Teoria Do Consumidor _ Diplomacia.pdf

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29/01/2019

Aula 01 - Teoria do Consumidor - Documentos Google

Economia Teoria do Consumidor CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA

Recurso Econômico: pode ser entendido como tudo aquilo que é empregado na produção de um bem ou serviço. O recurso pode ser financeiro, material ou humano. Podemos dizer que vivemos em um mundo em que os recursos são limitados. Essa limitação é tratada na economia de forma mais abrangente pela palavra escassez.

Escassez: Para um recurso ser escasso é necessário que seja demandado. Ou seja, um recurso pode estar disponível em pequena quantidade, mas não ser escasso, se ninguém o quiser. Em síntese, pode-se dizer que vivemos em um mundo em que os recursos são escassos. A escassez se deve ao descasamento entre a disponibilidade de recursos e os desejos dos indivíduos. Logo, em geral, os recursos estão disponíveis em quantidade inferior à desejada pelos indivíduos.

A necessidade de fazer escolhas: Tendo em vista que os recursos são escassos, somos obrigados a fazer escolhas. Quando recebemos o nosso salário, que é um recurso escasso, também temos de tomar decisões acerca de como www.eduqc.com 1

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iremos utilizá-lo. Se os recursos não fossem escassos não haveria necessidade de se fazer escolhas quanto ao seu uso, uma vez que eles estariam disponíveis na quantidade que desejamos.

Alocação de recursos: Assim, tratamos a questão da escolha que fazemos, ou, em outras palavras, do destino que damos a um recurso, pela palavra alocação. Quando destinamos certa quantia de dinheiro para comprar uma calculadora, por exemplo, estamos alocando um recurso financeiro para a aquisição de um bem econômico. Se observarmos, estamos fazendo alocações de recursos escassos o tempo todo.

Premissas para alocação de recursos: parte-se do pressuposto que na escolha da melhor alocação de recursos os agentes sejam racionais, ou seja, buscam maximizar aquilo que desejam. Para os consumidores é o bem-estar, para as empresas o objetivo é o lucro.

Custo de oportunidade: é o benefício que se deixa de obter ao realizar certa escolha. Ex: Quando um investidor compra um supermercado por R$ 300 mil, o custo de oportunidade é quanto se poderia obter no mercado financeiro aplicando este mesmo montante. Supondo que i = 10%, então este será o custo de oportunidade. O custo de oportunidade deve ser considerado nas decisões de alocação de recursos.

Análise Marginal: A análise marginal é aquela que estuda os efeitos produzidos por uma pequena variação numa determinada variável, conhecida como variável de controle. Ou seja, dada uma pequena variação na variável de controle, o que acontece com as demais variáveis na margem? Pode-se também definir a análise marginal como aquela em que se busca conhecer o quanto se acrescenta a determinada variável quando se adiciona uma unidade na variável de controle.

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Ex: quando uma padaria contratada mais 1 padeiro em quanto fica aumentada a produção diária de pães? Esse aumento é a produtividade marginal do insumo/recurso padeiro.

TEORIA DO CONSUMIDOR A Teoria do Consumidor estuda a maneira pela qual os consumidores fazem as suas escolhas, dadas as opções de bens para consumo, seus preços e a restrição orçamentária colocada a este indivíduo. Vamos simplificar nossa análise tomando por referência a existência de somente dois bens. De fato, a análise feita para dois bens poderia se estender por quantos bens fossem necessários, aumentando somente o número de variáveis e equação, sem alterar o processo decisório. Dada a possibilidade de escolha entre dois bens específicos, chamamos de cesta uma combinação qualquer do consumo desses bens. Por exemplo: Imagine que os bens são alimento e vestuário. Poderíamos ter as seguintes cestas: Cesta A: 10 un. de Alimento e 20 un. de Vestuário Cesta B: 15 un. de Alimento e 17 un. de Vestuário Cesta C: 20 un. de Alimento e 14 un. de Vestuário Por algum critério, o consumidor deverá escolher consumir uma das cestas mostradas, ou qualquer outra que lhe seja colocada como opção. Inicialmente, não há como dizer qual cesta seria a preferida, uma vez que alimento e vestuário podem ter importância diferente para cada consumidor. A maneira como os consumidores fazem as suas escolhas está relacionada às suas preferências. Pode-se que dizer que, dadas duas cestas A e B, com quantidades específicas de dois bens, 1 e 2, as preferências do consumidor podem ser da seguinte forma. A ≿ B: A é pelo menos tão bom quanto B A > B: A é preferível a B

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A ~ B: A e B são indiferentes. A fim de trabalhar com as preferências, alguns axiomas (ou premissas) devem ser observados:

1. As preferências são completas: isso quer dizer que é sempre possível comparar duas cestas e colocá-las numa ordem de preferência. Parece óbvio, e é, mas ou uma cesta é melhor que outra, ou é pior ou é indiferente. 2. As preferências são transitivas: a transitividade é a mesma estudada na matemática básica. Se preferimos a cesta A à cesta B, e se preferimos a cesta B à C, então, por essa regra, prefere-se a cesta A à cesta C.

