ESCRIPTA A H U M S-UGEITO D A
PROVINCIA DA ILHA DA MADEIRA; O
u
O L U N D U M DOS B O R D O E S , QUE T O C O U
S E B ~ ~ S T I AXAVIER Õ BOTELHO, COM VARIAÇÕES COMPOSTAS P O R
L U I Z JOSE' B A I A R D O : 8~ DESFORRA
D A S INVECTIVAS QUE CONTRA ELLE ESCREVE0 O DITO BOTELHO NA SUA
HISTORIA VERDADEIRA DOS A C O S T E C I M E N T O S D A
I L H A DA M A D E I R A , 'DPPOIÇ i20 MEMORAVEL DIA 28 DE JANEBROj ESGRIPTA POR ORDEM CHRONOLC>GICAb
'LI S B ' O A: NA OWIC. DE
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ANTONIO RODRIGUES GALHARDO, Impresor do Conselho, de Guerra.
1821.
&f. Uim obrigada fica pela rerncb , que me Fc zeile do celebre Folheto, el'creveo SebsiEia6 te
que
Xavier Rotelho, e a que cliamou = Hiffaria verdadeira dos acontecimentos da Ilha da Madeirs , dcpois do memoravel dia 28 , elcripta por ordem clircnologica , &c. = i3 eu llie devo chamar = Aggregado de calomnias, e invectivas efcriptas*semordem contra o Bifpo de E l v a s , e contra o s feus amigos , por apparecer a innocencia triunfante, e a cabalfa confundida. E m r e c o m p ~ n l ada offerta , q?ie me fizeRe , te rumetto por elie Correio hum Lundum de Bordóes, que tocou Sebania6 Xavier Botelho, em desfbrra das injurias, e invectivas, por elle efcriptas na dita HiRoria coritra mim. Acafo julgaria aqueile mca Serilior, qce ainda ettavarnos no defgraçado tempo do Delpotii~~io,em qiie os Mandõm podia6 dizer, e fazer quanto queriaõ, fem ie Ilie refponder , e pôr-lhes a calva á moltra ? Enganuwfe, fe s 6 m a pensou. Já lá vai effe tempo, j 4 fe acabou o Noli me tangerc. Todos f d igaaes perante a Lei e i Lei I* a meíma para t o d a . Louvores eternLs lejab dados aos PI'oiTos Benemeritoç Reltatoradores. Bem me cuRa apontar faRm , que fernpre õomigo exiítiria6 em fegredo, Te Boteliio , na Tua HiRoria, na6 sfafl-e de inveciiv.~, e injurias ; porb que na6 p6de moflrar crimes que e u conimeiteffe. Fez de Regateira , protelto tirar a minha desforra , e de o na6 perder de viRa , em quanto +viver. 'Te3
,
nho tanto juz A. minha repuraçab, como elle ; ou outro ainda mais graudo do que elle. Se he Cida. da6 Portuguez eu tambem o fou , e eltou na pofi dos iiieus direito?. . Quando me efcrevefie, tu me apontavas a Fabula d o csei ~ l ~ d r a n ù i ~á Lua: eu bem percebi, 1" m e aaconfehavas na6 fizefle cafo d~
t a ] Hjsro:ja verdad-ira , i n h s d c i c u ! ~ a - m e de r i a 6 reinar o teu cofifellio ; deixa-o::: divertir com cíle L u n d u i i i , cin quitito cornpo:;fio h u n a fonata , q u e lia d e ler liuma analyfe a toda a HiRorja , a q u a l docomenrarei; pol-em iKo Iie obra muito grande, leva mais tempo, e eu na6 quero quc o caldo arrefesa. Delcolpa o i erros de eRillo , corrige os graminaticacs, e n ~ no5 tes o e u ialiar de litias factos a outros; pois eu aqui Eó notarei aquelles que me dera6 iio gôto. Beni fe v 6 daquella chamada Hiíloria., que Botelho fó t e v e ein vilta rediculariFa.r o Bifpo de EIvas; porque cenlurando-o d e apparecer de boias, e sabrecdfac;i na refidencia delle Governador, e na Camera ao juramento, como Ie lê a fol. r 7 do dito Polliero : logo a fol. r 8 procura derculpar a cainera por fe apreientar em habitos cakiros 3 dizendo que elle a mandára chamar rapidaii~enre, e por i h fe aprelentou daquella f ' r m a : e porque na6 havia de dizer tambem Botelho, que Ce o Bifpo de Elvas appareceo de fobrecafaca, e botas na cara da Cainera ao juramento, foi porque o Povo com o leu Juiz Antonio Joeó da Silva Culta, O fora6 bufs car a .Penlia de F r a n p , aonde rezidia, fem. Ihe dar e m tempo a mudar de trage ? S z a Camera rnere, cc derculpa de appqrecer em habitos .careiros s6 por obedecer .i voz de , h u ~ nGovernador? na6 a niere: c:ra o Eifpo , por obedecer a hum Povo, conduzido pelo leu Juiz, q u e o chamava e entre vivas %
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npIium ajuntamento daquelles : mas BoteIIio ; quer. nos perfiiadir , que foi por Fer anti-Confiitucional ; occultando , q u e m i e s mefmo de Te f"nhar em Confiituiçab, já o Bifpo de Elvas tiniia dado provas de Ter ConRit ucional naó admittindo naquelia Ilha as Ordens do Tribunal do Santo Officio ; na6 deixando publicar leus Eiitaes , queimando denuncias, e d e v i ç i s , e livrando os Póvos daquelle'flage]lo, Na6 pano deixar de ler extenfo, a i n i que queira, lendo tantas mentiras, e impofiuras , como fe encontra6 na dita Hiltoria , e para abbreviar , dia rei0= Meiite Bote1110 qiiando diz que n a 6 havia6 jantares reciprocas, entre elle , e o Bifpo : Botelho çoiil toda a fua fainilia de criados , e criadas, rem exceptuar hum pintor cliaiiiado Roxa, que enfinava as meninas a pintar , muitas v e z e s foi jantar ao Paço Epifcopal, a f i m como o Bifpo, hia jantar muit a s vezes em confiança a cara de Botelho, f6ra dos
jantares de formalidade. Mente nas vifitas Irequena tes, que o Bilpo deixou de fazer a fua c s í i ; porque o Bifpo fempre o uiGtou quafi diarianiente , excepto delde 4 de Outubro de r820 a t é 6 de De4 zembro do tneiino anno , em que na6 fahio de fua cala, por t i l a r em ulos de reinedios , que o Doutor Oliveira Ilie receitou , e nelte tempo Botellio vifitou o Bilpo tres vezes. Mente a refpeito dos outros Governadores , porque o Bifpo fempre viveo coni elles em amizade franca e f ~ r n i l i a r , e o Tenente General Florencio Jofi Corrêa de Mello , einda exifii para atteltar o que eu digo. Mente tambern, q u a n i o oliarna extraordinaria a vifita, que o Bilpo fez a todo o Bifpado: porque na6 tendo eRe iido vilitado Ijavia mais de 30 ~ R O principalniente S o Norte, aquella v i f i t a já na6 era extraordinaria, era
de obrigagaó
o,
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fazella na.-qualidade de Prelado da
a
