O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo toma mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passa a designar toda uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu. O termo romântico refere-se, assim, ao movimento estético ou, num sentido mais lato, à tendência idealista ou poética de alguém que carece de sentido objectivo. Movimento artístico que se manifesta na segunda metade do século XIX. Caracteriza-se pela intenção de uma abordagem objetiva da realidade e pelo interesse por temas sociais. O engajamento ideológico faz com que muitas vezes a forma e as situações descritas sejam exageradas para reforçar a denúncia social. O realismo representa uma reação ao subjetivismo do romantismo. Sua radicalização rumo à objetividade sem conteúdo ideológico leva ao naturalismo. Muitas vezes realismo e naturalismo se confundem. Artes Plásticas - A tendência expressa-se sobretudo na pintura. As obras privilegiam cenas cotidianas de grupos sociais menos favorecidos. O tipo de composição e o uso das cores criam telas pesadas e tristes. O grande expoente é o francês Gustave Courbet (1819-1877). Para ele, a beleza está na verdade. Suas pinturas chocam o público e a crítica, habituados à fantasia romântica. São marcantes suas telas Os Quebradores de Pedra, que mostra operários, e Enterro em Ornans, que retrata o enterro de uma pessoa do povo. Outros dois nomes importantes que seguem a mesma linha são Honoré Daumier (1808-1879) e Jean-François Millet (1814-1875). Também destaca-se Édouard Manet (1832-1883), ligado ao naturalismo e, mais tarde, ao impressionismo. Sua tela Olympia exibe uma mulher nua que "encara" o espectador. Literatura - O realismo na Literatura manifesta-se na prosa. A poesia da época vive o parnasianismo. O romance - social, psicológico e de tese - é a principal forma de expressão. Deixa de ser apenas distração e torna-se veículo de crítica a instituições, como a Igreja Católica, e à hipocrisia burguesa. A escravidão, os preconceitos raciais e a sexualidade são os principais temas, tratados com linguagem clara e direta. Na passagem do romantismo para o realismo misturam-se aspectos das duas tendências. Um dos representantes dessa transição é o escritor e dramaturgo francês Honoré de Balzac (1799-1850), autor do conjunto de romances Comédia Humana. Outros autores importantes são os franceses Stendhal (1783-1842), que escreve O Vermelho e o Negro , e Prosper Merimée (1803-1870), autor de Carmen, além do russo Nikolay Gogol (18091852), autor de Almas Mortas. O marco inicial do realismo na Literatura é o romance Madame Bovary , do francês Gustave Flaubert (1821-1880). Outros autores importantes são o russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), cuja obra-prima é Os Irmãos Karamazov; o português Eça de Queirós (1845-1900), que escreve Os Maias; o russo Leon Tolstói (1828-1910), criador de Anna Karenina e Guerra e Paz; os ingleses Charles Dickens (1812-1870), autor de
Oliver Twist, e Thomas Hardy (1840-1928), de Judas, o Obscuro. A tendência desenvolve-se também no conto. Entre os mais importantes autores destacam-se o russo Tchekhov (1860-1904) e o francês Guy de Maupassant (18501893). Teatro - Com o realismo, problemas do cotidiano ocupam os palcos. O herói romântico é substituído por personagens do dia-a-dia e a linguagem torna-se coloquial. O primeiro grande dramaturgo realista é o francês Alexandre Dumas Filho (1824-1895), autor da primeira peça realista, A Dama das Camélias (1852), que trata da prostituição. Fora da França, um dos expoentes é o norueguês Henrik Ibsen (1828-1906). Em Casa de Bonecas, por exemplo, trata da situação social da mulher. São importantes também o dramaturgo e escritor russo Gorki (1868-1936), autor de Ralé e Os Pequenos Burgueses, e o alemão Gerhart Hauptmann (1862-1946), autor de Os Tecelões.
