1988-fortificarazores

  • Uploaded by: Alberto Vieira
  • 0
  • 0
  • May 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View 1988-fortificarazores as PDF for free.

More details

  • Words: 7,924
  • Pages: 43
Rua das Mercês, 8 9000-420 – Funchal Telef (+351291)214970 Fax (+351291)223002

Email: [email protected] [email protected] http://www.madeira-edu.pt/ceha/

VIEIRA, Alberto (1988), "Da Poliorcética à Fortificação nos Açores. Introdução ao estudo do sistema defensivo nos Açores nos séculos XVI-XIX",

in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. XLV (1987), Angra do Heroísmo, IHIT, pp.1525-1582

COMO REFERENCIAR ESTE TEXTO: VIEIRA, Alberto (1988), "Da Poliorcética à Fortificação nos Açores. Introdução ao estudo do sistema defensivo nos Açores nos séculos XVI-XIX", in Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, vol. XLV (1987), Angra do Heroísmo, IHIT, pp.1525-1582, Funchal, CEHA-Biblioteca Digital, disponível em: http://www.madeira-edu.pt/Portals/31/CEHA/bdigital/avieira/1988fortificarazores.pdf, data da visita: / /

RECOMENDAÇÕES O utilizador pode usar os livros digitais aqui apresentados como fonte das suas próprias obras, usando a norma de referência acima apresentada, assumindo as responsabilidades inerentes ao rigoroso respeito pelas normas do Direito de Autor. O utilizador obriga-se, ainda, a cumprir escrupulosamente a legislação aplicável, nomeadamente, em matéria de criminalidade informática, de direitos de propriedade intelectual e de direitos de propriedade industrial, sendo exclusivamente responsável pela infracção aos comandos aplicáveis.

DA POLIORCETICA h FORTIFICAÇAO NOS AÇORES Mroduçio ao Eshido do sistema defensivo nos Açores nos sks, XVI-XE

Separata do Boletim do Instituto Histórico da Iiha Terceira Vol. XLV - 1987

DA POLIORCÉTICA À FORTIFICAÇÃO NOS AÇORES Introdugáo ao Estudo do sistema defensivo nos Açores nos sb, XVI-XIX Por: Alberto Vieira

1. O d o da PoIior&iica e FortificaçBo no espaço W a r destacam-se no W t o da arquitectura militar como um domínio HcuIar. Para isso contribuem não s6 os aspectos formia do seu traçado e respctivos naateiais de constqáo, mas factores externos que pressionam e justifim a sua edihagão. De entre estes fltimÙs &stacm-se, por um lado, o posicionamento geogáko e as &ç&s M O ~ ~ C B das diversas uhas, por ouba,as mbltipb conjunturas politiw e em-

S

nbmicasqwmarcaramodevirdopr0~8895,~rico~~e~tioo. Tais condiciocontribuíram para qae os Piçores e, em particular, as ilhas da Terceira, S. Mlguef e Fio* detivessem a maior densidade de recintos fortificados de todo o espaço atbtico. Ao longo de quatro M o s somos confrontados com mais & duzentos recintos fortificados, de diversa índole, num perímetro de costa & 662 h. As condições do ecassistema açoriano, para atém de hqiicarem a necmsldada d m s elevado oãmem & fort&a@es, deíinimn a estrutura voIm&ica e ftanção das diversas comárr@e forM&. No geral, somos confrontados com pequem construçües, de uma s6 frente de embate vimda para o mar, diadas num ponto &ratégico a defender u m bah, praia ou porto. As condi* do meio, a coqjuntura de instab W , que defm com f m p k i a a sua construção, esna origem, muihs vem, do d c t e r passageiro da sua utikqAo e inadequa@u teorias ou prindpios piro-S. A shbiose perfeita entre pi Afquitachua e a Poliorcética s6 terá lugar em finais do século XVIII com a &@o de uma escola militar na Terceira (1797) (I). Dai que as

C) P b X Josá da Costa. MeAabria mbre a antiga Aredemia Miliim & kr

+ &H., 1W7.

Ter-

1526

BOLETIM DO INSTITUTO H B T ~ R I c o

~~d6&asdos6wloXM;sejammarcada9prumacuidadaatenda e ~ e d w dh i t a r que u m d d h mxedrh abqmgão dos mintas existentes L novas condipões pirohabhs e 2 nova concepçsio da arte da guerra. A Engedmh Muitar assume, a partir dessa data, a direcção do swtor defensivo, o que conduz a uma cuidada a t e 0 % coaserv@o do parque & f d w ç i k s e B necessária rectificaçãode acordo com as coimdiçks enicas do momento. No período de 1767 a 1868, s u ~ - s diversas e dw engcnheIros militam nos Açores, com a fkdid.de de proceder ao levantamento, estudo e mcWicaç& aohms. N ~ s s a sdestaca-se a a@o do SBrgenbmor José Rdrigo de W d a (1807), o tenente-cororpel Amh6sio kquim de Sousa (18141, J& M o 8 de F i h i o (1813-1824). A partir da m o destes e outros mgmheh militares, reconhece-se que as fortifmçssS açorianas, na sua maioria, *ignoram a b w l u ~ n t eas regras de forhhçiigrr P), porque E o m cmstruidits sem qualquer plano pelo municlpio por meio de empreitada de p e d r e i pouco coflhecedom da m e de fortxC3r. A &tê&id I. dede o sédo XVT, do provedor das foMcaçães ou & z i m f b r M d m e, mesmo das -i & destacados engenheiml nih ~p~definiSioconcretad0phode defesa 4 6 IZWSmc& f s ~A aiaç& ~ das . escolas miüm e academh & f&@&u em cmsdncia com um maior comprometimeato dos oiiciqh nas diversas obras^) contríbirlram p u m a p ~ o a m m t d a ~ & f m s i v a d ~ A ç o r e s d o & a i o Xn[.A &r & &, a siatema defensivo deverá articular-se com o conhecdo t e m , e dhpsiç8o do recinto, meios humanos e e c o n h & ~ , d b r i a dfsponivel e possibilidade tempow p m m e a e de (*). Neste commo, destamn-se os I e v ~ n t oh s i h s do Pioo e Faial em 174 e de S. Migud em 1814 0. Tudavia, essa m o niro ter4 merecido uma imediata ~ d a ~ ~ , p o i s r p e m 1 8 5 6 ~ v a a c a ~

~~s

*-

-

p) A.H,U.. &ma m m

19, 21 Jtm. 175%. 1824. (9 h-, 65, 13 N w d m 1615; A.H.M. 3-9-105, n.O A4, 1856. IS) A.W.T.T., & ReiRo, ém,hslWo tb&rko e ihkmral,

@

m,92.12

n.O

552.

