TRATAMENTO DOCUMENTAL (CIRCUITO DO DOCUMENTO)
Texto: Júlio Nogueira Revisão: Aldina Ribeiro
“Um dos meios de particular alcance para o desenvolvimento dos serviços prestados por parte das bibliotecas é, como se sabe, a cooperação. Na realidade, a troca de experiências, a divulgação de informações à distância, a complementaridade na selecção dos fundos, a circulação das espécies, etc., tornaram-se hoje em dia uma necessidade crescente, face ao elevado número de livros e documentos produzidos e à sempre maior variedade e especificidade dos interesses manifestados pelo público utilizador.” Cabral, Luís; Real, Manuel - A Biblioteca Pública: Aspectos Tipológicos e Linhas Gerais da sua Evolução. Lisboa: Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 1982, p. 11.
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SUMÁRIO Introdução Selecção e Aquisição Representação de Assuntos Indexação Definição Ferramentas de Apoio Disponíveis Manual SIPORbase Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas Tesauros Método Provisório Classificação Definição Cronologia das Classificações Bibliográficas Classificação de Harris Classificação Decimal de Dewey Classificação Expansiva de Cutter Classificação da Biblioteca do Congresso Classificação Decimal Universal Classificação de Assuntos Classificação dos Dois Pontos Classificação Bibliográfica de Bliss Classificação Internacional de Rider Classificação para Bibliotecas Chinesas Informação Complementar sobre Classificações Método Provisório Cotação Definição Antecedentes – Síntese Emprego da CDU em Cotas Sistemas de Cotação Quadro Comparativo Método Provisório Catalogação Definição O Formato UNIMARC Notas sobre o UNIMARC Proposta de Siglas UNIMARC-Autoridades Método Provisório Arrumação Conclusão Bibliografia Técnica Básica
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INTRODUÇÃO O acervo de uma biblioteca é constituído, entre outro material, por documentos. Os documentos podem apresentar-se em vários tipos de suporte de informação: papel (impresso, policopiado ou manuscrito), vídeo, cd, cd-rom, dvd, electrónico, etc. Assim sendo, o termo «biblioteca», bem ou mal empregue, já não se restringirá ao seu sentido etimológico («-teca-» ou compartimento, depósito, sala, móvel = alojamento de/para «-biblio-» ou livro), passando a abranger «bedeteca», «hemeroteca», «ludoteca», «mediateca», etc., e, por extensão, no presente texto, «centro de recursos educativos» ou quaisquer outras designações adoptadas pelos estabelecimentos de ensino. Para além da acepção mais corrente, faz-se uso do termo «colecção», em ciências documentais, para designar o conjunto de documentos que se apresentam num tipo específico de suporte de informação: colecção de vídeos, colecção de cds, colecção de documentos electrónicos... As colecções são objecto de tratamento documental. O tratamento documental consiste na selecção, aquisição, [marcação de posse], indexação, classificação, atribuição de cotas ou cotação, catalogação e arrumação. Por respeito às normas nacionais, Regras Portuguesas de Catalogação ou RPC, e internacionais, International Standard Bibliographic Description ou ISBD (Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada), a catalogação, ou descrição documental, deve ser invariável em qualquer biblioteca. O mesmo não acontece com os demais procedimentos do tratamento documental, que ficam a critério de cada biblioteca. A título ilustrativo, veja-se o tratamento dado a Os Lusíadas em seis bibliotecas seleccionadas para o efeito: Catalogação: Camões, Luís de, 1524?-1580 Os lusíadas / Luís de Camões. - [edições não coincidentes nas seis bibliotecas] Indexação Biblioteca do Congresso – Biblioteca Municipal de Odivelas Literatura portuguesa-epopeia Biblioteca Nacional da Alemanha Belletristik Biblioteca Nacional de Lisboa – Biblioteca Nacional de Pequim [Autores estrangeiros] [Poesia portuguesa] Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro – Classificação Biblioteca do Congresso PQ9198 Biblioteca Municipal de Odivelas 821.134.3-13 Biblioteca Nacional da Alemanha 59 Biblioteca Nacional de Lisboa 821.134.3-13"15" Biblioteca Nacional de Pequim I552.131/C149/TF Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro 19 869.1 Cotação Biblioteca do Congresso PQ9198 .A2 1979 Biblioteca Municipal de Odivelas 82.POR-1 CAM Biblioteca Nacional da Alemanha A 49355 Biblioteca Nacional de Lisboa CAM. 1093 V. Biblioteca Nacional de Pequim I552.131/C149/TF Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro I-150,7,42 Alguns elementos da catalogação e o facto de três bibliotecas não efectuarem a indexação aquando da entrada de documentos são as únicas correspondências exactas encontradas entre
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as seis bibliotecas. Qualquer bibliotecário, ao assumir funções, deve conhecer o motivo deste tratamento diferenciado. O presente texto visa fornecer, a professores e auxiliares de acção educativa com funções nas bibliotecas escolares de Odivelas, noções sobre as fases do tratamento documental, as quais deverão ser complementadas através de encontros personalizados, sempre que os professores assim o entenderem.
SELECÇÃO E AQUISIÇÃO Sob a rubrica «Fundo Documental», na página http://www.rbe.min-edu.pt/index.htm, o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE) ocupa-se, em pormenor, das duas fases iniciais do tratamento documental, selecção e aquisição, pelo que resta apenas complementar a informação ali veiculada com algumas fontes de notícias bibliográficas infantis e juvenis, que se julga poderão vir a ser úteis no processo de selecção e aquisição de documentos. Na página http://www.rbe.min-edu.pt/pnl/livros_recomendados.htm do GRBE, o texto «LER +: Plano Nacional de Leitura» divulga uma lista documentos seleccionados e particularmente adequados a cada ano de escolaridade. No topo da página http://www.leitura.gulbenkian.pt/ da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), encontram-se os apontadores «Catálogo», «Rol de Livros», «Livros da Minha Vida» e «Boletim Cultural», cujas listas respectivas contêm uma grande variedade bibliográfica, acompanhada, em algumas, por recensões e notas críticas. O Serviço de Apoio à Leitura (SAL) do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), página http://sal.iplb.pt/index1.php, publica o «Guia de Orientação à Leitura», actualmente com uma selecção de 150 títulos, divididos por cinco áreas temáticas e três faixas etárias, entre os seis e os doze anos de idade. O SAL anuncia a ampliação do Guia para breve. A página http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/links.htm, do «Projecto Vercial», é dedicada à literatura infantil, e a página http://guida.querido.net/naveg.htm, «Escritores de Sonho(s)», traz notas biográficas e bibliografia sumária de escritores portugueses de literatura infantil e juvenil. A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) fornece o acesso à sua base de dados e à lista de páginas electrónicas dos seus associados, bem como o acesso à pesquisa bibliográfica de todas as publicações por estes editadas, na página http://www.apel.pt/. Toda esta informação é também publicada em cd-rom, em edições actualizadas anualmente, com a vantagem de se poderem efectuar pesquisas por vários pontos de acesso ou expressões de pesquisa: assunto, ano de publicação, editoras, autores, títulos, etc. Sob a cota «PE. LIT», na sala de leitura infantil da Biblioteca Municipal D. Dinis (BMDD), podem ser encontradas as publicações: - Histórias para Gente de Palmo e Meio: Literatura Portuguesa para Crianças e Jovens, ISBN 972-8695-01-2; - A Literatura Infanto-Juvenil na Viragem do Século: Obras Publicadas pela Primeira Vez em Portugal entre 1999 e Abril de 2001, ISBN 972-8436-25-4; - Literatura para a Infância e a Juventude: Sugestões de Leitura, ISBN 972-8436-02-5; - Malasartes: Cadernos de Literatura para a Infância e a Juventude, ISSN 0874-7296 (inclui recensões e notas críticas); - O Mar nos Livros para Crianças: Recolha Bibliográfica, Lisboa, Câmara Municipal, [2000]; - Vamos Ler! Vamos à Biblioteca!, ISBN 972-98605-2-1; e - Viajar nos Livros: Guia Orientador de Leitura, ISBN 972-8436-36-X. Na sala de leitura de adultos da BMDD, tem-se acesso ao boletim anual Ler: Livros & Leitores, da Fundação Círculo de Leitores, e, sob a rubrica «Literatura Infantil e Juvenil», na página http://www.cm-odivelas.pt/Extras/BMDD/abc_bibliotecas.asp#6 da BMDD, existe uma lista de ligações a páginas nacionais e estrangeiras, com alguma bibliografia.
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Ainda relativamente à BMDD, o SABE coloca ao dispor dos professores bibliotecários interessados a listagem completa das colecções existentes na sala de leitura infantil, bem como na sala de leitura juvenil. É importante registar que a aquisição faz-se, não só através de compra, como também por meio de permuta e de recepção de ofertas. E, numa época que se caracteriza pela chamada «explosão da informação» ou «explosão documental», é primordial estabelecer formas de gestão integrada das colecções, como, por exemplo, pela implementação do empréstimo interbibliotecas, que se torna viável com a criação de um catálogo colectivo. A BMDD, através do SABE, propõe-se assumir a tarefa de construção desse catálogo colectivo, visando criar condições para que o empréstimo interbibliotecas possa vir a ser uma realidade, se os estabelecimentos de ensino de Odivelas assim o desejarem.
REPRESENTAÇÃO DE ASSUNTOS As duas fases de que se falará a seguir, indexação e classificação, têm a ver com a análise de documentos, no sentido de determinar o(s) assunto(s) básico(s) de que tratam, e merecem uma nota introdutória especial conjunta, na forma de adaptação de um trecho do texto O Conhecimento e a sua Representação, da autoria de Alice Ferry de Moraes e Etelvina Nunes Arcello, em conformidade com o que se segue: “Na descrição do conteúdo de um documento, são utilizadas palavras que condensam o assunto e o identificam com o objectivo de facilitar a recuperação e a transferência do conhecimento. Estas palavras são representações de representações (textos, conceitos) e consequentemente guias parciais e imperfeitas. São hierarquizadas de acordo com correntes teórico-metodológicas. São, ainda, condensadas em classificações bibliográficas que, além de serem utilizadas na arrumação de documentos em estantes, pretendem organizar o conhecimento nelas reproduzido. As representações são baseadas em acções sociais, reflectem momentos históricos, teorias, ideologias e culturas, e, embora se aproximem da realidade, podem ter «leituras» diversas. O mercado de informações exige que haja equivalência formal nas representações para que haja um «construtor» sociocultural. A representação não deve alterar o objecto representado, mas isto torna-se impossível na medida em que a representação é uma «leitura» do objecto.” O objectivo desta introdução é ressaltar o valor de que se revestem as duas fases mencionadas e a consequente atenção redobrada que lhes deve ser dada.
INDEXAÇÃO Definição Pôr em ordem alfabética, ou em outra ordem, qualquer série de palavras ou frases destinada a auxiliar a localização de informações específicas, é a acepção corrente do termo «indexação». Esta definição não se distancia muito do significado em ciências documentais: operação destinada a representar, através de uma linguagem documental ou natural, o resultado da análise de um documento, visando a sua recuperação. A operação pode fazer-se de três modos distintos: automático, analítico e sintético. Na indexação automática, a representação do conteúdo do documento é feita através da selecção automatizada de termos extraídos do próprio documento, operação que, por exemplo, torna possível a pesquisa à Internet.
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Na indexação analítica, a representação é feita através da selecção de termos significativos, provenientes da linguagem natural numa determinada área do saber, selecção esta obtida com recurso à análise de conteúdo do próprio documento. Na indexação sintética, ao contrário, a selecção de termos significativos é feita a partir de fontes lexicais pré-estabelecidas como, por exemplo, listas de cabeçalhos de assunto e tesauros (assume-se preferência pelas formas aportuguesadas de thesaurus e thesauri). O tesauro caracteriza-se pela utilização de uma linguagem documental controlada, baseada nas estruturas hierárquicas de uma ou diversas áreas do conhecimento, em que os elementos são representados por termos da linguagem natural e as relações entre estes termos são, por sua vez, representadas por sinais convencionais. Uma lista alfabética de cabeçalhos de assuntos diferencia-se de um tesauro pela estrutura de lista aberta, não hierarquizada. A indexação pode ainda ser pré ou pós-coordenada. A indexação pré-coordenada representa o conteúdo de um documento com recurso a uma ordem pré-estabelecida, facto que não se verifica na indexação pós-coordenada. Estes e outros conceitos chave encontram-se sob a rubrica «Gestão de Sistemas Documentais III – Glossário», na página da Escola Superior de Educação de Lisboa, http://www.eselx.ipl.pt/curso_bibliotecas/documentaisIII/glossario.htm, visto que a obra que lhes serviu de base, Dicionário do Livro, de Maria Isabel Faria e Maria da Graça Pericão, está esgotada. Ferramentas de Apoio Disponíveis Salvo informação em contrário, por consulta efectuada ao GRBE, bem como a bibliotecas municipais que contam com o SABE já há algum tempo estabelecido, verificou-se a inexistência de uma ferramenta de trabalho, em português de registo europeu, especificamente adequada à indexação de documentos em bibliotecas escolares. Existe informação de iniciativas individuais de professores bibliotecários que se encontram a elaborar listas de assuntos; não foi possível, no entanto, confirmar essa informação até ao presente momento. Um ou outro software de gestão de bibliotecas, existentes no mercado, utilizam tesauro ou lista de cabeçalhos instalados. Desconhece-se, porém, se estas linguagens documentais atendem às necessidades específicas das bibliotecas escolares, designadamente quando se trata de utilizadores de bibliotecas dos estabelecimentos de ensino básico. Seria bastante louvável se os professores com funções em bibliotecas escolares de estabelecimentos de ensino de Odivelas, com o apoio dos demais docentes e do SABE, pudessem levar a cabo esta empresa. A tarefa certamente seria de execução simples, pela existência do Manual SIPORbase, publicação da Biblioteca Nacional de Lisboa (BNL), que pormenoriza linhas de orientação no sentido da normalização da linguagem documental em sistema de indexação português, bem como pela Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas, adaptação à língua e ao contexto cultural portugueses da obra Choix de Vedettes Matières à l’Intention des Bibliothèques, de Martine Blanc-Montmayeur e Françoise Danset, que de igual modo poderia servir de base para a concretização deste projecto. Manual SIPORbase O Manual SIPORbase é o resultado de uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Indexação da BNL, que teve início em 1986, com o objectivo de criar um sistema de indexação para a constituição do catálogo alfabético de assuntos na BNL.
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A partir de 1989, o Manual ganhou maior consistência com o estabelecimento do Projecto CLIP – Compatibilização de Linguagens de Indexação em Português, que se traduz na cooperação entre o Grupo da BNL e grupos de profissionais de bibliotecas especializadas, no sentido do aprimoramento e uniformização das linguagens documentais usadas para cada área temática nas várias bibliotecas. O Manual reflecte a opção pelo método analítico, ou seja, os termos de indexação são seleccionados a partir da análise de conteúdo dos documentos, bem como pela linguagem de indexação pré-coordenada. Para uma melhor compreensão do que é a indexação pré-coordenada, torna-se necessário introduzir as definições que se seguem (Manual SIPORbase, p. 5-9, entre outras): O termo indexação é um nome ou locução nominal, próprio ou comum, convencionado para a representação uniforme de um conceito ou denominação de uma entidade. O cabeçalho, elemento da linguagem documental que representa um assunto, pode ser constituído por apenas um termo de indexação, caso de um assunto simples expresso por um só conceito, ou por dois ou mais termos de indexação pré-coordenados, caso de um assunto complexo expresso por mais de um conceito. Assim, o cabeçalho pode apresentar-se de duas maneiras: subdividido ou não subdividido. O cabeçalho não subdividido pode ser formado por um substantivo, por expressão adjectiva, prepositiva ou conjuntiva, ou com qualificador parentético: -
Substantivo – Medicina, Expressão adjectiva – Medicina preventiva, Expressão prepositiva – Medicina do trabalho, Expressão conjuntiva – Médicos como escritores, e Qualificador parentético – Português (língua).
O cabeçalho subdividido é formado pelo cabeçalho principal, que representa o assunto básico, e subdivisão(ões), que representa(m) aspecto(s) ou faceta(s) do assunto básico. O Manual admite quatro tipos de subdivisão que, quando ocorrem em simultâneo, devem apresentar a ordem que se segue: Cabeçalho principal, subdivisão de assunto, subdivisão geográfica, subdivisão cronológica, subdivisão de forma: Reumatologia–congressos–Europa–Séc. 20–[programas] Este cabeçalho é o exemplo da indexação pré-coordenada, ou seja, a coordenação é elaborada pelo bibliotecário no processo de indexação. A diferença entre esta e a indexação póscoordenada deve-se apenas ao facto de os elementos constitutivos do exemplo anterior serem todos considerados cabeçalhos principais, não se admitindo subdivisões, ou seja: -
Reumatologia, Congressos, Europa, Séc. 20, e Programas.
A coordenação neste último caso, francamente mais complexa, terá de ser feita pelo utilizador, no acto de pesquisa ao catálogo de assuntos, com recurso a operadores booleanos. O Manual orienta ainda no sentido da construção de uma estrutura de referências da linguagem documental, em número de quatro, para controlo da sinonímia e estruturação semântica do vocabulário: referências de substituição, referências hierárquicas, referências associativas e referências gerais «VT» (ver também); assim como de notas explicativas.
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1. As referências de substituição servem de ligação entre termos sinónimos, que conduz do termo rejeitado para o termo de indexação autorizado, através da colocação de «UP» (usado por) sob o cabeçalho autorizado e de «USE» sob o termo rejeitado: CASAMENTO UP Matrimónio MATRIMÓNIO USE Casamento 2. As referências hierárquicas servem de ligação entre dois cabeçalhos imediatamente próximos na hierarquia de assunto a que ambos pertencem, estabelecendo uma relação recíproca de níveis semânticos de generalidade/especificidade, através da colocação das abreviaturas «TG» (termo genérico) sob o cabeçalho específico e «TE» (termo específico) sob o cabeçalho genérico: EDUCAÇÃO DE ADULTOS TG Educação EDUCAÇÃO TE Educação de adultos 3. As referências associativas servem de ligação entre dois cabeçalhos que têm entre si afinidades semânticas que não são de natureza hierárquica ou de equivalência, estabelecendo uma relação recíproca de associação, através da colocação da abreviatura «TA» (termo associado) sob cada um dos cabeçalhos da associação: VENENOS TA Toxicidade TOXICIDADE TA Venenos 4. As referências gerais «VT» (ver também) servem para remeter de um cabeçalho para um grupo de outros cabeçalhos relacionados: GESTÃO VT Administração VT Marketing 5. Por fim, o Manual orienta no sentido da elaboração de notas explicativas (NE) sob cabeçalhos obscuros, ambíguos ou demasiado latos, destinadas a esclarecer e/ou limitar o âmbito do seu uso, bem como para manter coerência na sua aplicação: INDEXAÇÃO (Economia) NE Aplica-se a documentos sobre os ajustamentos periódicos do valor nominal de certas grandezas económicas (por exemplo, os salários) a acompanhar a taxa de inflação, para que se mantenha constante o seu valor real. Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas Ao usar a Lista de Cabeçalhos, o bibliotecário estará, em parte, a fazer opção pelo método sintético, uma vez que, após a análise de documentos em processo de indexação, poderá representar o(s) assunto(s) por meio da selecção de termos significativos retirados de uma fonte lexical pré-estabelecida: a própria Lista de Cabeçalhos. No entanto, dado que a Lista não é exaustiva, ficando ao critério do bibliotecário acrescentar cabeçalhos e subcabeçalhos, quando estes não se encontrem na Lista, o método passa então a analítico. De resto, a Lista integra praticamente todas as linhas de orientação do Manual SIPORbase. De registar apenas o facto da Lista estabelecer simultaneamente dois níveis de vocabulário para um mesmo assunto, tendo em vista a sua utilização em bibliotecas com públicos diferenciados.