Realismo O Realismo e o Naturalismo apresentam semelhanças e diferenças entre si. O Realismo retrata o homem interagindo com seu meio social, enquanto o Naturalismo mostra o homem como produto de forças “naturais”, desenvolve temas voltados para a análise do comportamento patológico do homem, de suas taras sexuais, de seu lado animalesco. Naturalismo A perspectiva evolucionista de COs naturalistas acreditavam que o indivíduo é mero produto da hereditariedade e seu comportamento é fruto do meio em que vive e sharles Darwin inspirava os naturalistas, esses acreditavam ser a seleção natural que impulsionava a transformação das espécies. Assim, predomina nesse tipo de romance o instinto, o fisiológico e o natural, retratando a agressividade, a violência, o erotismo como elementos que compõe a personalidade humana. Ao lado de Darwin, Hippolyte Taine e Auguste Comte influenciaram de modo definitivo a estética naturalista. Os autores naturalistas criavam narradores oniscientes, impassíveis para dar apoio à teoria na qual acreditavam. Exploravam temas como o homossexualismo, o incesto, o desequilíbrio que leva à loucura, criando personagens que eram dominados por seus instintos e desejos, pois viam no comportamento do ser humano traços de sua natureza animal. No Brasil, a prosa naturalista foi influenciada por Eça de Queirós com as obras O crime do padre Amaro e O primo Basílio, publicados na década de 1870. Aluísio de Azevedo com a obra O mulato, publicado em 1881, marcou o início do Naturalismo brasileiro, a obra O cortiço, também de sua autoria, marcou essa tendência. Em O cortiço a face completa do Naturalismo pode era vista, nessa obra o indivíduo é envolvido pelo meio, o cenário é promíscuo e insalubre e retrata o cruzamento das raças, a explosão da sexualidade, A partir de 1881, na França, pintores, autores teatrais e escritores, influenciados pelo misticismo advindo do grande intercâmbio com as artes, pensamento e religiões orientais - procuram refletir em suas produções a consonância a estas diferentes formas de olhar sobre o mundo, de ver, e demonstrar o sentimento. Marcadamente individualista e místico, foi com desdém apelidado de "decadentismo" clara alusão à decadência dos valores estéticos então vigentes. Mas em 1886 um manifesto traz a denominação que viria marcar definitivamente os adeptos desta
] Principais características Subjetivismo Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão mais geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e sim a realidade focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Dessa forma, é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica, porém mais do que voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o mais profundo do "eu", buscam o inconsciente, o sonho. Musicalidade A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista, segundo o ensinamento de um dos mestres do simbolismo francês, Paul Verlaine, que em seu poema "Art Poétique", afirma: "De la musique avant toute chose..." (" A música acima de tudo...") Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos. Transcendentalismo Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou impreciso. Por isso, gostam tanto de palavras como: névoa, neblina, bruma, vaporosa.
[Literatura do simbolismo Os temas são místicos, espirituais. Abusa-se da sinestesia, sensação produzida pela interpenetração de órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho", das aliterações (repetição de letras ou sílabas numa mesma oração: "Na messe que estremece") e das assonâncias, repetição fônica das vogais: repetição da vogal "e" no mesmo exemplo de aliteração, tornando os textos poéticos simbolistas profundamente musicais. O Simbolismo em Portugal liga-se às atividades das revistas Os Insubmissos e Boêmia Nova, fundadas por estudantes de Coimbra, entre eles Eugênio de Castro, que ao publicar um volume de versos intitulado Oaristos, instaurou essa nova estética em Portugal. O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915, altura em que se iniciou o Modernismo.
[Literatos simbolistas Pode-se dizer que o precursor do movimento, na França, foi o poeta francês Charles Baudelaire com "As Flores do Mal", ainda em 1857. Mas só em 1881 a nova manifestação é rotulada, com o nome decadentismo, substituído por Simbolismo em manifesto publicado em 1886. Espalhando-se pela Europa, é na França, porém, que tem seus expoentes, como Paul Verlaine, Arthur Rimbaud e Portugal Os nomes de maior destaque no Simbolismo português são: Camilo Pessanha, Cesário Verde, António Nobre, Afonso Lopes Vieira, Augusto Gil, Eugênio de Castro,Florbela Espanca, Manuel Laranjeira e Júlio Dantas. No Brasil, dois grandes poetas destacaram-se dentro do movimento simbolista: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens. No primeiro, a angústia de sua condição, reflete-se
no comentário de Manuel Bandeira: "Não há (na literatura brasileira) gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus".
