Sindrome Do Tunel Do Carpo

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Síndrome do Túnel do Carpo Alunas: Jéssica Oliveira e Monique Fernandes Professora: Geovanna Lima Ximenes

Túnel do Carpo 

É um canal que tem, em média, 3cm de largura formado por pequenos ossos situados no punho, que lhe servem de base, e um ligamento transverso, que compõe o teto do túnel.



Por esse canal, passam o nervo mediano e nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos.



O nervo mediano que vem do antebraço e passa para a mão através desse canal estreito, enerva o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo.



Essas características anatômicas fazem dele um túnel rígido e qualquer aumento de pressão em seu interior comprime o nervo mediano contra o ligamento transverso, gerando a síndrome do túnel do carpo.

Um corte transverso deixa ver a região do carpo, os ossículos e o ligamento transverso.

Todas as situações que provocam aumento do tecido sinovial, que reveste os tendões e serve para nutri-los, sejam elas traumáticas, inflamatórias, tumorais ou medicamentosas, aumentam também a pressão dentro desse canal, o que gera compressão do nervo e o aparecimento de diversos sintomas.

Sinais e Sintomas 

Dor ou dormência à noite nas mãos, principalmente após uso intensivo destas durante o dia. A dor pode ser intensa a ponto de acordar o paciente e pode ir para o braço e até o ombro



Ocorre diminuição da sensação dos dedos, com exceção do dedo mínimo e sensação de sudorese nas mãos. Com a perda da sensação nos dedos, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos e pegar objetos. Algumas pessoas podem apresentar até dificuldade de distinguir o quente e o frio.



Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor.



Também são freqüentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes.



Com muita freqüência as pessoas imaginam que estão tendo “derrame” ou “problemas de circulação” procurando assistência médica especializada nessa área.



Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.

Algumas causas 

Trabalho manual com movimentos repetidos (L.E.R) Lesão do Esforço Repetitivo



Tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez (geralmente desaparece ao fim da gravidez); fato que explica o porque de haver mais mulheres acometidas que homens.



Diabetes mellitus, por causa da alteração do tecido sinovial e porque o nervo mediano apresenta alterações secundárias decorrentes da glicemia elevada.



Artrite reumatóide, doenças da tireóide dentre outras.

Diagnóstico 

Existem dois testes que ajudam a estabelecer o diagnóstico clínico: o teste de Phalen e o teste de Tinel.



O primeiro consiste em dobrar o punho do paciente e mantê-lo fletido durante um minuto. Como nessa posição aumenta a pressão intracarpeana de quatro a cinco vezes, se houver compressão do nervo, os sintomas pioram na área enervada.



O outro teste, que não é tão específico quanto o de Phalen, consiste em percutir o nervo mediano, o que provoca sensação de choque e formigamento se ele estiver comprometido.



Embora o diagnóstico seja basicamente clínico, podemos recorrer a um exame complementar, a eletroneuromiografia, para esclarecer alguns casos.

Teste de Phalen

Teste de Tinel

eletroneuromiografia São colocadas agulhas em determinados pontos. Essas agulhas estão ligadas a um aparelho que emite um pequeno choque, o que torna possível medir a condução sensitiva e motora do nervo dentro do túnel.

Tratamento 

Deve levar em conta o grau de comprometimento da doença: leve, moderado e grave.



Se for leve, indica-se a colocação de uma órtese, isto é, de um aparelho que mantém o punho em posição de extensão e associar o uso de um antiinflamatório.



A imobilização deve ser mantida durante um mês, período em que deve ocorrer a melhora dos sintomas.



Se por ventura esse tratamento for ineficaz, cabe utilizar uma medida um pouco mais agressiva, ou seja, a aplicação de cortisona dentro do canal. Essa droga diminui a reação do tecido sinovial que, ao proliferar, comprime o nervo. O alívio da pressão acarreta melhora dos sintomas. Como procedimento prévio, coloca-se xilocaína para adormecer a área em que vai ser dada a injeção com cortisona.

Cirurgia 

A cirurgia promove a abertura do ligamento anular do carpo. É muito importante entender que essa abertura deve ser feita distante do nervo mediano. Não é raro encontrar, na nossa prática clínica, casos em que a cirurgia não deu certo, porque a abertura foi feita inadvertidamente na projeção do nervo, que continua prensado, provocando até piora dos sintomas.



Essa abertura provoca uma alteração que deve desaparecer em três meses. Nas primeiras quatro semanas depois da cirurgia, especialmente, há perda de força da mão, porque o canal do carpo aumenta de diâmetro e isso provoca uma alteração biodinâmica dos tendões.



É um tratamento definitivo que faz desaparecer os sintomas. A recidiva só ocorre quando a proliferação sinovial é decorrente de uma doença anterior que continua sem tratamento adequado.



A cirurgia por via endoscópica tem sido recentemente utilizada com bons resultados e a grande vantagem de pequena incisão e, consequentemente, menor cicatriz. Deve ser feita por profissionais experientes e para casos selecionados.

Fisioterapia Caso os sintomas persistam, o tratamento fisioterápico será essencial. A diminuição do edema gerado pela inflamação das estruturas vizinhas ao nervo mediano deverá ser o primeiro objetivo do tratamento fisioterápico (a tendinite é a principal causa) por isso devemos utilizar o ultra-som que possui princípios analgésicos e anti-inflamatórios acompanhados de manipulações da região acometida.

A orientação quanto as atividades da vida diária (AVDs) devem ser dadas privilegiando a biomecânica funcional do membro. Exercícios de alongamento dos flexores dos dedos e do punho sob orientação do profissional são benéficos para melhorar a função e aumentar a formação de líquido sinovial auxiliando com isso, a lubrificação dos tendões, bainhas e fáscias adjacentes (tendões lubrificados diminuem o atrito entre as bainhas evitando a inflamação).

Prevenção 







Realizar pausa entre os movimentos repetitivos Alongamentos da musculatura envolvida Realizar atividades diversificadas Ter um ambiente de trabalho ergonomicamente correto.

Bibliografia

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