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Deste modo, a par de «cardiologia» (terminologia científica), encontra-se «coração» (linguagem natural corrente). As diferentes formas de cabeçalho para um mesmo assunto são ligadas por remissivas do tipo «ver também». A título ilustrativo, transcrevem-se a seguir dois exemplos retirados da Lista: 1. Educação EDUCAÇÃO VT Ensino VT Pedagogia VT no domínio de aplicação Educação–categorias sociais VER Categorias sociais–educação. Ex.: Crianças–educação Educação–economia Educação–história Educação–nome de lugar–datas Educação–política Educação–psicopedagogia Educação–sociologia Educação–teoria EDUCAÇÃO CÍVICA EDUCAÇÃO DE ADULTOS EDUCAÇÃO ESPECIAL Educação especial–categorias sociais Educação especial–profissões EDUCAÇÃO FÍSICA VT Desportos–ensino EDUCAÇÃO MORAL EDUCAÇÃO PERMANENTE VT Formação permanente EDUCAÇÃO POPULAR EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR VER Ensino pré-escolar EDUCAÇÃO RELIGIOSA VER Religiões–ensino EDUCAÇÃO SEXUAL VER Sexualidade–educação 2. Ensino ENSINO VT Educação VT Escola VT Pedagogia VT no domínio de aplicação Ensino–apoio Ensino–categorias sociais Ensino–custos Ensino–democratização Ensino–história Ensino–informática Ensino–inovação Ensino–investigação Ensino–legislação Ensino–liberdade Ensino–manuais Ensino–materiais Ensino–métodos
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Ensino–nome de lugar–datas Ensino–organização Ensino–política Ensino–profissões Ensino–programas Ensino–reformas Ensino–sociologia ENSINO À DISTÂNCIA VT Auto-aprendizagem VT Cursos por correspondência ENSINO AGRÍCOLA VER Ensino profissional ENSINO ASSISTIDO POR COMPUTADOR ENSINO AUDIOVISUAL VT Audiovisuais–ensino ENSINO BÁSICO ENSINO ESPECIAL Ensino especial–crianças deficientes Ensino especial–profissão ENSINO PARTICULAR ENSINO PRÉ-ESCOLAR ENSINO PRIMÁRIO ENSINO PRIVADO ENSINO PROFISSIONAL VT Escolas profissionais ENSINO PROGRAMADO ENSINO PÚBLICO ENSINO SECUNDÁRIO ENSINO SUPERIOR VT Escolas superiores VT Universidades ENSINO TÉCNICO VER Ensino profissional Tesauros Existe uma série de tesauros em língua portuguesa, sendo praticamente todos eles especificidades de determinadas áreas da ciência ou áreas profissionais, destinados a bibliotecas e centros de documentação e informação especializados, como, por exemplo, o TEE (Tesauro Europeu da Educação), sucessor do EUDISED (Sistema Europeu de Documentação e Informação para a Educação), e sucedido pelo TESE (Tesauro Europeu dos Sistemas Educativos). O EUROVOC (ISSN 1725-4345) será talvez o único tesauro abrangente com edição em língua portuguesa no padrão europeu. A elaboração de um tesauro destinado à indexação de documentos em bibliotecas escolares é simples. Uma vez que a época dos enciclopedistas ficou bem para trás no tempo, o empenhamento de docentes das várias disciplinas é fundamental e o único condicionalismo para o êxito da empreitada. A título ilustrativo, efectuar-se-á uma demonstração parcial do processo de elaboração de um tesauro: 1. Objectivo – estabelecer linguagem documental controlada com base em estruturas hierárquicas e de relações referentes a uma determinada área do conhecimento, cujos elementos serão representados pela terminologia da especialidade e em que as relações serão representadas pelas abreviaturas que se seguem:
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NE TA TE TG UP USE
CHAVE Nota explicativa Termo associado Termo específico Termo genérico Usado por [termo rejeitado] Use [termo autorizado]
Os termos polissémicos e/ou relativos a outras áreas do conhecimento serão seguidos de qualificadores parentéticos, com o objectivo de delimitar-lhes a aplicação. 2. Âmbito – «Literatura». 3. Princípios gerais – tentar-se-á conciliar a divisão genológica tradicional com contributos teóricos modernos e optar-se-á inicialmente por reunir tudo o que se refira a correntes, escolas, estilos, movimentos, períodos, tendências... sob «história literária», visto verificar-se, entre especialistas, alguma falta de uniformidade no emprego desta terminologia específica. 4. Fontes – recorrer-se-á basicamente à bibliografia que se segue: Moisés, Massaud – A Criação Literária: Poesia. 13.ª ed. rev. São Paulo: Cultrix, 2003. Moisés, Massaud – A Criação Literária: Prosa. 16.ª ed. rev. e aumentada. São Paulo: Cultrix, 1982. Paz, Olegário; Moniz, António – Dicionário Breve de Termos Literários. Lisboa: Presença, 1997. Reis, Carlos – O Conhecimento da Literatura: Introdução aos Estudos Literários. Coimbra: Almedina, 1995. Reis, Carlos; Lopes, Ana Cristina M. – Dicionário de Narratologia. 6.ª ed. Coimbra: Almedina, 1998. 5. Definição – «literatura» é a arte que consiste no uso estético da linguagem, na produção de obras literárias. 6. Procedimento – gradual, partindo do geral para o particular: Literatura TG Arte TA Língua Língua* TA Literatura Literatura TG Arte TE Crítica literária TE História literária TE Literatura comparada TE Obras de referência TE Teoria literária TA Língua Literatura TG Arte TE Crítica literária TE História literária TE Literatura comparada TE Obras de referência TE Teoria literária TA Língua Crítica literária TG Literatura
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TE Análises literárias TE Recensões críticas NE Estudo analítico-interpretativo do texto literário, dotado de instrumentação teórica e metodológica, de acordo com o contexto histórico-cultural em que se insere bem como com a intenção do seu autor História literária TG Literatura TE Correntes literárias TE Épocas literárias TE Escolas literárias TE Estilos de época TE Movimentos literários TE Períodos literários TE Tendências literárias TA Historiografia Obras de referência TG Literatura TE Bibliografias literárias TE Dicionários literários TE Enciclopédias literárias Teoria literária TG Literatura TE Criação literária TE Estilística (literatura) TE Estruturalismo TE Formalismo russo TE Géneros literários TE Modos literários TE New criticism TE Semiótica (literatura) E assim sucessivamente... 7. Resultado Preliminar: A Águia TG História literária Adágios USE Aforismos Adivinhas TG Géneros híbridos UP Enigmas Aforismos TG Géneros híbridos UP Adágios UP Anexins UP Apotegmas UP Ditados UP Máximas UP Provérbios UP Rifões UP Sentenças Albas TG Cantigas de amigo UP Alvas Alvas USE Albas Anais literários TG Literatura periódica UP Anuários literários
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Análises literárias TG Crítica literária TA Recensões críticas NE Análise descritiva dos elementos constitutivos da obra literária com finalidade didácticopedagógica Anexins USE Aforismos Anuários literários USE Anais literários Apartes TG Monólogos Apotegmas USE Aforismos Arcádia Lusitana TG História literária UP Arcádia Ulissiponense Arcádia Ulissiponense USE Arcádia Lusitana Arcadismo USE Neoclassicismo Arremedilhos TG Dramas medievais Autobiografias TG Historiografia TA Romances autobiográficos Autos TG Dramas medievais TE Autos de moralidade Autos de moralidade TG Autos Bailadas TG Cantigas de amigo UP Bailias Bailias USE Bailadas Banda desenhada TG Géneros híbridos Barcarolas TG Cantigas de amigo UP Marinhas Barroco TG História literária Bibliografias literárias TG Obras de referência Bildungsroman USE Romances formativos Biografias TG Historiografia TE Biografias analíticas TE Biografias narrativas TE Biografias romanceadas Biografias analíticas TG Biografias Biografias narrativas TG Biografias Biografias romanceadas TG Biografias TA Romances biográficos NE Biografias baseadas em factos reais e documentados Boletins literários
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TG Literatura periódica Canções TG Poesia lírica TE Cançonetas TE Rondéis TE Seguidilhas Canções de gesta USE Poesia épica Cançonetas TG Canções Cantares de gesta USE Poesia épica Cantigas TG Poesia lírica TE Cantigas de amigo TE Cantigas de amor TE Cantigas de escárnio e maldizer TE Cantigas de tear TE Poesia lírica galego-portuguesa Cantigas de amigo TG Cantigas TE Albas TE Bailadas TE Barcarolas TE Cantigas de romaria TE Pastorelas Cantigas de amor TG Cantigas UP Cantigas de mestria UP Desacordos Cantigas de escárnio e maldizer TG Cantigas Cantigas de mestria USE Cantigas de amor Cantigas de romaria TG Cantigas de amigo Cantigas de Santa Maria TG Poesia lírica galego-portuguesa Cantigas de tear TG Cantigas Cantigas trovadorescas USE Poesia lírica galego-portuguesa Cartas TG Epistolografia TA Correspondência Ciclo romanesco USE Série romanesca Classicismo TG História literária Comédias TG Drama (literatura) Conceptismo TG História literária Concretismo TG História literária Conferências do Casino TG História literária Confissões TG Historiografia Construtivismo
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TG História literária Conto TG Narrativa TE Contos de fadas TE Contos etiológicos TE Contos exemplares TE Contos fantásticos TE Contos populares UP Narrativas Contos de fadas TG Conto Contos de ficção científica USE Ficção científica Contos etiológicos TG Conto Contos exemplares TG Conto TA Novelas exemplares Contos fantásticos TG Conto TA Romances fantásticos Contos policiais USE Policial Contos populares TG Conto UP Contos tradicionais Contos tradicionais USE Contos populares Correntes literárias TG História literária TA Épocas literárias TA Escolas literárias TA Estilos de época TA Movimentos literários TA Períodos literários TA Tendências literárias Correspondência TG Epistolografia TA Cartas Criação literária TG Teoria literária TA Escrita criativa Criacionismo TG História literária Crítica literária TG Literatura TE Análises literárias TE Recensões críticas NE Estudo analítico-interpretativo do texto literário, dotado de instrumentação teórica e metodológica, de acordo com o contexto histórico-cultural em que se insere bem como com a intenção do seu autor Crónicas de cinema TG Crónicas de imprensa Crónicas de imprensa TG Literatura periódica TE Crónicas de cinema TE Crónicas de moda TE Crónicas desportivas TE Crónicas literárias TA Crónicas históricas
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Crónicas de moda TG Crónicas de imprensa Crónicas desportivas TG Crónicas de imprensa Crónicas históricas TG Historiografia UP Cronicões Crónicas literárias TG Crónicas de imprensa Cronicões USE Crónicas históricas Cubismo TG História literária Dantismo TG História literária Decadentismo TG História literária Desacordos USE Cantigas de amor Diálogos TG Géneros híbridos Diários TG Historiografia TA Romances diarísticos Dicionários literários TG Obras de referência Discursos TG Géneros híbridos Ditados USE Aforismos Ditirambos TG Poesia lírica Drama (literatura) TG Géneros literários TE Comédias TE Dramas de actualidade TE Dramas de terror TE Dramas didácticos TE Dramas históricos TE Dramas íntimos TE Dramas medievais TE Dramas musicais TE Dramas populares TE Dramas românticos TE Melodramas TE Monólogos TE Récitas (drama) TE Revistas (drama) TE Sátiras (drama) TE Tragédias TE Tragicomédias TA Poesia dramática TA Teatro UP Modo dramático UP Peças teatrais NE Texto literário que se destina a servir de base à representação teatral Dramas de actualidade TG Drama (literatura) Dramas de terror TG Drama (literatura)
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Dramas didácticos TG Drama (literatura) Dramas históricos TG Drama (literatura) Dramas íntimos TG Drama (literatura) Dramas medievais TG Drama (literatura) TE Arremedilhos TE Autos TE Entremezes TE Farsas TE Milagres TE Mimos TE Mistérios TE Momos TE Paródias Dramas musicais TG Drama (literatura) TA Melodramas UP Musicais Dramas populares TG Drama (literatura) Dramas românticos TG Drama (literatura) Écoglas TG Poesia bucólica TE Écoglas bucólicas TE Écoglas piscatórias UP Égoglas Écoglas bucólicas TG Écoglas Écoglas marítimas USE Écoglas piscatórias Écoglas piscatórias TG Écoglas UP Écoglas marítimas Égoglas USE Écoglas Elegias TG Poesia lírica TE Prantos UP Poesia elegíaca Elmanismo TG História literária Enciclopédias literárias TG Obras de referência Encómios USE Panegíricos Enigmas USE Adivinhas Ensaios TG Géneros híbridos TA Romances ensaísticos Entremezes TG Dramas medievais Entrevistas TG Historiografia Epigramas TG Poesia satírica
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Epistolografia TG Historiografia TE Cartas TE Correspondência TA Romances epistolares Epitáfios TG Poesia satírica Epitalâmios TG Odes Época clássica TG Épocas literárias Época contemporânea TG Épocas literárias Época medieval TG Épocas literárias Época moderna TG Épocas literárias Épocas literárias TG História literária TE Época clássica TE Época contemporânea TE Época medieval TE Época moderna TA Correntes literárias TA Escolas literárias TA Estilos de época TA Movimentos literários TA Períodos literários TA Tendências literárias Epopeias (narrativa) TG Narrativa Epopeias (poesia épica) TG Poesia épica Escolas literárias TG História literária TA Correntes literárias TA Épocas literárias TA Estilos de época TA Movimentos literários TA Períodos literários TA Tendências literárias Esparsas TG Poesia lírica Estilística (literatura) TG Teoria literária TA Estilística (gramática) Estilos de época TG Teoria literária TA Correntes literárias TA Épocas literárias TA Escolas literárias TA Movimentos literários TA Períodos literários TA Tendências literárias Estruturalismo TG Teoria literária Estudos literários comparados USE Literatura comparada Eufuísmo TG História literária
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Expressionismo TG História literária Fábulas TG Narrativa Farsas TG Dramas medievais TE Farsas de bobos TE Farsas satíricas Farsas de bobos TG Farsas Farsas satíricas TG Farsas Ficção USE Narrativa Ficção científica TG Conto TG Novela TG Romance UP Contos de ficção científica UP Novelas de ficção científica UP Romances de ficção científica Filintismo TG História literária Folhetins TG Romance TA Literatura periódica UP Romances de folhetim Formalismo russo TG Teoria literária Fotonovelas TG Literatura periódica Futurismo TG História literária Géneros híbridos TG Géneros literários TE Adivinhas TE Aforismos TE Banda desenhada TE Diálogos TE Discursos TE Ensaios TE Historiografia TE Literatura erótica TE Literatura panfletária TE Literatura periódica TE Literatura popular TE Literatura religiosa TE Narrativas de naufrágio TE Narrativas de viagem TE Sátira (géneros híbridos) TE Sermões Géneros literários TG Teoria literária TE Drama (literatura) TE Géneros híbridos TE Narrativa TE Poesia TA Modos literários Geração da Presença TG História literária
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Geração de 70 TG História literária Geração de 90 TG História literária Geração de Orpheu TG História literária UP Segundo modernismo português Gongorismo TG História literária Hinos TG Poesia lírica História literária TG Literatura TE A Águia TE Arcádia Lusitana TE Barroco TE Classicismo TE Conceptismo TE Concretismo TE Conferências do Casino TE Construtivismo TE Correntes literárias TE Criacionismo TE Cubismo TE Dantismo TE Decadentismo TE Elmanismo TE Épocas literárias TE Escolas literárias TE Estilos de época TE Estruturalismo TE Eufuísmo TE Expressionismo TE Filintismo TE Futurismo TE Geração da Presença TE Geração de 70 TE Geração de 90 TE Geração de Orpheu TE Gongorismo TE Imagismo TE Impressionismo TE Interseccionismo TE Maneirismo TE Modernismo TE Movimentos literários TE Naturalismo TE Neoclassicismo TE Neogarretismo TE Neopaganismo TE Neo-realismo TE Nouveau roman TE Nova Arcádia TE Parnasianismo TE Paulismo TE Períodos literários TE Petrarquismo TE Pós-modernismo TE Pré-romantismo TE Primitivismo
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TE Quatrocentismo TE Questão Coimbrã TE Quinhentismo TE Realismo TE Renascença Portuguesa TE Romantismo TE Saudosismo TE Seiscentismo TE Sensacionismo TE Setecentismo TE Simbolismo TE Surrealismo TE Tendências literárias TE Ultraísmo TE Ultra-romantismo TE Vorticismo TA Historiografia Historiografia TG Géneros híbridos TE Autobiografias TE Biografias TE Confissões TE Crónicas históricas TE Diários TE Entrevistas TE Epistolografia TE Memórias TA História literária Humor USE Sátira (géneros híbridos) Idílios TG Poesia bucólica Imagismo TG História literária Impressionismo TG História literária Interseccionismo TG História literária Jornais literários TG Literatura periódica Lais TG Poesia lírica Lendas TG Narrativa Lírica USE Poesia lírica Literatura TG Arte TE Crítica literária TE História literária TE Literatura comparada TE Obras de referência TE Teoria literária TA Língua Literatura comparada TG Literatura UP Estudos literários comparados Literatura de cordel USE Literatura popular Literatura erótica
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TG Géneros híbridos Literatura oral USE Literatura popular Literatura panfletária TG Géneros híbridos UP Panfletos Literatura periódica TG Géneros híbridos TE Anais literários TE Boletins literários TE Crónicas de imprensa TE Fotonovelas TE Jornais literários TE Revistas literárias TA Folhetins TA Recensões críticas Literatura popular TG Géneros híbridos UP Literatura de cordel UP Literatura oral UP Literatura tradicional Literatura religiosa TG Géneros híbridos Literatura tradicional USE Literatura popular Madrigais TG Poesia bucólica Maneirismo TG História literária Marinhas USE Barcarolas Máximas USE Aforismos Melodramas TG Drama (literatura) TA Dramas musicais Memórias TG Historiografia Milagres TG Dramas medievais Mimos TG Dramas medievais Mistérios TG Dramas medievais Modernismo TG História literária Modo autobiográfico TG Modos derivados Modo biográfico TG Modos derivados Modo bucólico TG Modos derivados Modo cómico TG Modos derivados Modo dramático USE Drama (literatura) Modo elegíaco TG Modos derivados Modo épico TG Modos derivados
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Modo histórico TG Modos derivados Modo lírico USE Poesia Modo narrativo USE Narrativa Modo novelístico TG Modos derivados Modo trágico TG Modos derivados Modos derivados TG Modos literários TE Modo autobiográfico TE Modo biográfico TE Modo bucólico TE Modo cómico TE Modo elegíaco TE Modo épico TE Modo histórico TE Modo novelístico TE Modo trágico Modos literários TE Modos derivados TA Géneros literários Momos TG Dramas medievais Monólogos TG Drama (literatura) TE Apartes Movimentos literários TG História literária TA Correntes literárias TA Épocas literárias TA Escolas literárias TA Estilos de época TA Períodos literários TA Tendências literárias Musicais USE Dramas musicais Narrativa TG Géneros literários TE Conto TE Epopeias (narrativa) TE Fábulas TE Lendas TE Novela TE Prosa poética TE Romance UP Ficção UP Modo narrativo UP Prosa UP Prosa narrativa Narrativas USE Conto Narrativas de naufrágio TG Géneros híbridos Narrativas de viagem TG Géneros híbridos TA Romances de viagem Naturalismo