DA ILHA IEWEIM um~tãOd&h(~~9&rtcanhãda t30 mtti €wobidw que ngo rtã comidm-

d e p s ~ ~ p a r a a ~ d o p o ~ q a e s f o ~ ~ * , * a Q

-

~

cmpnb

~

e

~

d

e

~

.

P

o

r

~

doa: e n g d w h P&o & M d (l577) e João I ) a f ~ 0 ~ 0 b s Q l e t g ~ c w s -

& . , m p h o & d e h a ém cmsmh,rnieac&da~do~ a d o ~ ~ for-d a ms WOB ==Em 1762 fi, as p d d mse=sm g t E a w w e na quase total rafnni e, e c m a m #, wm W de 14 foMc@es,

&.crrma@da&dailebtusfomócsdos . I

I ,

qwtru a v a t n opemcionais e destas dum eram f e b de wvo. %UamWwíatnnia-sed~evbntemn1862c?j,mcppiaeh4@s&& em talo o 79 f 0 l M a ç b mh cwhfh:

~~

S* NZIrnL SANTAMARIA 3, JORGE

GHAtXOSA

I8 12 10

6

~

BOLETIM DO INSTiTüTí3 HIST~IUCO

utibdm, das conditer6 muito a ver aam os materiais de ma da mar e da pemmme sismicidade. A Mta de cai e a cbp&el no mlo aporiaw, ~i~ a mss8na solidez destes rechtos wima g3ea onde o mar actua com imWncia e força. Dai que ~condrciwiante~ u m n i ~ ~ ~ n a e ~ i i c a ç Z u d m incessante necessidade de a m ç h &s fort&@a açorianas. Todavia, w as oondicion8ntes gmgdficas &finem a forma, volumetria e s o l i d ~dD~ tecinto iorti&uh e a sua maior ou menor incid&ncia ria orla costeira, as conjtmtntas polftb a económica dão canta do mment~preciso da sua oomtmçb e dos adequados meios de kanciarnento. Daf o wxwdrio rastreio, ainda que m d r i o , das c o n j u n m poIiticas e ecmómias que definem esse processo.

2. Tendo em comideque o sistema de defesa surge com a dupla fmalhiu de dmmbilizar ou barrar o caminho ao invasor e de reflgio de e hwem, toma-se óbvio que o seu aparecimento e & mt@omrrn â e m n b d o m p ç o e momento dependeril de factores externas ao pr6prHo meio. Talavia, se soIiciiqW exdgenits impelem ade corutmgb, a sua comtkaçh depended das ~&&#kta~d& Al-m ~ ~w d i ç h gtmrncas e o estádio de. desenvo1w&ihúw d&mm, em m m a -Insbcia, o seu manque, A l é m ~ , ~ o ~ ~ ~ ~ ~ o r d o a ~ , ~ s ~ ~ . o u ~Tdambibch ~ o s expkita a & w p aas ~ i h s .Tm&a e Flores, eixos des~ d e ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ . O m e s dizer em r e l w rn wdtm argehos ao Porto WO e Santa Maria nm &ido& X M 0 M. Todavia, nestas ilhas a facilidadedepmtra@onaorla~~~fãltadeumadeqWo s&madedefmxaatmmasuaatm$b. O e s p a ç o i a s u l a r ~ ç t2ow&mr-= o ~ ~

como wia fwta-

lma inequgnávd. pois a sua p r nove ilhsis com uma extensa orla costeira impsibilitm u m aq50 concertada nesse dodaio. Daí que desde os prim6rdiios da sua ocupação nurica foi possfvel definir uma adequada política de defesa. As wlugões são wudmente t e m p f i a s e surgem coriwi c o m q u k i a das amaças w hveatidas dos COMOS e pintas; somente nas ã é m h de 60 e 70 do sécuio XVI se avcom um plano de m a das ilhas Temim,

DA ILHA TERCEIRA

Faial. Na primeira ilha esse projecto alarga-se, na década a iniciativa de Ciprião de Figueirado que tem como objecuma barreira ao invasor nIrpino. $ a conjuntura politica essa a q b , primeiro a pmmente ameaça de conMos heses e argelinos, depois o impeto do invasor espanhol. ~ L ~ d t i p l conjunhiras as e q i a s que d e h m o afrontamento das gdúeiipais coroas reflectem-se no Athtico através da guerra de repre#lia. No século XVI, a guesw religim em consonhcia com a poliexcllisivista das comas pegerrtram uma arnbihcia de forte im@tbWee afrontammto que culmina, no fiaal do século XVI, com &,guerra decorrente da união das coroas peninsulai.es. Se a politicai &mweckrumtn~a~francesaeoconsequakanmento &&r mndrios dai oriundus no Atlhtico, os interesses hegemónicos dos Habbqm conduziram ao reforço das iniciativas de r e p d i a de fmw, holmksa e ingleses. r w a & ~ OS conflitos na frente orientd, surgem novos fooos de gMMi&de, de meados do século XVIII a prhclpios do s8culo XK, &,animara guerra de wrso no Atlbtico. Desta forma, o mar açoriano mais nma vez, palco para a inkwen#io dos beligerantes mricaa@s. Esta forte instabilidade surge com diversos matizes, o que reforça ama aCçg0 na conjuntura açoriana. Da frente europeia sucedem-se, ieliiáXiec 1740 e 1831, diversos conflitos entre a ingbrra e a França, $@b molestam a capacidade mal de ambos os estados, culminando õ &lebre combate & Trõfalgar em 1805 (I1). Com o nascer do &&& X K , aumentam os intervenierites na guerra de r e p r d i a no o moviAtlaritico; sb os beiigerantes wneric~nosque de independencia das diversas partes & mesmo continente. Surfimos hligerantes estabunidenses, argentinos, bolivianos, ~~, peruanos e, merano b ~ a fazer ~uso da guerra , forma de afmuçáo da sua identidade e de luta pela ia, O corso será assim a forma mais adequada & punir ia britânica e o wlaboracionismo lashia no Atllintico, intewenção militar portuguesa nris guerras da Argentina B

