004 20 De Agosto De 2008

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CEEDUC Centro Evangélico de Educação e Cultura Curso: Bacharel de Teologia (Ministério) Turma: Modular Disciplina: Diaconia Professor: Egon Wutzke Acadêmico: Márcio da Costa Batista

004 20 de Agosto de 2008

O professor Egon disse que “Diaconia é o amor de Deus direcionado a minha vida, que passa ao meu próximo e volta para Deus”. ------------------------------------------------------------------------------Sexta-feira às 19h inicia a aula de Metodologia Científica Sábado das 8h às 12h e das 14h às 17h ------------------------------------------------------------------------------O professor leu em sala de aula o texto bíblico João 11 e aplicamos a vida cristã à realidade vivida pelo Lázaro, que faleceu e dentro de três dias, Jesus o ressuscitou. Alguns pontos estudados: Ele (Lázaro) estava morto, e morto:      

Não come; Não tem sensibilidade; Não vê; Não se compadece; Não tem forças para orar, ler a palavra; É surdo espiritual.

------------------------------------------------------------------------------Assistimos ao filme da LukFilm, África – uma inesquecível viagem Missionária. Irmã Joane Bentes (Tia Jô) apresenta a sua viagem à África. Em visita a Igreja Evangélica Assembléia de Deus Nova Aliança presidida pelo Pr. Eliel Gomes.

Na África do Sul o luxo e a beleza ainda é presente, mas no Zimbabwe e Moçambique a pobreza, miséria era bem presente, com roupas velhas, pé no chão. Durante as ministrações noturnas o povo cantava e dançava durante 6 horas ininterruptas. O único alimento do dia, o almoço para aqueles irmãos e irmãs é servido uma massa de milho, “sem gosto algum”, segundo a Missionária Joane. No dia seguinte foi servido uma chícara de chá e batatas. A água é comprada, a igreja recebe com festa a água que foi adquirida pelo pastor Eliel Gomes. Um detalhe importante, as crianças cantam e dançam em sincronia e com perfeição na sua simplicidade, mas com muita alegria. Quando foi apresentado um vídeo do congresso dos GMUH, um irmão gritava, “temos uma grande família no Brasil, Allelluia God, Allelluia God, temos uma família grande no Brasil”, gritava emocionado. Na discussão em sala de aula, vimos que o povo adora a Deus com sua alma, podemos ver seriedade, fidelidade, sinceridade e integridade ao Senhor. Na outra localidade, vimos a pobreza terrível (com muitos adjetivos), em um momento que “sobrou” o alimento dos irmãos que estavam trabalhando na construção do templo, as crianças “avançaram” na panela e num amontoado de gente, raspando a sobra na panela. Segue na próxima página uma análise da sua viagem a África redigido pela Missionária Joane Bentes (Tia Jô) e que encontra-se publicado em seu site.

África -Uma inesquecível viajem missionária De 5 de julho a 6 de agosto de 2006, por um período de 31 dias, a missionária Joani Bentes, esteve engajada numa viagem ao continente africano,atendendo o convite da igreja ev.ass.de Deus Nova Aliança, presidida pelo Pr. Eliel Gomes com sede na África do sul na cidade de Johannesburg, acompanhada do casal Dr. Almeri e irmã Fátima, viveram dias de desafios e grandes experiências missionárias, as quais compartilharemos com nossos leitores.

Recebi de Deus a oportunidade de conhecer uma parte desse continente. No dia 4 de Julho embarcávamos no aeroporto de Guarulhos rumo a África do sul com grandes expectativas, sabíamos somente que chegar lá era promessa de Deus mais não imaginávamos, o que viveríamos realmente. Era um dia frio de inverno com temperaturas abaixo de zero quando pisamos em solo África, com o coração cheio de muitas expectativas passamos a conhecer a África rica,o celeiro africano, um país que já foi considerado cristão, mais hoje vive debaixo de uma grande miséria espiritual,ficamos chocados ao sabermos que 50% da população é Aidética, e morre por dia mil e duzentas pessoas dessa terrível doença, vimos pessoas cortando o cabelo na rua fazendo a barba também pois não podem freqüentar salão, só se apresentar um atestado medico comprovando que não tem a doença, apesar das suas belezas naturais, Johannesburg é uma capital violenta,e um grande campo missionário. Participei por 3 dias de uma conferencia feminina, ministrando a palavra de Deus, na Ig. Ev. Assembléia de Deus Nova Aliança, essa igreja em sua maioria é formada por irmãos imigrantes quem vem de outros paises estudar ou trabalhar, na sua maioria jovens que longe da família encontram aqui amparo e proteção, na sua maioria Angolanos e Moçambicanos. Foram dias maravilhosos, dias de grande avivamento espiritual, salvação de almas e batismo com espírito Santo, aleluia.