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TG História literária Neoclassicismo TG História literária UP Arcadismo Neogarretismo TG História literária Neopaganismo TG História literária Neo-realismo TG História literária UP Novo realismo UP Realismo sociológico New criticism TG Teoria literária Nouveau roman TG História literária UP Novo romance Nova Arcádia TG História literária Novela TG Narrativa TE Novelas de cavalaria TE Novelas exemplares TE Novelas picarescas TE Novelas sentimentais Novelas de cavalaria TG Novela TA Romances de cavalaria Novelas de ficção científica USE Ficção científica Novelas exemplares TG Novela TA Contos exemplares Novelas picarescas TG Novela TA Romances picarescos Novelas policiais USE Policial Novelas sentimentais TG Novela TA Romances sentimentais Novo realismo USE Neo-realismo Novo romance USE Nouveau roman Obras de referência TG Literatura TE Bibliografias literárias TE Dicionários literários TE Enciclopédias literárias Odes TG Poesia lírica TE Epitalâmios TE Odes amorosas TE Odes anacreônticas TE Odes bucólicas TE Odes cívicas TE Odes horacianas TE Odes pindáricas TE Odes privadas
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Odes amorosas TG Odes Odes anacreônticas TG Odes UP Odes báquicas Odes báquicas USE Odes anacreônticas Odes bucólicas TG Odes Odes cívicas TG Odes Odes horacianas TG Odes Odes pindáricas TG Odes Odes privadas TG Odes Panegíricos TG Sermões UP Encómios Panfletos USE Literatura panfletária Parnasianismo TG História literária Paródias TG Dramas medievais Paródias (géneros híbridos) USE Sátira (géneros híbridos) Pastorelas TG Cantigas de amigo Paulismo TG História literária Peças teatrais USE Drama (literatura) Períodos literários TG História literária TA Correntes literárias TA Épocas literárias TA Escolas literárias TA Estilos de época TA Movimentos literários TA Tendências literárias Petrarquismo TG História literária Poemas em prosa TG Poesia TA Prosa poética Poesia TG Géneros literários TE Poesia alegórica TE Poesia bucólica TE Poesia caligramática TE Poesia concreta TE Poesia descritiva TE Poesia didáctica TE Poesia dramática TE Poemas em prosa TE Poesia épica TE Poesia experimental TE Poesia herói-cómica
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TE Poesia lírica TE Poesia satírica UP Modo lírico Poesia alegórica TG Poesia Poesia auditiva TG Poesia experimental Poesia bucólica TG Poesia TE Madrigais TE Écoglas TE Idílios UP Poesia pastoril Poesia caligramática TG Poesia UP Poesia visual Poesia conceptual TG Poesia experimental Poesia concreta TG Poesia Poesia descritiva TG Poesia Poesia didáctica TG Poesia Poesia dramática TG Poesia TA Drama (literatura) Poesia elegíaca USE Elegias Poesia épica TG Poesia TE Epopeias (poesia épica) UP Canções de gesta UP Cantares de gesta UP Poesia heróica Poesia espacial TG Poesia experimental Poesia experimental TG Poesia TE Poesia auditiva TE Poesia conceptual TE Poesia espacial TE Poesia linguística TE Poesia respiratória TE Videopoesia Poesia heróica USE Poesia épica Poesia herói-cómica TG Poesia Poesia linguística TG Poesia experimental Poesia lírica TG Poesia TE Baladas TE Canções TE Cantigas TE Ditirambos TE Elegias TE Esparsas TE Hinos
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TE Lais TE Odes TE Rondós TE Sextinas TE Sonetos TE Vilancetes UP Lírica Poesia lírica galego-portuguesa TG Cantigas TE Cantigas de Santa Maria TE Serranilhas UP Cantigas trovadorescas UP Poesia trovadoresca Poesia pastoril USE Poesia bucólica Poesia respiratória TG Poesia experimental Poesia satírica TG Poesia TE Epigramas TE Epitáfios TE Serventeses Poesia trovadoresca USE Poesia lírica galego-portuguesa Poesia visual USE Poesia caligramática Pós-modernismo TG História literária Prantos TG Elegias Pré-romantismo TG História literária Primitivismo TG História literária Prosa USE Narrativa Prosa narrativa USE Narrativa Prosa poética TG Narrativa TA Poemas em prosa TA Romances líricos Prosa satírica USE Sátira (géneros híbridos) Provérbios USE Aforismos Quatrocentismo TG História literária UP Quatrocentista Quatrocentista USE Quatrocentismo Questão Coimbrã TG História literária Quinhentismo TG História literária UP Quinhentista Quinhentista USE Quinhentismo Realismo TG História literária
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Realismo sociológico USE Neo-realismo Recensões críticas TG Crítica literária TA Análises literárias TA Literatura periódica NE Apresentação relativamente breve, impressionista, de teor descritivo e, regra geral, dominada por um propósito judicativo Récitas (drama) TG Drama (literatura) Renascença Portuguesa TG História literária Revistas (drama) TG Drama (literatura) UP Teatros de revista Revistas literárias TG Literatura periódica Rifões USE Aforismos Romance TG Narrativa TE Ficção científica TE Folhetins TE Romances autobiográficos TE Romances barrocos TE Romances biográficos TE Romances bucólicos TE Romances cabalísticos TE Romances cor-de-rosa TE Romances de acção TE Romances de aventuras TE Romances de cavalaria TE Romances de costumes TE Romances de educação TE Romances de espaço TE Romances de espionagem TE Romances de família TE Romances de formação TE Romances de guerra TE Romances de personagem TE Romances de tese TE Romances de viagem TE Romances diarísticos TE Romances didácticos TE Romances ensaísticos TE Romances epistolares TE Romances exóticos TE Romances fantásticos TE Romances filosóficos TE Romances formativos TE Romances frescos TE Romances góticos TE Romances históricos TE Romances impressionistas TE Romances introspectivos TE Romances líricos TE Romances negros TE Romances picarescos TE Romances polifónicos TE Romances políticos
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TE Romances propagandísticos TE Romances psicológicos TE Romances realistas TE Romances religiosos TE Romances rurais TE Romances satíricos TE Romances sentimentais TE Romances simbólicos TE Romances sociais TE Romances tendenciosos TE Romances urbanos TE Romances virtuosos TE Série romanesca Romances autobiográficos TG Romance TA Autobiografias Romances barrocos TG Romance Romances biográficos TG Romance TA Biografias romanceadas NE Biografias fictícias Romances bucólicos TG Romance Romances cabalísticos TG Romance Romances cor-de-rosa TG Romance Romances de acção TG Romance Romances de aventuras TG Romance Romances de cavalaria TG Romance TA Novelas de cavalaria Romances de costumes TG Romance Romances de educação TG Romance Romances de espaço TG Romance Romances de espionagem TG Romance Romances de família TG Romance Romances de ficção científica USE Ficção científica Romances de folhetim USE Folhetins Romances de formação TG Romance Romances de guerra TG Romance Romances de personagem TG Romance Romances de tese TG Romance Romances de viagem TG Romance TA Narrativas de viagem
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Romances diarísticos TG Romance TA Diários Romances didácticos TG Romance Romances ensaísticos TG Romance TA Ensaios Romances epistolares TG Romance TA Epistolografia Romances exóticos TG Romance Romances fantásticos TG Romance TA Contos fantásticos Romances filosóficos TG Romance Romances formativos TG Romance UP Bildungsroman Romances frescos TG Romance Romances góticos TG Romance Romances históricos TG Romance Romances impressionistas TG Romance Romances introspectivos TG Romance Romances líricos TG Romance TA Prosa poética Romances negros TG Romance Romances picarescos TG Romance TA Novelas picarescas Romances policiais USE Policial Romances polifónicos TG Romance Romances políticos TG Romance Romances propagandísticos TG Romance Romances psicológicos TG Romance Romances realistas TG Romance Romances religiosos TG Romance Romances rurais TG Romance Romances satíricos TG Romance Romances sentimentais TG Romance TA Novelas sentimentais
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Romances simbólicos TG Romance Romances sociais TG Romance Romances tendenciosos TG Romance Romances urbanos TG Romance Romances virtuosos TG Romance Romantismo TG História literária TE Pré-romantismo TE Ultra-romantsmo Rondéis TG Canções Rondós TG Poesia lírica Sátira (géneros híbridos) TG Géneros híbridos TA Sátiras (drama) UP Humor UP Paródias (géneros híbridos) UP Prosa satírica Sátiras (drama) TG Drama (literatura) TA Sátira (géneros híbridos) Saudosismo TG História literária Seguidilhas TG Canções Segunda geração romântica USE Ultra-romantismo Segundo modernismo português USE Geração de Orpheu Seiscentista USE Seiscentismo Seiscentismo TG História literária UP Seiscentista Semiótica (literatura) TG Teoria literária TA Semiótica (linguística) Sensacionismo TG História literária Sentenças USE Aforismos Série romanesca TG Romance UP Ciclo romanesco Sermões TG Géneros híbridos TE Panegíricos Serranilhas TG Poesia lírica galego-portuguesa Serventeses TG Poesia satírica UP Serventésios Serventésios USE Serventês
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Setecentismo TG História literária UP Setecentista Setecentista USE Setecentismo Sextinas TG Poesia lírica Simbolismo TG História literária Sobrerrealismo USE Surrealismo Sonetos TG Poesia lírica Super-realismo USE Surrealismo Surrealismo TG História literária UP Sobrerrealismo UP Super-realismo Teatros de revista USE Revistas (drama) Tendências literárias TG História literária TA Correntes literárias TA Épocas literárias TA Escolas literárias TA Estilos de época TA Movimentos literários TA Períodos literários Teoria literária TG Literatura TE Criação literária TE Estilística (literatura) TE Estruturalismo TE Formalismo russo TE Géneros literários TE Modos literários TE New criticism TE Semiótica (literatura) Tragédias TG Drama (literatura) Tragicomédias TG Drama (literatura) Ultraísmo TG História literária Ultra-romantismo TG História literária UP Segunda geração romântica Videopoesia TG Poesia experimental Vilancetes TG Poesia lírica Vorticismo TG História literária Finda a fase preliminar, direcciona-se a atenção no sentido de apurar estruturas hierárquicas e de relações, o que se traduz, por exemplo, em resolver situações de redundância/sinonímia que muito provavelmente existirão na tipologia atribuída ao «romance», bem como em procurar o auxílio de um especialista de confiança que se disponha a dar apoio na hierarquização correcta dos termos colocados primariamente sob «história literária».
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Dado que os termos abaixo indicados integram-se noutras áreas do conhecimento, ficariam provisoriamente destacados, a fim de que, concluída a tarefa acima, as áreas respectivas fossem tratadas com prioridade: Arte* TE Literatura Língua* TA Literatura Escrita criativa* TG Língua TA Criação literária TA Géneros literários Estilística (gramática)* TA Estilística (literatura) Semiótica (linguística)* TA Semiótica (literatura) Teatro* TA Drama (literatura) NE Arte de representar dramas, lugar onde se representam dramas ou se dão espectáculos O tesauro é uma ferramenta de apoio superior à lista alfabética de assuntos, pelo maior controlo que exerce sobre a linguagem documental através da estrutura de referências (de substituição, hierárquica, associativa e geral), e, no processo de indexação, dá maior segurança ao bibliotecário que se sente pouco à vontade relativamente a determinadas áreas do conhecimento. Método Provisório Numa fase inicial propõe-se fazer uso da Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas na indexação de documentos destinados ao catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Posteriormente será apresentado às escolas do concelho de Odivelas o projecto de elaboração de um tesauro integrado, que abranja todos os conteúdos, do 1.º ao 12.º ano de escolaridade.
CLASSIFICAÇÃO Definição A classificação define-se como estruturação de conceitos em classes e subclasses de modo a exprimir as relações semânticas existentes entre os conceitos, com recurso a uma linguagem documental pré-definida, representada através de notações, também elas pré-definidas. A notação é um código que representa o assunto de que trata o documento e, consoante o aspecto ou conteúdo, pode ser designada como: alfabética, alfanumérica, binária, decimal, estruturada, hierárquica, léxica, numérica, ortográfica, sistemática, etc. A classificação tem como objectivo a organização, por assunto, de documentos em estantes ou noutras formas de armazenamento e de catálogos, manuais ou automatizados, visando a recuperação de informação através de consulta por meio de códigos de assunto, e, ainda, a troca de informação entre agências bibliográficas, nacionais e internacionais. Estas funções fazem maior sentido em bibliotecas cujas colecções, em número de espécies, ascendem às dezenas ou centenas de milhar. No entanto, o ideal seria que, mesmo em bibliotecas com essas dimensões, a classificação fosse sempre complementada com a indexação, bem como com um sistema de atribuição de cotas de fácil assimilação, e, também, com um sistema de orientação gráfica, por forma a tornar o contacto directo com os documentos (browsing) aprazível.
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Com base nesta afirmação, seria razoável questionar o emprego de um sistema de classificação em bibliotecas de menor escala, como, por exemplo, em bibliotecas escolares, já que os processos de indexação e de cotação, bem como o sistema de orientação gráfica poderiam, em sentido mais amplo, ser considerados redundantes. Acontece, no entanto, que os sistemas de indexação, de cotação e de orientação gráfica são habitualmente criações locais, específicos para cada biblioteca em função do público alvo ou utilizadores. Tendo em consideração a troca de informação entre agências bibliográficas, bem como a rotatividade de pessoal afecto às bibliotecas escolares, por vezes não sendo possível identificar os critérios adoptados pelos professores bibliotecários antecessores, é essencial o uso de uma linguagem controlada e universal para a recuperação de documentos por representação de assunto. O melhor método, nestas situações, é sem dúvida fazer uso de um sistema de classificação. Cronologia das Classificações Bibliográficas 1545 – 1595 – 1627 – 1691 – 1814 – 1836 – 1842 – 1843 – 1852 – 1854 – 1857 – 1859 – 1870 – 1871 – 1876 – 1882 – 1888 – 1889 – 1890 – 1894 – 1895 – 1896 – 1898 – 1899 – 1900 – 1901 – 1905 – 1906 – 1933 – 1940 – 1961 – 1975 –
Classificação de Gesner Classificação de Maunsell Classificação de Naudé Classificação de Leibniz Classificação de Horne Classificação de Brunet Classificação do Museu Britânico Classificação de Merlin Classificação de Garnier Classificação de Schleiermacher Classificação de Palermo Classificação da Sociedade Real Classificação de Edwards Classificação de Trubner Classificação de Harris* Classificação de Schwartz* Classificação Decimal de Dewey* Classificação de Smith Classificação Racional de Perkins* Classificação de Hartwig* Classificação de Fletcher* Classificação do Colégio Sion, de Londres* Classificação de Bonazzi* Classificação Expansiva de Cutter* Classificação de Quinn-Brown Classificação de Rowell* Classificação de Sonnenschein Classificação de Ogle Classificação Ajustável de Brown* Classificação da Biblioteca do Congresso* Classificação de Richardson (Universidade de Princeton)* Classificação Científica Internacional* Classificação Decimal Universal* Classificação de Assuntos de Brown* Classificação dos Dois Pontos de Ranganathan* Classificação Bibliográfica de Bliss* Classificação Internacional de Rider* Classificação para Bibliotecas Chinesas*
Esta cronologia resulta de adaptação feita a partir de uma tradução do artigo “Rethinking on the Concepts in the Study of Classification”, de Prithvi Nath Kaula, publicado em Herald of Library Science, Varanasi, 23 (1-2) Jan.-Apr. 1984, p. 30-44, e que se encontra na página http://www.conexaorio.com/biti/kaula/index.htm.
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As classificações assinaladas com asterisco diferenciam-se das demais por se apoiarem em esquemas de notações, o que permite o seu emprego na organização de documentos em estantes. Seleccionam-se, entre as classificações com esquema de notações, por serem um pouco mais desenvolvidas, as consideradas mais importantes, quer por terem exercido influência sobre outras classificações, quer por as tabelas respectivas serem abrangentes e universais relativamente às áreas do saber, quer ainda por serem as mais usadas actualmente. Classificação de Harris A Biblioteca Escolar Pública de Saint Louis, que mais tarde viria a tornar-se a Biblioteca Municipal de Saint Louis, foi fundada em 1865, e desde a primeira hora contou com a colaboração de William Torrey Harris (1835-1909), que procurou criar um sistema de organização de documentos, cujos resultados foram publicados, primeiramente, num artigo de autoria do próprio Harris, em The Journal of Speculative Philosophy, Saint Louis, (4) Apr. 1870, sob o título de “Book Classification”, e, em seguida, pela Biblioteca Escolar Pública de Saint Louis, sob o título de Catalogue, Classified and Alphabetical, of the Books of the St. Louis Public School Library, St. Louis, Missouri Democratic Book and Job Print, 1870. A Classificação de Harris (Harris Classification) ou CH, que foi influenciada pela filosofia hegeliana, conforme o artigo de Eugene E. Graziano, “Hegel's Philosophy as Basis for the Dewey Classification Schedule”, publicado em Libri, Copenhagen, 9 (1) 1959, p. 45-52 , e que pode ser consultado na página http://www.autodidactproject.org/other/hegelddc.html, contém as seguintes classes e subclasses principais: Classes e Subclasses 1 2-5 6-16 17 18-25 26-28 29-31 32-34 35 36-40 41-45 46-51 52-58 59-63 64 65 66-68 69-70 71-78 79 80-87 88-96 97 98-100
Âmbito Ciências Filosofia Teologia Ciências sociais e políticas Jurisprudência Política Ciências sociais Filologia Ciências naturais e artes industriais Matemática Física História natural Medicina Artes industriais e comércio Arte Belas artes Poesia Prosa de ficção Miscelânea literária História Geografia e viagens História Biografia Apêndice. Generalidades
Classificação Decimal de Dewey Este sistema, inspirado na classificação de W. T. Harris, foi criado em 1876 pelo norte-americano Melvil Dewey (1851-1931), quando exercia funções de bibliotecário no Colégio Amherst, Massachusetts, e desde então foi objecto de 22 grandes revisões, a mais recente realizada em 2004.