--

BOLETIM DO INSmvTO HXST~RICO

Parte da imporhcia em&mka &I -o açoriano, nos séculos XVTeXVlI, ~ d o ~ ~ c ~ d a s s u s t s i l b d h h be das rotas wmrcbh eampiais no Atlântico. Assim. d w m b esse g d d ~ o, p p s m eumómim do arquipélago dependerá emmni,W~aOgFgO,~~~ailhiihFloreseopo~ (Iz). Nesse mntato, mrge d d e 1527 (9o provedor das a m d a s e maw3 da irsdta com a mkSo de zelar pia segurança e abaste~fmentoh pistas que dmmdavam os Açores, existiado desde 1520 (u) um :rc@nmtc1 em que se regulamentava esse serviço. Se e& c m d i c i c d h m explica por si 96 essa tendência centdpeta do espaço a g o b para a h r v w dos codrios europeus e amerianos. &I € menos verdade que os v e m ~0~ioecon6micos aço& nos oontribnhm & i@ modo para a inteasificaqSo dessas investidas. A de cereal, pastel ou Wiho alida h riqueza do recheio drrsigrejas,~~e~o~asseguram,prdiver sas vezes, a alternativa a am assdto marftimo mal sucedido. Nesse matex8o. p b f m enqmdm-se os assaltos h Vila da frak (Terceira), PotW Delgada, Rorta e Santa Cruz (Piores). Todavia, a mercadoria em mrm Wcar, mim e prata) m mares açorianos surge como o a l w i ~ d a o o b i ç a ~ ~ TeDdomh~qmoprticodhassaItoseraomar aha e mas v e m 08 de aph (Angra, Ponta Delgada, Santa Crus), kmwe &&n& que a mghica deftmivit deveria atender a essa d c b m t e . d s que uma hwen@o por meio do 1-1 b pEtlLliD d~ defesa da &, era importante defender e ~ ( # i m a t e s , d ~ a ~ ~ i n t n r s o s ; d a í a p r e

~~

~deruriamndaBasiüwado.at.tphamenoo&s~~-

~~

ciais. Nas t ü h d & a h do dedo míz*a de forte instabitid a i d e ~ ~ i n r e F v ~ d a s ~ ~ I a s , C O m a q l C ç ã de Dom Álvaro B s m (1580, 159@91), Dom Pedro de Valdés (1585) e Maquês de Santa Cruz (1587).

-.

aparecimento da m8quinq a vapor e h sua generalização na em meados do sécuio XIX, o mar açoriano continuará a função na aavegaç5o dântica. Dai que a guerra americanos e europeus incida preferencialmente nessa nsuhqão que essas iniciativas Xncidem sobre o espaço as embarcq&s europeias e americanas, para o essa situação surge -nas como uma ameaça que raramente #twm &idade. Talvez por isso mesmo as populações tenham manib p o 3 i c o empenha na reorgd@o da defesa costeira. O esqueciforçado da arrecadação das imposições criadas para esse efeito, total. abandono das f&c@es, aliados Zt recusa do serviço (ngular, auxiliar e ordemnps), bem armo ao vexame dos com,t&ntmrecrutamentos para as campanhas do reino e Brasil, contrastam -,, m a incessante mmça e do mrso europeu ou d c a n o .

-

'.

~~

f'

'

, I .EB.As múitiplas conjunturas e

e s t r u w pofiticas e econdmicas do dos séculos XVI a XIX condicionatam de modo evidente a &&aicri da guerra de r e m i a ou com no mar açoriano. Essa inter.mw#o marcadamente maritima assenta, no essencial, na importância á i d r i d a área na manutenção ou ataque do mare cluusm peninsuiar. esta giea um dos mais importantes pilares da estratégia de do&& , Ido A M c o e da comercio nele existente, a incidhh das acções a l m a e corso surgem como comquQncialdgica, sendo o mar palco de actuação. Ao invés, na Madeira e Canárias essa sobre as riquem do próprio meio, com assaitos a pore lugares de fdcll acesso. &&uirmos a r e p d i a catelhana no século XV A fia de Santa e os d t o s esparádicos a embarcapes p o r f u g u ~que sulcassses mares, s6 a partir da década de 30 do &uio XVI surgem e corso como uma 8me8ça organizada e permanente, tendo ipais inwenientes os mgleses, holandeses e franceses. XVI 4 marcado por dois momentos de maior incidhcia e wrso nos mares açorianos: um primeiro de 1538 a 1578, tos Çeuicrxm (1543, 1552-53, 1572) e ingi(1538, e um segundo entre 1581-1600, em que a guerra se m i a h ocupação do solo açoriano pela com filipina. momento é marcado por uma forte intervenção brihica, &i@th

L

em que se destaca a presença & importantes ahirantes da referida mhnbJoom F m i s D d e (1581), Conde de Cuberlmi (15891, Jolin Wawtkh, Mmh Fmbish, ThoH o w d , Richard Greenviiie e o Conde de Essex (1597). As dka& & 80 e 90 são mardas pela pemmmte presença da frota inglesa nos açorianos, aguarddo a passagm das e m h @ e s pmiuwhres, carregadas de ouro, prata, @ar e e q w k k (9. Por v-, essa hienen@o h g a - s e aos portos & Ponta Delgada, Angra e Horta ou ao saque sistem6tico de localid a i a como sucedeu em 1587 nrts Flore8 ('9. Ao largo da mesma iiha teve lugar em 1590 uma das mais sanguinolentas batalhas navais travada em mares açorianos que pôs frente a frente si frota de R i c W Greenvilie e a a n d a c w b h ('3. Sete mos apbs, o Conde Essex surge com uma armada de 143 embaraqões com o objectivo de conqbtm a Te& e aí montar uma base de apoio para as suas operações navais no Atbtico ('9. A frota f r a n c a interessava mais os alvos terratres, com particular inciddwia para os portos e praias despbgidm. A s s h suceder4 em 1572 com (i assaito i ilha de Santa M a r h p m s e m d b m ao de. 1561 ao Funchal (I9). Se e XM se pode conskbrsit dé relativa -a -to h htmwqib do mm, o -ma não se p d d dizer dos & d o s seguintes, au que tmnm, no p&do de 1763 a 1831, a meaça e htervene espanhóis) e americano, do ~wqaewppu {fmmaa, d & w d w m ~ 1 ~ a a & i o & r q m s 4 l b d oinsurgentes s argentino&. Newpdudo E # m m ? L e w c l r m n w focos irradiadom h s a ac#b & ò&gmm&a amethm h Sd e Norte, aposiados na guerra de curso r e p d h oa forma de pness8o junto dos velhos w f o ~ s O. m@@go a&am auge assim como a encruzihdaorade s e c n i z a . o f o g o d a g u m a & r e p ~ ~ c m ammpeia, e

('5)

J A a m mm&.*O Bmf@ uImumim,

Ja ITiwrh de P o W ,

V, 351.