Deccefano; que era cm qusnto o rcrrcac'o fe n26 confiimava, fagrava, e tomava r c f l e : e de mais o melmo Eote1l:o fòi quem perfuadio so FjSpo a aelma vifita) , para o aconipanhar na corrida que BoreJho fez em rcda da Ilha, o sue a f f i i ~acontece0 at6 i Villa da Calheta. Porque naó confeffa Botelho, que o Bif~oteve ordem de El-Rei para n a 6 deixar o Governo do Bifpado da Madeira, fem o novo Bií'po tomar Fone ? Porque na6 declara elle a ordem q u e recebeo de E I - ~ c i para continuar ao Bil'po a iheima congra, depois de ter largado o Governo, e em quanto vivefl'e na Madeira ? Porque na6 declara a Carta Regia, que recebeo de ~ 1 - ~ e datada i , em N ~ v e t n b r o do anno preterito, para pagar ao Bilpo o reRo da defpeza das v i fitas , que Botelho injultamente lhe na6 pagou ? E m tal caro, que dependencia teria o Bifpo de Botelho, fe El-Rei refolveo a favor do Bifpo ? Amigo , fabe mais eRa verdade, que Rotelho diffe ao Bifpo na Villa de Santa Cruz, nas caras do Pedro N i c d ~ á o , rnettefle nos gaitos da Tua vifita, as defpezas da jornada de fua Senhora e filhas, do Funchal para Maxico e de Maxico para o Funchal; afim como as Cavalgaduras do Cozinheiro , que acompanhou a Botelho na corrida, que fez a Ilhr. ERa defpeza foi paga pelo Padre Clemente Alexandrino Salgado, o qual ainda conferva os bilhetes dos Burriqeeiros, que lhe levou o celebre Sargento Guereiro : tazendo- fe eRa delpeza 6 , ouRa do BiTpo , fem hir aos gaRoe da vi fita ; porque no P a ~ oEpií'copal do Funchal lempre houve m a i s limpeza de máos , do que actualmente havia na: Fortaleza de S. Lourenço. Muita graça tem Rotelho, quando na merma liiltoria, e a fol. 3 1 diz queQ Bifpo tinha bdio a varias penòas com cjuim qu:ria
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indifpor os Covcriiadores : todo o m u n d o ; c toda a N l a ~ l e i r nCobc , que o Bifpo 1136 tem ódio a ninguem ; q:ic tem O mcllior corasai; porrivel, que fiz bem aos fcus inimigos , e que lempre na Madeira pedio a f ~ v o rd a q u c l l s , que o n i ó goRavaó. SaG verda Its eltas yiiblicas , c que o iiiefmo Botellio c o i i k h v a . O u t r o tan:o n L r 6 p o h dizer dellr , e por illù cite heroc fii1i.i verdade , qii31icio d i r , que todos cclnl-iecem o caracter d e Iitim c ulitro. Ainda na6 v i t~inanlia eíqoentnqnó de cabrga, nem tanta falta de Logica. E falla.em Logica. Eu defejaria prc~gi~ntar-lhex= Q i i d e:l Logica ? Mas penço que a Logic: ?.c que elle U i t : \ J ria fiua iiiltoiia he f'n~iJhante ao feguiri t e Sciugiíino.
At qui o i r t u ~c/l dt''ur/iva ;
Ergo Lufianorulrz, A paginas 17 da melina obra ie encontra hu-
ma
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enfiada de porquês, e eu fico elpcrando que elle me refponda a eltes, que aqui re rernetto. Porque mandou Botelho., logo que f ~ u b edos klizcs acoriteciinentos da NoKa Regenerasao, que
tiveraó lugar a 24 de Agolto, e 1 5 de Setetnbro de 1820 , qiie os Navios, qiie aportaffem áquella Illia na6 tiveflern cornunicãgaó corn p e h a alguma , icm que etle primeiramente receheffe a parte , na6 fendo deCembar~gados os Navios fenaó com fegunda vi fita , pnblando depois a Ter com íignal , que Te fazia da Forialeza de S. Lourenço, ou .Cara da Saude ? Po:que iiiandava fazer rondas de noite , neC iè triiipn , arrancando os papeis anslogos a excitaxem os Póws á GoriltituÍçaõ ? Para que era efpiada,
'vigiada a miQé cara, onde fe ajuntava6 peRoas rifeaas á 'Gonltituipó ; e le d e o vhum j a n w no dia 6 .de Janeiro do prelente .amo , por Cer o dia deRi,nado para inffallaça6 das NofTas ' Cdrtes; ao qual afiltio o Padre Gregorio Nnizianzeno Medina Valconcellos, hum dos Deputados, que lhe aprerentar16 a reprefcntasa6 do Povo para fc aclamar a Confiituigaó ?
Blacborne,.por dar viuas á Conítituiçaó no Theatro? Seria por ler Coartitucional ? Na6 ki o publico %imparcialque o deda, Paflando em claro, amTgo, muitas fanfarronadas daquella hiRoria que a leu tempo anallizarei , quero, ue repues *em que Borelhq. fe remtite com M& f o r p pari prpwr -o que diz , a h u ~ i adeclir rapõ, que fez o Fiade Pta~icileanoFrei Joté CHpertina, rfieverando que o Frade coefella na meG ma fdeclaraçaó, que o Bifpo o convidaia, ou r e d u ~ zira á prkgar contra os Rebeldes , e Mfurgentes = &&ente. Botelho, quando a paginas r5 o delrncnte ; porque na dita declaraçaó, que anda imprefla na MnemoCne ConBitucional , tal coila Te na6 1@, nem k p6de entender ;e a melma declarapó, ou proteç-
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ke terto que appareceo j mas, (i .como ella foi feita , ou como o Frade foi obrigado a fazella , hc g que Te na6 fabci: mas o tempo tudo defcobre ; e entab faberemos quem foi que o obrigou a efcrever aquelles irnproperios, e falfidades. Botclho remet te-fe áquella declaraçaó , como Documento ' que prova a fua hifioria, fendo a dita declaraçaó feira na. Ilha da -Madeira , no mez de Fevereiro ; e eu tranfcrevo a Carta , que em Latim o mefmo Frade efcreveo ri, BiT o em Março, eílando elte já em Lisboa, d* qua o leu theor he o feguinte = Excel tentiiTiao e Reserendifimo Senhor = F#ert/nr mibi lacrirna me4 , paner die , ac moct e ; dum dicitur mihi qtiotidie , ubi Pjf D e u ? = Como concorda eRa Carta , com a declaraçab , a que Botelho fe refere 3 Como le cara6 as expreflbes da Carta com' os impmperior efcritos na dcclaraçab taes c* mo Minifiro de Bael , e outros ? Na6 poderemos julgar ,,que 16 a força , o medo, e o conloio foraó a Fabrica daquella declaraçab ? O Bifpo já eRava em Lirboa ; ém o Frade movido pelos remorlos, efcreve a q u e c a r i d qur,quer ifio dizer ? Que to r
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Fucaunt mibi iacrinu mea ia