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A Classificação Decimal de Dewey (Dewey Decimal Classification) ou CDD organiza o conhecimento em dez classes principais, tendo cada classe principal dez divisões e cada divisão, dez secções. Na sua origem, a CDD continha dez classes, cem divisões e cerca de mil secções. Com excepção de «Generalidades» e «Obras de ficção», os documentos são classificados com extensões que indicam a relação entre assuntos, lugar e tempo a que o assunto se refere, e tipo de material em que o documento se apresenta. As notações são expressas com um mínimo de três dígitos e a sua extensão pode ser indefinida, mas sempre com recurso a um ponto decimal a cada grupo de três dígitos. Assim, se o documento trata de «economia» (330) na «Europa» (+94), o assunto é representado pela notação «330.94», e se o documento é um «jornal» (+005, auxiliar de tipo de material) que aborda assuntos específicos dos «Estados Unidos» (973), a notação será «973.005». Por tratar-se de uma classificação decimal, deve ser dada especial atenção à ordenação numérica, pois subentende-se que qualquer notação inicia-se por «0.», embora não estejam expressos. A ordenação correcta das notações «626», «620.2» e «620.199» será portanto: «620.199», «620.2», «626». Tabelas principais da CDD: Classes e Subclasses Âmbito 000 Informática. Informação. Generalidades 000 Generalidades 010 Bibliografia 020 Biblioteconomia e ciências da informação 030 Enciclopédias gerais 040 [Não atribuída] 050 Séries em geral e índices respectivos 060 Organização em geral e museologia 070 Comunicação social, jornalismo e publicação 080 Colecções em geral 090 Manuscritos e obras raras 100 Filosofia. Psicologia 100 Filosofia. Psicologia 110 Metafísica 120 Epistemologia 130 Fenómenos paranormais 140 Sistemas e pontos de vista filosóficos 150 Psicologia 160 Lógica 170 Ética 180 Filosofia clássica, medieval e oriental 190 Filosofia moderna ocidental 200 Religião 200 Religião 210 Teologia natural 220 Bíblia 230 Teologia cristã 240 Moral cristã e teologia moral 250 Igreja e ordens religiosas 260 Teologia social cristã 270 História da igreja cristã 280 Denominações cristãs e seitas 290 Religião comparada 300 Ciências sociais 300 Ciências sociais 310 Estatísticas em geral 320 Ciências políticas 330 Economia
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400
500
600
700
800
340 Direito 350 Administração pública 360 Serviço social. Associações 370 Educação 380 Comércio. Comunicações. Transporte 390 Usos e costumes. Etiqueta. Folclore Língua 400 Língua 410 Linguística 420 Inglês. Inglês arcaico 430 Línguas germânicas. Alemão 440 Línguas de origem latina. Francês 450 Italiano. Romeno. Rético 460 Espanhol. Português 470 Latim 480 Línguas helénicas. Grego clássico 490 Outras línguas Ciências 500 Ciências naturais. Matemática 510 Matemática 520 Astronomia e ciências relacionadas 530 Física 540 Química e ciências relacionadas 550 Geologia 560 Paleontologia. Paleozoologia 570 Biologia 580 Botânica 590 Zoologia Tecnologia 600 Ciências aplicadas 610 Medicina 620 Engenharia 630 Agricultura 640 Economia doméstica 650 Gestão 660 Engenharia química 670 Indústria 680 Indústrias específicas 690 Engenharia civil Arte. Entretenimento 700 Arte 710 Urbanismo 720 Arquitectura 730 Artes plásticas. Escultura 740 Desenho. Artes decorativas 750 Pintura 760 Gravura 770 Fotografia 780 Música 790 Entretenimento. Espectáculos Literatura 800 Literatura. Retórica 810 Literatura americana em língua inglesa 820 Literatura inglesa e em inglês arcaico 830 Literatura em línguas germânicas 840 Literatura em língua latinas 850 Literatura italiana, romena e rética 860 Literatura espanhola e portuguesa
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900
870 Literatura latina 880 Literatura grega clássica 890 Literatura em outras línguas História. Geografia 900 História. Geografia 910 Geografia. Viagens 920 Biografia. Genealogia. Heráldica 930 História antiga 940 História da Europa em geral 950 História da Ásia em geral 960 História de África em geral 970 História da América do Norte em geral 980 História da América do Sul em geral 990 História geral de outras regiões
Classificação Expansiva de Cutter Sob a influência da CDD, Charles Ammi Cutter (1837-1903) deu início, em 1880, à implantação de um sistema próprio na organização dos documentos da biblioteca do Ateneu de Boston, onde foi bibliotecário por mais 23 anos. No princípio da década seguinte, apareceram os primeiros esquemas do seu sistema, Classificação Expansiva de Cutter (Cutter Expansive Classification) ou CEC, de que foram publicados cinco volumes sem que o trabalho tivesse sido concluído, devido ao falecimento do seu criador. Classes principais da CEC: Classes A B-D E, F, G H-J, K L-T U-VS VT, VV, W X Y
Z
Âmbito Generalidades (enciclopédias, publicações periódicas, publicações institucionais) Filosofia. Psicologia. Religião Biografia. História. Geografia. Viagens Ciências Sociais. Direito Ciência e Tecnologia Assuntos Militares. Desporto. Entretenimento Teatro. Música. Arte Filologia (com notação auxiliar a indicar a língua a que o assunto se refere) Literatura (com notação auxiliar a indicar a língua e o género). Ex.: YY – Literatura norte-americana em língua inglesa; YYP – Poesia norteamericana em língua inglesa Biblioteconomia. Bibliografia
As notações da CEC são elaboradas tendo em conta as seguintes convenções: - Primeira linha – representa o assunto, - Segunda linha – representa o autor (em letras iniciais maiúsculas) e eventualmente o título (em letras iniciais minúsculas), - Terceira linha – data de edição, e - Quarta linha – indica se o documento é uma tradução ou um trabalho de crítica sobre o autor e/ou obra. Dimensões de lombadas, números de volumes e de exemplares são precedidos de ponto (.), sinal de adição (+) e barra oblíqua (/) respectivamente. Para especificar assuntos, juntam-se dígitos convencionais às notações com o objectivo de representarem o âmbito geográfico a que o documento se refere. Assim sendo, e tendo em consideração que «83» representa os Estados Unidos, a notação «F83» aplica-se a «História dos Estados Unidos», «JU83» a «Política norteamericana» e «WP83» a «Pintura norte-americana». Classificação da Biblioteca do Congresso Este sistema foi desenvolvido a partir de 1899 por Herbert Putnam (1861-1955), com a colaboração de Charles Ammi Cutter, criador da CEC, motivo pelo qual a Classificação da
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Biblioteca do Congresso (Library of Congress Classification) ou CBC mantinha, na origem, semelhanças com o sistema de Cutter. A CBC, amplamente usada em bibliotecas universitárias e especializadas dos Estados Unidos e de inúmeros países, contém 21 classes principais, em conformidade com o quadro que se segue: Classes A B C D E
F
G H J K L M N P Q R S T U V Z
Âmbito Generalidades Filosofia. Psicologia. Religião Ciências auxiliares da história. Historiografia História Antiga. História Universal História da América Esta classe é subdivida por dígitos e não por letras como as demais classes 11-143 América 151-889 Estados Unidos História da América Esta classe é subdivida por dígitos e não por letras como as demais classes 1-975 História regional dos Estados Unidos 1001-1145.2 América Britânica (incluindo o Canadá) América Holandesa 1170 América Francesa 1201-3799 América Latina. América Espanhola. História do Brasil Geografia. Antropologia. Entretenimento Ciências sociais Ciências políticas Direito Educação Música Arte Língua. Literatura Ciências Medicina Agricultura Tecnologia Ciência militar Ciência naval Bibliografia. Biblioteconomia. Recursos de informação em geral
Em 1939, quando Putnam deixou o cargo de bibliotecário do Congresso, apenas a classe «K» (direito) e partes da classe «B» (filosofia e religião) não estavam ainda desenvolvidas. Classificação Decimal Universal Os bibliógrafos belgas Paul Otlet (1868-1944) e Henri La Fontaine (1854-1943), ao resolverem criar uma bibliografia universal, depois de fundarem, em 1895, o Instituto Internacional de Bibliografia, decidiram traduzir a CDD para francês com o objectivo de esta servir-lhes como forma de ordenar, por assunto, a bibliografia citada. O resultado, publicado entre 1905-1907 sob o título de Manuel de Répertoire Bibliographique Universel, excedeu a mera tradução pelas adaptações e ampliações que efectuaram. O sistema belga, conhecido por Classificação Decimal Universal (Universal Decimal Classification) ou CDU, é usado em toda a Europa e conta com grande adesão em Portugal. Existem três formatos de CDU: tabela integral, tabela média e tabela abreviada. De registar que a tabela completa conta com cerca de 220 mil notações e a média, pouco mais de 60 mil. Em língua portuguesa, no entanto, apenas as variantes média e abreviada foram publicadas. A
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terceira edição da tabela abreviada (ISBN 972-565-395-5), publicada em 2005 pela BNL, baseada na tabela média em língua inglesa, é a mais actualizada. Segue-se um resumo das tabelas principais da última edição portuguesa (p. 11-34): Classes e Subclasses 0 00 01 02
06 08
09 1 11 13 14 16 17 2 21 22 23 24 25 26 27 28 29
3 30 31 32 33 34 35 36 37 39 5 50 51 52 53 54 55 56
Âmbito Generalidades. Ciência e conhecimento. Organização. Informação. Documentação. Biblioteconomia. Instituições. Publicações Prolegómenos. Fundamentos da ciência e da cultura Ciência e técnica bibliográfica. Bibliografias. Catálogos Biblioteconomia. Bibliotecas Organizações e outras formas de cooperação. Instituições. Academias. Congressos. Sociedades. Organismos científicos. Exposições. Museus Poligrafias. Obras em colaboração Manuscritos. Obras notáveis, raras, devido a certas particularidades extrínsecas tais como a escrita, a encadernação, as gravuras, material em que foram impressas Filosofia. Psicologia Metafísica Filosofia da mente e do espírito. Metafísica da vida espiritual Sistema e pontos de vista filosóficos Lógica. Epistemologia. Teoria do conhecimento. Metodologia da lógica Filosofia moral. Ética. Filosofia prática Religião. Teologia Religiões pré-históricas e primitivas Religiões do Extremo Oriente. Taoísmo. Confucionismo. Religiões da Coreia, Japão, etc. Religiões da Índia. Hinduísmo. Bramanismo. Vedismo, etc. Budismo Religiões do mundo antigo (Egipto, Mesopotâmia, Grécia, Roma, Maias, Astecas, Incas, etc.) Judaísmo Cristianismo. Igrejas e denominações cristãs Islamismo Movimentos espirituais modernos Ciências sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração pública. Forças armadas. Assistência social. Seguros. Educação. Etnologia Teorias, metodologias e métodos nas ciências sociais em geral. Sociografia Estatística. Demografia. Sociologia Política Economia. Ciência económica Direito. Jurisprudência Administração pública. Assuntos militares Protecção das necessidades materiais e mentais da vida. Serviço social. Ajuda social. Segurança social. Habitação. Consumo. Seguros Educação Etnologia. Etnografia. Usos e costumes. Tradições. Modo de vida. Folclore Matemática. Ciências naturais Generalidades sobre as ciências puras Matemática Astronomia. Geodesia. Astrofísica. Investigação espacial Física Química. Cristalografia. Mineralogia Ciências da terra. Ciências geológicas Paleontologia
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57 58 59 6 60 61 62
Ciências biológicas em geral Botânica Zoologia Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia Questões gerais referentes às ciências aplicadas Ciências médicas Engenharia. Tecnologia em geral Agricultura. Ciências agrárias e técnicas relacionadas. Silvicultura. Explorações agrícolas. Exploração da vida selvagem Ciências domésticas. Economia doméstica Gestão e organização da indústria, do comércio e da comunicação Tecnologia química. Indústrias químicas e relacionadas Indústria, artes industriais e ofícios diversos Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados ou montados Indústria da construção. Materiais para construção. Procedimentos e práticas de construção Arte. Recreação. Entretenimento. Desporto Planeamento territorial. Planeamento regional, urbano e rural. Paisagens, parques, jardins Arquitectura Artes plásticas Desenho. Design. Artes e ofícios aplicados Pintura Artes gráficas. Gravura Fotografia e processos similares Música Divertimentos. Espectáculos. Jogos. Desportos Língua. Linguística. Literatura Questões gerais referentes à linguística e à literatura. Filologia Linguística. Línguas. Literatura Geografia. Biografia. História Geografia. Exploração da terra e de países. Viagens. Geografia regional História em geral
63 64 65 66 67 68 69 7 71 72 73 74 75 76 77 78 79 8 80 81 82 9 91 94
As notações da CDU podem ser complementadas por tabelas auxiliares, constituídas por dígitos, sinais de pontuação gráfica e letras, em conformidade com os exemplos que se seguem (p. 35110): . ‘
Subdivisão
+
Coordenação. Adição
/
Extensão consecutiva
:
Relação simples
As notações são habitualmente formadas por séries de até três dígitos, após as quais um destes sinais gráficos é introduzido para dar continuidade às notações. Ex.: «821.134.3» – Literatura portuguesa. A notação «82» corresponde a Literatura em geral; «821.1/.8», Literatura de línguas individuais; «821.13», Literatura em línguas românicas; e «821.134» corresponde a Literatura em línguas ibero-românicas. Serve para ligar notações não consecutivas em caso de assunto composto, quando não exista uma notação simples para o assunto composto. Ex.: «(469+594.75)» – Portugal e Timor. Serve para ligar notações consecutivas, quando o assunto é amplo. Ex.: «772/777» – Processos fotográficos (equivale a 772, 773, 774, ..., 777, e notações subordinadas). Serve para ligar notações de assuntos com mesmo grau de importância. Ex.: «51:53» – Matemática e Física ou «53:51» – Física e
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[]
Subgrupos
::
Ordenação
=
Auxiliar comum de língua
(0...) Auxiliar comum de forma
(1/9) Auxiliar comum de lugar (=...) Auxiliar comum de raça, grupo étnico e nacionalidade “...” Auxiliar comum de tempo
*
Especificação de assunto com notação que não pertence à CDU
A/Z
Especificação em ordem alfabética
Matemática. Serve para estabelecer subgrupos nos casos em que as notações principais estão ligadas pelo sinal de adição ou dois pontos, a representar assunto complexo. Ex.: «341.24:347.24[460+469]» – Acordo internacional entre Portugal e Espanha sobre direitos relativos à água. Serve para fixar a ordem das notações, designadamente em sistemas informáticos. Ex.: «77.044 : : 355.4» – Fotografia de guerra. Serve para indicar a língua na qual o documento está escrito, ou para formar auxiliar comum de raça, grupo étnico ou nacionalidade (adiante). Ex.: «=134.3» – Português (língua). Serve para indicar a forma como o documento se apresenta. Ex.: «(035)» – Manuais. Compêndios. Serve para indicar o âmbito geográfico de um assunto. Ex.: «323.1(594.75)» – Autonomia de Timor. Serve para indicar a nacionalidade ou grupo étnico a que o assunto básico se refere. Ex.: «(=134.3)» – Portugueses (povo). Serve para indicar a data ou o período de tempo a que o assunto básico se refere. Ex.: «“192”» – Década de 20 (1920-1929). Serve para introduzir a notação que não existe na CDU. Ex.: «630*432» – Prevenção e controlo de incêndios florestais. «*432» é notação extraída de Forest Decimal Classification. Serve para especificar nome ou acrónimo a que o assunto básico se refere. Ex.: «821.134.3Camões» – Obra literária de Luís de Camões.
Classificação de Assuntos James Duff Brown (1862-1914), nascido em Edimburgo, Escócia, foi um dos pioneiros a defender o livre acesso às estantes, bem como relativamente à deslocação do eixo “universo do conhecimento” para “universo dos conceitos” em matéria de classificação, o que antecipa e procura dar solução ao fenómeno da interdisciplinaridade, problema com que os bibliotecários se debatem na classificação de documentos. Em colaboração com John Henry Quinn (1860-1941), publicou, em 1894, a Classificação de Quinn e Brown (Quinn-Brown Classification), que reviu e publicou em 1898, sob o título de Classificação Ajustável (Adjustable Classification). A Classificação de Assuntos (Subject Classification) ou CA, na qual sua filosofia ganha maior relevo, foi publicada em três edições: 1906, 1914 e, postumamente, em 1939. Classes principais da CA: Conceito Âmbito Matéria e Energia Generalidades Ciências físicas Vida Ciências biológicas Ciências médicas e etnológicas Biologia económica e artes domésticas Pensamento Filosofia e Religião Ciências sociais e políticas Registo Língua e Literatura
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Classes A BCD EF GH I JK L M
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Géneros literários História e Geografia Biografia
N O–W X
Brown propôs que a organização dos assuntos fosse feita de forma independente do ponto de vista em que eram tratados, ou seja, todos os documentos que abordassem o conceito «Rosa», por exemplo, deveriam manter-se num mesmo sítio, quer este conceito fosse tratado do ponto de vista biológico, botânico, histórico, geográfico, ético, das artes decorativas, emblemático, poético, etc. Esta ideia mais tarde evoluiu para «organização por centros de interesse», patente no sistema de cotação em uso na Rede de Bibliotecas Públicas de Oeiras, por exemplo. Este tipo de organização reflecte-se de forma sintética em três tipos de notação: - Intraclasses – Cães (F918) e Gatos (F952) = «F918+952» ou «F952+918», - Interclasses – Apostas (L933) em Corridas de cães (F944) = «L933+F944» ou «F944+L933», - Tabela auxiliar de forma de apresentação, tempo, ponto de vista, atributos, etc., que se aplica a qualquer assunto ou subdivisão de assunto. A tabela auxiliar da CA dividi-se em duas partes: ordem alfabética, e ordem numérica precedida de um ponto (.). Assim, «Economia nas Universidades» recebe a notação «A180.760», em que «A180» representa «Universidades» na tabela principal e «.760», o ponto de vista «Economia» na tabela auxiliar. Classificação dos Dois Pontos A Classificação dos Dois Pontos (Colon Classification) ou CDP foi criada em 1933 por Shiyali Ramamrita Ranganathan (1892-1972), quando exercia funções de bibliotecário na Biblioteca da Universidade de Madras, Índia. Caracteriza-se como classificação analítico-sintética ou de facetas, proporcionando alto grau de autonomia ao bibliotecário. A CDP faz uso de 42 classes principais que podem ser associadas, no processo de classificação, a letras, números e sinas gráficos. Apresenta-se, a seguir, o quadro com as classes principais da CDP, incluindo algumas subclasses: Classes e Subclasses A 1 2 3 4 B B1 B13 B2 B23 B25 B3 B33 B331,1,2:1 B37 B38 B4 B6 B7 B8 B9 C C1
Âmbito Generalidades Universo do conhecimento Biblioteconomia Ciência do livro Jornalismo Matemática Aritmética Teoria dos números Álgebra Equações algébricas Álgebra superior Análise Equações diferenciais [equação] , [grau] , [ordem] : [problema] Soluções numéricas (:1) de ordenação (331) linear (,1) segunda ordem (,2) equações diferenciais Variáveis reais Variáveis complexas Outros métodos Geometria Mecânica Física matemática Matemática astronómica Física Fundamentos da física
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C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 D E F G H HX I J L LZ3 LZ5 M Ð N NA ND NN NQ NR O P Q R S T U V W X Y Z
Propriedades da matéria Som Calor Luz e radiação Electricidade Magnetismo Hipóteses do cosmo Engenharia Química Tecnologia Biologia Geologia Mineração Botânica Agricultura Medicina Farmacologia Farmácia Artes industriais Espiritualidade e misticismo Arte Arquitectura [estilo] , [utilidade] , [parte] : [técnica] Escultura [estilo] , [figura] ; [material] : [técnica] Gravura Pintura [estilo] , [figura] ; [material] : [técnica] Música [estilo] , [música] ; [instrumento] : [técnica] Literatura Linguística Religião Filosofia Psicologia Educação Geografia História Ciências políticas Economia Sociologia Direito
Para além das classes principais, a CDP faz uso de cinco categorias primárias ou facetas, representadas por sinais de pontuação gráfica, para pormenorizar a classificação, a saber: Sinal , ; : . ‘
Faceta Personalidade Matéria ou propriedade Energia Espaço Tempo
O assunto «investigação sobre a cura por raio X da tuberculose pulmonar realizada na Índia em 1950» resultaria na notação «L, 45; 421: 6; 253: f. 44’ N5», que se traduz por «Medicina, Pulmões; Tuberculose: Tratamento; Raio X: Investigação. Índia’ 1950». Classificação Bibliográfica de Bliss Por julgar que a CBC fora criada para uso específico na Biblioteca do Congresso e, por este motivo, não podendo ser considerada padrão para aplicação noutras bibliotecas, bem como por não apreciar a CDD, Henry Evelyn Bliss (1870-1955) criou e começou a utilizar, a partir de 1908,
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um sistema próprio para classificar documentos na biblioteca do Colégio da Cidade de Nova Iorque, onde trabalhava. A Classificação Bibliográfica de Bliss (Bliss Bibliographic Classification) ou CBB, publicada em quatro volumes, entre 1940 e 1953, faz uso de letras, maiúsculas e minúsculas, inclusivamente em itálico na forma normal e invertida, números e grande variedade de sinais gráficos, excepto o ponto decimal por ser o sinal base da CDD. Os princípios que presidem a CBB são: localização alternativa, em que os documentos de um determinado assunto podem ser arrumados em mais de um lugar desde que os responsáveis da biblioteca se decidam por esta opção e que dela façam uso de forma coerente e consistente; notações concisas e breves; organização do conhecimento baseada nas especialidades académicas; e possibilidade de os assuntos irem passando gradualmente de tema a tema por forma a manterem as mesmas relações de proximidade que têm na realidade. Deste modo, no entender de Bliss, encontrava-se solução para os problemas de organização de bibliotecas com diferentes tipos de necessidades. Classes principais da CBB: Classes 1 2/9 A/AL AM/AX AY-B C D
E/GQ E
F G GR GU GY H I J K L/O P Q R S T U/V W X/Y
Âmbito Introdução e tabelas auxiliares Generalidades. Prolegómenos. Ciência e conhecimento. Informação. Tecnologia Filosofia e lógica Matemática. Estatística Ciências em geral. Física Química. Engenharia química Espaço. Geologia Astronomia Geologia Geografia Ciências biológicas Biologia Bioquímica Genética Virologia Botânica Zoologia Agricultura Veterinária Ciência ambiental Antropologia física. Saúde. Medicina Psicologia. Psiquiatria Educação Sociedade. Ciências sociais. Sociologia. Antropologia social História. Arqueologia. Biografia. Viagens Religião. Ocultismo. Moral. Ética Bem-estar social. Criminologia Política. Administração pública Direito Economia. Gestão Tecnologia. Engenharia Entretenimento. Arte. Música Língua. Literatura
Embora seja uma criação norte-americana, a CBB apenas teve êxito no Reino Unido e em poucos países de língua oficial inglesa. Uma segunda edição revista, conhecida como CBB2, é desenvolvida no Reino Unido desde 1977.
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Classificação Internacional de Rider Ainda jovem, Fremont Rider (1885-1962) tornou-se discípulo e colaborador directo de Dewey, vindo mais tarde a integrar a Comissão Consultiva da CDD, onde exerceu funções de conselheiro ao longo de vários anos, razão pela qual teve sempre um apreço muito especial por este sistema de classificação, nomeadamente na sua forma original. Após deixar o cargo de bibliotecário na Universidade de Wesleyan, Middletown, no Connecticut, Rider fundou a biblioteca genealógica Godfrey Memorial Library, dando continuidade ao trabalho que vinha desenvolvendo e que culminou com a publicação, no ano de 1961 em edição de autor, da Classificação Internacional de Rider, mais propriamente Rider’s International Classification for the Arrangement of Books on the Shelves of General Libraries, ou CIR. A síntese que se segue deve-se à colaboração de Stephen Rice, que seleccionou e facultou cópia de algumas páginas com informações essenciais de um dos exemplares da CIR pertencentes às colecções da Biblioteca Estadual de Connecticut, onde Rice é bibliotecário. No prefácio à “pré-edição” de 1961, como o próprio autor a designava, Rider deixou bem patente os fundamentos que o levaram à criação da CIR (p. [XI]-XXXIII): 1. Dicotomia entre «classificação bibliográfica» ou bibliographical classification e «sistema de cotação» ou library classification. – Todas as classificações existentes até então desempenhavam as duas funções enunciadas, o que Rider considerava ser um erro. O objectivo básico da classificação bibliográfica é possibilitar o acesso por assunto às dezenas de milhares de documentos especializados que, ano após ano, são publicados por milhares de fontes e que dão entrada, consoante a área específica do conhecimento, nas bibliotecas especializadas e nos centros de documentação e informação. As subdivisões de classes que vão ao ínfimo pormenor, apoiadas por tabelas auxiliares várias, têm interesse e prestam-se à missão e finalidade das bibliotecas especializadas e centros de documentação, mas não são o meio mais adequado para a organização de documentos nas estantes das bibliotecas genéricas. Rider questionava a expansão excessiva das subclasses da CDD, que chegou ao ponto de, em determinada edição, contemplar “notações individuais para cada osso dos dedos das mãos”, distanciando-se do seu objectivo inicial, ou seja, organizar e recuperar documentos em bibliotecas genéricas de forma eficiente e célere, razão do êxito que granjeou logo à primeira edição. A diferença mais significativa, porém, entre um sistema de cotação adequado às bibliotecas genéricas e uma classificação bibliográfica qualquer, segundo Rider, reside no facto de o primeiro, depois de criado, poder considerar-se estável por um número razoável de anos, enquanto que a segunda é, na sua essência, extremamente efémera, necessitando de revisões extensivas a cada um ou dois anos. Quanto maior o pormenor de determinada classe ou subclasse, mais depressa esta classe ou subclasse se torna obsoleta. 2. Princípio da subdivisão. – Numa biblioteca genérica, apenas faz sentido separar um conjunto de obras que se encontram reunidas, se o seu número assim o justificar. Se, em determinada biblioteca genérica, há cinco obras sobre anatomia dos órgãos respiratórios do corpo humano, das quais três tratam do «sistema respiratório» como um todo, uma do «diafragma» e outra da «traqueia», mais proveito terão e mais económica será a organização, se estiverem reunidas sob a cota que corresponde a «sistema respiratório» do que sob três cotas diferenciadas. Os utilizadores que procurem por documentos sobre «sistema respiratório» como um todo encontrarão reunidas todas as obras existentes sobre o assunto num mesmo lugar na estante, enquanto o utilizador que queira desenvolver um trabalho específico sobre a «traqueia» tenderá provavelmente a fazer uma pesquisa no catálogo de assuntos através dessa palavra chave.