(19 GASPAR FRUCTlJ090, cb. &, V, 345, TEXElBA A. BOTELHO, *A &hIha da lIhrt das FIO-, (19 tim & iWiWo ~ ~ W &CILIPo D Tem&, XWVl, I#?-8. 4'9 AqwM h dwe* I, ~97. (19) GASPAR FRUCXUOSO, ob. &., iII, 147-187.

in

DA ILHA TERCEIRA

wns interesses ecoa6micos molestados, nos @ d o s de maior dessa acção (1732-1762, 1778-1780, 1798-1799, 1804-1807, )-

'Ocom europeu incide p r e f e m c h n t e sobre as embarcações espa,

.

e francesas, motivado resposta violenta das partes molestadas, @&o 8PCederd w m a intervenção francesa m r i r a os inglesa em 1793, 1814. Todavia, os ingleses tinham montado o seu plano de domí&o do Atlantico, servindo-se do Funchai como principal porto de apoio prtra as suas incursões (3.Note-se que 71% das acçties de corso &g& registado nos documentos teve lugar nos mares deirenses, incid5rado preferencialmente sobre os espanhdis (41 %), q u a n t o os france& acntam princqmhente contra as embarcaç&s portuguesas (59%). @'maraçoriano surgirA como o alvo preferido dos wrs8rios d c a .I&& onde surgem 72% dos assaltos documentados. As principais vfti@m #essa intewenção mericana são os portugueses (57%) e espanh6is @I"%).Se a estadddense se justifica pela forte inauhcia inglesa #@ h e pelo ooiaboraciwismo lusiada, a aqâo dos insurgentes (ar*@@ e bolivianos) se define wmo urrast resposta h inkrvcn@o militar @$qpsa na guerra da Argentina e Bolivia. dos corsários americanos surge como u n a coasequbncia da Independência dos U.S.A. (1770-1790), aliando-se a partir os insurgentes. Enquanto na Madeira essa intervenmaior incidgncia na década de 80 do s8culo XVIIE, m a - s e no período de 1814 a 1816, onde se destaca na Horta em 1814 (2'). surgem apenas em 1816 e a sua acção, segundo um uera conqdncia da parte de Portugal tinha tomado ente existente trazia ordens de cativar d o s os meios pertencentes queia aaçsio e igudmnte esphúis* 0. sua tripulação ser composta por ingleses e espaah6is dada portuguesas a wnsider&los como piratas e nunca (9.A sua acção &ipreferenchnte nos Aço=

m,

m i m e Pom m o , n. o 968. 61. 2 Dez*mbm 1814. J g q i a p o 69, 5 hembro 1816. 69, 14 Fevereiro, 18 Maqm.

,Açores, maço

e

(H%),seedo @c£&e mis awis 1816 e 1817, em que rriantiveram uma pmanente intervenqiia junto das ilhas de Santa Maria, Flores e Corro. FWa obsta a ~ F M investida, estabeleceu-ae a patrulha d o s m 2 t r e s ~ ~ d u a s ~ ~ ~ ( U ) . Conbm parecer do Q w d 4 a d h Açam, em 1821, a melhor

m p m t a a e s t a ~ ~ ~ d e ~ e w r s á r i o s e r r i a l i m pexa h n w m lm, M o m w que dade 1768 encontravst-se estacionada nos A p t a lmmde guma (-&-se para M s em 1819) w m a f b W d e de osmbolar as embmaçaeS de comércio e ~

o

s

~

~

s

d

a

~

~

4. ~ d o p r h c I p i o d e q u e a ~ d e c o r s o e r e p r e d i k t ê m

poucas as i n t e w m temstm, ldgico ser6 cwno pai90 o mm, de admitir que o piano & f o ~ c a ç & saçorimas surge apenas como una pm&Wg& ou &Md@o a esses intemses. Por outro Iado, se tmia compam@o mire as épocris de incídgncia do corso e as de fortincqSo, wmluir-se-4 peh impossibilidade do pmkiima; o qw cmpmva o atrb emmchdo. A suii constniçHo surge usuah&W apmmda rraeroê da meag~a temor p e m e n k ou tempoM o dos w d r h e piratas. Na Terceira, por exemplo, a linha de far&&b & s b b eube Angra e a Raia foi erguida em princípios da d&&a de 8Q & ,&do XVT, sob a orien&ção de Ciprião de Figueid o ,para f&wr frmte ap E,&& íitipb. A a m q a provoca o pânico tapelaao ~ + b i u b e~ l i ~ p r do v d, o h 1 1 9 desconexo de amdmç4b de mchtos foM&. N b admira, pois, que, mais tarde, a engenharirt militar seja cdmntada com a inefidcia desses recintos em fricé de @qu& u m . Todavia, nem sempre foi assim, uma vez que a amtr@o &H a$tdcts & S. Br&, de S. Sebastifo e de S. Pilipe o k k c e u a iim pIarm dqmdo de defesa da baía oa porto. Usualmente ahi ampdm de m a ç ã o e as medidas regulaaentadoras&&fesadas~d~deu~rimeaçaouacção h d o s ; segue-se o diEaido ppdm. Na Madeira o assalta h& de 1567 fek empenhar governaates e madeiremes num n m d r i o plano

1535

acia medidas de

e defesa das

aWs @-

sa daai ifhas, Assim, pt&dia-$e maciiiar a erri&ncia amx& cam b&m& comma diversos porqualquer assaito, pois

v o q k s , enunck-se a

completar esse plano, emincia a necessidade de dertoir os

da cidade de Ponta Delgada e, m o s *, um baluarte, ~~]~trufdos, mspPorto de Pipas (Angra) e Horta, para defesa dos portos . De @ca antedor apenas se doamem a M a t a ou