[ Simbolismo nas Artes Plásticas
Gauguin impressionista
Gauguin simbolista Oriundo do impressionismo, Paul Gauguin deixa-se influenciar pelas pinturas japonesas que aparecem na Europa, provocando verdadeiro choque cultural - e este artista abandona as técnicas ainda vigentes nas telas do movimento onde se iniciou, como a perspectiva, pintando apenas em formas bidimensionais. A temática alegórica passa a dominar, a partir de 1890. Ao artista não bastava pintar a realidade, mas demonstrar na tela a essência sentimental dos personagens - e em Gauguin isto levou a uma busca tal pelo primitivismo que o próprio artista abandonou a França, indo morar com os nativos da Polinésia francesa. Em França outros artistas, como Gustave Moreau, Odilon Redon, Maurice Denis, Paul Sérusier e Aristide Maillol, aderem à nova estética. Na Áustria, usando de motivos eminentemente europeus do estilo rococó, Gustav Klimt é outro que, assim como Gauguin, torna-se conhecido e apreciado. O norueguês Edvard Munch, autor do célebre
quadro "O grito", alia-se primeiro ao simbolismo, antes de tornar-se um dos expoentes do expressionismo. No Brasil, o movimento simbolista influenciou a obra de pintores como Eliseu Visconti e Rodolfo Amoedo. A tela "Recompensa de São Sebastião", de Eliseu Visconti, medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904, é um exemplo da influência simbolista nas artes plásticas do Brasil. Já na literatura, o simbolismo tem início no Brasil em 1893 com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Estende-se até o ano de 1922, data da Semana da Arte Moderna. O início do simbolismo não pode, no entanto, ser identificado com o termino da escola antecedente, Realismo. Na realidade, no final do seculo XIX e inicio do século XX três tendências caminhavam paralelas: O Realismo e suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); O simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica época; e o préO pré-modernismo (ou ainda estética impressionista[1]) foi um período literário brasileiro[2], que marca a transição entre o parnasianismo e simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo [3]. O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920", no dizer de Joaquim Francisco Coelho[4] Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de idéias, sem se fixar numa delas) e não uma escola ou movimento[2]
Índice [esconder] •
•
1 Contexto histórico ○
1.1 Outras manifestações artísticas
○
1.2 Ambiente literário
2 Caracterização ○
2.1 Excerto
•
3 Autores
•
4 Galeria
•
5 Bibliografia
•
6 Referências
Contexto histórico Pontos de conflito no Brasil pré-modernista.
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores estéticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a
Guerra do Contestado (vide mapa); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e, finalmente, a imigração européia. [5] Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.[6]
Outras manifestações artísticas A música assistiu, desde o lançamento da primeira gravação feita no país por Xisto Bahia, a uma penetração nas camadas mais elevadas de manifestações até então restritos às camadas mais populares – ritmos tais como o maxixe, toada, modinha e serenata. É o tempo em que a capital do país, então o Rio de Janeiro, assiste ao crescimento do carnaval, ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente. [5] Na música erudita, o nome representativo foi o de Alberto Nepomuceno, de composições de “intenção nacionalista”. [5] Na pintura, tendo como principal foco a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, vigorava o academicismo, passando despercebida a exposição feita em 1913 pelo russo Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte reação à exposição de Anita Malfatti expõe o confronto que redundaria na Semana de Arte Moderna de 1922. [5] (vide, mais abaixo, texto de Monteiro Lobato sobre essa exposição).
Ambiente literário Para além dos fatos circundantes, registra-se que ainda estão ativos autores parnasianos, como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia, e neo-parnasianos como Martins Fontes, Goulart de Andrade, etc., dominando o cenário da Academia Brasileira de Letras. Além deles, longe da Academia, simbolistas como Emiliano Perneta e Pereira da Silva, convivem com os escritores pré-modernistas.[7]
Caracterização Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras[3], mas essencialmente eram marcados por duas características comuns: 1. conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas; 2. renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período[5]
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse autores não avançaram o bastante para ser considerados modernos[3] - notando-se, até, nalguns casos, resistência às novas estéticas.[5]
Excerto Num artigo publicado em 1917, Monteiro Lobato reagiu assim à exposição de Anita Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo: "Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura. (...) A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos da decadência(...)"[5]
Autores Os principais pré-modernistas foram: •
Euclides da Cunha, com Os Sertões, onde aborda de forma jornalística a Guerra de Canudos; a obra, dividida em três partes (A Terra, O Homem e A Luta), procura retratar um dos maiores conflitos do Brasil.[5] O sertão baiano, onde se deram as lutas, era um ambiente praticamente desconhecido dos grandes centros, e as lutas marcaram a vida nacional: o termo favela, que tornou-se comum depois, designava um arbusto típico da caatinga, e dava nome a um morro em Canudos[8].