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Vinte era o número de obras que Rider considerava razoável sob uma mesma cota, antes que se começasse a pensar em as subdividir em mais de uma cota. É preciso ter em atenção que algumas obras são constituídas por mais de um volume e é suposto existirem dois exemplares de cada obra numa biblioteca genérica. 3. Princípio da proporcionalidade. – As classificações deveriam manter equidade interna relativamente ao número de subdivisões de que cada classe principal se compõe. Para Rider, todas as classificações falharam neste aspecto, ora por não terem antecipado o amplo desenvolvimento das ciências ocorrido no século passado, o que impossibilita qualquer tentativa de proporcionalidade no caso das classificações decimais, por exemplo (escusado será dizer que o número de ciências autónomas é superior a dez), ora por subdividirem classes e subclasses até à exaustão em prejuízo de outras, o que leva a uma distribuição desigual dos documentos nas estantes. A obsolescência de algumas “ciências” também resultou no desaparecimento de um número considerável de subdivisões na CDD, de que a subclasse «040» e respectivas subdivisões no quadro a ela referente acima transcrito é exemplo, assim como o é também a classe «4» na CDU, que se encontra completamente vazia. A desproporção resulta na maior extensão e complexidade de um determinado número de notações/cotas e na distorção das relações de proximidade entre assuntos. O facto é que cerca de metade dos documentos nas bibliotecas genéricas dizem respeito às áreas da literatura, história e geografia, enquanto existem subdivisões noutras áreas com pouca ou nenhuma hipótese de virem a ser algum dia preenchidas por um documento sequer. Segundo Rider, a causa mais evidente da desproporção encontrada nas classificações recaía na visão de mundo tendenciosa de seus criadores. A maior parte delas foi elaborada sob a forte influência da cultura protestante anglo-saxónia, baseada nos Estados Unidos, razão pela qual, ao tempo de Rider, a CDD fornecia 3705 subdivisões geográficas para os Estados Unidos e apenas 1430 subdivisões geográficas para o resto do planeta, bem como 480 subdivisões para a religião cristã e cerca de 110 subdivisões para todas as outras religiões. Bem a propósito, convém referir que a 3.ª e mais actualizada edição portuguesa da CDU reformula inteiramente a classe «2», relativa aos assuntos «religião» e «teologia», no sentido de expurgar preconceitos. Os bibliotecários que passarem a fazer uso desta edição, em substituição de edições anteriores, terão de atribuir novas cotas aos documentos dessa classe e de os reorganizar na(s) estante(s). 4. O problema das tabelas auxiliares. – Rider considerava o uso indiscriminado das tabelas auxiliares por parte dos bibliotecários como uma das fontes principais da criação de «comboios» (na gíria profissional actual), ou seja, cotas com notações desnecessariamente extensas, apesar de, nas próprias classificações, ser aconselhada ponderação no uso destas tabelas. Veja-se o exemplo do assunto «plantas de água doce do lago Pontchartrain» que, de acordo com a CDD, e representado com a subdivisão geográfica auxiliar completa, resultava na cota «581.929.763.64». Ao contrário de uma biblioteca especializada em «botânica», seria pouco provável a existência de inúmeras obras sobre «plantas de água doce nos Estados Unidos» numa biblioteca genérica, e, assim, bastava ao classificador usar a subdivisão geográfica auxiliar de país, o que resultaria na cota «581.929». Rider afirmava ter dado solução a este problema ao integrar nas notações, com muita moderação, os símbolos relativos a lugares e a outras seis subdivisões auxiliares. Infelizmente, não é possível conferir a afirmação dada a inexistência de exemplos nas cópias da CIR a que se teve acesso.
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5. Notações “puras”. – A grande vantagem da CDD relativamente às suas congéneres, na opinião de Rider, era o facto de fazer uso de um símbolo apenas, ou seja, números árabes, na representação de assuntos. No outro extremo da comparação, posicionava-se a CDP de Ranganathan, devido à grande variedade de sinais gráficos, letras e números usados nas notações, o que, para Rider, tornava bastante complexa a intercalação ou ordenação de documentos nas estantes. Citava, para o efeito, o exemplo de notação baseada na CDP para o assunto «convenção dos cirurgiões da Associação Nacional dos Caminhos de Ferro dos Estados Unidos», ou seja: L: 4: 7m 73: M88 Imaginava ele o esforço a ser empregue na ordenação de um documento com essa cota entre outros dois com as cotas: L: 4: 7d 81: P54 L: 5: 7m 73: B42 6. Localização alternativa de tópicos. – Rider afirmava que, quanto mais pormenorizada fosse uma classificação, maior era a probabilidade de serem atribuídas notações diferenciadas a um mesmo tópico em função de ligeiras variações de ponto de vista. Explicava a afirmação através de dois exemplos retirados da 16.ª edição da CDD: «evasão fiscal», que podia ser representado pela notação «343.33» (direito fiscal) ou «364.133» (crimilonogia); e «miastenia», que podia ser representado pela notação «616.744» (medicina) ou «618.927.44» (pediatria). Rider argumentava que os utilizadores não têm interesse em ver as três ou quatro obras que uma determinada biblioteca genérica eventualmente terá sobre «evasão fiscal» separadas em duas ou mais estantes, distantes entre si. Os especialistas das quatro áreas indicadas entre parênteses acima sabem, de antemão, que encontram um maior número de documentação sobre «evasão fiscal» ou «miastenia», mais actualizada e de melhor qualidade, nas bibliotecas especializadas respectivas. Assim sendo, para que o sistema de cotas de uma biblioteca genérica desempenhe a sua função com eficiência, de acordo com Rider, é essencial que as notações sejam breves, simples e “puras” ou representadas por apenas um símbolo, alfabético ou numérico. 7. Letras ou números. – Tendo em consideração que, numa biblioteca genérica, poderiam estar ordenadas cerca de vinte obras sob uma mesma cota, quando a biblioteca atingisse a sua capacidade máxima de armazenamento, Rider optou por elaborar cotas através da combinação de três letras em vez da combinação de quatro números árabes. Esta opção deve-se ao facto de um menor número de letras (princípio da concisão) se prestar a um maior número de combinações que os algarismos árabes: - Três letras – 26 x 26 x 26 = 17576 x 20 obras/cota = 351520 obras no total - Quatro algarismos – 10 x 10 x 10 x 10 = 10000 x 20 obras/cota = 200000 obras no total Desta forma, Rider julgava retomar a simplicidade inicial da CDD, somada à maior potencialidade da notação alfabética. Toda e qualquer notação seria constituída por apenas três letras do alfabeto sem recorrer a quaisquer outros artifícios. Segue-se o quadro com as 26 classes principais da CIR, incluindo um exemplo de subclasse: Classes A B C
Âmbito Generalidades Filosofia. Psicologia Religião
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História universal. História da América História da Europa História de outros continentes Geografia geral. Geografia da América Geografia da Europa Geografia de outros continentes Ciências sociais Direito Economia Ciências políticas. Administração pública Comércio. Indústria Assuntos militares. Transportes. Comunicação Ciências físicas Química. Tecnologia química Engenharia Ciências biológicas Medicina UW Terapêutica UWA Terapêutica. Farmacodinâmica. Acção dos fármacos em órgãos UWB Fármacos que afectam o sistema digestivo. Laxantes. Purgantes. Eméticos. Emolientes. Digestivos, etc. UWC Fármacos do sistema respiratório. Expectorantes. Béquicos UWD Fármacos do sistema circulatório. Estimulantes. Coagulantes. Anticoagulantes. Transfusões de sangue. Transfusões de plasma UWE Antipiréticos. Febrífugos. Alterantes. Tónicos UWF Fármacos do sistema urogenital. Diuréticos. Antidiuréticos. Afrodisíacos. Lactogénicos UWG Fármacos do sistema nervoso. Analgésicos. Antiespasmódicos. Hipnóticos. Estimulantes. Narcóticos. Anódinos. Tranquilizantes UWH Anestésicos UWI Fármacos da pele. Emolientes. Escaróticos. Adstringentes. Desodorizantes UWJ Métodos de aplicação de fármacos. Oral. Rectal. Inalação. Intravenoso. Subcutâneo. Intramuscular UWK Terapêuticas especiais UWL Fototerapia. Terapêutica com raio ultravioleta. Terapêutica com raio infravermelho UWM Termoterapia. Crioterapia. UWN Pneumoterapia UWO Radioterapia UWP Mecanoterapia UWQ Hipnose UWR Terapia ocupacional UWS Hidroterapia. Balneoterapia UWT Dieta UWU Toxicologia ... ... Agricultura. Economia doméstica Arte. Música Língua Literatura europeia Outras literaturas
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Logo no início do prefácio, Rider afirmava que a publicação da CIR “não era um convite à reclassificação”, posto não acreditar que merecesse tamanho investimento de recursos humanos e materiais, e, pelo facto de admitir a impossibilidade de qualquer sistema de classificação alcançar a perfeição, julgava preferível que as bibliotecas mantivessem os sistemas adoptados, fossem eles a CDD, a CBC ou outros igualmente consistentes. Tencionava, sim, o seu acolhimento por parte das bibliotecas que fossem criadas de raiz, por bibliotecas existentes que ainda não tivessem adoptado qualquer sistema de classificação ou por bibliotecas existentes com sistemas francamente inadequados e que, a partir de determinada data, passassem a classificar as novas aquisições com o seu sistema, sem procederem à classificação retroactiva. O facto de ter surgido quando os principais sistemas de classificação (CDD, CBC, CDU, CBB e CDP) estavam já bastante consolidados nos vários continentes, e juntando-se a este factor a morte de Rider no ano seguinte ao seu lançamento, justifica talvez a completa falta de êxito ou mesmo o desconhecimento generalizado da CIR. Não deixa de ser irónica a sua sorte, visto ter sido a primeira, e porventura única, classificação vocacionada especificamente “para a organização de livros nas estantes das bibliotecas genéricas”. A CIR seria digna de uma consulta mais atenta, se houvesse em Portugal um exemplar disponível, mesmo se policopiado. Classificação para Bibliotecas Chinesas Publicada inicialmente em 1975, a Classificação para Bibliotecas Chinesas (Chinese Library Classification / Classification for Chinese Libraries) ou CBC vai já na quarta edição, revista, actualizada e ampliada. Esta classificação é adoptada em praticamente todas as bibliotecas da República Popular da China, das escolares às universitárias, públicas e especializadas, passando também a ser usada, a partir de 1999, para catalogação na fonte. Com 22 classes principais e cerca de 44 mil notações, a CBC apresenta a configuração que se segue: Classes A B C D E F G H I J K N O P Q R S T U V X Z
Âmbito Marxismo. Leninismo. Maoísmo. Teoria de Deng Xiaoping Filosofia. Religião Ciências sociais Política. Direito Ciências militares Economia Cultura. Conhecimento. Educação. Desporto Língua. Linguística Literatura Arte História. Geografia Ciências naturais Matemática. Física. Química Astronomia. Geologia Biologia Medicina. Higiene Agricultura Tecnologia industrial Transporte Aviação. Aviação espacial Ciência ambiental Generalidades
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Informação Complementar sobre Classificações CA: http://www.dsoergel.com/670/BrownClassificationBegtholSIGCR-04.ppt CBB: http://www.sid.cam.ac.uk/bca/bchist.htm CBC: http://www.loc.gov/marc/sourcecode/classification/classificationsource.html http://www.loc.gov/catdir/cpso/lcco/lcco.html http://geography.miningco.com/library/congress/bllc.htm CDD: http://www.anthus.com/CyberDewey/CyberDewey.html http://library.thinkquest.org/5002/?tqskip1=1 http://www.oclc.org/dewey/support/program/default.htm http://www.oclc.org/dewey/support/program/license.htm http://www.oclc.org/dewey/resources/summaries/default.htm http://www.oclc.org/dewey/resources/tutorial/ http://www.oclc.org/dewey/ CDU: http://www.udcc.org/outline/outline.htm http://www.ibict.br/secao.php?cat=Venda http://www.udcc.org/mrf.htm http://www.udcc.org/news.htm CDP: http://www.slais.ubc.ca/courses/libr517/winter2000/Group7/colon.htm http://www.innvista.com/society/education/info/classif.htm http://www.answers.com/main/ntquery?method=4&dsid=2222&dekey=Colon+classification&gwp= 8&curtab=2222_1 IFLA – International Federation of Library Associations and Institutions ou Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Instituições (vários documentos sobre classificações): http://www.ifla.org/search/search.htm http://www.ifla.org/VII/s29/index.htm Método Provisório O SABE propõe-se utilizar a CDU, edição de 2005, no catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares, com notações até três dígitos, salvo algumas áreas do conhecimento, que terão necessariamente de ser melhor desenvolvidas. Os professores bibliotecários procederão depois, nos catálogos individualizados, às adaptações e alterações que julgarem necessárias, ou mesmo substituí-la por um outro sistema de classificação.
COTAÇÃO Definição “Sinal, letra ou número que serve para classificar as peças de um processo” é uma das várias definições existentes do termo «cota», a partir da qual deriva, nas RPC (p. 3), o sentido de “indicação para localizar o documento e/ou notação sistemática...”.
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Cota é o código alfabético, numérico, imagético, cromático ou misto que tem como função identificar e singularizar um documento nas colecções da biblioteca, com o objectivo de fornecer um meio coerente, eficaz e célere para a sua recuperação. Assim sendo, a cota deve vir indicada numa etiqueta autocolante, que é afixada, de maneira explícita e de modo a não sobrepor-se a informações de interesse, na lombada do documento, ou na caixa de arquivo do documento, ou noutro meio de acondicionamento do documento. Deve ainda vir indicada, no espaço a ela reservado, no catálogo bibliográfico ou noutro meio de pesquisa e acesso. Antecedentes – Síntese 1. No reinado de Assurbanipal (Assíria, 669-627 a. C.), no palácio de Níneve, próxima à actual Mossul, no Iraque, foi criada a primeira biblioteca sistematizada de que há conhecimento. Foi possível identificar a forma como os documentos eram organizados pela disposição com que cerca de 22 mil tabuinhas (placas) de argila foram encontradas no sítio arqueológico. As colecções distribuíam-se por salas de acordo com o assunto. Algumas salas eram destinadas a acondicionar documentos sobre história e administração, outras sobre religião e magia, e ainda outras sobre geografia, ciências, poesia, etc. Havia inclusivamente uma sala de reservados, cujo acesso era condicionado por armazenar documentos contendo segredos de Estado. À entrada de cada sala, havia uma tabuinha a indicar o assunto geral a que ela se destinava, e cada grupo de tabuinhas continha uma citação breve para identificar o assunto específico dos documentos. 2. Calímaco (ca 305-240 a. C.) criou o primeiro catálogo sistemático de que há registo, conhecido por Pinakes, ao organizar cerca de 120 mil rolos de papiro, dos mais de 1 milhão que se estima existissem na Biblioteca de Alexandria, conforme as categorias do conhecimento de Aristóteles, que incluía filosofia primeira (metafísica), filosofia prática (ética e política), poética (poesia épica, tragédia e comédia), física, lógica, psicologia, retórica, biologia, zoologia, história natural, etc., e em ordem alfabética de autores, de acordo com a tipologia: poetas, jurisconsultos, filósofos, historiadores, oradores, etc. 3. Do século I a. C. ao século IV, as bibliotecas romanas estavam, na sua maioria, organizadas em duas secções: latim e grego. 4. Nas bibliotecas monásticas, da alta Idade Média, efectuava-se a ordenação dos códices por: Bíblia, padres da Igreja, teologia, literatura clássica, história, medicina, etc. 5. Com a generalização do modelo do Renascimento Carolíngio na baixa Idade Média, as bibliotecas universitárias passaram a organizar-se em conformidade com as sete artes liberais, repartidas no trivium ou disciplinas formais: gramática, retórica, dialéctica ou, mais tarde, filosofia; e no quadrivium ou disciplinas reais: aritmética, geometria, astronomia, música, e, mais tarde, a medicina. 6. A partir de 1870, com o surgimento das classificações com esquema de notações, estas passam a ser utilizadas em cotação de documentos. De registar que, de acordo com a Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura (Lisboa, Verbo, 1992, vol. 5, coluna 668), Eduardo Alves de Sá foi pioneiro em Portugal na utilização da CDU, apesar de a ter usado em bibliografia e não propriamente na elaboração de cotas. Este emprego está documentado em “A Classificação Decimal e o Catálogo Universal”, que serve de introdução à Bibliografia Jurídica Portugalensis, publicada por E. A. de Sá em 1898. Emprego da CDU em Cotas Tendo em consideração que em Portugal é prática corrente utilizar a CDU como meio de elaboração de cotas, este método será, a seguir, tratado de modo mais desenvolvido.