No dia 11 de Julho deixamos a África do Sul,dentro de uma caminhonete,acompanhada do Pastor sua Esposa irmã Rosa, irmão Almeri e irmã Fátima, partimos em uma em uma expedição absolutamente Missionária em direção a Moçambique. Foram aproximadamente 22 duas horas dentro daquele automóvel, em constate oração para que pudéssemos passar as fronteiras. O primeiro desafio foi à fronteira do Zimbábue, depois de algumas negociações conseguimos passar. Agora sim começamos a enfrentar a realidade da África, bem diferente de tudo o que já ouvimos e vimos sobre a África, pessoas a beira da estrada, em busca de ajuda, crianças indo pra escola descalços, usando uns trapos de roupa, quando parávamos o carro logo era cercado por muitos africanos que pediam comida, uma realidade que dilacerava nossos corações. Recordo de um dos guardas da fronteira aproximar-se do carro com seu uniforme bonito, e um tanto envergonhado, pedi ao pastor um pouco de comida, pois ele tinha muito fome, imaginem se o funcionário do governo não tinha o que comer quanto mais a população carente. Era aterrorizante as cenas que sucediam a cada percurso que fazíamos. Zimbábue, um país que já fora prospero, exportou alimentos para outros pais por muito tempo. Hoje é marcado pela miséria,conseqüentes das guerras, as horas que viajamos dentro desse país foram angustiantes, estradas difíceis, perigos constantes, lembro de um grupo de crianças gritando em volta do nosso carro: azumbo, azumbo! Quer dizer, branco, branco, não como elogio e sim como xingamento, tínhamos que ter muita cautela, o Zimbábue é um país difícil, tentamos dormi em um hotel próximo a fronteira, mais nos cobraram cerca de 900 reais por pessoa, por uma cama num quarto coberto por palha, não tínhamos dinheiro pra isso então continuamos a viagem, cerca de 8 horas da noite estávamos pedindo para sair do país, pois lá você paga pra entrar e sair, é inacreditável, eles tentam nos saquear de qualquer forma, atenção psicológica é muito grande, cada vez que eles se aproximam do carro! Mais víamos os constantes cuidados de Deus em tudo! Aleluia! Vi o Senhor cegá-los, pois encima da caminhonete lavávamos todo o material de construção para construirmos um templo em Moçambique.E todas as vezes que o carro era revistado orávamos para que eles não visse o material de construção. E o Senhor não deixa eles verem aquele material. Aleluia! Agora estamos entrando em Moçambique, e lá dormimos, em um hotel típico da áfrica, quartos cobertos de palha. No dia seguinte, chegamos a cidade de Chimoio, fomos recebido por nossos irmãos Moçambicanos, que estavam nos esperando há dias, eles dançavam e cantava em volta do carro, era uma cena emocionante de mais,muitas crianças muitas mulheres, pois iramos fazer uma festa para as mães daquele lugar era a primeira conferencia feminina. Montamos ao lado da pequena igreja o nosso acampamento, os irmãos não paravam de chegar, vinham de todas as partes,alguns andaram 70 quilômetros, outros 200 e ate 800 quilômetros, as mulheres com seus filhos amarrados em suas costas, na maioria doentes, a lepra a tuberculose, AIDS, são doenças comuns dessa região. Muitos vieram de caminhão, outros de carroça, outros de a pé, chegavam cantando e dançando sempre, é um povo alegre sem motivos para isso. Mais para eles conhecer Jesus é a alegria maior. Perguntei a uma irmã africana que havia chagado de longe seus pés sangravam,porque ele fizera tamanho sacrifício? E ela me respondera que onde ela mora ninguém sabe ler e ela caminhou dias pra chegar aqui e ouvir alguém ler o livro sagrado, chorei ao lembrar que aqui temos cultos para todas as idades e preferências, escolhemos ate o pregador que queremos ouvir. Somos egoístas, pouco agradecidos. Esse povo caminha quilômetros, e na maioria doentes, mais vem em busca de ouvir a palavra de Deus. Vi um homem chegar amparado por alguém, era uma cena horrenda ele estava em estado terminal de AIDS, ficou ali jogado no chão, veio em