Quando Ce efcreveo aquella declaraçab , já a malhada effavz muito conhecida, já o povedfiftido,. murmurava dequeHes procedimentos , e S6mente trabalhava, m que d fortiori appare.ceffem crimiaofos. Tode o trabalho -era fazer ao .Bifpo de Elvascriminoro, d&Ke @r onde ddfle: e tanto ilto fe queria, e pertendia, quc chegando, Navio da Lisboa á-quella Ilha, na6 fó fora6 abertas as cartas dó Bifpo, e dos innocenres prezós, mas ate tivera6 o+ arrojo de abrirem aquellas dos amigos do Bifpo, y e na6 foraó prezos: Cem reipcito á Lei, que re: =
cammtndo o legredo das cartas: e que impbrtava a Lei, a qutm fómente queria fazer eftrondo , s ver fe tinha ponta em que pegafle ? Li diz Botelho, que a hiltoria he verdadeira, e clironologica, mas na6 aponta eíte fado. Grande hiRoriador e cliranologico he Botelho ! T e m paciencia, amigo, a Iii vai mais Iium ia* & o , que Botelho na6 achou .digno de inferir na íua hiltoria. Quando os prezos contava0 jh perto de hum mtz de prizab , foraó as prizbes , em que elles exiltiab na Fortaleza do Pico, afialtadas por dois Efcriváes , e l i u ~ i Alcaide, es quaes bufwrió .e revittarab todos os papeis dos presos, revolvera6 as camas apalparaó as aikbciras , e nem mefmo eCcapdraõ os bifpote~, levando e rdacionando os papeis. Ora que fim teria eRa deligencia quando logo no dia depois de eu Ter prezo foraó todos os meus paw @eis viRos , b;ufea& , e efquadrinhrdos aRiin como os cdc mais qamqxi ? &&e@mndo, na8 lei : mas l e i , que entró d a v a Navio. o partir para 'Lisboa ; 0 3 preeos eltavab inriocenres , a queixa era certa, e fazia-lè prrcilò, ou síTuRallos para que na6 crcreveliem ; ou ie já o tivenem feito, faber-fe a qualidade da queixa, e s quem Te queixavaó. Forte voiirade havia, de que aquelles hoinees f ~ & m criminofos. +Euna6 p o b deixar, amigo, de me elquentar quando pega no Folheto .do Iiifioria verdadeira de BJdelho Rçm mcfn~nio me ttanquillifo trazendo a riiemoria hum efiribil t ~ o de Iiunia cantiga , que Boteibo fez para o 't'heatro dd rua dos Condes, cujo =&ribiltio he o feguinte.
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rumo banbos de neve por dentro E o figo t ~ a óquer abrandar. a = *
Pela' ~ d ~ t a l s zdea S. Lourenfo ; 'for tis defejq havia6 que o, ptezos foff tm-criminofos ! Elcu ta mair hum dito de Iium Official da Secretaria do Governo da Ilha da Madeira. @ando aos oito dias, qae ?anros fora6 os do mais .rigorolo kçredo para os piezos , eRes fora6 perguntados , logo le divulgou , que na6 liavie culpa, e tudo tinha fido patranlia ;. foi enta6, que hum Official da Secretaria diffe muito elquentado. ERa. he boa! Queira Deos, que ro menos - fique criminofo , o Chaxd , quuido na6 f i ~ camos mal ! E que me dizes a eQa ? Que tal era a- vontade daquellei meus Seohores?.. OccuIto poc ora o nome daquelle Official, por na6 compromet.ter quem mo afieverou; mas páde eftar certo ,. que O farei fe a tento me obrigarem. Tem pciencia-., ~ m i g o ,que a carta vai fende. extenfa ; irtas na6*p6$e fec pot menos. Ora dize-me+. que fe deve ef'perar de kum homem com6 Botelho$ que julga adquadas u medidas, que na noite de 24. de Fevereiro tomou- o Coronel Jo Kigimeaio. iie Milicias do Funchal; D. Joa6 Sedericio da CamemLeme: entre a i qtiue,, toi a r&opontrrr'aO priaói.. em. que ~~primeirarnente e P e , e * maia quitm infelizes prezor , liuma peça de douze, carregada dc metralha , efcorvada , morra6 acezo, e t d o prompro~ a-vifh-narnoci; pondo-nos longe da morte#, quanto. eRava omorra6 -da pega I'. Procedimento quelie, que horroriza a humanidade, e que L 6 Moiros Isriab capazes de praticar ! Mas Botelho diz a paginas 24-que fbra adquado ás circumfiâncias ! .Deva agora reflexionar , que naqueila noite eítavaho8Rcgtmento em armas, e. parte delle dea«o dnquella Fortaleza ; a prizaó' era ferrolhada-, tinha anais de dezdete SenlineIIas com afmas carregadas : logo we poderia6 aqurlls, cinco homens contra tanv: '
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i;; Forte valentia tinha6 os. prezas !.:. Pnte ? o cafo he outro: queres faber para que Te lhe apontou aquelia pega ? e pam que Te fez aquelle crbm
atterrador aparato, que poderia fer c a d a de immenfils dergraças ; Ie huma 16 failca dos muitos archores, que por alli eRava6 acezos abralaffe a pega? Amig o , fabe , que tedo squelle rerrivel aparato na6 teve outro fim mais do que ver Te os prezor atierrad-os, bem coma Ce praticara no bem extincio Santo Officio, com o temor da morte de que era menlageira , aquella peça, falfamente declarava6 crimes do Bifpo de Elvas; tanto fe prova das pergun.tas, que na madrugada. do dia as de Fevereiro,. fez o. Coronel do Regimento de Miliuas do Funa h a l , D. Joaj Federico da Cairiara Leme, ao prazo Manoel ds Soufa&Dromundo. Progunto , quem deu authoridade: áquelle Coronel de fazer pergunEsq a . prezus eom violcacia~,.e terror ? He aonde -pdde chegar a- levem daicibcp de hum homem, ou antes o defafbro ! Amigo , torno a . repetir-, naquelia occaliaó o que fe pertendia era f6rnente, q u e appareceflern criminolos , verdadeiros , ou fantafiicos ; porquc era percilo iatisfazer a iium pnbliao, a que no dia 23 Te lhe tinhas,. por dois Editaes, certificado a Fonhada confpiraçab , ue "os oriminofer appareceriab , t forja6 punidos. O Bilpo j& enaw tido , e havido por cabega- da fonhada confpiraçciõ~, clle 16 na6 a poderia faaer : e por tanto era perci10, que fe- ~ r e n d e f igente , para figurarem os satellites do Jantar do dia 2.1, que o Corregedor . L u i z Gomes de S o u h Telles., eom goellas-de pam foube engollir. E quem fe Iiavia de prendet , para que a patranha parecere coura exiíkente ? as penòas amigas do Bifpo, . aquelles , que tendo hum caraéter lionrado rempre o defendera6 da calumia, e
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I- iniriga,.