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O grau de especificidade para o fim em vista e/ou o número de documentos existentes numa biblioteca irá determinar a selecção de uma das duas variantes (tabela média ou tabela abreviada) da CDU, como ferramenta de trabalho. 1. Para melhor esclarecer a afirmação, veja-se o caso de uma biblioteca especializada em certo ramo do conhecimento – de uma faculdade de engenharia, por exemplo. É natural que os documentos, neste tipo de bibliotecas, sejam organizados, por assunto básico, ao pormenor. Deste modo, o bibliotecário responsável pela indexação, classificação e cotação, nessa biblioteca especializada, ao tratar o documento Modelação e Simulação da Transferência de Calor em Arranjos de Permutadores para a Análise da Eficiência de Caldeiras, da autoria de Paulo Manuel Ferrão Canhoto, poderia eventualmente ter chegado à conclusão de que «transferência de calor» é o assunto básico da obra. Se fizesse uso da CDU, tabela média, o passo seguinte seria procurar, nessa tabela, a notação que representa o assunto atribuído; neste caso, a classificação corresponderia a «621.1.016.4», por ser a notação que melhor se ajusta: Notação 6 62 621 621.1 621.1.01
621.1.016 621.1.016.4
Âmbito de Aplicação Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia Engenharia. Tecnologia em geral Engenharia mecânica em geral. Tecnologia nuclear. Engenharia eléctrica. Maquinaria Máquinas térmicas em geral. Geração, distribuição e utilização de vapor. Máquinas a vapor. Caldeiras Teoria das máquinas térmicas. Aspectos mecânicos. Assuntos relacionados com a teoria dos gases e vapores. Saturação. Sobre-aquecimento. Expansão. Condensação. Assuntos relacionados com a teoria do calor. Aspectos termodinâmicos. Eficiência. Potência. Testes de desempenho Assuntos relativos à teoria do calor Temperatura das máquinas e instalações. Transferência de calor. Perdas térmicas
Por fim, se os documentos, nessa biblioteca especializada, fossem organizados nas estantes em conformidade com a classificação da CDU, a obra citada, após ter sido devidamente etiquetada com a cota «621.1.016.4», seria colocada na estante correspondente, junto aos outros documentos com cota idêntica, em ordem alfabética de último apelido de autor, e em ordem alfabética de título se existissem outros documentos do mesmo autor sob essa cota. Para simplificar esta série de ordenações, é comum juntar as três primeiras letras do último apelido do autor e as três primeiras letras do título à notação da CDU. Dessa forma, a cota passaria a apresentar a configuração: 621.1.016.4 Can*Mod Não obstante tratar-se de uma biblioteca especializada, este grau de especificidade, aplicado à cotação, apenas faz sentido se o número de documentos arrumados sob a mesma cota ou o interesse dos utilizadores assim o justificar. Cabe ao bibliotecário responsável fazer esta avaliação e ir, de modo gradativo, retirando um dígito à sequência da notação, por forma a obter a cota mais adequada. 2. É muito pouco provável que uma obra dessa natureza fosse seleccionada e adquirida para integrar as colecções de uma biblioteca de carácter mais genérico. Mas, ainda no campo das suposições, se, por meio de oferta por algum motivo irrecusável, a obra acabasse por dar entrada numa biblioteca genérica, na qual se fizesse uso da CDU, tabela abreviada, o assunto básico obviamente teria de ser o mesmo. Quanto à classificação do documento, a notação ficar-se-ia em «621.1.01», nível hierárquico mais baixo encontrado na tabela abreviada: Notação 6
Âmbito de Aplicação Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia
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62 621 621.1 621.1.01
Engenharia. Tecnologia em geral Engenharia mecânica em geral. Tecnologia nuclear. Engenharia eléctrica. Maquinaria Máquinas térmicas em geral. Geração, distribuição e utilização de vapor. Máquinas a vapor. Caldeiras Teoria das máquinas térmicas. Aspectos mecânicos. Assuntos relacionados com a teoria dos gases e vapores. Saturação. Sobre-aquecimento. Expansão. Condensação. Assuntos relacionados com a teoria do calor. Aspectos termodinâmicos. Eficiência. Potência. Testes de desempenho
Nessas mesmas bibliotecas genéricas, é habitual, no processo de atribuição de cotas, estas não transporem os três dígitos, salvo algumas poucas excepções, como, por exemplo, em documentos sobre psicologia, cuja notação menos extensa é 159.9. Dessa forma, à obra em questão atribuir-se-ia a cota: 621 Can*Mod A obra seria, de seguida, arrumada junto a outros documentos cujo assunto básico estaria directa ou hierarquicamente relacionado com engenharia mecânica em geral, tecnologia nuclear, engenharia eléctrica e maquinaria. 3. Tendo em consideração o que foi exposto acima, se um estudante de direito procurar pela obra Glossário de Direito do Trabalho e Relações Industriais, de autoria de Mário Pinto, na biblioteca geral da sua universidade, é possível que o documento se encontre sob a cota: 349.2 Pin*Glo Na tabela abreviada da CDU, a notação «349.2» seria a mais apropriada: Notação 3 34 349 349.2 349.22 349.23 349.24
Âmbito de Aplicação Ciências sociais. Estatística. Política. Economia. Comércio. Direito. Administração pública. Forças armadas. Assistênca social. Seguros. Educação. Etmologia Direito. Jurisprudência Ramos especiais do direito. Assuntos jurídicos diversos Direito do trabalho Relações contratuais. Contrato de trabalho Condições de trabalho. Salários. Responsabilidade material nas condições de trabalho. Horário de trabalho Circunstâncias do trabalho. Saúde e higiene. Restrições de trabalho. Trabalho em casa
«Pin» são as três primeiras letras do último apelido do autor e «Glo», letras iniciais do título. 4. De registar que um determinado assunto pode ser tratado sob pontos de vista diferentes, o que requer uma atenção redobrada por parte do bibliotecário, e, na CDU, esta situação pode exemplificar-se do modo que se segue: Âmbito de Aplicação Electricidade (Física) Electricidade (Engenharia) Electricidade: instalações (Construção Civil)
Notação 537 621 696
Âmbito de Aplicação Universo (Astronomia) Universo (Filosofia) Universo: origem (Metafísica)
Notação 524 125 113
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Âmbito de Aplicação Vestuário (Economia Doméstica) Vestuário (Etnografia) Vestuário (Indústria)
Notação 646 391 687
Tendo em consideração este tipo de situação e a pensar nos bibliotecários menos familiarizados com as notações, seria digno de apreço se as edições da CDU em Portugal fossem sempre acompanhadas de um segundo volume com o índice alfabético remissivo respectivo, tal como acontece com as congéneres de outros países. Na BMDD, por exemplo, tem-se por vezes de recorrer ao índice alfabético da edição em língua francesa, publicado em Bruxelas no ano de 1973, com o inconveniente óbvio de sua desactualização. ♦ Vozes críticas quanto ao emprego da CDU como forma de elaborar cotas, e não só, avolumaramse no decorrer do último século, nomeadamente pela enorme e célere evolução do conhecimento. Novas áreas do saber foram criadas, de que a informática é paradigma, outras conquistaram autonomia e os estudos interdisciplinares multiplicaram-se. Apesar das revisões anuais de que é objecto, a CDU sofre, no entender dos oponentes, de obsolescência crónica, para além da rigidez característica de um sistema baseado em décimas. Sobre o assunto, propõe-se a leitura do artigo de Manuel Montenegro, “A CDU, Monstro Préhistórico das Classificações?”, publicado em Páginas A e B, Lisboa, (4) 1999, p. 71-91. Sistemas de Cotação O sistema de cotação deve ser estabelecido em função da missão, finalidade e público alvo ou utilizadores da biblioteca. A maneira mais directa de fundamentar esta afirmação será descrever sumariamente alguns sistemas em aplicação. 1.º Exemplo A Biblioteca Nacional de Lisboa (BNL) tem como atribuições reunir, preservar e difundir o património documental português. As colecções da BNL são constituídas por mais de 2,6 milhões de espécies que, em grande parte, dão entrada na BNL através da aplicação da Lei do Depósito Legal, cuja origem remonta ao Alvará de 12 de Setembro de 1805, e que consiste na obrigatoriedade de os impressores enviarem à BNL onze exemplares do que se publica em Portugal. A BNL mantém um exemplar e encarrega-se de distribuir os exemplares restantes pelas bibliotecas beneficiárias do Depósito Legal. Um número tão considerável de documentos exige uma preocupação acrescida quanto à gestão de espaço. Já que a conservação dos documentos é uma das finalidades da BNL, o acesso aos documentos é condicionado e faz-se através da intermediação de seus funcionários. A concluir a caracterização, os utilizadores frequentes da BNL são maioritariamente investigadores, professores e estudantes universitários. De acordo com Gina Rafael, Chefe da Divisão de Aquisições e Processamento da BNL, “o sistema de cotação”, adoptado na biblioteca, “advém de uma correspondência existente entre a tabela CDU (notações) e algumas siglas criadas para o efeito”. Estas siglas são usadas nas cotas em substituição das notações da CDU. As colecções da BNL distribuem-se por oito pisos de depósitos e, segundo a mesma responsável, em conformidade com o quadro que se segue: Piso 2.º
Sigla HG BR ...
Âmbito História e Geografia Brito Rato (doação)
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CDU classe 9
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3.º
4.º
5.º 6.º 7.º
8.º 9.º
L. FA ... SC BA ... PP RE SA B ... REL P CG
BAD
Literatura Fialho de Almeida (doação)
classe 8
(S)ciências Civis Belas Artes
classe 3 classe 7
Publicações periódicas Revista Estrangeira (S)ciências e Artes Bibliografia
classes 1, 5 e 6 classe 01
Religiões classe 2 Poligrafia classe 0 Continuações Gerais classe 02 (obras em vários volumes cujas colecções ainda não estão todas completas; particularidade da BNL) Biblioteconomia
Para além de uma das siglas do quadro acima, é atribuído um número sequencial de ordem de entrada a cada exemplar, independentemente do(s) assunto(s) básico(s) que o documento contém. Ainda através de informação facultada por Gina Rafael, junta-se a letra «A», «V» ou «P» à cota, no sentido de identificar uma de três secções de fileiras de estantaria distribuídas em cada piso, cujos espaços entre divisões (ou prateleiras) correspondem a três dimensões de lombada: Secção A V P
Dimensões Lombadas com mais de 30 cm Lombadas entre 21 a 30 cm Lombadas até 20 cm
Assim sendo, através da pesquisa ao catálogo da BNL, actualmente com mais de 1,3 milhões de registos, pode encontrar-se um exemplar da obra Glossário de Direito do Trabalho e Relações Industriais, de Mário Pinto, com a cota: SC 75189 V «SC» indica tratar-se de um documento sobre ciências civis, a remeter para o 4.º piso, onde documentos sobre esse assunto geral são depositados. «V» indica tratar-se de um documento com lombada de dimensões intermédias, ou seja, entre 21 a 30 cm, a remeter para a secção de estantes assinaladas com essa letra. «75189» indica a localização exacta do documento relativamente à(s) fileira(s) de estantes assinaladas com a letra «V», localização esta apoiada por um sistema de orientação gráfica. 2.º Exemplo A Mediateca da Caixa Geral de Depósitos (MCGD) caracteriza-se como um centro de documentação que visa fornecer informação actualizada aos seus utilizadores, internos e externos, em grande parte ligados à área da economia e das finanças, em regime de acesso livre às estantes. Por tratar-se de um centro de documentação especializado, o quadro de siglas para a formação de cotas da MCGD reflecte o facto: Sigla CIE DI
Âmbito Centro de Informação Europeia Direito
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EC EM GE IF RE SF ST
Economia Empresas Gestão Informação, Organização e Informática Obras de Referência Finanças e Sistema Financeiro Estatísticas
Os documentos impressos em suporte papel, por exemplo, seleccionados e adquiridos em função das áreas de especialização da MCGD, recebem na etiqueta da cota uma das siglas do quadro acima e um número de ordem de entrada na estante ou grupo de estantes reservadas a cada uma dessas áreas. A obra Glossário de Direito do Trabalho e Relações Industriais, de Mário Pinto, poderia receber a cota: DI 3493 «DI» indica que o documento integra a área do direito e «3493» indica a posição na estantaria reservada a essa área. Este sistema de cotação permite ao utilizador interessado em «finanças e sistema financeiro», por exemplo, que procure pelas novidades editoriais dessa área, ir direito à última estante em processo de preenchimento assinalada com a sigla «SF», para consultar os últimos documentos ali arrumados, pois estes serão os que deram entrada na MCGD mais recentemente, o que revela a preocupação acrescida dos funcionários em facilitar o acesso a informações mais actualizadas. ♦ Com a disseminação do acesso livre às estantes, a organização de documentos por «centros de interesse» dos utilizadores ganha cada vez mais terreno. Sobre este conceito, propõe-se a leitura da comunicação de Filipe Leal, “A Organização dos Fundos Documentais da Biblioteca Pública”, apresentada ao 5.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, e publicada em 1994 pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (APBAD), no 1.º volume das Comunicações. O tema é retomado pelo mesmo autor no artigo “O Fio de Ariane: A Organização do Conhecimento nas Bibliotecas Públicas”, publicado em Leituras: Revista da Biblioteca Nacional de Lisboa, 3 (2) Out. 1997-Abr. 1998, p. 127-57. 3.º Exemplo A Rede de Bibliotecas Públicas de Oeiras (RBPO), em regime de livre acesso às estantes, alterou o seu sistema de cotação, antes com base nas notações da CDU, para «centros de interesse» dos seus utilizadores. Foi feito um trabalho prévio de análise, tendo como ponto de partida estatísticas de consulta presencial e de empréstimo domiciliário, inquéritos levados a cabo para o efeito, e tendo em conta ainda as sugestões de aquisição, que resultou na reorganização dos documentos pelos seguintes centros de interesse: Ambiente, Arte, Banda Desenhada, Cinema, Coleccionismo, Cozinha, Direito, Ficção Científica, Informática, Música, Pedagogia Infantil, Poesia, Romance, Teatro, Saúde e Bem-Estar, Viagens, etc. Adoptam-se maioritariamente letras no novo sistema de cotação, em grupos de três, formando as iniciais de «centro de interesse», «subdivisão do centro de interesse» e as iniciais do «último apelido de autor» ou, no caso de obras anónimas, iniciais de «título» do documento. Na RBPO, a obra Glossário de Direito do Trabalho e Relações Industriais, de Mário Pinto, recebe a cota:
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DIR DIR-TRA PIN «DIR» indica tratar-se de uma obra sobre direito (centro de interesse), «DIR-TRA» indica tratar-se de direito do trabalho (subdivisão do centro de interesse) e «PIN» são as três primeiras letras do último apelido do autor da obra (Pinto). Seguem-se mais dois exemplos de aplicação desse sistema: - A Criança e a Nova Pedagogia, de João Gomes Pedro – «P&F PED PED» – Pais e Filhos; Pedagogia; Pedro; e - Socialização Primária e Prática Pedagógica, de Ana Maria Morais... [et al.] – «CIE-EDU TEOEDU SOC vol. 2» – Ciências da Educação; Teoria Educacional; Socialização (neste caso, a entrada principal faz-se pelo título, por tratar-se de obra com mais de três autores), e indicação do volume. Este sistema é tão simples de assimilar que o utilizador medianamente familiarizado, ao depararse com a cota «POE POE-POR CAM», se aperceberá do conteúdo dos documentos que a trazem afixada, ou seja, «POE» = poesia; «POE-POR» = poesia portuguesa; «CAM» = iniciais de último apelido de autor. Quadro Comparativo Tendo em consideração o documento Glossário de Direito do Trabalho e Relações Industriais, de Mário Pinto, bem como os diferentes tipos de biblioteca onde esse documento poderia ser encontrado, e com base nos exemplos apontados, obter-se-iam formas diversificadas de cotação: Tipologia Biblioteca Nacional Biblioteca Municipal Biblioteca Universitária Biblioteca Especializada Biblioteca Escolar
Cota SC 75189 V DIR DIR-TRA PIN 349.2 Pin*Glo DI 3493 ...
Método Provisório Não se procedeu à demonstração de exemplos de aplicação do sistema de cotação em bibliotecas escolares, no sentido de manter coerência com o que ficou exposto até ao momento no presente texto. Esta é a fase na qual o SABE não deve interferir. Não existe um modelo ideal de cotação, a não ser aquele que se baseia na observação e análise directas dos utilizadores a que a biblioteca se destina. O mais importante é elaborar um sistema próprio, coerente e que sirva aos reais interesses dos utilizadores. Por fim, o sistema de cotas deve sempre vir complementado com um sistema de orientação gráfica que forneça aos utilizadores, logo à entrada da biblioteca, uma síntese do que esta tem a oferecer, e, ao longo de todo o seu percurso ou trajecto, indicações graduais de pormenor, até ao nível mais próximo do objecto de interesse desse público alvo, que se espera obtenha êxito naquilo que procura. Assim sendo, o espaço no catálogo colectivo destinado à cota manter-se-á sem preenchimento, a aguardar que os professores bibliotecários enviem à BMDD listagens das cotas atribuídas em cada biblioteca, a fim de serem acrescentadas nos registos respectivos.
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CATALOGAÇÃO Definição Consiste em inscrever em catálogo elementos identificativos e descritivos, recolhidos dos documentos que integram as colecções da biblioteca, com vista à recuperação de informação. A recolha é feita observando-se o que determinam as Regras Portuguesas de Catalogação ou RPC e a Descrição Bibliográfica Internacional ou ISBD. As RPC, primeiramente publicadas em 1984, têm como objectivo geral “a normalização dos procedimentos catalográficos em Portugal” e, como objectivos específicos, “definir os elementos de identificação e de descrição dos documentos de bibliotecas”, “determinar os elementos necessários à descrição desses documentos” e, ainda, “fixar a forma de apresentação desses elementos”. Uniformidade, simplificação e analogia são os princípios que presidem às RPC (p. 107). A ISBD, publicação da IFLA surgida pela primeira vez em 1971, caracteriza-se como um conjunto de princípios cujo objectivo é permitir a difusão internacional de informação bibliográfica, inclusivamente através da permuta de registos. São em número de dez as variantes da ISBD: -
-
ISBD (A): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Monografias Antigas (Livros Antigos ou qualquer publicação até ao ano de 1800). ISBD (CF): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Ficheiros de Computador. ISBD (CM): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Material Cartográfico. ISBD (CR): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Séries e Outros Recursos Contínuos. ISBD(ER): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Recursos Electrónicos (CD-ROM, DVD, Disquete com Software, documentos da Internet). ISBD (G): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada Geral. A primeira edição data de 1977 e não se destina a ser usada de forma directa na catalogação. Seu objectivo é reunir todos os elementos presentes em cada uma das variantes para servir como documento de apoio a grupos de trabalho que visam aprimorar as variantes existentes ou criar novas variantes, se necessário. ISBD(M): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Publicações Monográficas (Livros). Publicada em 1971, foi portanto a primeira da série. ISBD (NBM): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Material Não-Livro. ISBD (PM): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Pautas Musicais. ISBD (S): Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada para Publicações em Série (Publicações Periódicas: Jornais, Revistas, Boletins, Anuários, Relatórios, etc.).
Dado que os catálogos automatizados variavam de formato consoante os países de origem, foi preciso que a IFLA criasse um formato de permuta para que o objectivo da ISBD pudesse alcançar êxito. O UNIMARC, que veio a público em 1977, é disso o resultado. MARC é acrónimo de machine-readable catalogue. Assim, a partir dessa data foram desenvolvidos esforços no sentido, quer de converter os formatos nacionais em UNIMARC quer de o adoptar como formato nacional em países sem formato próprio. Portugal foi um dos primeiros a adoptar o UNIMARC como formato nacional. Em 1981, publica-se a ISO 2709, que normaliza o formato de dados para permuta de informação bibliográfica em banda magnética. Os softwares de gestão de bibliotecas portugueses mais conhecidos usam o formato UNIMARC e aplicam a ISO 2709:1996. É possível capturar registos de bases de dados bibliográficas mesmo entre softwares diferentes, se esta aplicação estiver instalada em ambos os programas. Como consequência, o tempo empregue na fase de catalogação é menor, o que permite aos bibliotecários em geral, e aos professores bibliotecários em particular, desenvolverem outras actividades, designadamente relacionadas com animação e dinamização das bibliotecas.
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O Formato UNIMARC A tendência actual é de que a catalogação seja feita directamente em softwares de gestão de bibliotecas que, através de folhas de recolha diferenciadas, consoante o tipo de suporte documental, contêm etiquetas parametrizadas em conformidade com as RPC e ISBDs, devidamente identificadas e, via de regra, com pontuação e outros sinais gráficos automatizados, para além de outras funcionalidades que tornam a tarefa de catalogação mais célere. Uma vez que o UNIMARC é o formato base dos principais softwares de gestão de bibliotecas em uso em Portugal, a fase da catalogação será desenvolvida a seguir com recurso a este formato. Existe uma série de campos no UNIMARC, alguns deles inclusivamente de preenchimento automático. Para que o modelo de folha de recolha que se segue não fique demasiado extenso, seleccionam-se, do modelo UNIMARC completo, os campos e subcampos de preenchimento obrigatório ou mais utilizados. Quanto a pormenores de preenchimento, eles são referidos mais adiante. UNIMARC (Selecção) Blocos 0--
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Designação Bloco de identificação Campo Designação 010 Número internacional normalizado dos livros Subcampo Designação ^a ISBN 011 Número internacional normalizado das publicações em série ^a ISSN Bloco de informação codificada 100 Dados gerais de processamento ^a Dados gerais de processamento 101 Língua da publicação ^a Língua do texto, banda sonora, etc. ^b Língua do texto intermédio quando o documento não é traduzido do original. ^c Língua do documento no original. 102 País de publicação. ^a País de publicação. Bloco de informação descritiva 200 Título e menção de responsabilidade. ^a Título próprio. ^b Indicação geral da natureza do documento. ^d Título paralelo. ^e Informação de outro título. ^f Primeira menção de responsabilidade. ^g Outras menções de responsabilidade. 205 Menção da edição. ^a Menção da edição. ^f Menção de responsabilidade relativa à edição. ^g Outras menções de responsabilidade relativas à edição. 206 Campo específico de alguns tipos de materiais: material cartográfico – dados matemáticos. ^a Menção dos dados matemáticos. 207 Campo específico de alguns tipos de materiais: publicações em série – numeração. ^a Numeração: indicação de datas e volumes. ^z Fonte de informação da numeração. 210 Publicação, distribuição, etc. ^a Lugar da edição, distribuição, etc. ^c Nome do editor, distribuidor, etc.
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^d Data da publicação, distribuição, etc. Descrição física. ^a Indicação específica da natureza do documento e extensão da espécie. ^c Outras indicações físicas. ^d Dimensões. ^e Material acompanhante. 225 Colecção. ^a Título próprio da colecção. ^i Nome de uma parte ou secção. ^v Indicação do volume. Bloco de notas. 300 Notas gerais. ^a Texto da nota. 303 Notas gerais relativas a informação descritiva. ^a Texto da nota. 326 Notas de periodicidade (publicações em série). ^a Periodicidade. 327 Notas de conteúdo. ^a Texto da nota. Bloco de entradas relacionadas. 488 Outras obras relacionadas. ^a Autor. ^t Título. Bloco de títulos relacionados. 500 Título uniforme. ^a Título uniforme. Bloco de assuntos. 606 Nome comum usado como assunto. ^a Elemento de entrada. ^x Subdivisão de assunto. ^y Subdivisão geográfica. ^z Subdivisão cronológica. 675 Classificação Decimal Universal (CDU). ^a Notação. ^v Edição. ^z Língua da edição. Bloco de responsabilidade intelectual. 700 Nome de autor-pessoa física (responsabilidade intelectual principal). ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas. 701 Nome de autor-pessoa física (co-responsabilidade intelectual principal). ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas. ^4 Código da função. 702 Nome de autor-pessoa física (responsabilidade intelectual secundária). ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas. ^4 Código da função. 710 Nome de colectividade-autor (responsabilidade intelectual principal). ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. 215
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^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual 711 Nome de colectividade-autor (co-responsabilidade intelectual principal). ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual ^4 Código da função. 712 Nome de colectividade-autor (responsabilidade intelectual secundária). ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual ^4 Código da função. Bloco de uso internacional. 856 Localização e acesso electrónico. URL (Uniforme Resource Location). ^u ^z Informação para o público. Bloco de uso nacional. 966 Existências. ^c Número de exemplares. ^l Sigla da biblioteca. ^p Cota. ^s Preço. ^x Modalidade de aquisição. ^5 Empréstimo interbibliotecas. ^6 Empréstimo domiciliário. ^7 Leitura de presença.