busca da cura, pois quando tem culto nem os doentes ficam em casa, as cenas que decorriam diante de nós não a como descrevê-la. As irmãs começam a passar betume no chão onde ela vão dormir durante a festa,sempre cantando com seus menores amarrado nas costas,betumavam com as mãos e com muito sacrifício, mais estavam felizes por estar ali. Outras ficam em suas esteiras ao lado da igreja, nada impede esse povo de cultuar, as crianças choravam com fome e as mães cantavam, é inexplicável. Durante a conferencia, ministrávamos pela manhã tarde e noite, e o povo queria sempre mais, povo faminto de Deus, muitas vezes o mau cheiro não permita que os cultos fossem dentro da igreja saímos pra rua, e Deus continuava a operar, grande era a manifestação do Es. Santo, mulheres, sendo libertas das bruxarias, e recebendo o Batismo com Espírito Santo. Mulheres, sofridas, escravizadas, desprezadas, agora sentiam o verdadeiro amor de Deus. Os cultos foram marcados por milagres e maravilhas, e o povo cantava e dançava sem parar, sempre que eles estavam cantando algumas irmãs corriam dentro da igreja dando um grito especial, abanando com sua capulana (um pedaço de tecido) é um ritual de saudação ao Espírito Santo. E cada vez que elas levantavam a gloria de Deus se manifestava, a adoração dos irmãos africano é única e inexplicável, um povo que não tem motivos para ser felizes e são. Durante os 5 dias que passamos em Chimoio, nossas vidas foram marcadas de forma extraordinária por Deus. Todas as noites os cultos era com a participação de todos. Mulheres, homens e crianças, que cantavam e dançavam cerca de 6 horas muitos doentes e com fome, pois eles só comiam uma vez por dia, isso por que estávamos lá e tínhamos levado a massa do milho pilado que é a alimentação deles junto com umas folhas de couve somente, mais eles cultuavam a Deus com tanta alegria, ninguém sai antes do termino, eles são muitos reverentes.Vi dois irmão chegarem de mão dadas no culto, suas roupas estavam brancas de poeira, percebi que um era cego, e o outro o condutor, e a Historia desses dois irmão é impactante. Eles eram inimigos de guerra, um tentava matar o outro, um dia um deles aceitou Jesus e propôs no seu coração que quando terminasse a guerra ele iria procurar o seu inimigo pra falar de Jesus a ele. E assim vez, ao terminar a guerra ele saiu em busca de seu inimigo, e quando o encontrou ele estava cego, uma mina que ele preparara para matá-lo havia cegado-o, o africano convertido pediu-lhe perdão e falou-lhe de Jesus! Ele aceitou e também se converteu hoje para gloria de Deus o cego é o pastor de uma das igrejas de Moçambique, e quando ele precisa viajar para as reuniões e conferencia, é seu ex.inimigo de guerra que viaja 800 quilômetros para buscá-lo e conduzindo-o pelas mãos ele o leva com muito satisfação. Só Deus transforma, inimigos de guerra em amigos verdadeiros, unidos pela causa do mestre. Hoje o testemunho desses dois servos de Deus tem transformado muitas vidas. No ultimo culto em Chimoio, conseguimos com ajuda do Pr. Gomes um projetor multimídia, conseguimos energia de bateria, projetamos o congresso dos Gideões pra eles,colocamos a manhã missionária com a participação dos gideões mirins, e algo emocionante aconteceu. Todos olhavam impactados, pois nunca viram uma igreja daquele tamanho, nunca viram tantos crente reunidos, fugia da realidade deles, com olhos arregalados olhavam para a tela, eles não entendiam o que se falava, pois a maioria ali fala macena e não o português, mais quando aos gideões mirins começaram o jogral eles começaram a chorar, entendi que o Espírito Santo traduzia para eles, de repente, um levanta-se um áfrico já idoso com seu rosto sofrido, corre em direção ao pastor joga-se de joelhos diante dele, beija a sua mão e diz: “papa, nois num tá suzinho, nesse africa, nois tem uma família nu Brasil e nossa família é grande! Papa nois nun ta suzinho num ta