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Boteflio , querendo dar hum certo ar de re&da6 ás prizóes arbitrarias, que Se praricár,id comi-
go, e coin os outros prezos; diz que o foinos por andarmos traballiando na acclamafaó do Bifpo. Aqui temos mais hiima impoftura de Bott.!ho, e txair hilm dcfcaramento daquelle meu Seokor. Nenlium dos prezos perrendto acclarnar o Bifpo de Elvas por BiTpo do Funciial. No faulto dia 28 de Janeiro do prefrnte anno , reiido geral o prazer, por Te ter acclamada a Co~Rituiçaóna Provincia da Madeira, déra6-le vivas a diverfas peRoas ; como fora6 ao Genera 1 Botel ho , ao Bilpo de Elvas , e ao beiiemerito, Iionrado , e bem fazejo Joad de Carvalhal Efparte n e k s vivas: e meraldo. O Bifpo teve era tanto o povo que lhos dava, e o cercava quan.do ral~io da Cara da Camera , que a muito cuíto pode entrdr em Cafa do Juiz da Alfandega Manoel Caetano Cefar de Freitas. O Capitaó Miguel Carvalho o prefencioii. ?'orno a repetir , iiinguein pertendqo acclamar o Biipo de Elvas : o Juiz do povo Antonio Joaó da Silva CoRa muito bem fabe o que le f a , e praticou ; elle que fatle ; mas que Ièja fincero, e diga a verdade, lertibrando-fe , que feu enieacio Filippe Joaquim de Freitas, hoje Alinoxarife da milericordia d o Funchal muito bem fabe o que fe fez, e o tem jurado, e attcltado no fumario. E eu tenho eíTe documento. Mas, lupondo, e at ti inefmo concedendo , que os innocentes prezos , peJira6, e requerera6 para que o Bifpo de Elvas , forir UiTpo da Madeira , e que elta lupplica e defejos era6 criminoros, e dignos de cattigo ; na6 fera6 tambem criminofos , todos aquelles , que afignaraó , initaraó , e pedira6 , para que Botelho forre General da Madeira , quando liavia outro General delpachado, Boteiho com todo o fervor [e remette para o
fummario ; e diz, que va6 lá ver : e eu remetto-me para a Senienga do [ummario, e avir0 de 2 0 de Setembro de 1821 , que adiante lerds. Sendo aqulie Juiz do Povo arguido por ter afignado a reprefentqaó contra o Bifpo de Elvas: refpondeo ao Baciiarel Caetano A1 berto Soares, que ellc tinha lido chamado a cara do celebre, e decantado ex-Corregedor Luiz Gomes de Souia Telles, e que entaó alli fe lhe difera , que allignalfe a re i e f e n t ~ ~ a,ó porque era verdadeira , e que em coo equencia daquella affirmntiva , a allignara. E
/'
...
.. Que
que tal ? .
me dizes a eRa traficancia ? como foi urdida toda a caballa. Ouve mais E;i roa'%'i um> caniinl~o,que tem rua graça. Alguns dias antes que arrebentafle o vulcab contra o BiQo já Te tinha procedido a lium occulta Confelho , no qual o Corregedor Lelles propoz , que vinte , ou trinta mafccarrados de noite devia6 agarrar o Bilpo e
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meuerem*no a bordo de hum Navio Inglez , deno. minado Paquete da Madeira; pordrn eíta manobra na6 Ce ultimou, porque hum dos vogaes d o dito ajuntamento, diffe , que era percilo , que o meirno Corregedor tambem le maícaraile, ao que elle na6 quiz annuir; e por iffo aquella mafcarada , na6 teve o effeito permeditado: e ic 1íigou paõ do Cond &lho do dia 25 de Fevereiro. Confe!iio, em que o dito ex-Corregedor affirmou a quem lhe duvidava da cxiltencia da íionhada confpiraçaõ , que tinha documentos bafiantes , que a provavaó. T u d o iRo tenho eu provado; e a mafurada, aliem de me fer participada por cartas vindas deffa Provincia ; tambem fe prova pelo depoimento do Capitab do dito Navio Paquete da Madeira ; pelo qual Te mofira i, que muitos dias antes do celebre Conlelho de 2 2 de Fevereiro, lhe Unha6 fallado para conduzir o
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%ifpode EIvs a Lisboa. Eíf-aqui a imparciafidade com que fe trabalhou na expulfa6 do Hifpo de El-
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vas ! E que me diris, Te eu te certificar , que as afignaturas do povo, a que Uotsellio fe refere na iua hifioria , f o r a 6 feiras, efiando o requerimento na loja de hum Mercador, cujo nome ignoro, inimigo capital do Bilpo., que he bein conhecido, pela marca, que a natureza Ilie poz na cára,, como 4gnal da fua maldade, e para que delle fe fugifle ? . Se eu t e differ, que elte mefmo Mercador fem fundas, andava pela rua alliciando quem encontrava para allignar o dito requerimento, e pondo de má fd , os que a iff o Te reGuiava6 ? Se eu te contar , que dias antes de fe decretar a fahida do Bifpo; buril fugeito das Ilhas dos Açores, efcrwente do Efcriptorio do Doutor Joab Erlanoel do Coito e Andrade, junto com o bem conhecido Major Teixeira , me aGgurára6 , que fe o Bifpo na6 fahiffe da Ilha por lua voittade , ellcs o farinó fahir , e embarcar n'huma larichi? E fe eu te provar, que effe nefm Major, fol~licitou, tambrm afIignatiiras para que faliiffe o Bifpo, da part.e de Botelho ? O T e l e n t e Coronel Antonio Fçrnandes Carnaclio , foi convidado pelo dito Majar Teixeira da parfe do General Botelho para afiignar , e recufnndo o dito Tenente Coroiiel , por ler obrigado ao Bifpo , dizendo que limiihante acçab na6 praticava elle com quem lhe tinha beneficiado os filhos ; foi entab que o dito celebre Major, lhe infiou , dizendo = ti: que Ilie Iiade V. m. fazer, C' o Senhor General lho manda pedir ? ERe fa&o fe prova , pela iiarra$36 que delle fez o mefmo lenente Coronel Camacfio ein cala d o Cidada6 Gatpar Pinto. Ora eil-aqui a maneira, e modo como as afiignaturas Ir fizera6 ; e. o noffo Botelho , diz, que nunca] oppareceo no,
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hundo coura, mais circunfpetta , e em que elle nad Ceve parte.