Notas sobre o UNIMARC Sugere-se, primeiramente, o preenchimento de folhas de recolha diferenciadas, consoante a tipologia dos documentos, que alguns softwares trazem já instaladas, tais como: - Artefactos a Três Dimensões e “Realia”, - Material Cartográfico – Impresso, - Material de Projecção e Vídeo, - Material Gráfico – Fotografias, Cartazes, Etc., - Monografias – Produtos de Computador, - Monografias – Texto Impresso (MTI), - Multimédia, - Publicações em Série (STI), - Registos Sonoros – Musicais, e - Registos Sonoros – Não Musicais. Ao aceder a uma destas folhas, surgem as etiquetas específicas de cada tipo de suporte no monitor, nomeadamente as de preenchimento obrigatório ou mais usadas nessa catalogação específica. Para além da catalogação em si mesma, este procedimento torna mais fácil a tarefa de inventariação e permite exercer um melhor controlo das colecções relativamente ao planeamento de novas aquisições. Para o efeito, há bibliotecas que, inclusivamente, mantêm bases individuais para cada tipo de suporte documental, a par da base bibliográfica principal ou geral.
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Passa-se às indicações sobre preenchimento de blocos, campos e subcampos que se julga possam trazer alguma dificuldade: 100 – Subcampo «a»: Dados gerais de processamento – A «data da entrada no ficheiro» é o elemento mais importante a preencher neste subcampo. Preenche-se com a data em que o registo foi originalmente criado, na forma normalizada para datas: AAAAMMDD. Ex.: ^a20060816 (ou seja, 16 de Agosto de 2006) Este preenchimento é automático em alguns softwares. 101 – Língua da publicação ^a - Língua do texto, banda sonora, etc. ^b - Língua do texto intermédio quando o documento não é traduzido do original. ^c - Língua do documento no original. Subcampo «a»: Preenche-se com o código da língua do documento que está a ser catalogado. Ex.: ^apor (ou seja, língua portuguesa). Se o documento a catalogar está na língua original, o preenchimento dos outros subcampos não tem cabimento. Assume automaticamente o código «por» em alguns softwares. Subcampo «b»: Preenche-se, se for caso disso, com o código da língua da publicação intermédia, que serviu de base para a tradução. Ex.: ^beng (ou seja, língua inglesa). Trata-se, neste exemplo, de tradução portuguesa da tradução inglesa de uma publicação originalmente publicada em japonês. O preenchimento deste subcampo não tem cabimento, se o documento a catalogar foi traduzido directamente do original. Subcampo «c»: Preenche-se com o código da língua do documento original. Ex.: ^cjpn (ou seja, língua japonesa). 102 – Subcampo «a»: País de publicação – Preenche-se com o código do país de publicação do documento. Ex.: ^aPT (ou seja, Portugal). Assume automaticamente esse código em alguns softwares. 200 – Título e menção de responsabilidade. Corresponde à zona do título e da menção de responsabilidade nas RPC. ^a - Título próprio. ^b - Indicação geral da natureza do documento. ^d - Título paralelo. ^e - Informação de outro título (subtítulo). ^f - Primeira menção de responsabilidade. ^g - Outras menções de responsabilidade. Subcampo «b»: Serve para indicar a classe genérica de material a que o documento pertence, isto é, o tipo de suporte, quando não se tratar de monografia ou publicação em série. Ex. 1: ^bregisto vídeo (cassete VHS). Ex. 2: ^bdocumento electrónico (DVD).
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Ex. 3: ^bregisto sonoro (CD). Ex. 4: ^bregisto multimédia (CD-ROM). Veja-se a ISBD correspondente: ISBD (A), ISBD (CF), ISBD (CM), ISBD (CR), ISBD(ER), ISBD (NBM) e ISBD (PM). Subcampo «f»: Mencionam-se até três autores, ou, se o documento tiver mais de três autores nesta mesma função, menciona-se apenas o nome em primeiro plano na página de título. Ex.: ^fGonçalves Crespo... [et al.]. Neste exemplo, o documento tem mais de três autores e o nome de Gonçalves Crespo é expresso com maior relevo na página de título do documento. Acrescentam-se reticências (...) e a abreviatura latina et al. (entre outros), para indicar que a obra foi escrita por mais de três autores. O nome do(s) autor(es) é preenchido na mesma forma em que vem expresso na página de título do documento. Subcampo «g»: Aplicam-se as mesmas regras do subcampo «f» acima, relativamente ao número de intervenientes em cada função. Ex.: ^gcompil. [de] Nuno Marques... [et al.]. Nuno Marques exerce a função de compilador no documento que está a ser catalogado. A preposição «de» foi acrescentada pelo bibliotecário e, por esta razão, deve ser colocada entre parênteses rectos, para indicar que não vem expressa na página de título do documento. Este subcampo repete-se para separar funções diferenciadas. 205 – Menção da edição. Corresponde à zona da edição nas RPC. Subcampo «a»: Faz-se menção da edição apenas se o documento a catalogar não for uma 1.ª edição. Ex.: ^a3.ª ed. abrev. 206 – Campo específico de alguns tipos de materiais: material cartográfico – dados matemáticos. Corresponde à zona específica de alguns documentos nas RPC. Subcampo «a»: Faz-se menção da escala, projecção, coordenadas e equinócios, com a pontuação da ISBD (CM). 207 – Campo específico para alguns tipos de materiais: publicações em série – numeração. Corresponde à zona da numeração nas RPC. ^a – Numeração: indicação de datas e volumes. ^z – Fonte de informação da numeração. Sucampo «a»: Destina-se à numeração (primeiro e último números) e/ou datas limites do primeiro e último números, conforme as RPC e ISBD (S). Ex.: ^aAno 1, n.º 1 (Jan.-Mar. 1933)-Série II, n.º 23 (Out.-Dez. 1942). A biblioteca possui três números esparsos de uma revista que há muito deixou de ser publicada.
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Sucampo «z»: Trata-se da referência à fonte de informação, sempre que este elemento não seja retirado do próprio documento. Ex.: ^zPublicações Periódicas do Porto na Primeira Metade do Século XX. Esta obra foi a fonte da informação descritiva contida no subcampo «a» acima. 210 – Publicação, distribuição, etc. Corresponde à zona do pé de imprensa nas RPC. Sucampo «d»: Data da publicação, distribuição, etc. Preencher, por esta ordem, data de edição, ou data do copyright, ou data do Depósito Legal, ou data da distribuição, etc. Ex. 1: ^d2004 (ou seja, data de edição, retirada da página de título). Ex. 2: ^dD. L. 2005 (ou seja, data do Depósito Legal). 215 – Descrição física. Corresponde à zona da colação nas RPC. Subcampo «a»: Indicação específica da natureza do documento e extensão da espécie. Serve para indicar o nome do tipo específico de material a que o documento pertence e/ou uma indicação do número de unidades materiais que o constituem. Ex. 1: ^a1 cassete (VHS) ca 93 min. Ex. 2: ^a1 disco óptico (DVD) 122 min. Ex. 3: ^a2 discos (CD) 180 min. 225 – Colecção. Corresponde à zona da colecção nas RPC. 3-- – Bloco de notas (campos 300 a 345). Corresponde à zona das notas nas RPC. 300 – Subcampo «a»: A informação colocada neste subcampo apenas é recuperável em pesquisa na variante de texto livre, o que resulta em “ruído”. A fim de evitar o “ruído”, pode colocar-se entre “bicos” (<>) a palavra ou expressão do texto da nota, que se quer recuperar em pesquisa por palavra, variante de pesquisa mais célere e eficiente. Ex.: ^aOferta de
. Recuperar este tipo de informação pode ser importante, para prestação de contas ou prestação de homenagem aos benfeitores da biblioteca, por exemplo. 303 – Subcampo «a»: No caso das publicações em série, correntes, cujo primeiro número não integra as colecções da biblioteca, faz-se uso deste subcampo para indicar em que foi baseada a descrição contida no subcampo «a» do campo «207». Ex.: ^aDescrição baseada em: N.º 24 (Jul.-Set. 1995). Trata-se de uma revista que já ia no n.º 24, mas que a biblioteca apenas teve oportunidade de a assinar nesse momento. A partir do n.º 24, o bibliotecário chegou à conclusão de que a publicação teve início em 1989. O subcampo «a» do campo «207» provavelmente foi preenchido do modo que se segue: ^aN.º 1 (Out.-Dez. 1989)-. 326 – Subcampo «a»: Indica-se a(s) periodicidade(s) da publicação em série. Caso haja alteração na periodicidade, é necessário recorrer ao subcampo «b», para indicar as datas de periodicidade. Ex.: 326 ^aDiário^b2004326 ^aSemanal^b2002-2003
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Trata-se de um jornal que, nos anos de 2002 e 2003, era publicado semanalmente, e que passou, em 2004, a ser publicado diariamente. Neste caso, não só foi necessário recorrer ao subcampo «b», como também foi preciso repetir o campo «326». 488 – Este campo é utilizado para ligar o documento a catalogar a um outro existente no catálogo da biblioteca, designadamente noutro suporte. Os dados a recolher neste campo referem-se à obra com a qual se quer fazer a ligação e não com a obra em processo de catalogação. O Dvd do filme O Senhor dos Anéis está a ser catalogado e pretende-se fazer a ligação do registo desse dvd com o registo, existente no catálogo, da obra (monográfica ou em suporte papel) de J. R. R. Tolkien, na qual o filme se baseou: ^a – Autor (nome pela ordem directa). Ex.: ^a John Ronald Reuel Tolkien. ^t – Título. Ex.: ^tsenhor dos anéis. Observação: Artigos e algarismos (árabes, ordinais e romanos), em início de título próprio, são sempre colocados entre “bicos” (<>). 500 – Subcampo «a»: A biblioteca pode optar por preencher este subcampo com o título mais conhecido, quando uma obra é publicada sob títulos diferentes, designadamente em casos de traduções. Uma mesma obra de Emily Brontë foi traduzida para português sob os títulos: O Alto dos Vendavais, A Colina dos Vendavais, O Monte dos Vendavais e O Morro dos Ventos Uivantes. Os títulos que aparecem na página de título dos documentos entram no subcampo «a» do campo «200» dos registos respectivos e o título corrente ou pelo qual a obra é mais conhecida entra no subcampo «a» do campo «500» desses mesmos registos. A obra citada de Emily Brontë é mais conhecida em português sob o título de O Monte dos Vendavais: Ex.: ^amonte dos vendavais. 606 – A BMDD optou por usar apenas o campo 606, “nome «comum» usado como assunto”, para todo e qualquer tipo de assunto, não obstante existirem outros campos relacionados com assunto: - 600: nome de pessoa usado como assunto, - 601: nome de colectividade usado como assunto, - 602: nome de família usado como assunto, - 604: autor/título usado como assunto, - 605: título usado como assunto, - 607: nome geográfico usado como assunto, e - 610: termos de indexação não controlados. Esta opção deve-se ao facto de a BMDD fazer uso da indexação pré-coordenada, com base na Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas em articulação com o Manual SIPORbase, conforme mencionado anteriormente. O campo «606» é preenchido com termos que devem estar em conformidade com o sistema de indexação utilizado na biblioteca.
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Ex.: Se documento a ser catalogado traz o resultado dos censos realizados à população de Portugal no ano de 2001, tendo sido indexado por «População-censos-Portugal-2001», os subcampos do campo «606» devem ser preenchidos nessa mesma ordem: ^aPopulação^bcensos^yPortugal^z2001 675 – Classicação Decimal Universal (CDU). ^a – Notação. ^v – Edição. ^z – Língua da edição. O documento a ser catalogado é a própria CDU, edição de 2005: Ex.: ^a025.45. A notação do exemplo dado corresponde ao âmbito: “Classificações com notações baseadas nos números árabes do sistema decimal. Classificações decimais (por exemplo: CDU, CDD)”. Ex.: ^v2005. A notação expressa no subcampo «a» foi retirada da edição mais actualizada da CDU. Ex.: ^zpor. O português é a língua dessa edição. Se um outro sistema de classificação for usado em lugar da CDU, o campo «675» não é preenchido e, em seu lugar, preenche-se: - 676: para a Classificação Decimal de Dewey, - 680: para a Classificação da Biblioteca do Congresso, ou - 686: para outras classificações. 7-- – Bloco de responsabilidade intelectual. Sugere-se a consulta ao ficheiro de autoridade da BNL, página http://pacweb.bn.pt/autores.htm, para entradas autorizadas de nomes que se destinam a este bloco, e propõe-se a consulta à publicação da IFLA, Names of Persons: National Usages for Entry in Catalogues, para apelidos estrangeiros, caso estes não estejam contemplados no ficheiro da BNL. 700 – Preenche-se este campo com o nome do autor singular, ou com o nome do autor que aparece com maior relevo ou que é mencionado na página de título em primeiro plano, se o documento é da autoria de até três autores. Não tem cabimento o preenchimento deste campo e do campo «701», caso o documento tenha mais de três autores; apenas o campo 702, nesta circunstância, é preenchido. O nome é preenchido de modo indirecto e na forma autorizada, mesmo que na página de título venha grafado de outra maneira: - subcampo «a» – último apelido, - subcampo «b» – nome(s) próprio(s) e apelido(s) restante(s), - subcampo «c» – abreviatura «pseud.», se for caso disso, a indicar que se trata de um pseudónimo usado como entrada autorizada, - subcampo «f» – data de nascimento e de morte, separadas por hífen, se não se tratar de um pseudónimo. Exemplos: Sophia de Mello Breyner (forma do nome na página de título) ^aAndresen, ^bSophia de Mello Breyner, ^f1919-2004
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Bernardo Soares ^aPessoa, ^bFernando, ^f1888-1935 Neste exemplo, O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, é o documento que está a ser catalogado. O nome Bernardo Soares entra no subcampo «f» do campo «200», mas, no campo «700», entra a forma autorizada, tanto para documentos assinados com o nome real quanto para os documentos assinados por heterónimos. Atenção especial deve ser dada a apelidos compostos e apelidos de origem estrangeira, que devem figurar no subcampo «a». Exemplos: Camilo Castelo Branco ^aCastelo Branco, ^bCamilo, ^f1825-1890 Isabel Corte-Real ^aCorte Real, ^bIsabel, ^f1945Manuel Vázquez Montalbán ^aVázquez Montalbán, ^bManuel, ^f1939-2003 John Le Carré ^aLe Carré, ^bJohn, ^cpseud. 701 – Adoptam-se os mesmos critérios de preenchimento do campo «700» e acrescenta-se o subcampo «4», que se preenche com o código de função, o qual, neste campo, apenas pode ser «070», ou seja, código de autor. Em alguns softwares, o menu de códigos de função surge no monitor assim que é dada entrada no subcampo «4», bastando apenas seleccionar o código adequado. O campo repete-se se existir um terceiro autor. 702 – Adoptam-se os mesmos critérios de preenchimento do campo «700» e acrescenta-se o subcampo «4». Este campo é usado para dar entrada de nomes colocados no subcampo «g» do campo «200». É também usado para indicar o nome do autor que é expresso com maior relevo ou em primeiro plano na página de título de documentos com mais de três autores. O campo é repetível. 710 – Aplica-se a mesma regra do campo «700», relativamente ao número de autores. Preenche-se o subcampo «a» com o nome da instituição, privada ou autónoma, e o subcampo «b», se for caso disso, com a designação da subunidade orgânica. Repete-se o subcampo «b», se a subunidade orgânica, por sua vez, se subdividir. Exemplo: Instituto de Estudos Clássicos da Universidade de Coimbra ^aUniversidade de Coimbra. ^bFaculdade de Letras. ^bInstituto de Estudos Clássicos Os orgãos governamentais ou entidades oficiais têm entrada pelo designativo geográfico respectivo. Exemplos:
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Instituto Português do Livro e das Bibliotecas ^aPortugal. ^bMinistério da Cultura. ^bInstituto Português do Livro e das Bibliotecas Mário Soares ^aPortugal. ^bPresidente da República, ^c1986-1996 (Mário Soares). Este último exemplo é válido para documentos oficiais, assinados, por exemplo, por Mário Soares no exercício das funções de presidente. Obras de carácter privado, mesmo que publicadas no período do mandato, devem entrar pelo nome de pessoa física. Exemplos de colectividade-autor grupo eventual: Seminário Internacional sobre Bibliotecas Escolares, Fundação Calouste Gulbenkian, 25 de Setembro de 2006 ^aSeminário Internacional sobre Bibliotecas Escolares, ^eLisboa, ^f2006 III Congresso da Sociedade Portuguesa de Estatística ^aCongresso da Sociedade Portuguesa de Estatística, ^d<3= 3>, ^eGuimarães, ^f1995 711 – Aplicam-se as mesmas regras do campo «710» e acrescenta-se o código de função no subcampo «4». O campo repete-se se existir um terceiro autor. 712 – Aplicam-se as mesmas regras do campo «710» e acrescenta-se o código de função no subcampo «4». 856 – Preenche-se para fazer hiperligação a um outro documento que traz informação complementar sobre o documento que está em processo de catalogação. O documento a ser catalogado é uma obra de Maria Alberta Menéres e o bibliotecário quer integrar, no registo, a biografia da autora. Em pesquisa na Internet, o bibliotecário encontra a biografia da autora na página do IPLB (Instituto Português do Livro e das Bibliotecas). Este endereço é colocado no subcampo «u», mas, no catálogo ao qual os utilizadores têm acesso, apenas aparece a mensagem colocada no subcampo «z»: Ex.: ^uhttp://www.iplb.pt/pls/diplb/!get_page?pageid=402&tpcontent=FA&idaut=1717721&tipo =&format=NP405. Ex.: ^zClique aqui para ver a biografia da autora. 966 – Subcampo «l»: Sigla da biblioteca. Veja-se, adiante, a proposta de atribuição de siglas para as bibliotecas escolares de Odivelas. Subcampo «p»: Se o documento é publicado em mais de um volume, inclui-se esta informação nas cotas e repete-se o subcampo. Ex.: ^p030 GRA v. 01 ^p... ^p030 GRA v. 36.
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No exemplo acima, a biblioteca possui os primeiros 36 volumes da Grande Enciclopédia LusoBrasileira de Cultura, documento que está a ser catalogado, e repetirá o subcampo «p» igual número de vezes para indicar cada volume existente. Repete-se, de igual forma, o subcampo «p», se for caso disso, de acordo com o número de exemplares indicado no subcampo «c». Ex.: ^p030 GRA v. 01 ex. 01 ^p030 GRA v. 01 ex. 02 ^p... ^p030 GRA v. 36 ex. 02. Foi indicado no subcampo «c» que a biblioteca possui dois exemplares de cada volume da mesma enciclopédia. Subcampo «x»: Modalidade de aquisição. Ex. 1: ^xCompra Ex. 2: ^xOferta Ex. 3: ^xPermuta. Subcampo «5»: Empréstimo interbibliotecas – O código «0» autoriza-o (pode ser emprestado) e o código «1» inviabiliza-o (não pode ser emprestado). Subcampo «6»: Empréstimo domiciliário – Codificação idêntica ao subcampo «5», acima. Subcampo «7»: Leitura de presença – Codificação idêntica ao subcampo «5», acima. Proposta de Siglas No preenchimento do subcampo «l» do campo «966» do UNIMARC, “sigla da biblioteca”, o ideal seria usar os códigos numéricos atribuídos pela DREL. Estes, no entanto, não seriam de fácil identificação por parte dos utilizadores do catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares, designadamente os mais jovens. Assim sendo, apresenta-se a proposta de atribuição de siglas para as bibliotecas escolares dos estabelecimentos oficiais de ensino com sede em Odivelas, em conformidade com a lista que se segue: Sigla EB1A EB1AMB EB1AZ EB1BB EB1C EB1C1 EB1CDR EB1CS EB1CV EB1DD EB1EQ EB1F3 EB1F4 EB1JV EB1MF EB1ML EB1MM EB1MMV
Estabelecimento de Ensino Escola Básica do 1.º Ciclo Amoreira Escola Básica do 1.º Ciclo António Maria Bravo Escola Básica do 1.º Ciclo Azenha Escola Básica do 1.º Ciclo Barbosa du Bocage Escola Básica do 1.º Ciclo Caneças Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Caneças N.º 1 Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Chafariz d’El Rei Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Casal da Serra Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Cesário Verde Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância D. Dinis Escola Básica do 1.º Ciclo Eça de Queirós Escola Básica do 1.º Ciclo Famões N.º 3 Escola Básica do 1.º Ciclo Famões N.º 4 Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância João Villaret Escola Básica do 1.º Ciclo Mello Falcão Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Maria Lamas Escola Básica do 1.º Ciclo Dr. Mário Madeira Escola Básica do 1.º Ciclo Maria Máxima Vaz
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EB1O5 EB1O7 EB1OB EB1PMC EB1QC EB1QD EB1QP EB1QSJ EB1RS EB1SL EB1VF EB1VG EB23AB EB23AG EB23C EB23CP EB23IP EB23P EB23PO EB23VS EPADD ESBF ESC ESO ESPA ESR JIA JIAC JIGE JIRG
Escola Básica do 1.º Ciclo Odivelas N.º 5 Escola Básica do 1.º Ciclo Odivelas N.º 7 Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Olival Basto Escola Básica do 1.º Ciclo Professora Maria Costa Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Quinta da Condessa Escola Básica do 1.º Ciclo Quinta das Dálias Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Quinta da Paiã Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Quinta de São José Escola Básica do 1.º Ciclo Rainha Santa Escola Básica do 1.º Ciclo Serra da Luz Escola Básica do 1.º Ciclo com Jardim de Infância Veiga Ferreira Escola Básica do 1.º Ciclo Vale Grande Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Avelar Brotero Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos António Gedeão – Arroja Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Castanheiros Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Carlos Paredes Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Isabel de Portugal – Odivelas Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Pombais Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Pontinha Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos Vasco Santana Escola Profissional Agrícola de D. Dinis Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Braamcamp Freire Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Caneças Escola Secundária Odivelas Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Pedro Alexandrino Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico Ramada Jardim de Infância Arroja Jardim de Infância Álvaro de Campos Jardim de Infância Gil Eanes Jardim de Infância Roque Gameiro
Adoptou-se o critério da ordem alfabética nos casos em que houve coincidência de letras iniciais, assinalados a negrito na lista. UNIMARC-Autoridades É uma ferramenta bastante útil em bibliotecas de médias e grandes dimensões, pois permite uma maior uniformidade e controlo dos pontos de acesso de pesquisa «autor» e «assunto». Este ficheiro permite também a elaboração de entradas remissivas. Faz-se uso do bloco «2--» para cabeçalhos autorizados e do bloco «4--» para cabeçalhos não autorizados. Se o utilizador efectuar pesquisas através dos cabeçalhos não autorizados, são automaticamente remetidos para os documentos com cabeçalhos autorizados, sob condição de que as formas rejeitadas tenham sido previamente contempladas no bloco «4--». Os cabeçalhos que dão entrada no bloco «5--», também autorizados, servem de base para remissivas do tipo “ver também”. UNIMARC-Autoridades (Selecção) Blocos 2--
Designação Bloco do cabeçalho autorizado Campo Designação 200 Cabeçalho – nome de pessoa; corresponde aos campos «700», «701» e «702» da base bibliográfica principal Subcampo Designação ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas.