suzinho”. Levanta-se e envolvido pelo Espírito Santo começa a correr dentro da igreja e a gritar chorando dizendo que eles não estavam sozinhos tinham, apontando para tela eles dizia ter uma família no Brasil, a glória de Deus começou a se manifestar de forma maravilhosa e muitos foram batizados com Espírito Santo, Aleluia! Chorei muito naquele momento, jamais esquecerei a cena que decorria diante de mim, eles pareciam querer entrar na tela, que exibia o trabalho dos gideões, pareço ouvir nosso irmão Africano dizendo que somos a família deles. Chimoio é uma cidade cheia, de muçulmanos e muitos bruxos também, mais lá tem um povo servindo a Jesus, um povo que espera o venda de Jesus. Um povo que vi por 5 dias dormi no chão ao lado de uma fogueira, mais feliz por que estávamos com eles. O ultimo culto foi marcado também pela presença do representante do governo, que veio entregar ao pastor o titulo definitivo da igreja, fui chamada para fazer a oração de agradecimento e quando comecei a orar o representante do governo começou a se retorcer todo, e ele era um bruxo, me olhava com seus olhos vermelhos, como se me desafiasse,continuei orando ate que ele caiu sentado no banco, a manifestação satânica na áfrica é visível, e constante, em todo tempo estávamos sempre repreendendo em Nome de Jesus Nossa despedida de Chimoio foi com lagrimas, mais tínhamos que continuar, estávamos somente no inicio de nossa viagem. Agora seguimos em direção a província do Teti, distrito de Mutarara , vila do Charre, fronteira com Malawi era nosso próximo destino. Viajamos por aproximadamente por 16 h sem parar, conosco estava um equipe de irmão que construiriam um templo em Charre, eles seguiam encima de um caminhão cheio de material de construção, homens e mulheres, tomados pela poeira da estrada, mais sempre cantando. Atravessamos o rio Zambezia, passamos por lugares perigosos de caça pesada, conhecemos algumas cidades como: Gôndola, Enchope, Gorongoza, Morrumbala passamos pela província de Manica, Sofala, Zambezia. Cada cidade e vila que passávamos víamos uma imensa população vivendo miseravelmente. Muita seca, muita fome,muita cede. No percurso encontramos ainda marcas da guerra, casas e pontes destruídas por mísseis. Todas as vezes que o corro parava, era cercado por uma multidão de crianças que nos pediam comida. Lembro de encontrar um menino com sua cabeça cheia de bichos seus olhos amarelos e sua barriga muito enxada, parado a porta corro ele me olhava profundamente, não suportei comecei a chorar, era somente uma criança de 8 anos de idade condenada à morte e eu nada podia fazer, nada! Ele me olhou por alguns minutos e eu pedi ao Senhor misericórdia, a minha dor era imensa dor da incapacidade, desespero por nada poder fazer. Chorei e pedi a Deus que enviasse missionários para aquele lugar. As cenas ficavam cada vez mais aterrorizantes, pedia a Deus que me desse estrutura para continuar, a dor na minha alma era insuportável, foram horas de lagrimas (choro). Chegamos a Vila do Charre, fomos recebidos por um grupo de crianças que gritava e cantava, eram aproximadamente 300 crianças descalças, usando uns trapos sobre o corpo,uma cena indescritível, tínhamos que agüentar as lagrimas.Recordo das palavras do pastor Gomes dirigidas a mim:”Aqui esta tua congregação tia Jô” ( chorei naquele momento) Estávamos profundamente cansados, a pressão psicológica era muito forte, minha cabeça parecia que ia explodir, descemos do carro e o pastor pediu que não abrasássemos as crianças pois todas estavam muito doentes, ele tinha muito cuidado conosco, passou-nos repelente pois ali era região de muita malaria, irmã Rosa sua esposa foi logo preparando um fogo pra esquentar uma conserva trazida da África do Sul, estávamos exausto e como muita fome, mais como comer com 300 pares de olhos famintos te olhando na escuridão da noite, hora difícil onde as lagrimas misturavam-se