BOLETIM DO INSTrI'UTO HISTURICO castelo de S. Luis, comem h&do *o XV por Mtguel Corte Real, no dto do outeiro que domina Angra. Ao piano de hte@w de d e l m Ferraz associa-se a c m p h de fortihção levada a cabo por Cip* de F'rgueiredo na iIha Terceira. Esta iniciativa vem d m h a r W o um pmcesso de fortifiaçh da ilha iniciado em h a i s h & d o XV. Na década de 80 do sécuío XVI, a oosts de S. M m V% da Raia surge *muito fortificada e dekdvd com vinte e quatro entre fortalezas e cubelo* 0. Tai sid&a de ít ilha fur d o * f ~ r $ S d novamente a com outras

mais--e~Éle~ecal,~ebatroe&fach e pau pique...* (90). &p&lattqiio Êoi daia am portos de Angra e baía da Pda que, segado Gaspat FwAmm, se encontrava acercada de boa A, com w s fortes a Muarte aoda em redondo... trinch&w de pau pique de uma banda e dmtm... *C1). Do período do governo fim a mais imponente das fortifiaç b s eregídris nos Açores, Esta f o e do Monte Brasil fora i d d i zada em 1572 no plana de defesa da baia e Furto de Pipas, todavia, em face de redamação dos mofadom de Angra, apenas E avançou com o castelo de S. SebmGo, ficando s q m a a construção do Monte Bmil rZ). Mas na d b d a seguinte sentiu-se a necessidade de um minto fortincado, substitutivo do castelo de S, Luis, capaz de cnizar fogo com o castel.0 de S. !hbmZo. Assim, surge o forte & Santo e. Mas ri importância do porto & Angra, no contexto da -nomla atiântica, mpkwa o reforgo da d e f a deste porto, pelo que o monarca recomsndri em 1590 a auri mnstrução &o s6 para defender a Temim, mas ainda mab ou as restanrasse ao menos, se por inimigos fossem , ou como dizia Fiiip III em 1613 -r ser a ilha Terceira a & das armadas, frouis e mais navios que vem d'umas a outras h.. .m CS3). I W a forma, com o plano de d e h a eiaborado por D. António de La PnebIa, m deu inicio h f-O

do Monte As obra

1

DA LHA TERCEIRA

q d , sendo o seu plano elaborado por João de Viihena. se em

1592 e cinco mos ap6s encontrava-se j6 em

forma de paça cerrrida, todaGs s6 em 1643 se concluiu a mnstrução da cidadeIa. No de 1592 a 1623, em que decordo referida -10, todos w pmentos resultantes & i m p o s i e ~dos 2%, do vinho e c m e da Terceira e mais iihas dos Aw@=@= c m a ü d a para a referida atira, o que provocou o abandona e%qmssibiuda& de atençáo As restantes fortificações. Assim, em 1 6 6 9 , ~ ~ m t a d o e s t a d o d e ~ e f a l t a d e ~ ~ da fm$%@es temiremes, o mesmo sucedendo em 1617 e 1625 tM). campanha de f d c a ç i o no rirquípéIago encerra em 1 nciusão das obms do castelo de S. Filipe (então de S, J&b bptkta). Este momento é marcado por tr&s fases importantes; uma p l b i x a na decada de ó0 do século XVZ, marcada pelo reconhecimento*~ necessidade de um piano integrado de defaa, uma segunda, e 80, com si p r b h coIEcretização desse plano, a o último momento merrcrido pela constniç80 da mais i m p açoriana. A m&m estabilidade do s8culo XW associada h Mente crise econ 6 h & @@lago definem este momento, at& princípios do &do XViIIpabtw de relativa acalmia nas caqanhs de fortin-o. Todavia, -a de 1740, com o cecnideseer das convuleões europeias e da acc:%~ tb corso no Atlhtico, as f a surgem como ~ uma ~ das-p dominantes das autoridada açoriam. Assim, em 1720, surge um-primeiro levantamento de todo o ~tqui@lago,a que se seguiram o u w com assiduidade nas d h d a seguintes:

BOLETIM DO INSTíTUTO HIST~MCO

No @odo de 1710 a 1870 est8;o c b m m n 32 ~ ttcçaeS da engeM a militar nos Açores (1-1828 = 65 %) concordantes com o momento de maiw incidência & com. Por outro lado, a sua distribui@o faz-se prefemchhena pelas ilhas &S. Miguel (59 %) e Terceira (41%), as mais peEa e -o dos cors8nos. Condufdas essas obras de restam das fortinca@b, apaziguado o ímpeto dos co&o8, vive-se a partir da c k d a de 30 um período de relativa

~~

~ ~ s w 8 s ~ m d 8 c a d a s d e S 0 e 6 0 c o m m v m ~ 8 m p n h de doái m h b s fortScaâos, conforme os princípios on-re8

da &igexrbatriti

-

-.

o último quartel do sBçnlP XVIII, a Engenharia Militar adquire am novo f61ega, procpraa8o p d m h r os recintos fomcados de acordo com a wd@o d~ p&Mca e pirobaiística. Deste modo,

~ d i ~ ~ e : ~ ~ , ~ e n % r e a l i z a -se a ur@& da am mct&a@~. EM 1798 m, mun desses levantamentos, qw as m açorianas eram alheias aos mais- elcmntam prbfphs da da de fortificar, ao mesmo tempo que se tomrim m d b s rigomas quanto B sua reedificação ou reconvedo, punindo w qw. awbmm dt modo conft8tio ao estabelecido (56). Com o dvmem do M o XIX, ma hWvençó& p m u m adequar esse património mmddo L m m d Q a e s da teoria de fortificação e coqjiintura iasular (33. Mme âmbito, em 1815 m, numa memória sobwaporto&AngFa,~~~ump2ano&def~&veriaterem do terreno, qdidade e aimçh w se&@@o do recinto furti&&, *, adiaria e m u n m i s diqmníveis. E, trinta e nove artoa depois C9), afirmava-se, de modo peremptório, que d o basta ter g r m h Merim e muitas obras de fortiiicação,

rJ)

W

A,H.V., Açores. m o 19, 21 Jmiho.