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Cabeçalho – nome de colectividade; corresponde aos campos «710», «711» e «712» da base bibliográfica principal ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual 250 Cabeçalho – assunto; corresponde ao campo «606» da base bibliográfica principal ^a Elemento de entrada. ^x Subdivisão de assunto. ^y Subdivisão geográfica. ^z Subdivisão cronológica. Bloco das referências de substituição (termos rejeitados); remete para o cabeçalho autorizado 400 Cabeçalho – nome de pessoa. ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas. 410 Cabeçalho – nome de colectividade ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual 450 Cabeçalho – assunto ^a Elemento de entrada. ^x Subdivisão de assunto. ^y Subdivisão geográfica. ^z Subdivisão cronológica. Bloco das referências gerais VT; contém cabeçalhos autorizados relacionados com o cabeçalho do bloco «2--» acima, com o qual se estabelecerá ligação do tipo «ver também». 500 Cabeçalho – nome de pessoa; corresponde aos campos «700», «701» e «702» da base bibliográfica principal ^a Palavra de ordem. ^b Outra parte do nome não tomada para palavra de ordem. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^f Datas. 510 Cabeçalho – nome de colectividade; corresponde aos campos «710», «711» e «712» da base bibliográfica principal ^a Palavra de ordem. ^b Subdivisão. ^c Elementos de identificação ou distinção. ^d Número do grupo-eventual. ^e Local do grupo-eventual. ^f Data do grupo-eventual 550 Cabeçalho – assunto; corresponde ao campo «606» da base bibliográfica principal ^a Elemento de entrada. ^x Subdivisão de assunto. ^y Subdivisão geográfica. ^z Subdivisão cronológica.
Passa-se a demonstrar o modo de preenchimento do ficheiro, através de alguns exemplos:
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1. UNIMARC-Autoridade – Autor Ex. 1: Mário Soares 200 Cabeçalho. Preenche-se este campo com a forma autorizada a que os campos «700», «701» e «702» da base bibliográfica principal devem corresponder. ^a Soares, ^b Mário, ^f 1924400 Pista de referência “Ver”. Preenche-se, regra geral, com as referências não usadas, expressas nos subcampos «f» e «g» do campo «200» da base bibliográfica principal, bem como com outras variantes relativas a formas mais ou menos completas dos nomes, grafias em desuso, etc. ^a Soares, ^b Mário Alberto Nobre Lopes 510 Pista de referência “Ver também”. Forma autorizada a que os campos «710», «711» e «712» da base bibliográfica principal devem corresponder. ^a Portugal. ^b Presidente da República, ^c 1986-1996 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Primeiro Ministro, ^c 1983-1985 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Primeiro Ministro, ^c 1978 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Ministro dos Negócios Estrangeiros, ^c 1977 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Primeiro Ministro, ^c 1976-1977 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Ministro dos Negócios Estrangeiros, ^c 1974-1975 (Mário Soares) 510 Repetição ^a Portugal. ^b Ministro dos Negócios Estrangeiros, ^c 1974 (Mário Soares) Ex. 2: Fernando Pessoa 200 Cabeçalho. Forma autorizada a que os campos «700», «701» e «702» da base bibliográfica principal devem corresponder. ^a Pessoa, ^b Fernando, ^f 1888-1935 400 Pista de referência “Ver”. Preenche-se com as referências não usadas, expressas nos subcampos «f» e «g» do campo «200» da base bibliográfica principal, bem como, em situações equivalentes ao presente exemplo, com recurso a fontes de informação externas,
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para que se faça a opção adequada entre o nome real e o(s) nome(s) literário(s). ^a Pessoa, ^b Fernando António Nogueira de Seabra 400 Repetição. ^a Caeiro, ^b Alberto, ^c pseud. 400 Repetição. ^a Campos, ^b Álvaro de, ^c pseud. 400 Repetição. ^a Reis, ^b Ricardo, ^c pseud. 400 Repetição. ^a Search, ^b Alexander, ^c pseud. 400 Repetição. ^a Soares, ^b Bernardo, ^c pseud. Entre outros heterónimos/pseudónimos. Ex. 3: Instituto Português do Livro e das Bibliotecas 210 Cabeçalho. Forma autorizada a que os campos «710», «711» e «712» da base bibliográfica principal devem corresponder. ^a Portugal. ^b Ministério da Cultura. ^b Instituto Português do Livro e das Bibliotecas 410 Pista de referência “Ver”. Preenche-se com as referências não usadas, expressas nos subcampos «f» e «g» do campo «200» da base bibliográfica principal, entre outras variantes. ^a Portugal. ^b Instituto Português do Livro e das Bibliotecas 410 Repetição ^a Instituto Português do Livro e das Bibliotecas 510 Pista de referência “Ver também”. Forma autorizada a que os campos «710», «711» e «712» da base bibliográfica principal devem corresponder. ^a Portugal. ^b Ministério da Cultura. ^b Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro 510 Repetição ^a Portugal. ^b Ministério da Cultura. ^b Instituto Português do Livro e da Leitura Os elementos contidos no campo «510» do exemplo acima são designações pelas quais o actual IPLB passou. 2. UNIMARC-Autoridade – Assunto Ex. 1: Administração regional 250 Cabeçalho. Forma autorizada a que o campo «606» da base bibliográfica principal deve
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corresponder. ^a Administração regional Pista de referência “Ver também”. Forma autorizada a que o campo «606» da base bibliográfica principal deve corresponder. ^a Regiões ^b administração Repetição ^a Regiões autónomas ^b administração
Ex. 2: Agrupamentos escolares 250 Cabeçalho. Forma autorizada a que o campo «606» da base bibliográfica principal deve corresponder. ^a Escolas ^b agrupamentos 450 Pista de referência “Ver”. Preenche-se com as referências não usadas na base bibliográfica principal ^a Agrupamentos escolares Método Provisório As regras de catalogação são inúmeras. Mesmo os bibliotecários mais experientes não dispensam a consulta das RPC e do Manual UNIMARC. Esta tarefa, no entanto, ficará em grande parte a cargo do SABE, com a criação do catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. O modelo de folha de recolha e a série de exemplos apresentados servem aos interesses da BMDD e reflectem os critérios de tratamento documental por ela adoptados, expressos no manual de procedimentos respectivo. A missão e finalidade das bibliotecas escolares diferem da missão e finalidade da BMDD e as colecções das bibliotecas escolares serão eventualmente mais abrangentes no que diz respeito a tipologias documentais. O modelo apresentado, no entanto, poderá servir de base para as adaptações e alterações que os professores bibliotecários julgarem necessárias. Para o efeito, sugere-se a consulta às ISBDs, com o objectivo de se certificarem a respeito dos campos e subcampos do UNIMARC de preenchimento obrigatório. Caso esta consulta não seja possível, sugere-se, como alternativa, a consulta à página http://rcbp.iplb.pt/, da Rede do Conhecimento das Bibliotecas Públicas; basta seguir os apontadores «Documentação», «Outros documentos», «Política de descrição documental: manual de procedimentos de catalogação». Nesse manual de procedimentos podem ser encontrados modelos de folhas de recolha específicos para cada tipo de suporte documental, com a indicação de campos e subcampos de preenchimento obrigatório, embora, mais uma vez, sejam destinados às bibliotecas públicas. Caberá ao professor bibliotecário de cada biblioteca escolar decidir os critérios de descrição documental a adoptar. Os resultados provavelmente serão mais satisfatórios se, observada a autonomia, esta decisão for compartilhada, quer internamente com os órgãos directivos e demais docentes, quer externamente com os professores bibliotecários dos demais estabelecimentos de ensino oficial de Odivelas.
ARRUMAÇÃO Findas as fases de controlo da linguagem e da descrição documentais, nada mais restará que colocar o documento, que acaba de passar por este processo, num sítio específico da biblioteca,
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fazendo corresponder a cota, indicada na etiqueta que se encontra afixada na lombada desse documento, com o porta-título relativo ao assunto a que essa cota se refere, o qual se encontra afixado em determinada prateleira de determinada estante da biblioteca. Esta fase não será assim tão elementar quanto parece. O procedimento dependerá do tipo de modelo de biblioteca que se pretende para a comunidade escolar: -
recorrendo à metáfora hiperbólica de Umberto Eco, similar ao modelo que se encontra em O Nome da Rosa, no qual o bibliotecário é guardião e senhor absoluto, não hesitando em imolar e imolar-se a deixar que mãos e olhos alheios conspurquem os documentos,
-
lugar de castigo, para onde se enviam os alunos indisciplinados,
-
simples extensão das salas de aula,
-
ou espaço privilegiado de aprendizagem informal (ou auto-aprendizagem) e de lazer = prazer, onde os utilizadores, de forma autónoma, procuram desenvolver as aptidões naturais, ao mesmo passo que, de modo mais ou menos subtil, são incentivados a descobrir e a desenvolver novas aptidões.
Se é este último o modelo que se pretende, deve-se logo à partida dar especial atenção à selecção de mobiliário, que deverá adequar-se ao principio do livre acesso, como, por exemplo, estantes de três prateleiras com 1.35 m de altura máxima, no caso de bibliotecas do 1.º ciclo/jardim de infância, e, relativamente a documentos destinados aos utilizadores mais pequenos, a primeira prateleira da estante deve ficar a uma altura de cerca de 0.75 m do solo. Estudos comprovam que, com referência a um utilizador de pé a uma distância de 0.90 m da estante, quanto mais próximos os documentos estiverem arrumados sob o ângulo de conforto visual (ou seja, 0.60 m de altura e 0.90 m de largura) e sob o raio de alcance das mãos, maior será o número de consultas presenciais e de empréstimos domiciliários desses documentos. Com base nesta informação e como estratégia de motivação à leitura, podem-se arrumar, nessa área específica das estantes, os documentos considerados de maior relevância educativa e cultural, como, por exemplo, os documentos que tratem da formação para a cidadania, e arrumar, nas áreas mais periféricas das estantes, os documentos habitualmente mais requisitados pelos utilizadores, como é o caso paradigmático dos jogos electrónicos em cd-rom, pois estes os utilizadores nunca terão problema em encontrar:
Ângulo de conforto visual (Gascuel, p. 104)
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Campo de acuidade visual Campo de fixação do olhar Raio de acção preênsil (Thompson, p. 134)
Relação entre a altura das prateleiras e o número de requisições
% dos documentos requisitados entre cinco a dez vezes % dos documentos requisitados mais de dez vezes (Gascuel, p. 105) Quanto a estes e outros aspectos que podem influenciar a arrumação, designadamente os relacionados com ergonomia e conservação preventiva em bibliotecas, sugere-se a consulta à bibliografia que se segue: Bleton, Jean - O Mobiliário das Pequenas Bibliotecas Públicas. Luanda: Universidade de Luanda, 1971. Cohen, Aaron; Cohen, Elaine - Designing and Space Planning for Libraries: A Behavioral Guide. New York: R. R. Bowker, 1979. Gascuel, Jacqueline - Um Espaço para o Livro: Como Criar, Animar ou Renovar uma Biblioteca. Lisboa: Dom Quixote, 1987. Grunberg, Gérald - Bibliothèques dans la Cité : Guide Technique et Réglementaire. Paris : Le Moniteur, 1996. Konya, Allan - Libraries : A Briefing and Design Guide. London: The Architectural Press, cop. 1986. rd Thompson, Godfrey - Planning and Design of Library Buildings. 3 ed. Oxford: Butterworth Architecture, imp. 1991. A par da organização tradicional dos documentos, que apenas deixa ver-lhes a lombada, devem ser procuradas formas alternativas de exposição, o que se consegue através de caixas para álbuns, cestos multiusos, “ilhas” como as que existem nas livrarias, etc., de modo a que a capa dos documentos possa exercer as suas funções em pleno. Estas formas alternativas servem para a exposição de novas aquisições, ou para dar relevo a documentos referentes a “efemérides do mês”, assuntos da actualidade, autores específicos,
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áreas de projecto a serem levadas a cabo ao longo do ano lectivo, etc., em regime de revezamento. Estas soluções estratégicas implicam um maior comprometimento de espaço relativamente à área total da biblioteca. No entanto, elas poderão constituir uma excelente opção para fazer circular e aumentar a consulta dos documentos, nomeadamente os que se encontram arrumados na primeira e última divisões das estantes, ou seja, mais distanciados do ângulo de conforto visual e do raio de alcance das mãos. Uma outra opção, e mais económica, será apostar na qualidade e não na quantidade de espécies, permitindo aos utilizadores uma voz mais activa quanto à constituição e à actualização das colecções, através de sugestões de aquisição ou resposta a inquéritos realizados para o efeito. Deste modo, assegurar-se-ia uma maior utilização dos recursos existentes. Na generalidade das bibliotecas, a arrumação é feita por tipos de suporte e só então os documentos são ordenados por assuntos básicos. Acontece que a arrumação e ordenação dos documentos poderá igualmente ser feita de forma integrada, ou seja, os documentos serão exclusivamente organizados por assuntos básicos, independentemente do tipo de suporte. A organização integrada daria resposta à inquietação dos bibliotecários que se preocupam com a progressiva posição subalterna do livro, na preferência dos mais jovens, face a outros suportes. Este conceito foi proposto por Jean Riddle Weihs, exactamente em sentido inverso, na obra The Integrated Library: Encouraging Access to Multimedia Materials, Arizona: Oryx, 1991. Não será de todo despropositado sugerir a estes bibliotecários, em particular, que lançassem um olhar retrospectivo sobre a história e antecedentes do livro. No processo da evolução, chegará eventualmente o momento em que o livro, na forma e nos materiais pelos quais é hoje conhecido, seja, por sua vez, substituído. Pode-se à partida apontar alguns inconvenientes da aplicação do conceito de «biblioteca integrada»: os custos de aquisição de mobiliário adequado, praticamente inexistente no mercado nacional; os custos de aquisição de caixas, estojos ou capas protectoras, consoante os tipos de suporte; o comprometimento da conservação preventiva dos documentos, quer pelo manuseio de materiais justapostos, ora rijos ora flexíveis, quer pelo menosprezo às condições especiais de acondicionamento que alguns suportes requerem, nomeadamente quanto a uma temperatura ambiente diferenciada. Enquanto a maior parte dos documentos deve ser mantida a uma temperatura constante entre os 19º e 21º C, já as películas (fotografia, vídeo, microfilme) devem ser mantidas a uma temperatura constante de 15º C aproximadamente. Embora os diferentes tipos de suporte estejam fisicamente separados entre si, com cotas igualmente diferenciadas, a organização integrada é mesmo assim assegurada, de modo virtual, no catálogo bibliográfico automatizado, através do correcto controlo das formas autorizadas de nome de autor, de assunto e de classificação, bem como pelo preenchimento, quando necessário, dos campos «488» (ligação entre registos) e «500» (título uniforme) no formato UNIMARC. Consequentemente, é decisivo garantir o acesso irrestrito ao módulo de pesquisa do catálogo bibliográfico (não confundir com a base bibliográfica, cujo acesso é reservado aos professores bibliotecários), pois este é justamente o seu objectivo principal. Daí advém a importância do catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Por fim, não será demasiado reiterar que, na biblioteca de livre acesso, é essencial o uso de um bom sistema de sinalização para a orientação do utilizador. Esta sinalização pode ser afixada no solo (direccional), painéis, paredes e tecto, e, relativamente às estantes ou outro mobiliário destinado à armazenagem de documentos, em porta-títulos de topo, laterais e de divisões. Desaconselha-se, no entanto, a sua utilização maciça, no sentido de evitar a poluição visual. Caso não se preveja a utilização de chapas metálicas, existem no mercado fitas adesivas com
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protuberâncias, próprias para a sinalização direccional, adequadas aos utilizadores com deficiência visual. O tema da arrumação de documentos muito provavelmente será retomado em textos que futuramente serão elaborados e apresentados sobre organização e dinamização de bibliotecas.
CONCLUSÃO Procurou-se, no presente texto, falar de tudo um pouco ou lançar pistas sobre as fases do tratamento documental, enquadrando-as, quando possível, no contexto das bibliotecas escolares, sendo constante a preocupação de evitar juízos de valor ou de prescrever metodologias. A decisão sobre as propostas apresentadas, incluindo as que dizem respeito ao catálogo colectivo que a BMDD, através do SABE, pretende gerir, cabe exclusivamente aos órgãos directivos dos estabelecimentos oficiais de ensino de Odivelas, que, para os assuntos directamente relacionados com as bibliotecas escolares, se assim o entenderem, poderão designar os professores bibliotecários como interlocutores directos no estabelecimento e manutenção de contactos, que se prevê sejam vários, com os funcionários afectos ao SABE, nomeadamente no decurso da automatização dos catálogos bibliográficos de cada biblioteca escolar e do catálogo colectivo da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Cumpre aqui apresentar agradecimentos especiais à Dr.ª Gina Rafael, da Biblioteca Nacional de Lisboa, e ao Dr. Stephen Rice, da Biblioteca Estadual de Connecticut, cujo apoio prestado demonstra a importância de que se reveste a cooperação interbibliotecas e entre os profissionais da área. ♦ Para solicitações de esclarecimentos, marcação de reuniões, comentários, críticas e sugestões, é favor estabelecer contacto através do endereço electrónico: [email protected].
BIBLIOGRAFIA TÉCNICA BÁSICA Blanc-Montmayeur, Martine; Danset, Françoise – Lista de Cabeçalhos de Assunto para Bibliotecas. Lisboa: Caminho, 1999. Faria, Maria Isabel; Pericão, Maria da Graça – Dicionário do Livro: Terminologia Relativa ao Suporte, ao Texto, à Edição e Encadernação, ao Tratamento Técnico, ... Lisboa: Guimarães, 1988. Faria, Maria Isabel; Pericão, Maria da Graça – Novo Dicionário do Livro: Da Escrita ao Multimédia. Lisboa: Círculo de Leitores, cop. 1999. IFLA. UBCIM – Names of Persons: National Usages for Entry in Catalogues. München [etc.]: K. G. Saur, 1996. IFLA. Steering Group for an Authorities Format – UNIMARC/Autoridades: Formato MARC Universal para Registos de Autoridade: Versão Provisória. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1989. Portugal. Biblioteca Nacional. Área de Classificação e Indexação – SIPORbase: Sistema de Indexação em Português: Manual. 3.ª ed. rev. e aumentada. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1998. Portugal. Ministério da Cultura – CDU: Classificação Decimal Universal: Tabela de Autoridade. 3.ª ed. abrev. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2005. Portugal. Ministério da Cultura – Manual UNIMARC. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1999. Portugal. Ministério da Cultura – Recomendações para a Construção de Registos de Autoridade de Autor Pessoa Física. 2.ª ed. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2005. Portugal. Ministério da Cultura – Regras Portuguesas de Catalogação - I: Cabeçalhos; Descrição de Monografias; Descrição de Publicações em Série. 3.ª reimp. Lisboa, Biblioteca Nacional, 2000. Obs.: A maior parte desta bibliografia pode ser encontrada, sob a rubrica «Publicações Técnicas», na página http://www.bn.pt/livraria/livraria-pub-tecnicas.htm da Biblioteca Nacional de Lisboa.
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