Sebafliaó Xavier Botelho, querendo ercrever a hiftoria verdadeira dos Acontecinientos da 11113 da Madeira , efcreveo iium novo Almocreve das Petas : e antes que principie as variaçáes do leu Liindum dos Bordóes , quero que conheças a fundo o caraCtei de Botelho. Diz elle a fol. 3 i , que nunca houve , nem podia haver amizade entre o Bilpo de Elvas, e o Governador. = Da parte de Botelho concedo. = Mas para que Ihe acceitava os refentes ? Que dirá o mundo em fabendo que Bote ho, na6 tendo amid zade ao Bifpo de Elvsr , lhe acceitava os porcos, ar carneiros, 'os peruas e as gallinhas, vefiidos para a Senhora, &epara a8 meninas rendas de Franga , e carachi de prata para ~~~~~~~~? E atC o pa6 para a Senhora , cuja offert4, e recepçaíi durou a t e ao dia zr de Fevereiro 3 fendo o conduttor hum crea&d de Rorelho ; na6 efquecendo os gráos com acelgas da meza do Bil'po, de que Botelho goRava muito, e que o Teu cuzinheiro na5 fatia ta6 bem feitos cornu do B i f p : tudo iRo fe praticava ; nido acceitava Botelho, mas rem ter amizade sa Bifpo ! Oh'! que bello ca rafier de Botelho '! me dirás tu amigo, receber preientes, e retribuir com *improperios, e calumnias , na6 Iie acfab de hum homem de bem , e eu te refponderei que a~arnbigaõ, e a inveja torna6 *ohotnem a fera mais fahguinolenta do Univerfo. Deixemo-nos de t e AexOes fen tirneotaes, e eicuta mais otilra prova de na6 haver trato familiar entre Rorelho , e o Bifpo de Elvagi S m Setembro do anno de 1819 foi a Senhora de Botelho, e as ruas meninas, em companliia do HiG po a Villa de Maxico no Efcaller do Governo efperar a Botelho, que alli havia de chegar da Joroado, 3
f'
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que fez em roda da Ilha; cujos beneficias ainda na6 apparecerab, nem creio , q u e ha6 de apparecer. Agora dize-me, como Ee pude acredirar Botell~o, quando a r e v e r a , que entre e l l e , e o Biipo na6 liavia trato farnilior, e i face de huin povo icreiro, praticava o que tenho referido ? fico efpeiando a tua rrfpufla : e dcixan!lo por agcra o rnuiio que tinha a dizer fob:e cs &fios d o BiTpu de Elvas, cuja
jnnocencia fiei c!: fernpre defender por dever, e
gratidn6 , vou tr-tar abbreviadarncnte do que nle diz refpriro , deixando ts30 o mais para a analize. TOJOS os qiie tcm lido com imparcialidade a
llifiorin , a que Botellio cl~arnouverdadeira , tem conhecido que , nnó nie podendo ~ p o n t a r crimes, lanfou ma6 d3s i ~ v e & i v a s , procurnndo reilicufarizarme par ter fido Ponto do Thearro do Salitre, commo Ce aqueile modo de vida foffe vil , ou alguma Lei o reputnffe como tal: hefmo concedendo, que fou vil por ter fido ponto d e hum Tl~eatro; nunca poderei dizer, que SebaitiaB Xavier Botelho he no*bre por ter compofto-comedias para-outro ; mas he ma teria para as* mriaç6Fs ;. e primeiso ,. quero d i f ~ meniillo no que elle - diz a paginas 26. = Orw JnbilrBo do Paço Epij2cepal em qm #$?$?/tia o Meiri? 1169' do Erclejíflico , Luiz; JoJ6 Raiardo. = Mente Botelho, mente, que todos fabern que eu nunca affiíli no Paço Epifcopal ; morava-em S,. Luizv, que lhe he contíguo, mas- Batellio para fazer o caro mais feio, na6 lhe importa dizer que eu aíERia no Paço Epifcopal. Ainda ha mais a dizer,. que o Bifpo nunca foi a minha cafa nem entrou nella feira6 duas vezes a ouvir rniffa na Capella de S. Luiz = e todos fabem que a miKa he cofiume di-. zcr-fe de d i a , logo as rondas iiunca com verdade poderia6 diur que vira6 lahir de n ~ i t co Bifpo
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E que me dizes A verdade de Boiellio cÓm teflemunhas afignadas ? , Diz mais, que tarnbctn hia a caCa de Manoel de Souza Drqmuricio : neite ponto eí'pero , que o dito Dromundo defniinta Eotelho; porquo com toda a certeza rei, que o Bifpo nunca foi a Tua c a l a , rena6 buma vez, e haverá tres annos., Muita verdade falia Botelho*! Diz mais na meria pagina iní'ultando o honrado, e picifico Povo da Madeira. = No0 rra metnto de drjrc?@zr~fa , . ~ n d a rbum Bijpo alta noite no meio de tumukaz p~puldres? Tumultos populsres ? . Nefte ponto qiiiz Botelho fazer o caro mais feio, para apparscst corno pacificador I Pois fabe amigo , que na Madeira aab houvera6 tumultos, e o povo na6 atacou ninguem tudo ifko tenho eu jufiificido, e julgado por Sentença. Sóinenre no dia 24 de Fevereiro do prefente aniio por caufa de hum mafto ie ajusrou 4 .gor~e,,beJqo.T e J l ~dsde Menezes ;"Ie no irieho &a em cala de Jol* Joaquim de Vafco~cellosem conleqoencia da bixa de cana com polvora , q u e deitou hum rapaz : I u me progcntarês quem motivou elles ajuntâcientos I E eu te relpondo ; psrque potelho pdz o povo de pr-vença6 contra. aquejles pacificas Cidadãos, com a ba ProclamaçaB d o dia a3 de Fever~éirai e com &feus i +=Allrrta , áIlerra , aRim tomo o h-Corregedbr Luiz Gomes d e Souza Tclles com otrtra, hoclrmai;ab do mefmo d i a , em Zpst.6 igual 3 de Boteli~o; e fii5 com a ditferença de d e c l ~ r a r-oBifpo
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, que morivi raó aquelles ajuntarnen tos. Par& i m p o f f l ~ e l ,amigo, que ho?iveffcm authoridades, que r36 defcaradanien te ineiitiiTetii , e cnganalltn o po. vo? Pois houverab; e foraó SebaíliaG Xavier BoteIlio , e Lliiz Gomes de Souza Telles. Eu ren.h os documentos na miiilia ma6 , e o Povo da Madeiro os leo. Deves agora notar que Botelho chama fua HiRoria Verdadeira, Cli ronologica , mas nab. falln neff as duas Proclima@es , que motirárab todo a delordern , e fómenre b~fiavab para fazerem hum levante entre o povo mais pacifico , e íoff redor. Homa, e gratidaó ao benernerito povo da Funchal , porque apezar daquelles incendiarios contra os amigos do Bifpo de Elvas , refpeitou. ruas pef" foas , iuas calas, e familias , na6 ar infultando de fdrma alguma ! Odio e execragaó eterna a quem motivou tanta derordem e as apoiou com impoauras e fanfarr~nadas. Torno-te a dizer, tudo iito tenho eu juff ificado.. Li.-vem na hifioria a demoliçaó das Barracas da Feira de S. Sebaitiaó ; accuiando della o Bií'po , e eu fás
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digob que a Feira foi dernolidada ,,porque defde oFaufo dia 28 de Janeira ate ao primeiro de Fevereiro do preiente anno, dia em que teve lugar a demoliça6 da Feira, nem SrbaRia6 Botelho, nem. as mais autlioridades fe dignárab fal. ao POVOexplicando-lhe o que era conílituiçaó. E fó Botelho no I.. de Fevereiro, depois das. barracas efiarem em terra, he que fez publicar hum Edital, cujo. titulo era maior,. que todo o {eu contexto!.e por força anim havia de ler, porque Botelho teve muito que fdzer com as participdç$es para- 0 Rio de Janeiro. Na6 lei o que te diga , amigo, de tanta prefa nas partiápaçbes , e ta6 pouco cuidado em fal-r +. Poro -- dgcil, e yirtuol~! Qq No!!%!@
Regeneradores em 24 de Agoflo, e 15 de Setem. bro de I 8 2 0 , for26 pelo contrario; primeiro exp!iQ cdrâó, o que era Coní'tituil;ab, cuidárab em Iiaver paz, e liarmonia, e depois participdraó. Na rrelnia agin na contiriúa Boie,ll?o, e diz = Or/e bia fozer lunt Bifpo a tae, horas B cnfd dt bani Alcaide, e de dum Mei~inho? J1 te m o h e i , que Botellio mentia , quando tal? affirmava : mas dado o calo que fofle , que crime era eff e ? Que lei lho proliibia ? Hum Aicaide , e bum Meiriiiho , [a6 homens , fa6 Cidadáos, e tem todas as porporçbes para ferem ta6 Iionrados colno hurn Governador : Hum Meirinlio , c hurn Alcaide nunca podem roubar r Fazeoda. Nacional, como# hom Governador podia no tempo do Difpotilmo : mas iffojá lá v a i , acabou-le a chuchadeira, e felizmente já apparece a reipoofablidade. Diz siais a paginar 43, que howhab demni cias contra or preza :. e eu digo que cllas ria$, apparecem no fummario, e f6 tivera6 lugar na id4ao de Botelho, Diz mais com defcaramen~o e infamia da minha pefloa , quando falla das prizbes = Teve o rnefmo rmotiv., r ar me/nrr r a u f i ~,, s p u e mandor + prdtigar com Luis+JojZ BaiarBo , cuja amiliaridirdr g i m o Bi/po ma. t a 4 1111111 eflandrilofi , q u a e #o c r ~m a i ~a dga~cirr, nn qur drviaó viver poe iik.