Se A > B; B > C. Então, A > C

3. Prefere-se mais a menos: Considerados que os produtos que compõem as cestas são sempre bens (e não males), uma cesta que possua uma maior quantidade de ambos os produtos será sempre preferível. Mesmo uma que possua a mesma quantidade de todos os produtos, e uma quantidade maior de somente 1 deles, ainda é preferível.

CURVAS DE INDIFERENÇA A fim de descrever o comportamento dos consumidores, usaremos um plano cartesiano em que os eixos representam as quantidades consumidas dos dois bens em estudo. Nesse gráfico, plotaremos as chamadas Curvas de Indiferença.

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UTILIDADE A fim de compreender a lógica de uma curva de indiferença, é preciso entender primeiro o conceito de Utilidade. A Utilidade foi definida pelos economistas como a variável que mede a satisfação do consumidor ao consumir determinada cesta. A utilidade, que a princípio seria somente um conceito subjetivo, que visaria estabelecer uma ordem de preferência entre as cestas (utilidade ordinal), deve ser transformada numa expressão matemática e ser representada por números, a fim de que possamos trabalhar com ela (utilidade cardinal). Eu sei que é muito abstrato este conceito, mas vamos abrir nossas mentes com um exemplo: A satisfação obtida pelo consumo dos bens X e Y pode ser encontrada pela fórmula

a seguir, onde x e y representam as respectivas quantidades consumidas:

U(x,y) = 3x + y.

Assim se o indivíduo consumir 2 unidades do bem X e 3 unidades do bem Y, a sua utilidade será: U(2,3) = 3*2 + 3 = 9.

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Mas 9 o quê????? Costuma-se dizer que a unidade de medida da Utilidade seriam os “úteis”, ou “útils”, ou “útiles”, porém isso não importa. As decisões dos consumidores não passam por esse cálculo matemático, que é utilizado somente para modelar as preferências.

Agora podemos voltar à Curva de Indiferença. Vejam que o gráfico com as curvas de indiferença contém, associado a cada curva, um valor de utilidade. Independentemente do valor ali colocado, o importante é entender que cada uma dessas curvas representa todas as combinações possíveis de cestas que fornecem a mesma satisfação ao consumidor, satisfação esta representada pela sua utilidade. São chamadas de curvas de indiferença, pois ao longo de cada uma dessas curvas os consumidores são indiferentes em consumir qualquer uma das cestas que a compõem. Vejamos um outro exemplo: No gráfico a seguir, as cestas A e B geram a mesma satisfação ao consumidor, pois estão sobre a mesma curva de indiferença. Já a cesta C gera uma satisfação maior.

CURVAS DE INDIFERENÇA

PROPRIEDADES DAS CURVAS DE INDIFERENÇA: A. As curvas de indiferença não se tocam: como cada curva representa um valor de Utilidade, se elas se tocassem, haveria um ponto onde a Utilidade

assumiria

dois

valores

distintos, o que é um absurdo matemático, logo, elas são sempre paralelas;

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B. O valor das utilidades crescem para cima e para a direita: essa conclusão é lógica, uma vez que uma das premissas das preferências é que se prefere mais do que menos. Como as quantidades dos bens crescem para a direita e para cima, as curvas de indiferença possuem maior utilidade quanto mais a direita e mais para cima estiverem.

C. Utilidade Marginal: podemos definir por Utilidade Marginal de determinado bem o quanto se ganha de Utilidade Total pelo consumo de uma unidade adicional deste bem.

Daí decorre a conclusão de que a Utilidade Marginal é decrescente. Isso se deve ao fato de que com o aumento do consumo de determinado bem, o consumo da próxima unidade sempre traz um benefício menor do que o consumo da unidade anterior. Exemplo: Com fome, consumir 1 sanduíche lhe trará uma grande satisfação. Após comer 1, comer o 2º sanduíche também lhe trará uma satisfação, mas menor do que a que você obteve com o primeiro sanduíche quando estava faminto. Comer um 3º sanduíche lhe gerará uma satisfação ainda menor, para não dizer que poderá não te gerar satisfação alguma. Portanto, perceba que a Utilidade Marginal do consumo de sanduíches é decrescente, ou seja, quanto mais já se consumiu, menos se ganha com o aumento do consumo.