ao alimento, mais tínhamos que comer, pois eles são acostumados a não ter o que comer e nós não! Foi uma noite difícil para todos, o caminham que trazia os irmão e nossas barracas não consegui chegar e tivemos que dormir no carro sentados, naquela noite eu não tive forças pra orar e me sentia fraca, muito fraca, foi uma noite agonizante os demônios vieram nos desafiar e passamos por terríveis guerras espirituais, mais o Senhor nos deu forças para vencer! Às 5 horas da manhã as crianças começaram a chegar novamente, nada tínhamos para oferecer a eles o caminhão ainda não havia chegado, o momento era difícil,crianças chorando de fome, e muita miséria diante de nós, orávamos pra que o caminhão chegasse,os irmãos estavam ansiosos para continuar a construção do templo que eles começaram a 4 anos atrás. O Caminhão chegou, começamos a montar as barracas novamente e nossos sacos de dormi, ali ficaríamos por alguns dias. As irmãs preparam a massa de milho e servem um pratinho pra cada criança, eles estavam famintos, ajudei a alimentar alguns com meu próprio dedo, pois ele não usam colher, ao sentir aqueles bebes desnutridos sugarem meus dedos com a força da fome, chorei sentindo um forte dor na minha alma. (choro) Depois de amenizar um pouco a fome deles, fomos pra baixo de uma arvore e ministramos o primeiro culto para as crianças, os olhos deles pareciam nos tragar, era como se eles sugassem a nossa alma, inexplicável o que sentíamos naquele momento, cantei e contei uma história bíblica, agora eles começam a se familiarizar conosco. Logo percebi a dificuldade que teríamos, pois eles não falavam o português, poucas são as crianças que vão a escola e os dialetos são variados. Entrei na minha barraca e pedi ao Senhor sabedoria para evangelizá-los, esta em estado de choque, profundo abalo emocional, achei que não ia suportar, a saudades da família a realidade que estava diante de mim, me sentia uma pequena gota em meio a um oceano de necessidades, chorei por horas dentro daquela barraca de plástico num calor insuportável, foi então que vivi uma linda experiência com Deus, Ele enviou um dos seus mensageiros pra me consolar e através do Salmos 33.18 e 19. Recebi um balsamo, recebi uma espécie de anestesia, minhas forças foram renovadas, voltei a me alimentar, e usei todos os meios possíveis para falar de Jesus aquelas crianças tão sofridas, que nasceram simplesmente para morrer, e convivem com a morte naturalmente crianças sem perspectiva de vida, crianças doente, com o olhar vazio, mais que logo aprenderam a cantar hinos de louvores a Deus e agora cantavam e dançavam com muita alegria. Lembro da pequena Maria que dança tão alegremente, usando um vestido rasgado com seus pezinhos no chão mais nada a em pedia. Recordo com saudades e lagrimas nos olhos, dos momentos marcantes que vive com eles, quando 5 h da manhã eles cercavam a minha barra, e começavam a dizer: ‘tia Jô Escola’ ou cantavam as musicas que havíamos ensinado, ate eu abri o zíper da barraca, ai eles gritavam pulavam, e corriam pra baixo da Arvore pra nos esperar. Todos os dias dávamos a eles um pouquinho de mingau da massa de milho, sem leite, e com pouco açúcar,era tudo o que tínhamos, e eles ficavam satisfeitos. Recordo deles raspando a panela antes de lavarmos, era uma cena que nos fazia chorar. Vi muitas vezes Deus multiplicar aquele mingau, que eles chamavam de mata bicha. Enquanto evangelizávamos as crianças, orando por eles, tirando-os das maldições dos bruxos, os irmãos construíam o templo. Foram dias inesquecíveis! Culto com as crianças de manhã e de tarde, a noite não havia luz elétrica por isso dificultava nosso trabalho. Charre é uma Vila próximo ao Malawi, com uma população muito carente, seus rios são cheios de caramujos, e a maioria das crianças sofrem de esquitosomose, urinam sangue