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do~$tidadd,C dccdro.
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Sobre aquelle paragrafo í h e n t e te digo, que fe o Bifpo de Elvas me tratava com agrado, bc porque elle na6 he norhurn foberbo : he franco e affavel pan todos : fempre o procurei, como fubdíto, c Official: e Te mais alliduameiite o procurava: naquelles fempos, em que contra elle Ce levantou-o $;irti&- da intriga, foi porque figo hum lifiema muk
dicierlo daquelle q u e legue Botelbo. Eu na6 fau ingrato para quem me beneficia : na6 fei comer os porcos, e os peruns, e dizer que naó íou 3111igo > como aflevera Boteliio : e quando vejo o bemfeitor dccaliido, e perfeguido , naó poflò deixar de o procurar, e prefiar-ine com as minhas fracas forças em jeu auxilio : efie he o dever dos Iiíimcns de bem, e que aprecia6 a gratidab: mas no syRema Botelhenw ce Iie crime, e por ili'a f u i dsnuiiciado, e prezo ! Irra com tal Doutrina , Irra ! Diz mais o tal Herde hifioriadoi = por bonc/fidtzdc, e dec0ro. = He a quanto pO+ chcgar a fraqueza de Botelho! Porém iobre a minha conduaa politica e m o r a l , o Povo da Madeira que falle; n a 6 temo 2 [tia cenfura , falle elte povo, que Boteilio na6 me envergonha Mas amigo he mellior com as fuas inve&ivas por termo a efte paragrafo: n a 6 o quero analizar; temo recordar ${cenas de Condexa , e Coinibl-a, que na6 reja6 agradaveis : a honra nie iiiipoe o íileocio , e eu obedeço. . Agora para me divertir, vou ás variaçóes do Lrindom dos B
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arribado: levei á Madeira Iiumn feliz viagem de 48 horas ; fui de propofito , e cafo peiiçado , efcripturado por trez aniios : e fe aqui110 l e cliaina arribap ó , enraó Botellio tainbem foi arribado quando alli apottou para governar a 11113. T o c a Botellio o Lirndurn na fua Violla Franceza. = Qc aqui veio buícar fortuna. = Agora vario eu no Machete. = E Botellio fez o mefnio , pois na6 confia que fervifle de graça quando governou a Illia, nem nos outros ernpregoi. Coririr;iia Botelbo dando o motivo. = Foi etlevado por S. Ex.' R.ma a Meiriafio, e Efcrivab Lcclefialtico. = Agoia lhe dou eu- pelos Bordbes. = SebaRisó X3vier Eotelho , que vivi* particularinente compondo. Comedias, e Farças para o Tiieatro, foi ellcvado ao emprego de Defembargador , e por ultiino a Governador, e Capitab Geiietal da Madeira. Acabemos com o Lundum: Botslho como i n v c @tivou,*deve Fcr iave&ivado. = V& com que dele carnmento elle pergunta a paginas 53 3 Haverá alguem que conhefa aquelle Aleaide , e fiqutlle Meirinbo, .que o+ afirmar grre eZhs tem kuma Jb' wirtude crvica ? Parece que ou tarnbem poff o perpuntar : e haverá alguem , que conheça Sebnltiaó Xavier Botelho , que oufe a%rmar, que elle tem huma f6 vir tude civica ? ,, Aqui entre nbs amigo ,Botelho daria algum* couf'a fe podeffe ter o cara6i.r honrado daquelle Alí caide. Botelho, ou nunca teve juizo, ou varioU delle.' E que julgará aquelle meu Senlior, que Ca6 virtu-*des civicas ? Eu julgo, que he virtude civica , por. exemplo = Pagar-Te o que fe deve na6 roubar 1 fazenda alheia = Obedecer á Lei, e ao feu executor = Viver em boa fociedade com os Cidad5os & os eícandalizaado com acçóes finalmente q i v e?
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fem treficjncias; e iito em qualquer c l a k a que O Cidada6 pci-tenr;a. = Se a iRo re-ilrnenre í'e pode clilmar virtudes civicas , poflo dizer que ar tenho, e Botellio, q?ie faça o mefmo = e quando Caiba que as tia6 renlio, publique-o, aponte 0s f ~ c l o s ,e prove-os com documei~tos; que eu lhe prorelto fazer o i i i e l rno. Tu bem labes, que eu tenho huma dita, de q u e muito me v;irigIorio: que veni a ler. @e lou filho de gctatc carada em legitimo Matrirnonio -, e delle ~iarci: nunca vivi á cuita de mu1hcres , nem tive lojas de pomadas c vidros de clieiros , e fcmpre v i v i parcamente com O fru&o do meu traballio. = Julgo, qiic Boielho poder; dizer outro tanto ; e le diffrr mais alguma couza , que ihe hfJa bom proveito. Vi mais huma prova do bom caratter de Bot e l l m , e labr que aquelle Alcaide, que Boylho na melina pagina t r a t a com hum i r de d c l p y z o , e rediculameiite , foi em algum tempo muito eltimado de Botelho: fervio.fe, muitas, e muitas vezes do feu preltimo e .habilida&, e umbem do dinheiro que o Alcaide lhe adiantava para as funçóes : acceitou-lhe os prefentcs , entre os quaes era6 os paltelinlios de tutano, de que a Senhora goltava muito : conferenciava com elle á cera de Cabreitanre, e Ca-Lliau, dava-lhe tenhas para fe entenderem as rondas ; finalmeate tratava-o dc tal forma , que o AIcai& ainda caqfcrva huma carta de Botelho, em que muiro lhe agradece hurn peixe, que lhe mandou de mimo. Pergui~to2 Se O Bifpo de Elvas he Lenfurado por Botelho, por ter amizade com o mefmo Alcaide ; porque na6 hei de eu knlurar Botelho, por tratar com o Aicaide, receber os prefeates do ~ l c *
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de, fervir-fe do dinheiro do Alcaide, converfar com o Alcaide e dar fenhas ao Alcaide , a Senl~ora