I b k , maça 18,28 Maio: o govmmdm interino de S. Miguel m eo saqpto-mor agenheim JoBo Leite de Chava, por fazer obras a seu maio. Em 1813, o major engenhüo Joãa dir Sausa Whem cita Gay de V m n (MlEimmaire & Furtijhtim, Prtris, 1805)para justincar o seu plano de &h

de S. Mi@. Pl A.H.U., trlaco 65, 13 N d o de 1815. Pl A.H.M., 3/9/1(# - E 25, 12 Setembro, c o n ú m ~ s amlattbio de 25 Jriniio de IR53 (ibiclem, W 1 0 5 -c.% a 31 de JW de 1869 (Ibidenn, 3J91104 E 32).

-

&.tudo isto seja disposto e comtnúdo segundo as regras í d m m t a i s da ciência e da arte e em harmonia com os meios de qgressã
A# m@o

constaCsação~realidade,surgemascam@mderepadas f o r t i h ç k da brea costeira açoriana. Em 1767, 15 foram r w t i h d o s e 4 foram f&os & os, outros I7 são d c a d o s e 3 feitos & mfp4Q).No & d o XIX, degdm-se as condiçks do parque de f ~ ~ ~ d e i a l m d o q w 1821(Q)emqwetotala e m sua d b X em 1862 ("),dezamete dos fiwtes da mesma ilha tiS i m idêntica swge na ilha de S. MigueI, &, &atado das suas fht%caç&s era deplonlvel, o que wra wnstnição de nove e o abandono de 12 m h no ano sq&&üa Ia). Siaiçb alamante é a da vila das V e b (S. Jorge), d e fuMcaç&s existentes apenas duas (Santa Cruz e Conceição) ~ v a i o i ' , d eacordo com o plano de defesa do porto ('7. Os 'le$&tmems de 1821 a 1862 Ia), abrangeado todo o aqui* lago, ti% Qulmdo estado & degmhção das fortificagaas açorisuias. EqwíWm 1821 era geral o estado & niina, em 1862 dümmhvam-se os a b a d e dos que mereciam reparos, porque eram necessários p @ ~ d e ~ i l b a :

.

LHA

, -MOS

S. M&&;

F U

PiEO

I

A MINS3RVAR

Oracim S. Jorge Pico

.. -

11 3

-

-?

(q

3E91104

- A4.

*A Idas Açores, V, 35%3. (a)A.H& mepa 7, 6 Julho de ln6; mnço 80. 11 Julho de 1821. (a) 39/105 A4, 15 Maio. m s ~ o55, 16 Agosto. mmp 57, 31) Janeiro. WJiW D 1-8. (q A.H.M.j 31S/i05 -A4 15 Maio I-, (4')

-

-

1

A.H.V.. m&go 80, 11 hüm 1821.

BOLETIM DO INSTiTWO HIST~RICO f i t a plltica de miundhçk do recinto fortincado resulta não sd de uma dqua@o dos mesmos h evolução da arte de fortificar e novas w&#a do ataque inimigo, mas h m b h h quebra da a m o dos p h rn e co&os nos mares açorianos,

4. As despesas multaatw da construção e teparo das foMwçbes eram retidas dzis receitas c o ~ do lançamento ~ , de fitas e novas imposiçk. No primeiro caso, mme-se do dinheiro da imposição do Mabo, carne e &te, e q m t o , mi segundo, se pnicede ao hwmento, desde o & d o XVI, da imposiçIio dos 2% a i valorem sobre os gdneros expsrrtados e direitos de oimomgem(*). Somente em ocasiões encepciomis se p d e ao bçamento de &tas ou mtao o recurso acw &tos de outras ilhas. Em 1567, para a c o m 8 0 da fortalem do porto de Ponta Ddgada, foi lançada uma h b de 10. 000 m d o s sob= tadós QS micaelenw. Note-se que a construçito da mesma fortaleza CWQU 1,036.672.542 rs, sendo grande parte pago com os 2% do pastel m. O mesmo suceda4 w m a oonstnição da fortaia do MonteBxaõil,~~eetornwt~~oodinhelrodosrBditos e mtmbipis; mi 16% do rendimento das W-as dos Açores (ISW), a hnpiq40 dm 2% das ilhas & S. MQw1, S. Jorge e Terceira (1612), os sobejo8 da e, o mcwso ilo trabalho bmçd forwo P1)* Fora desm an#m$b as a q m h a a de reparo e com~ d a ~ d e d e f a & d & t m ~ ~ v a ~ & ~ d a si* dos 2%. Em S. Jorge (V&), a rekrida h p i ç ã o rendeu entre 1657 e 1716 2.419.780 m e gummmse 2.498.77 rs (52). Tão elevad a s ~ ~ t r m i d a ~ ~ ~ p l o n i i i r e s i s m o s fottina da necedrh r e d h g h das memas. Em S. Mim, por exemplo, estas obm custam em 1761 4.146.000 rs e em

e&,

(9A,H.V.

Apres, mago 92, 3 Maio de 1m419P) Arquivo d08 &IW, V, 83-84. et) C@h sP~NOLA DE MEIX), ab lic.

(3PADRE MANUEL AzlWEm

DA CWWA, &tas hiatdriw, I, P.D. 1981,

638. {Sa)

A.N.T.T.. YWMd cdo &hmaw , 61341 (a).

DA ILHA TERCEIRA

.,

-

9 apenas o reparo do casteIo de S. BrBs elevou-se a ,MOrs. Na vila da Praia (Terceira), em 1777 os reparos

, w o s em 2. 787. 000 rs e, em 1853 (%), em 1. 899. 360 rs. h, as referidas receitas para a despesa deveriam cobrir tampagamento do pré hs tropas permanentes e o municiamento das fortificações de artilharia e pólvora. Em 1766 (57), apenas o do presídio de S. Sebastião e Angra custava 6. 706. 800 rs.

:r.5. O conhecimento exaustivo das fortificações açorianas não pode --se apenas aos resultados da pesquisa documental, pois dever8 *-se h investigação arqueol6gica que surge como um ramo imporda pesquisa histdrica no domínio das fortificações. A Arqueologia surge assim como uma componente importante. Para alem de pmiitir um conhecimento correcto da posição dos diversos recinp%&o terreno, puderã conduzir-nos, conforme a situação dos vestígios Stqdveis, a um exacto enquadramento dos diversos espaços fortificadW-ntls~scolasou teorias definidom da arte de fortificar.A pesquisa F W 6 g i c a é meprável da dwumwital e neste domínio deverão avançar .m.pfeita sintonia. O conhecimento e caracterização da fortificação o poderão concretizar-se sem a conclusão destas etapas funbdho de campo deved ser necessariamente antecedido de pesquisa documental e cartogrfica capaz de definir o suporte hisos de que restam ou não vestfgios: data de cador, impodncia e acção no devir históca materializada no relat6rio de campo dever8 ento minucioso dos vestígios existentes e de uma minto; com os diversos componentes, estado de paisagisti-steh. A par disso, as diverbem como os materiais de constnição deveatenção, pois daí poderão sair indicacães preutilização, reparo e rectificação do recinto.

