TREINAMENTO DE VALVULAS INJETORAS
O QUE VEREMOS NESTE TREINAMENTO
Injeção – Bico injetor: limpar ou não limpar? Limpeza de bicos injetores é um assunto pra lá de polêmico entre mecânicos, fabricantes de peças e automóveis. As válvulas injetoras de combustível (nome técnico correto), teoricamente, são “autolimpantes” e não precisam passar pelo processo. Mas como é impossível controlar a qualidade do combustível que sai das bombas dos postos para o tanque do veículo, o proprietário está sujeito a abastecer seu carro com misturas químicas perigosas para a saúde do motor. Daí para frente, os problemas vão se agravando, incluindo o acúmulo de sujeira na ponta da válvula injetora – e é exatamente aí que está o ruído de comunicação entre empresas do setor e profissionais da reparação. Afinal, limpar ou não limpar? Mas, externamente, na região que está em contato com a câmara de combustão, com o uso constante de combustível ruim, pode haver problema de carbonização, o que vai tampar os orifícios responsáveis pela pulverização de combustível. “Isso vai prejudicar a formação do leque e diminuir a quantidade de combustível injetado na Câmara", detalhando que esse acúmulo de sujeira prejudica o consumo e provoca falhas de aceleração no motor, entre outros problemas. Quando isso acontece, a limpeza da válvula injetora se faz necessária. Por isso, a importância da qualidade do combustível é um conceito que deve ser repassado para o proprietário, já que veículos atuais de grande vendagem merecem tantos cuidados quanto os mais avançados importados. “Por exemplo, o MSI da Volkswagen, que equipa Gol, Fox, SpaceFox e Saveiro) é um motor tão complexo que, se caso um bico injetor entupir, e o motor detectar que a explosão está fora dos parâmetros, a injeção corta aquele bico injetor. Se cortar o bico injetor em uma estrada e o motorista insistir em andar, vai dar problema no motor, chegando ao derretimento do pistão por falta de combustível”, descreve o especialista.
AFINAL, O QUE É UM BICO INJETOR ?
1 - Filtro 2 – Conexão elétrica 3 – Bobina magnética 4 - Induzido 5 - Agulha 6 – Assento cônico 7 - Esfera 8 –Placa de furos
VÁLVULA INJETORA Função 1. A Válvula Injetora ou Injetor controla a injeção de combustível de forma precisa. 2. É responsável pela formação da mistura, injetando o combustível atomizado, na forma de finas gotículas, na corrente de ar que se dirige aos cilindros. Princípio de Funcionamento I. O injetor é constituído de um corpo dentro do qual existe uma válvula de agulha, solidária a um núcleo magnético, e uma bobina ou solenóide. II. Quando não há corrente alimentando o solenóide, a válvula de agulha fecha o orifício de saída pela ação de uma mola helicoidal. III. Quando energizada, a bobina cria um campo magnético que atrai o corpo da agulha, o que determina a abertura do injetor. A agulha se desloca aproximadamente 0,1 a 0,5 mm e o combustível é injetado, através do orifício calibrado. Para pressões de até 4,0 bar (0,05 m/m), para pressões acima de 4,2 bar(0,02m/m).O combustível sai na forma de jato e se pulveriza instantaneamente formando um cone de aproximadamente 30 graus. IV. A ponta de agulha tem um contorno especial a fim de conseguir os padrões de atomização do combustível, necessários para cada aplicação. V. Atualmente podem ser encontrados injetores com os seguintes valores de resistência: • Injetores de baixa resistência: 1,5 a 3,5 ohms. • Injetores de alta resistência: 12 a 20 ohm. As válvulas de injeção possuem arruelas de vedação de borracha (“O-Ring”) que as isolam do calor do motor evitando assim a formação de bolhas de vapor de combustível, assegurando boa partida a quente. As arruelas evitam, também, que as válvulas injetoras sejam submetidas a excessiva vibração.
INJETOR COM LEQUE E PULVERISAÇÃO DEFEITUOSOS OCASIONANDO CONSUMO DE COMBUSTIVEL, FALHAMENTO NA DIRIGIBILIDADE COM VEÍCULO.(SUJEIRA NA AGULHA). PROVENIENTES DE COMBUSTIVEL ADULTERADO COM SOLVENTES E OU ÁGUA. ENTRA EM FORMA LIQUIDA E DEPOIS CRISTALIZA NO INTERIOR DOS BICOS, OXIDANDO E DEFORMANDO PULVERIZAÇÃO E LEQUE.
INJETOR COM LEQUE E PULVERIZAÇÃO DE FORMA CORRETA, OTIMIZANDO O COMBUSTIVEL E MELHORANDO O TEMPO DE COMBUSTÃO ATRAVÉS DO TRINAGULO DE FOGO. MENOR CONSUMO E MENOR NIVEIS DE POLUIÇÃO.
