SÍNDROMES MIELOPROLIFERATIVAS
Expressão sugerida por DAMESHEK (1951) para englobar um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados pela proliferação de uma ou de todas as linhagens celulares, oriundas da medula óssea, em algum tempo durante o curso da doença.
POLICITEMIA VERA (PV) TROMBOCITOSE ESSENCIAL (TE) MIELOFIBROSE PRIMÁRIA (MF) LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA (LMC)
Volume sangüíneo total
POLIGLOBULIAS
Volume plasmático
Volume celular Indivíduo normal
Poliglobulia relativa
Poliglobulia absoluta
Representação esquemática dos volumes plasmático e celular no indivíduo normal, na Poliglobulia relativa (volume celular mantido, plasma diminuído) e absoluta (volume celular expandido, plasma mantido)
POLIGLOBULIAS 1. RELATIVAS
Desidratação Poliglobulia de “Stress” Secundárias
A. Poliglobulias hipóxicas (eritropoietina ↑ apropriada) - grandes altitudes (↓ PO2) - cardiopatias cianóticas congênitas - DPOC - obesidade extrema - “shunts” arteriovenosos - hemoglobinas anormais: metahemoglobinas déficit 2-3 DPG B. Poliglobulias não hipóxicas (eritropoietina ↑ inapropriada) - vários tipos de tumores (tu renal, cisto renal, hepatoma, tu cerebral, ca de ovário, fibroma uterino) - outras: hidronefrose, medicamentosa, corticóides
Primária
POLICITEMIA VERA
2. ABSOLUTAS
POLICITEMIA
VERA
Síndrome mieloproliferativa que afeta essencialmente a linhagem vermelha, após os 50 anos de idade, em especial o sexo masculino.
SINAIS CLÍNICOS CIRCUNSTANCIAIS DE DIAGNÓSTICO Astenia, emagrecimento, eritrose facial, prurido ao banho quente Sinais cardiovasculares ligados a hiperviscosidade sangüínea: tromboses arteriais e venosas. Sinais neurológicos: cefaléias, vertigens, parestesias, hemiplegias, distúrbios psíquicos. Sinais digestivos: úlceras e hemorragias digestivas Pesquisar esplenomegalia, presente em 75% dos casos de poliglobulia primitiva.
POLICITEMIA
VERA
SINAIS BIOLÓGICOS POLIGLOBULIA VERDADEIRA: Taxa de hemoglobina: HOMEM: 20 g/dl
MULHER: 18 g/dl
Confirmada pela medida do volume globular total por método isotópico (Cr 51) HOMEM: > 36 Ml/kg MULHER: > 32 Ml/kg Leucocitose com desvio à esquerda (mielemia) Plaquetas normais ou elevadas fosfatase alcalina dos leucócitos: N ou ↑ (na ausência de infecção) Vitamina B12: taxa sérica elevada hiperuricemia estudo citogenético: trissomia do 8 e 9 BIÓPSIA MEDULAR: MO hipercelular, desaparecimento dos adipócitos.
POLICITEMIA
VERA
TRATAMENTO 3) SANGRIAS TERAPÊUTICAS 4) QUIMIOTERAPIA: Bissulfan (Myleran) / Hidroxiuréia 5) FÓSFORO RAIOATIVO (P 32): 2-3 milicuries/M2
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COMPLICAÇÕES GOTA TROMBOEMBOLISMO HEMORRÁGICAS DEFICIÊNCIA DE Fe (secundária às flebotomias repetidas) RECAÍDAS: Mielofibrose com metaplasia mielóide (anemia acentuada + hepatoesplenomegalia volumosa) Leucemia aguda Insuficiência medular
TROMBOCITOSE
ESSENCIAL
Doença mieloproliferativa caracterizada pelo aumento exagerado de plaquetas, acomete indivíduos idosos (>60 anos), de ambos os sexos.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO: * Astenia, tonturas, cefaléias, pruridos e vários tipos de perturbações neurológicas * Esplenomegalia e hepatomegalia discretas local freqüente de enfartes
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
Sangue periférico: anemia / leucocitose discreta / trombocitose ↑ 600.000/mm3 Mielograma: ↑ megacariócitos (bizarros) / fibrose medular Hiperuricemia: ↑ vit. B12
TRATAMENTO: PLAQUETOFERESE ANTIAGREGANTE QUIMIOTERAPIA: Busulfan / Hidroxiuréia / Fósforo radioativo (P32)
MIELOFIBROSE Proliferação de fibroblastos da MO com depósito de fibras do tipo Colágenas e reticulínicas; com aspirado de MO hipocelular * Predomínio no idoso * Hepatoesplenomegalia volumosa * Icterícia discreta * Hemograma: leucocitose hemácias em lágrima macroplaquetas TRATAMENTO: QUIMIOTERAPIA: Busulfan RADIOTERAPIA SOB O BAÇO
SÍNDROMES MIELOPROLIFERATIVAS CÉLULA INDIFERENCIADA DA MO – STEM CELL Série Granulocítica
Série Eritroblástica
Série Megacariocítica
PV
TE
LMC
LMA
Fibroblastos (Osteoclastos)
MF
MF
Correlação anatomoclínica das Síndromes Mieloproliferativas