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cliuchar os psíkeis de tutano do Alcaide ? penso que eRou no meímo caio? Agora he tempo de te refponder á pergunta, que me fazes [obre a razaG que Iiouve, para que chegando o açtual Governador da Madeira, D. ICoàrigo Antonio de Mello, áquella Provincia em 2~ de Junho do corrente anno , aaó tomou p o f i íenaó em 2 de Julho , quando era eRilo dar-le poffe do Governo logo aos trez dias. Refpondo , iílo foi liurnr das limpezas de m5os de Botellio : e eu me explico. Na Madeira he coRume pagar-le acs Funccionarios publicos os quarteis adiantados : o quartel , que findava no fim de Junho, já Botellio o tinha rccebido adiantado no priiiieiro de Abril : igora para clle receber o terceiro quartel adiantado, que começava em Julho, era neceliarin que elle Botellio no primeiro de Jullio f o k ainda Governador : o que ria6 aconteceria , le deffe porie ao leu íucceffor no dia 28 de Junho, como fernpre foi eítilo: porém elle Uotelho para moltrar a rua grande limpeza de niáos, e carafier defintereRado, que tanto iios inculca, demorou a pofle atb 2 de Jullio , p-r' chuehar n o primeiro de Julho ~:goo& do q u a r t e l , - que lhe na6 pertencia, vindo delta fúrma a naçaó a pagar a dois Governadores, quando devira pagar r hum 16: mas tudo ilto he eifeito da limpeza de niaõs de Uotelho. Gh ! grande zelo pela Fazenda Nacional tinlia aquelie meu Senhor ! Guardo para o Analyfe o mais que tinha a dia eer, fd te descubro aqui a verddeira causa da perfeguiçaó de Botlielho contra o Bispo de Elvss. No dia 30 de Janeiro foi o Bifpo com Boreliio jantar a casa do negociaiite Britanico Kobrrto Pnge, e iio 4
fim do jaiitar Boielho, pegando'dle no buldrii para ir para a oper.3 , convidou o Bilpo íecretainente para prdgar na Se, no Domingo feguinte, em que í'e pertendia cantar o Te-Deum , dizendo-lhe que prbgaffe contra o que le havia feito no dia 2 8 de Janeiro.- Certifi:ando-o , que elle tinha a tropa d d Iùa parte. O BiSpo rocusou-fe , e Botellio deceu a trornI l a , t a n t o que na6 convidou o Bispo n c f a noite para o feu camarote, como i i i i l i n feito no dia 28 e 2 9 , e coin effeito o BiCpo na6 foi ao tlieatro no dia 3 0 : Ora, dias depois, divulgando-fe, que S. Mageitade tinha accedido á cada Conflitucional, o Munto Digiio Frei Antonio das Dores, que entab era CuCtodio Provincial dos Francifcanos daquella Ilha , convidou o Bifpo para prégar , e officiar no Domingo feguinte na fua Igreja em Acça6 de G r a ~ a s por elre objefto , cujo convite acceitou o Bilpo ; porCm Botelho Ifabendo i%o embara ou a funfaó 16 para que o Bifpo na6 prigaffe , evantando a calumnia de que elle hia pregar contra a Conítituigaó. Progunte agora como iabia Botellio itto? a quem difle o Biipo que queria prkgar contra a ConRituisaó, e quem lho ouvio ? Se tu me dizes , que rexzando-fe o Bifpo ao maligno convite de Irarellio, elte na6 queria que, elle , pelo influxo que tinha no povo, prkgaffe a favor da Conltituiçab concedo. quem pode acreditar, que oBifpo acceitando hum convite, que fe derigia a favor do novo íyRema , foff e pregar contra elle ? Ei saqui como Borelho na fua hiRoria, inverte os fucceffos para incubrir as Tua intençber linifiras ; Ei saqui como Botelho diz que mandou all9alhar as prisóes, quando o taboado nem Iium prego levou , nem vio plaina, fendo deitado a rodo: Ei saqui como d e z , que os prelos eRava6 em plena liberdade fallando a todos, quando na6
f
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ent ravaó
l i mais de cinco penoas proliibindo-fe-!fie com OS lensos para as fan~iliâs. Eis-
a : & o acenar
aqui , por que ellc diz , que os prezos na6 lOffrera6 violecicias ; rendo eu mettido n'hum poço por elpaço de oito dias, cuja claridade era a de duas velas que Sempre tinha acezas; Eis-aqui findlmente coino fa6 todas as trapaças de que l e compóem a lua IiiRc-
,
ria,
Como todo o lundum de Botellio, Iie dizer, que fe remette para o summario , eu finalizo com n teguinte varia@ pelos bord6eii, qiie lie a Sentença d o dito sumrilario, e o Aviso da Secretaria de Eílado dos Negocios da JuRiça de 2o ctt: Setembro do prerente aiino.
Accardaã em Relaçaó &c. Que deferindo ao merecimento defies Autcs, em prefença do Senhor a e e r , que ferve de Regedor, nada ha a prover, por 1130 resultar dos mefmos , fcgurido o Direito, prova que obrigue a pronuncia a peff'w alguma como j á tiniir parecido ao proprio Juiz da Devaça n o leu Derpaclio a fol. 336 verío, e a fol. 18 verfo sdo Apenso n.' 10. Lisboa 1 8 de Agolto de l 8 z i . Como Regedor Barradas =Ferraõ = Gaahado =Lima = Freire de Macedo z; Xavier da Si:va Godint~o,==
Manda EI-Rei pela Secretaria de Eílado dos Negocios da JiiRiça participar ao Reverendo Bilpo de Elvas , D. Fr. Joaquim de Mçnezes e A t r a í & , que lendo-llie prefente o leu Requerimento, expon: 4*
paixdes rediciilas , afignariad couias muito peores ; q u e b e m Te mofl ra pelo niodo com que le a f i gnnr:.õ, U a h , amigo, bafla de Carta, a Analyze lypare-
o
cerá , e no eni tmto fico elperando algum elçriptn d e Bo!ellio , em qiie me oblèqueie com os noines de pariffe , e mariolla ; mas conio na6 lia de junta- documentos das mariolladar , vealia o que vier, que tudo {a6 raí'gos Poeticos. Lisboa 1 4 de Oiitubro de i 8 2 I. = T e u Atn~goSincero Luid Joie Baiardo.
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P. S..