Do conceito de Utilidade Marginal surge o conceito de Taxa Marginal de Substituição – TMS. A TMS é a quantidade máxima que um indivíduo está disposto a abrir mão do consumo de um bem, para que possa consumir o outro bem.

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Ex: Se a TMS = 4, isso significa que o consumidor concorda em abrir mão de 4 unidades do bem Y, a fim de consumir 1 unidade a mais do bem X. Como a Utilidade Marginal é decrescente, quanto mais se consome de um bem, mas o consumidor está propenso a abrir mão desse bem para consumir do outro, o qual ele consome em menor quantidade. Pensando no nosso gráfico, vemos que a variável X está na abscissa. Por isso, podemos dizer que a TMS é sempre decrescente. Podemos dizer que a TMS é sempre decrescente (com o produto X), pois quanto mais se consome do bem X, menor a sua utilidade marginal e maior a utilidade marginal de Y, por isso o consumidor está cada vez menos disposto a abrir mão de uma unidade de Y a fim de consumir uma unidade extra de X. Por fim, dada a fórmula da TMS, podemos observar que é a mesma fórmula para se calcular a inclinação de uma reta. Logo, a TMS equivale, em valor, à inclinação da reta tangente à curva de indiferença no ponto desejado.

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TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO – TMS

D. As curvas de indiferença são convexas: isso se deve à Utilidade Marginal decrescente e da Taxa Marginal de Substituição também decrescente. Uma curva é convexa quando escolhemos dois pontos quaisquer sobre a função, por exemplo, x1 e x2. Esses pontos, quando colocados na função, determinarão f(x1) e f(x2). Ao ligarmos os pontos x1 e x2 teremos a formação de um segmento de reta. Ao escolhermos qualquer ponto (x3) nesse segmento de reta:

• se f(x3) for menor ou igual a Y3, a função será convexa; • se f(x3) for necessariamente menor que Y3, a função será estritamente convexa; • se f(x3) for maior ou igual a Y3, a função será côncava; • se f(x3) for necessariamente maior que Y3, a função será estritamente côncava;

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CURVAS DE INDIFERENÇA ESPECÍFICAS Bens Substitutos Perfeitos

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Nessa situação, U(x, y) = ax + by. Bens Complementares Perfeitos

Nessa situação, U(x,y) = min(cx,dy).

TRANSFORMAÇÃO MONOTÔNICA Uma preferência é considerada monotônica quando podemos fazer operações de soma, multiplicação ou potenciação com a função utilidade e não mudaremos a ordenação de preferência das cestas. Isso é muito comum na teoria do consumidor, pois essa utiliza apenas a ordem de classificação das cestas e não a quantificação da satisfação Assim, seja ‘U’ a função utilidade, e f(U) uma transformação. Logo, as preferências são monotônicas se: U1 > U2 > U3



f(U1) > f(U2) > f(U3)

Ex: U(x,y) = 2x + y

Se X = 2, Y = 3; U1 = 7 Se X = 1, Y = 4; U2 = 6

f(U) = 2U = 2*(2x + y) = 4x + 2y

Se X = 2, Y = 3; f(U1) = 14 Se X = 1, Y = 4; f(U2) = 12

Assim, U1 > U2 e f(U1) > f(U2), logo as preferências são monotônicas.

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A RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO CONSUMIDOR Muito embora a vontade do consumidor seja consumir sempre mais de todos os bens, sabe-se que os recursos são limitados. A limitação do consumidor está vinculada à sua renda finita e aos preços dos produtos. Dada a existência de somente 2 bens, X e Y, podemos descrever a restrição orçamentária do consumidor, por:

px*x + py*y = R Isso nos diz que toda a renda (R) deve ser utilizada para o consumo desses 2 bens. Vê-se que a restrição orçamentária é uma reta no plano XY, para certa renda R. O seu formato está representado a seguir:

RETA DE RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Esta reta nos mostra todas as opções de consumo dos bens X e Y, dados os seus preços (px e py) e dada a renda disponível (R). Veja que nos extremos estão representadas as situações onde só há consumo de Y ou de X.

