parvo. Uma palavra triste um pensamento que se perde. Uma palavra que foi uma loucura que permanece, uma história, um lugar que vence. Um sentimento que expurga. Uma necessidade depositar detritos, as lojas do lixo, dos lugares sem pretexto, sem forma ou tesão. Tudo perece, Até o mais leve sentimento abstracto. Até a mais singular forma. Tudo perece nas casas sem medo. Tudo vai até à mais longínqua loucura, até ao lugar que não poderia ser visto. Ao lugar que nunca foi visto aos passos que estavam por construir aos lugares onde já não havia medo. Tudo perece tudo se torna cada vez mais logro. Mais terno e pacifico no julgamento da solidão, na estimativa. No sentimento. No passo claro nas ruas que não vencem nem derramam. No esterco. Na lama no ódio de amor. No lugar sem pensamento. 3. Sou Tudo parece querer pertencer. Tudo parece querer permanecer. Noutros lugares, noutras formas. Mesmo nas mais imprecisas, como se dessas houvesse algum temor, como se dessas viesse alguma coisa a não ser franquearem e assegurarem um caminho que já se sabia certo. Tudo parece dessa forma querer ser construído. Voltando para a sua dianteira o seu frémito a sua capacidade de não-sofrimento. A sua perseguição e o seu julgamento. Tudo parece ainda demasiado confortável. Tudo parece ainda demasiado pensado. Tudo demasiado sem firmeza. Nem ocultação. Sem tempo que não caia. Sem outro sinal. Como o daquele que quis ver o que não viu. Nada há a não ser Deus. E tudo o mais só parece ser ilusão, algumas palavras, alguns momentos, e tudo o mais parece uma necessidade. Tudo o mais não parece mais nada. Não tem significado ou valor. (…) Tudo o mais só parece ser o que é. Noutro lugar qualquer. Num lugar. Sem pressa. Ou com pressa com a alma em aflição. Com a alma que pretende conhecer-se, ver-se no seu lugar, pensar no seu pensamento, devolver o tempo. Sonhar em alegria rir de tudo – porque não? Rir de tudo e jubilar sempre como se as palavras não fossem mais do que este despojar incessante, como se as palavras não se tornassem senão nesta causa. Sem palavras, sem medo, sem nada a não ser a ternura que sempre vence. Que lhes pertence.

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