,

,#.KU.,Cartogmfi - Açores, 3191104 - E 22.

79-98.

Mininistkrio do Reino, m. 614,

n.O

24.

BOLETIM DO INSTITUTO HIST~RTCO 6. Do airás enunciado, combh-se a prem&ncia do factor g m c o no delineamento e aracterkq4b do piano e defesa açoriano. A necessidade h u m h h d e f e d a &alar, em a o d i a com as condições om@bs da frente de penetritSfIo, surgem como as c a x t d s t i cas p e d i a m conjtinto. A fomaçh vnMniai do tirquipdlago projecta caltas e p r vW í v e h , o que favorece a Wmia defensiva. A esta b m e h da nahmza, que cobre mais de 50% do perlmetro do l i W açorho, deverão juntar-se as barmiras consmídw para reforçu dessa qwmça. Na0 obstmte essa situa*, as dinculdada IIW dwqmmn quando da execuflo de um p l m de defesa, pois a domin4ncia do mar na vivênck das popdaç6es insulam com que a h t m m b ç b do a p ç o seja ribeirinha em heas de costa baixa (baías, portos, praiils e singras), o que condiciona as suas condições & defesa. Em &tese, o desenvolvimento dos principais nirclem ppulacionais, em umsodwh com a costeh e a premancia dos assaitos e a m q a corsibia, implicaram o n d o reforço da barreira defensiva eto mesmo temgo que justificam, na sua plenitude, a concentm$ão ~recintosemoertas~dacostaaçoriana.Oquadroaseguir anmckh dB m t a dessa d :

oram

PORTIFICAÇ~ESAÇORIANAS 1803 - 1815

N* contem, não pid cu*-se que o ndmero de fortiliaçóes deriva apenas da W n c i a dos aadtos e da valorkaçb eco& m i a . N0te-w que as W menos iqmhnt#, em termos econhkos,

mais elw& C Z ,of nQmer0 +a seguir:

de i.bcintos fortificados, conforme

1581 I583 1761 I767 I769 1776 1777 IM 1801 IM2 INiO [Ri1 1812

Terceira

21

38 31 33

29 30 17 23

S. Miguel Fairil Pico

IR!I

12(9

4

6 ('1

TOTAL lh~irlmil

34

24 1 2 ( ' ) 2 1 38 12(') 38

20 12

1825

38

24 38

Graciosa

6

7

9

S. Jorge

8 I0

I1

10

38 9 II

Plom

41

51

17

51

corvo

1

I

1

Total .......... ..... ..... .... . .. ... ..... .. ... ..... ....... ..... ....... ..... ....... ..... ...- . 2 t 0

Ri

A ~ & s F l o r e s s u r g e c o m o n ú m e r o d elevadoderechto6 as ilhas 1 ' :Faid, Pico e S. Miggel. Essa

fortin~nah~FI0res~ulta*s6 nas rotas ocfhiuls, mas tamunl Por outro Iredo, esc oonjunto de ntefortins,~evigias,nãoadquireadimwisão

.

ecmtdosciailhaTtrceiraeS.EuPiguel.Osxecb

e pias):

('1 11 abandonadas pelo estado de ruína

(9 10 demolidos

r)

5 demolidos

(3 31 aio

guarnccidos

BOLETIM DO INSTITtJTO HIST~MCO

ILWA S. MIGUEL

TERcEIW PICO GRACIOSA

,&=

POIImCAça= ' . N MWls

bn

746,%2 3%,75 433,20

151 90 99 29 108 53 50

24 38 38 9 11 38

0,1 0,4

SI

30 52

1

I 0,03 0,3

S. JORGE

60,84 23739

FAIAL

167,W

FWQRES

I42,89 17,45 90,99

CORVO ST.A MAR1A

-0

w

10

0.3

0,3 0, 1 0.7

0 - w

' . N

17 18 31 13 39 14 9 4 5

Bdwia

.

1.4 %I 12 0,7 44 2.7 5,7

os3 2

Em síntese, o estudo do sistenrsi defensivo nos Açores deverá ate&r avanços te6-s da &mia hist6rica, surgindo como um domlnio intenkiplhr que requer o apoio ou recuso a diversos ramos do saber. Nesse contexto, o seu estudo deved fazer-se com a colaboração $e dltipios ínv&gadores e o recurs~L mais diversas de i n v d g a ç k ~daammd e mtehl. Só assim se t o d posslvel o perfeito a p h m & t o da pob&ca e f m ç ã o açorianas. rios

ACÇÕES DE PIRATARIA E COR30

1546

MO-

BOLETiM DO INSTITUTO HIST~IUCO DO CQRSO NA MADEIRA - A Ç O m - PRESAS

P

ACÇAO DOS CORSARIOS - POR

F

-AÇURES

.- MADEIRA

,

MESES

DEFESA DA CIDADE DE ANGRA EM FINAIS DO SlkUL.0 XVI

MONTE BRASIL

Fortes Cortina de muralha do castelo de S. João Baptista

P. da hgWn F. de

S.- Anthh

Rsduto

)

F.

da

salga (S."

das Caninas F. Bom J-

. s. -da i F . d s S . m

~PORTIPICAÇ~ES DA COSTA DE ANGRA E VILA DA PRAIA

F,-

c-

c-o

S. sdmtih

.F. S. JoHo F. de S. Jo& F. S.' Catarim F. dt Eqirito Santo

P. de

S. J w g e

-

-

. ~ o r t e das

C i Ribeiras Forte da Praiha

Ladeira Grade

Porte de S. Bemo

c m h

.....