Carta, em que teadmiras de eu na6 tallar fobre a indcprrideecia , e gerarcliia das teítemunhas , digo-te que a maior part e dellas faó as niais dependentes, que fe p0de dar, e muito dependia6 de hum Governador, por deverem grandas sommas a Fazenda Nacional ; outros por krern da Secretaria do Governo, outros por praticarem, e figurarem na Junta da Fazenda, outros por traballiarem no' trem , e o reíto por deenderem das patentes das ordenançls , e Melicias. rn q u a ~ ~ táo Gerarcliia, elpeio que me digas, ue alta G~rarchiapertencem , por exemplo bum Guiernie Filippe , que Botelho tem0 ás. fuas Fopas , e accotnmodou por Caixeiro em Cafa de Page ? A que alta Gerarcliia-pertencera8 o Pintor Joaquim L.ionaa+ do da Rocha, e Q Sirurgia6 Manera., Luiz Henriques ? A que grande Gerarchia pertenceras, L: tas Francisco de Matios, que he funileiro? e Francifco Joaquim' de Aguiar ? Na6 pences , que apptando eltes einpregos , eu queira redicularizar a s pelToas, que os exercem ; porque eltou bem certo, que hum Pintor, e hum Funileiro ia6 Cidadaós, .r quando 136 - -iio?rado~, elles I:et que - honf áó os Agora meímo recebo a tua
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empregos, e n a 6 enes ás peNoas: eu fó quero derrninrir as F3nfa:ronadas de Dotellio, poi.qu- a iiiuitos , affiiçnáraó, devo amizade, beiieiicios , e
gra tic!36. C ) facto, que na carta retro te relato, {obre o 'convite que Botelho fez ao Uift~o de Elv.3~ para prigx conua o q k e fe tinha praticado na Aladeira no ieiiipre Faiilto dia 28 d e laneiro, tenlio-o aireitado pelo Bifpo de Elvas; foi publico neKa Provincia e o Juiz de Alfandeça , Manoel Caetano Cczar de Fieitas já o fez publico pela imprensa ~ ~ ' h l i r i i areprefeiitaçaó , que fez contra Botelho á R e g e n c i ~: outras muitos factos Te Iêm na dita reprelentaç:i6, a f i m como em oiirra de Diogo Luiz Cypriano , taiiibern imprefla , talvez me perguntes, por que motivo na6 tem Botelho refutado aquellas imputaçáes de extravios da Fazenda Nacional ? Eu te poíib refponder, que a mareria h- muito icitrinc a d a , e e t t i t:iõhem docomentada, que a meu v e r ,
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.Bctelho nunca refponderá. E m fim concluo a refpeito de Botelho, e de toda a Tua Iiiftoria, coin o feguinie. Erut ergo videre miftrinm. =Luiz Jofé Baiardo.
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Amigo na6 quero deixar de t e participar; antes que Iêas a analyze7, dois caros muito gabotes , e que Botellio na6 inferi0 na (La hiltoria, a q u e deo o nome de chronologica, talvez por efquew ~ i r n e n t o ,ou pelos julgar indignos de apparecereni em
publico.
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Na noute do dia 24 de Fevereiro, em que ti:
veraó luglr ar prifóes da Fevereirada da Illia da Madeira , cltaildo Botelho, o Ex-Corregedor Luic Gomes de Soi;za Telles , e o Juiz da Alfnndega da Provincia dn Madeira , Matiorl Caetano Cezar de Freitas, c miiiras inais pelToas de hum , e outro sexo, em cara do Brigadtiro Jorge Frederico Lecor , cel. lebraiido Iiuiis annos , e que me dizes a efia ? Bo. tellio a figurar a Madeira em tumultos , eltando ao mesmo tempo em f u n ~ ó e s n o centro da Cidade! Porém elle bem iabia o que tinha feito, o podia
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efiar delcançado nas rondas Civicas ! .) mas como te Iiia contando, cellebrando huiis annos, cuja perionagern me n a 6 lembra: eis que alli fe aprefenta liuma ronda com hurn rapaz prelo, trgrendo coa mo prova do Teu crime hum canudo de canna inliado com Iium barbante, e rujo de polvorl ; e l1um3 pouca de polvora muida e amaffada , com mijo, embrulhada em hum papel aprefenta-fe á aff embika aqoelle d o , com o caracter de incendiador das caias em que morava Iium marcineiro chamado Antonio Manoel por Antonomazia = O Aninhas = díz-Pe que a polvora era hurn mifio incendiaria, e venenoso, que Ilie tinha preparado leu amo, o honrado JofP Joaquim de Vasconcellos , para o dito incendio. Tudo ilto fe acredita logo,. e o Ex-Corregcdor , he o primeiro a acredira-10, na6 querendo tocar na polvra como invenenada, fazendo deRe modo fospeitofo aquelle CidadaB, e incitando o povo contia elle. O Juiz de Alfandega Manoel Caetano Cefrr de Freitas, que percebe0 a impofiura , e eltava b ~ r i i certo, que tudo era patranha , foi o primeiro, que pegou na polvora , apertando-a nos dedos, e cheirando-a, e dizendo ao Ex-Corregedor , e aos circumflantes, que aquillo era polvora ainaflada cain mijo, que aquelle Tapaz tinha prepado para Te di-
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que fe dcfengafiafim clireirlrnAo-a. O Ex; Corregedor , na6 podendo rt-fi(ti r , o u excuzar-le foi a tocar na polvra, e logo f e paz agritar Sacudindo o dedo.. Ai a i . que effou invenenado venlia a G o a . . venlia a g u a . Aqui le lhe acuclio.. e f b ~entaó, que o Juiz da Alfandega lhe faz ver , que {e o dedo liie ardia , ei a por ter huma pequena ferida, e que a polvora por via do falit r e , Iie que lhe m o t i v ~ v aaquelle a r d o r . . Aqiii fccegou mais o efquentado Ex-Corregedor . porCm o Rapaz ficou em Cuflodia , e o a m o foi preZo , c rnettido em rigorofo fegredo R&m trnidt i s amicz ? , , vertir ; c
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No celebre, e decantado Coníelho do dia 2% de Fevereiro, que íe fez para a expulçaó do Bifpo de Eivas , o Famigerado , e exotico Ex-Corregedor Telles , pi-iiicipiou a proferir calumnias, e levantar alleives ao Rifpo de Elvas ( Nota agora , que o r31 'relles , além de fer de literatura gorda, he tambem daquelles , que cliuchando os peruns, e os pre{entes , paga com iiijurias, alleives , teguindo o syficma Borellienk.) E depois de affil-mar , rodo infianiado, que tiniia Documentos, que provava6 a Colpiraçaíi , ( Os quaes iiunca teve, nem*apparecem no Summario oh Caro Amigo que MagiRrado t a 6 verdadeiro !. oh ! que bella prenda ! .) depois de ter gritado , foi entaó , que liipocritameste jBote1lio o mandou callar, dizendoIlic . . balta baRa Seiihor Corregedor. rem tanto fogo Aqui figurou o noao beroe de compalGvo , para mais fazer crescer o Teli partido, e o odio contra o [liilpo: mas logo perde o caracter
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de compafivo quando o Vigario Capitular do BiC o Doutor Joab Manoel do Couto e Andra&e, homem ~ r u d e n t c , fez ver ao ConseIho, e req u e r e o , que pertendia ver os Documentos em que firmávab as queixas ; pois tendo elle de certeza, que tudo era falso, na6 podia decidir, nem o cliamado Confelho o poderia fazer iem hum verdadeir o conhecimento ; -por tanto, elle affirmava , que tudo era falso, e exigia os Documentos. Aqui ie levanta Botelho ; ( porque vio. o calo perdido : o Corregidor na6 tinha tres Documentos , porque fe os tivefle , elle os juntaria ao Sumrnario ,) e todo a f i o a i m a d o ,. diz para o Vigario Capitular Na6 nos queira- perder, Senhor, na6 nos queira perder . na6 queira perder a Patria Agora., amigo , queira que vejas , e conbines ; como aqueile Botelho,. na fua hi@oria nos inculca , que elle'nada infl'uio naquellas tramoias, e por iíTo o h a m a n d o Chronologica a dita Hifioria , na6 quiz narrar estes dois cazinhos , que fa6 dignos de toda a ~ e n ç a; d e por tanto conduo-, a respeito de Bom selho, -e do Ex-Corregidor , que quein os conheqw os compre e faberaó as pept que leva6
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