ate morrer, aproximadamente 70 % da população é aidética, há também muita malaria, tuberculose, e lepra. As pessoas vivem sem higiene alguma, comem no chão deitam na terra, suas casas são taperas pior que um chiqueiro, lá dorme pessoas e animais, e há muitas doenças. O numero de Pessoas que vinham em busca de remédio era muito grande, vi por varias vezes irmã Rosa entregar a eles um AS, fazer uma oração e Jesus curava na hora. Ministrei em um culto onde o Senhor revelou a um pastor Africano Pr. Nassum, que eu deveria orar por um menino chamado Antonio, o menino veio a frente, e ao colocar as mão nele fiquei pasmada, seu peito tremia, e fazia um barulho constante, era tuberculose, havia um forte cheiro que sai dele, estava pele e osso aquela crianças, chamei meus companheiros de viagem e pedi para colocar as mãos também Dr. Almeri fico chocado. Com autoridade repreende em nome de Jesus o espírito de morte, instantaneamente, o tremor passou, o barulho também, ele respirava forte, não tinha mais dificuldades, o mal cheiro se foi, ali nas nossas mãos sentimos o milagre de Deus, fomos todos cheios do Espírito Santo, e Senhor revelou que devolveu a vida de Antonio, pois ele seria o futuro missionário do Charre, no outro dia estava Antonio com suas roupas rasgadas,carregando pedra para a construção da igreja, Aleluia! Deixar o Charre foi muito difícil para todos nós, nos apegamos demais às crianças, e elas a nós, mais precisávamos ir, a construção havia se concluído e logo após a inauguração entramos no carro e deixamos, os irmãos no culto, na saindo lembro do pastor parar o carro, e orar por um irmão que estava do lado de fora da igreja morrendo de tuberculose. Recordo de um momento muito difícil para mim, quando um dos meninos que evangelizamos chamado Ruiz, veio se despedir de mim e disse: “Tia Jô vai voltar pra tu Brasil” e eu disse que sim, ele me disse: “Tu volta pra teu Brasil e Ruiz fica no África”, eu disse a ele que voltaria pra vê-los um dia. Ele me disse: “Quando tia Jô volta Ruiz já morreu, mais Ruiz vai encontrar com tia Jô num lindo lugar que tia Jô ensinou” Chorei abraçada no Ruiz, mais agradecia a Deus por me permitir mostrar a ele o lindo lugar. (choro) O carro começa a se afastar e as crianças correm atrás, pedindo pra não irmos, a dor daquele momento foi forte de mais, insuportável, trago gravado o grito das crianças, crianças esta que daqui a um ano, de 300 passaram a ser 150, pois morrem em grandes números, os pais já colocam nomes duplos nos filhos, pois sabem que um vai morrer e outro manterá o nome, a maioria tem 18 filhos, 20, mais vivos soma-se menos da metade. No momento que nos afastávamos eu clamava ao Senhor em desespero que enviassem missionários para lá, que amparense aquele povo. Quero terminar esse artigo, dizendo a você querido leitor, por favor não leia esse artigo com emoção e sim com compaixão! Eu voltei da África doente de malaria fiquei muito mal, minhas pernas paralisaram,os médicos diziam que eu não iria suportar,mais meu Deus me deu vitória, e farei tudo de novo por meus irmão Africanos. Quando estava no hospital, Em uma situação critica, perguntei a Senhor porque estava acontecendo aquilo comigo, ele me disse, que era necessários sentir a dor deles, a fome deles a necessidades deles, para que eu falasse da África com compaixão. Que o mesmo sentimento que domina meu coração agora, possa dominar o seu também, e que você se compadeça pela África e faça algo por eles. Vamos deixar de ser egoístas e vamos ajudar esse povo sofrido, esquecido, porém lembrado e amado por Deus.

Vamos aprender a sermos agradecidos com os nossos irmãos Africanos, que não tem o que comer, nem o que vestir, moram em Taperas, pior que um chiqueiro, e são felizes. Deixo aqui me relatório resumido dessa viagem missionária, pois é impossível relatar tudo o que vivi esses dias. Mas faço um pedido em nome de Jesus, ore pela áfrica, ajude-nos a fazer um pouco mais por esse povo ! Projeto África! Levando pão e água da vida aos famintos da terra!

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