•
Graça Aranha, com Canaã, retrata a imigração alemã para o Brasil.[5]
•
Lima Barreto, que faz uma crítica da sociedade urbana da época, com Triste Fim de Policarpo Quaresma e Recordações do Escrivão Isaías Caminha;[5]
•
Monteiro Lobato, com Urupês e Cidades Mortas, retrata o homem simples do campo numa região de decadência econômica;[5]
•
Valdomiro Silveira, com Os Caboclos, e Simões Lopes Neto, com Lendas do Sul e Contos Gauchescos, precursores do regionalismo, retratam a realidade do sul brasileiro.[5]
•
Augusto dos Anjos que, segundo alguns autores, trazia elementos pré-modernos.[3], embora no aspecto linguístico tenda para o realismo-naturalismo, no seu "Eu e Outras Poesias"[7] ○
Outros autores:
○
Figuram como escritores desse período, embora guardem no estilo mais elementos das escolas precedentes, autores como Afonso Arinos, Alcides Maya e Coelho Neto[9]. Este último, ao lado de Afrânio Peixoto, tendia a uma visão da literatura como simples ornato social e cultural. Raul de Leoni pode ser, também, tido como pré-modernista, mas o seu Luz Mediterrânea tende ao Simbolismo.[7]
Galeria
Euclides da CunhaMonteiro LobatoSimões Lopes Neto
Bibliografia •
BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São Paulo: Cultrix, 1973.
Referências 1. ↑ MATTOS, Geraldo, Teoria e Prática de Língua e Literatura, vol. 3, FTD, São Paulo, s/d 2. ↑ 2,0 2,1 E-Dicionário de literatura, página pesquisada em 4 de abril de 2008 3. ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 Análise, sítio pesquisado em 21 de março de 2008. 4. ↑ COELHO, Joaquim Francisco. Manuel Bandeira pré-modernista, Instituto Nacional do Livro, 1982 5. ↑ 5,00 5,01 5,02 5,03 5,04 5,05 5,06 5,07 5,08 5,09 5,10 5,11 FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, volume 3, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983 6. ↑ Literatura, Terra, Pré-modernismo - origens. Página consultada em 5 de abril de 2008 7. ↑ 7,0 7,1 7,2 ESCHER, Célio. Português, Língua e Literatura, vol. 3, Ática, São Paulo, 1979 8. ↑ CUNHA, Euclides da. Os Sertões 9. ↑ Literatura, Terra, Pré-modernismo - outros autores. Página pesquisada em 5 de abril de 2008. Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-Modernismo" Categorias: Movimentos culturais | Literatura do Brasil | Modernismo brasileiro Categoria oculta: !Artigos sem interwiki Vistas •
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Avisos gerais
-Modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupado em denunciar a
realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.
Como conseqüência do Simbolismo, apareceu o grupo de. Tem a particularidade de ter formas mais simplificadas e cores mais puras. A arte torna-se desta forma uma realidade autónoma (autônoma) do real, pois nela estão patentes emoções, sentimentos e ideologias. Buscaram os autores, dentre os quais o belga Maeterlinck, o italiano Gabriele D'Annunzio e o norueguês Ibsen, levar ao palco não personagens propriamente ditos, mas alegorias a representar sentimento, idéia - em peças onde o cenário (som, luz, ambiente, etc.) tenham mO pré-modernismo (ou ainda estética impressionista[1]) foi um período literário brasileiro[2], que marca a transição entre o parnasianismo e simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo [3]. O termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920", no dizer de Joaquim Francisco Coelho[4] Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes de idéias, sem se fixar numa delas) e não uma escola ou movimento[2 aior destaque, a violênciaPara os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores estéticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a Guerra do Contestado (vide mapa); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e, finalmente, a imigração européia. [5] Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.[6]
Outras manifestações artísticas A música assistiu, desde o lançamento da primeira gravação feita no país por Xisto Bahia, a uma penetração nas camadas mais elevadas de manifestações até então restritos às camadas mais populares – ritmos tais como o maxixe, toada, modinha e serenata. É o tempo em que a capital do país, então o Rio de Janeiro, assiste ao crescimento do carnaval, ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente. [5] Na música erudita, o nome representativo foi o de Alberto Nepomuceno, de composições de “intenção nacionalista”. [5] Na pintura, tendo como principal foco a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, vigorava o academicismo, passando despercebida a exposição feita em 1913 pelo russo Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte reação à exposição de Anita Malfatti expõe o confronto que redundaria na Semana de Arte Moderna de 1922. [5] (vide, mais abaixo, texto de Monteiro Lobato sobre essa exposição).