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Vale ainda destacar que o ângulo α nos fornece a inclinação da reta. Sabemos que a inclinação de uma reta no plano XY pode ser dada pela tangente do ângulo α. Assim sendo:

Por essa relação verificamos que a inclinação da reta orçamentária não depende da renda do consumidor, mas tão somente dos preços dos produtos. Uma variação nos preços de X ou de Y irá provocar uma mudança na inclinação desta reta. Já alterações na renda do consumidor somente deslocam a reta orçamentária de forma paralela, sem alterar a sua inclinação. Vejam o exemplo do aumento da renda de R para R’.

A ESCOLHA DO CONSUMIDOR Dada a vontade de maximizar a sua utilidade, mas considerando a limitação imposta por sua renda, o consumidor irá escolher dentre todas as cestas possíveis de sua restrição orçamentária, aquela que pertença à curva de indiferença de maior utilidade possível. Veja o gráfico a seguir:

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A reta de restrição orçamentária mostra que tanto a cesta A, quanto a cesta B podem ser obtidas, porém, a cesta A se encontra em uma curva de indiferença que está mais afastada da origem, mostrando que ela possui maior utilidade. Sendo assim, a fim de maximizar a sua Utilidade, dada a utilização da renda que possui, o consumidor irá optar pela cesta A, em detrimento da cesta B. Matematicamente, o ponto onde há a maximização da Utilidade do consumidor, dada a sua renda, é o ponto onde a Reta de Restrição Orçamentária tangencia a Curva de Indiferença. Nesse ponto a inclinação das duas curvas são iguais.

Assim:

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Resolvendo a equação acima é possível se encontrar as quantidades que devem ser consumidas dos bens X e Y a fim de maximizar a satisfação do consumidor, que possui uma restrição orçamentária, dada a sua Renda (R), que é finita.

CURVA DE DEMANDA DO CONSUMIDOR Vimos então que o ponto de equilíbrio que informa a quantidade demandada de cada um dos bens nesta economia depende da renda deste consumidor e do preço dos bens. Podemos então, a partir destas premissas, manter constantes a renda do consumidor e o preço de um dos dois bens. A partir daí, variamos o preço do outro bem. A cada novo preço haverá uma nova cesta de equilíbrio, ou seja, uma nova quantidade demandada. De posse destas informações, preço do bem e quantidade demandada a este preço podemos plotar um gráfico muito conhecido que relaciona quantidades demandadas com preço do bem: CURVA DE DEMANDA. Vejam a imagem abaixo:

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No primeiro gráfico temos a variação do preço dos alimentos, mantidos constantes o preço do vestuário e a renda do consumidor. O preço dos alimentos varia de R$ 0,50, passando por R$ 1,00, até R$ 2,00. As respectivas quantidades demandas de alimentos a estes valores são: 20, 12 e 4. Esta relação inversamente proporcional entre quantidades demandas e preços, gera a famosa Curva de Demanda.

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LEI DA OFERTA E DA DEMANDA Tudo o mais constante, as quantidades demandadas e ofertadas dependem somente do preço do produto. A demanda varia negativamente com o preço, já a oferta varia positivamente com o preço. Gráfico Oferta x Demanda:

O ponto de equilíbrio representa a situação em que as quantidades ofertadas e demandadas se equivalem. Normalmente,

quando

o

preço

aumenta,

diminui

a

quantidade

demandada (não a demanda, porque essa é a própria curva). Falamos normalmente porque existem bens, chamados de bens de Giffen, cujo consumo aumenta conforme seu preço também aumenta. Os bens de Giffen são uma espécie de bem inferior de primeira necessidade nos quais boa parte da renda de uma família mais pobre é gasta. Imaginemos uma família muito pobre cuja alimentação é baseada em pão. Se o preço do pão aumenta levemente, toda a alimentação da família ficará mais cara, sobrando menos renda para a compra de outros produtos alimentícios.

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Como a quantidade total de comida diminuiu, para manter o mínimo de subsistência, a família acaba abrindo mão de mais uma parcela dos outros produtos a fim de comprar mais pão, que mesmo depois de aumentar seu preço continua sendo o gênero alimentício mais barato. Voltemos ao equilíbrio entre oferta e demanda. Sempre que o preço aumenta, aumenta a quantidade ofertada (não a oferta, porque essa é a própria curva); Este equilíbrio pode ser alterado quando as curvas de demanda ou de oferta se deslocam. Estas curvas se deslocam devido a fatores externos. A curva de demanda pode se deslocar para a direita com o aumento da renda, ou para a esquerda com a diminuição da renda. A curva de oferta pode se deslocar para a esquerda com uma geada que prejudique a safra, tornando os insumos mais escassos, ou para a direita quando houver uma supersafra não esperada.