Em sistemas de injeção Multiponto, cada cilindro possui uma válvula de injeção que pulveriza o combustível antes da válvula de admissão do motor, para que o combustível pulverizado se misture com o ar recebido, formando a mistura que resultará na combustão. As válvulas de injeção são comandadas eletromagneticamente, abrindo e fechando através de impulsos elétricos provenientes da unidade de comando. Para obter a perfeita distribuição do combustível, sem perdas por condensação, deve-se evitar o umedecimento das paredes do coletor. Por esse motivo, o ângulo de injeção de combustível difere de motor para motor, assim como a quantidade de orifícios da válvula. Para cada tipo de motor existe um tipo de válvula de injeção. Por serem componentes de elevada precisão, recomenda-se fazer uma revisão das válvulas de injeção regularmente. Como são fortemente exigidas, praticamente todos os fabricantes de automóveis recorrem às válvulas de injeção da Bosch, que é líder mundial. Graças aos mais modernos procedimentos de produção sob condições de sala limpa, a Bosch garante uma injeção de combustível precisa ao longo de toda a vida útil. Características 1. Valores funcionais constantes 2. Vedação total em estado inativo 3. Otimização da disponibilização do fluxo de combustível necessário 4. A mais recente tecnologia 5. Não sujeita a acumulação de combustível 6. Possibilidade de injeção de gasolina e gás. 7. Existem válvulas específicas para cada combustível
MODELOS DE ALVO DE JATO PARA BICOS INJETORES.
Professor
FUNCIONAMENTO DO BICO INJETOR
O bico é alimentado constantemente após linha 15, a UCE atraca o aterramento do bico fazendo que a bobina seja carregada de campo magnético, fazendo que a corrente A, suba e puxe a agulha magnética da sua base rapidamente, após o corte do aterramento da UCE, a agulha retorna rapidamente por causa da mola de retorno e da pressão do combustível que a empurra para baixo, vedando os orifícios do bico injetor. A corrente varia conforme a construção e a resistência empregada na bobina de imantação de cada bico injetor. Podemos afirmar que um bico injetor sujo, necessita de um consumo maior de corrente para trabalhar, fazendo assim que a durabilidade do bico seja diminuída ao longo do uso. PICO MAXIMO DA CORRENTE MOMENTO DE DESLOCAMENTO DA AGULHA SINAL DE CORRENTE
Cuidado no diagnóstico! Para saber se o componente está em condições ou não de ser reinstalado no veículo, existe uma série de testes além da limpeza em si, e que obrigatoriamente devem ser executados. Mas antes de tudo, ao receber um veículo com sintomas de “bico injetor sujo”, passe o scanner no sistema e veja se há falhas em outros sensores ou atuadores antes de sair desmontando o motor. Além da utilização de combustível ruim, outros problemas, como o consumo elevado de óleo, também causam depósito de sujeira na ponta da válvula injetora. Ou seja, não adianta fazer a limpeza de bicos sem consertar o motor e eliminar o problema original. A sujeira pode ser sintoma de um defeito ainda maior, e não a causa em si. Fique atento!
Procedimentos Todos os procedimentos devem ser feitos com equipamentos e produtos adequados. Orlando de Siqueira Mello é gerente Técnico da BIO TEST, fabricante de produtos químicos automotivos, e esclarece que existem diversos tipos de produtos no mercado, com funções distintas. No caso do produto , existem os que são usados apenas para ultrassom e outro para teste de vazão e estanqueidade, e existem os ULTRA BIO-CLEANNER, que pode ser usado nos dois.
1) Teste de resistência – Antes de fazer a limpeza com o ultrassom, é necessário medir a resistência interna das válvulas injetoras com um multímetro. Os bicos injetores de alta impedância, que são os mais comuns do mercado, possuem resistência entre 12 e 16 OHMS. A variação de valor pode acontecer dependendo da temperatura ambiente, mas, segundo a montadora, se estiver dentro desses valores, pode se dizer que a bobina elétrica dela está perfeita. Neste exemplo, o especialista utilizou duas válvulas: uma em bom estado (1a) e outra travada (1b). A válvula travada apresentou circuito aberto, ou seja, possui dano e não tem reparo. Já a válvula em bom estado apresentou valor de 14,7 . Não ultrapassar 12% uma válvula da outra.