Ambiente literário Para além dos fatos circundantes, registra-se que ainda estão ativos autores parnasianos, como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia, e neo-parnasianos como Martins Fontes, Goulart de Andrade, etc., dominando o cenário da Academia Brasileira de Letras. Além deles, longe da Academia, simbolistas como Emiliano Perneta e Pereira da Silva, convivem com os escritores pré-modernistas.[7]
Caracterização Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras[3], mas essencialmente eram marcados por duas características comuns: 1. conservadorismo - traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas; 2. renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as
tensões vividas pela sociedade do período[5]
Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse autores não avançaram o bastante para ser considerados modernos[3] - notando-se, até, nalguns casos, resistência às novas estéticas.[5]
Excerto Num artigo publicado em 1917, Monteiro Lobato reagiu assim à exposição de Anita Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo: "Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura. (...) A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos da decadência(...)"[5]
Autores Os principais pré-modernistas foram: •
Euclides da Cunha, com Os Sertões, onde aborda de forma jornalística a Guerra de Canudos; a obra, dividida em três partes (A Terra, O Homem e A Luta), procura retratar um dos maiores conflitos do Brasil.[5] O sertão baiano, onde se deram as lutas, era um ambiente praticamente desconhecido dos grandes centros, e as lutas marcaram a vida nacional: o termo favela, que tornou-se comum depois, designava um arbusto típico da caatinga, e dava nome a um morro em Canudos[8].
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Graça Aranha, com Canaã, retrata a imigração alemã para o Brasil.[5]
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Lima Barreto, que faz uma crítica da sociedade urbana da época, com Triste Fim de Policarpo Quaresma e Recordações do Escrivão Isaías Caminha;[5]
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Monteiro Lobato, com Urupês e Cidades Mortas, retrata o homem simples do campo numa região de decadência econômica;[5]
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Valdomiro Silveira, com Os Caboclos, e Simões Lopes Neto, com Lendas do Sul e Contos Gauchescos, precursores do regionalismo, retratam a realidade do sul brasileiro.[5]
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Augusto dos Anjos que, segundo alguns autores, trazia elementos prémodernos.[3], embora no aspecto linguístico tenda para o realismo-naturalismo, no seu "Eu e Outras Poesias"[7] ○ Outros autores:
Figuram como escritores desse período, embora guardem no estilo mais elementos das escolas precedentes, autores como Afonso Arinos, Alcides Maya e Coelho Neto[9]. Este último, ao lado de Afrânio Peixoto, tendia a uma visão da literatura como simples ornato social e cultural. Raul de Leoni pode ser, também, tido como pré-modernista,
mas o seu Luz Ainda que importantes autores contemporâneos venham ressaltando as origens do Ilumunismo no século XVII tardio,[1] não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . [2] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-15).[3] Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.
Immanuel Kant
O uso do termo Iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas idéias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais. O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.[4] Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude: "O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[5] • O Iluminismo História do Iluminismo, o pensamento no Século das Luzes, critica ao absolutismo, pensadores iluministas, Rousseau, Montesquieu,
Voltaire, Locke, Diderot e D'Alembert, idéias dos principais filósofos, filosofia e política nos séculos XVII e XVIII.
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• Jean Jacques Rousseau : um dos principais filósofos do iluminismo Introdução Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. • Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé. A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas.
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No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa. Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (16321704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo; Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (17171783), juntos organizaram uma enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época ○
Mediterrânea tende ao Simbolismo.[7]