ELASTICIDADES As elasticidades medem qual a relação entre a variação percentual do consumo/oferta de certo bem dada a variação em outra variável (Como preço do bem, preço de outro bem, ou a renda).

Elasticidade-Preço da Demanda Mede a variação da quantidade demandada em função da variação no preço do bem consumido.

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A elasticidade é medida em cada ponto da curva, e não há um valor para a curva toda, porém, uma curva de demanda menos inclinada é mais elástica, e vice-versa.

Quanto maior o número de substitutos de um bem, maior a elasticidade da sua demanda, pois o seu aumento de preço pode virar consumo do bem substituto. Igualmente, quanto maior a participação do consumo de um bem na renda do indivíduo maior a elasticidade-preço da demanda, pois o aumento de preços impacta significativamente no consumo total do indivíduo. Por fim, o tempo influencia a elasticidade aumentando-a, uma vez que com o tempo os consumidores podem se ajustar e procurar alternativas.

ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA Mede a variação da quantidade demandada em função da variação na renda do consumidor.

Normalmente, o consumo de determinado bem aumenta com o aumento da renda do consumidor, nesses casos teremos Er > 0 (São bens normais). Exemplo: calçados e vestuário; Quando além de aumentar, o consumo aumenta em proporção maior que o próprio aumento da renda, temos Er > 1 (São os chamamos bens superiores). Exemplo: filé mignon; Por outro lado, há também a possibilidade de que, para determinados bens, o aumento da renda provoque a redução do seu consumo, implicando em Er < 0 (São os chamados bens inferiores). Exemplo: ovo.

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É claro que tudo isso é uma possibilidade, não uma regra. A lógica é a seguinte: com o aumento da renda, pode ser abandonado o consumo dos bens inferiores, que são usualmente mais baratos, para se consumir os bens normais, como é caso do abandono parcial do ovo para se comer mais carne vermelha, ainda que seja carne de segunda. Se a renda aumentar ainda mais, a carne de segunda pode dar lugar ao filé mignon ao à picanha.

ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA Mede a variação da quantidade ofertada em função da variação no preço do bem produzido.

A elasticidade é medida em cada ponto da curva, e não há um valor para a curva toda, porém, uma oferta mais inclinada é menos elástica, e vice-versa.

Em resumo, tem-se (tanto para a elasticidade-preço da demanda, quanto para a elasticidade-preço da oferta): Ep

=

∞:

A quantidade é infinitamente sensível ao preço (A

demanda/oferta possui elasticidade infinita, é totalmente elástica). A curva é horizontal. Ep > 1: A quantidade varia mais que o preço (A demanda/oferta é dita elástica); Ep = 1: A quantidade e o preço variam na mesma proporção (É a chamada demanda/oferta de elasticidade unitária); Ep < 1: A quantidade varia menos que o preço (A demanda/oferta é dita inelástica).

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O gráfico da esquerda mostra uma curva de demanda muito inelástica e duas curvas de oferta muito elásticas. Já o gráfico da direita mostra a situação contrário, ou seja, uma demanda muito elástica e duas curvas de oferta menos elásticas.

O gráfico abaixo mostra as situações de extremas elasticidades (infinitamente elástica ou infinitamente inelástica). Veja que nesses casos, o comportamento das curvas de demanda e oferta é o mesmo, ou seja, uma demanda vertical e uma oferta vertical são ambas infinitamente inelásticas. O mesmo vale para demandas e ofertas horizontais, que são ambas infinitamente elásticas.

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PREÇOS MÍNIMOS O governo, eventualmente, pode intervir nos mercados impondo preços mínimos a fim de proteger produtores de determinado bem. Ex: preços mínimos para o café no início do século XX, visando proteger a economia nacional. Esta prática gera um excesso de oferta que precisa ser subsidiado ou comprado pelo governo, gerando uma perda social, causando ineficiência.

PREÇOS MÁXIMOS O governo também pode intervir nos mercados impondo preços máximos a fim de proteger consumidores de determinado bem. Ex: preço máximo para a gasolina. Esta prática gera um desabastecimento, fazendo com que surjam mercado paralelos (negros) para os produtos controlados, bem como uma discriminação por parte dos vendedores, que podem fazer vendas casadas, favorecendo somente os clientes capazes de comprar os conjuntos vendidos.

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