2) Limpeza via ultrassom – O sistema varia de aparelho para aparelho, mas basicamente segue a mesma lógica. Com a adição de produto na proporção indicada, os injetores devem ser ligados e posicionados corretamente (2a). No caso dos aparelhos , no momento da limpeza, o sistema aproveita para simular regimes de rotação do motor, de forma aproximada, para acionar as válvulas e verificar se os componentes não travam em rotações altas , e jamais mergulhar a válvula toda no ultrassom (2b). “Às vezes pode haver a reclamação de que em alta rotação carro está ‘dando para trás’, o que pode significar que as válvulas não estão funcionando perfeitamente. Por isso o teste é necessário”, explica a montadora. Após o tempo de limpeza, que pode variar de 5 a 15 minutos, é necessário remover a sujeira interna proveniente da limpeza de dentro das válvulas através de uma retro lavagem (2c). Esta etapa é feita com as válvulas encaixadas no suporte e instaladas na bancada de testes de vazão de ponta cabeça, sem as peneiras de entrada e ligar o aparelho em leque ou equalização, o liquido dessa operação não poderá retornar a máquina.
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4) Teste de equalização – Este teste mede a vazão e a velocidade de abertura e fechamento da válvula injetora, também de acordo com a simulação do regime de rotação do motor. No teste do aparelho utilizado, as simulações são de 1000 rpm (4a), 4000 rpm e 6500 rpm, o que permite ver possíveis falhas em rotações altas (4b). O resultado final da vazão deve ser comparado de acordo com a medição das escalas em mililitros (ml). A variação máxima entre as válvulas pode ser de até 12% – tolerância que deve ser considerada mesmo em válvulas novas em razão da temperatura ambiente. No procedimento feito para esta reportagem, a válvula com maior vazão atingiu 21 ml e a com menor vazão, 19 ml. Isso significa que estão dentro da variação aceitável (4c).
5) Teste de leque – Também chamado de “teste de jato”, o teste analisa como está a pulverização do combustível pela válvula injetora. A formação do leque pode ser prejudicada se um dos orifícios da válvula estiver obstruído. As válvulas de um mesmo conjunto devem estar injetando a mesma quantidade de combustível e formando leques de combustível semelhantes (5a). Não há uma medida exata; o resultado deve vir da observação do mecânico. “Não é um tipo de teste de que se tenha um padrão para todas as válvulas de injeção. Cada tipo de válvula de injeção tem um padrão de leque”, explica a montadora. (5b)
6) Teste de estanqueidade – Este teste verifica se o injetor não possui vazamento. Após instalar os injetores e configurar o aparelho de teste, quando iniciado, o procedimento irá aplicar a pressão nominal de trabalho nos injetores, os quais devem ficar constantemente fechados durante 1 minuto (6a). Neste caso de injetores de sistemas multiponto, cada válvula trabalha com 3 a 4,2 bar de pressão (6b). Injetores de sistemas monoponto, por sua vez, trabalham com 1 bar ou até menos. “Não faça o teste com pressão menor do que a de trabalho da válvula injetora”, alerta a montadora, pois poderá simular um teste errado. Não poderá haver gotejamentos em nenhum caso, se ocorrer gotejamento refaça o procedimento, se não sanar, troque a válvula.
OBSERVAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO PROCESSO DE RETROLAVAGEM E DURANTE OS TESTES, AS PENEIRAS DE PRÉ FILTRAGEM DEVEM SER REMOVIDAS, POIS COM AS MESMAS NO LOCAL AS IMPUREZAS NÃO SAIRAM DA GALERIA DE PRESSÃO DA VALVULA INJETORA, FAZENDO QUE A MESMA CONTINUE COM IMPUREZAS E AGORA AGRAVADAS POIS SE SOLTARAM NO INTERIOR DA VÁLVULA INJETORA. ESTES KITS DE REPARO ENCONTRAM SE PARA VENDA NAS AUTO PEÇAS. A MONTADORA DECLARA QUE, NO ENTANTO, O FATO DE AS VÁLVULAS SEREM APROVADAS EM TODOS OS TESTES NÃO EXIME O COMPONENTE DE FALHAS. “ESTE É UM PROCEDIMENTO PALIATIVO”, RESSALTA O ESPECIALISTA. “A LIMPEZA NÃO GARANTE QUE O BICO VAI DURAR MAIS 15 ANOS. A LIMPEZA GARANTE QUE, NO MOMENTO EM QUE FOI FEITA, AS VÁLVULAS ESTÃO PERFEITAS. PODE SER QUE DAQUI A 10 MIL QUILÔMETROS A GENTE TIRE ESSAS VÁLVULAS INJETORAS E ELAS JÁ NÃO SIRVAM MAIS PARA USO”, CONCLUI. “PORTANTO, CABE SEMPRE O BOM SENSO DO MECÂNICO NO MOMENTO DO DIAGNÓSTICO”.
REMOÇÃO DOS PRÉ FILTROS