-. _ -

, ,

de muralha

cortinadem~.traçadohi~ mimhehs de pau-pkpe e truvwes trincheiras

SI

-'

- - ' - -

>

-

FORTIFICAÇÕES DA 3AfA DA PRAIA EM 1805 .T

n.

r;

7 -1

2. Forte do Esp. Santo 3. l kForte h 0 de ' .S Cruz 4. Forte da Luz 5 . Alfândega 6. Forte das Chagas 7. Reduto S.b Antão 8. Porte de S.' Catarina

I

-3

7 r

'-1 w.. ,

.

.

a

FICHA INDIVIDUAL, /

/*

6.4. Fone 6.5. Castelo

poço

Outros

-

.

REZO-O

-

DAS MIRTIFIC~CQIES ACORIANAS 1710 1865

+niiaas '

o&mdido

x Jeammlçh FONTE; E&t&co,

bram f&m com base rn mtw, Gabigete de Jidmh

d q for&açk m i h m d e p s h d o s rn ~ o r r edo ~mba,k @ v a Aque0h5gbs e E n g g i r i Militar e Arquivo Histhka

~~.

I

PE S. JORGE

I ! ~ , n s %

-

I

I

FOI For

Ter POI

Mo

Rec Por

Ef3 S. s.m

S.

FOI

FOI FOI

-

M)RTIFICAÇÕES DA ILHA DO FAIAL

FORTIFIC AÇÃO Casteio de S.u Cruz Reduto de S.m António Porte dri 3aa Viagem

Pom

Bom Jesus N.' S." Conceição N.. S.' I t e d d i ~ ~ S.'D Cristo

Ribeirinha N.' S.' do M

LOCALIDADE

1769 1801 1810

+ -

Lagoa ~d0Alm0xarife II

-

+

o

Ribeira

Jesus Maria

O

O

O

O

O

I-

o

-

w Ponta Farada

+

+ +

O

-

-

-

Camea

Pt da Cruz Ponta da Greta Fonio da Cal

-

Feteira (2)

Carrasca PwtaFumda Castelo Branw (2)

o

Corpo Gr&

N . ' S . * da Ajuda N.. S.. da bprauça S.' c a m S. Pedra S.h Luzia Espirito Santo Novo S.& B 6 h r a N.' S.. das A a g h t h S." A n t h b N.* S.a de Guia

O

B

o

Veta Cruz

m

-

-

PortoPím

-

Castelo Branco

-

-

Praia Rihirhho

O

Baixio Monte Queimado O vardcwo Cruz Matos N.'S.* da N d

o o

O

+

-

+ O

+ -

LOCALIDADE

Praia m

* Y

rn

*

~RTIFICAÇBES DA FOR~CAÇÃO

ILHA DAS FLORES LOCALJDADE

1801 1810

Forte do E m t o Smto N.a S.* COIbAçh

S. F . O Xavier Fortim S. Caetano N.' S.' Remédios

-

BocadeRibei

Canteiro do Maio Porto da Lapa A Toyum O pau em Moira A Mostrri de Baixos A Ponte

-

Captichora

V@ do Lenho de Gruta Forte de S. Sebastião S. Francisco Fortim Porto F!wmhs OPaso S." Amar0

Ribeira da Cruz Santa Cruz

Y

do Cais Monte Bafa S. Pedra

Ribeira M o W

Y

Forte S.m Ant6nio Fortim N.' S.' Rosário OPerco

-

-

-

S." Catarina

S. Sebtiiio N.a S. Livramento

-

I)

-a

-

m

O Calltidlo

rn

Pem Vieira

I

Portão

m

Lajedo

r

-

-

FOR~CAÇÃ~ Reduto de S. Roqiae :N S.a da Ajuda

UKIALXDADE

+ +

S. Roque rn

S." Anthio

r

NnsS.* dos Remkdios

I*

S.M Arnaro Porto da Calheta Porto de St.* Cniz Maahha Calhau Piedade Ponta da Ilha

1769 1801 1810

-

Lages

*

O

-

B

-

Caiheta

Porto A r d a

m

S.*

m

cm

Crisgai4P Ribeira do Meio

-

w

a

Portinha

B

Canadas

I

7

-

Porto do w i de Anguela

ca?heta Cdlau Tolhão da Barra

Porto münba Trave Estaleiro Pminho do Monte Porto do Cachorro Vigia Lugar das Baixas Lugar âe Laje Castelo do m o Arca

S. Mateus Fwmasinha Cais do MoPrrito Sm.' T r d d e

* a is

Maddena

-

w

S. Joáo Baptigta Forte & S.& Caiarim

X

+

I

a B

rn

a

* rn

I

s

Barra

-

Cais do Pico de Brava

Lagoa

-

o

+ +

+

-

-

Reduto S.' Clara S. Pedra

Rsduto Mãe &

D

Reduto Jesus M Forte S.m h t 6 n Bainio Castelo d'Arem Forca

Forte Barreim

Forte S.

Reduto

F.O

S.U

Xavi

Cm

Reduto do Faia1 F m N.'S.# Mãe

Ribeira Gran

N.'

S.' das

FOR~CAÇKO Ca5klo S.Joáo &pusta S. Sebastiáo

LOCALIDADE: DATA 1581 t583 Angra

1776

im im im sm -

1593

i)

149..

S. Luli Forte da Ponia do Cais

iw

x

PCaiIh

Pwto NOW,

s

S. k t o

B

S.m Ant6nio

P

15SI -

-

do Zimbrciro

-

Fornas

-

AI& Hmta

Porta de Pipas AWW

S.&

Calmim

-

A~P

S. M a w Praia

S."L António

x

Chagas

1)

1581

-

-

x

1581

S. Caetaoo

1581

S. Femando X

Espírito Saato

1581

S. Benui

S.* dB Cru2

N.'

S.' C&çb

R&ta

S. Jorge

F a

S. Migucl da

x

Prainha

Grade

kdub de S. M a w do Maio

-

X

X

-

-

-

-

-

-

-

X

-

-

> 1581

-

-

X

-

1581

1581-S2

-

-

-

-

X

-

-

X

-

X

-

X

-

1581

rn

-

-

X

>I581

Angra S. Matcus

Terreiro Mb F m t a

-

-

-

-

x

x

-

-

).

S. J d

S.h Cniz

X x X

S. F~~ S. Pedm

-

x

-

-

-

-

X

x

-

-

-

-

ILHA TERCEIRA POBTI

Reduto da 1 Fone E- r I I

1

Reduto

Fork 1

cm3tclo h. : Forte 7J

I

: I 1

-I

DATA -

More Documents from "Alberto Vieira"