Síndrome do pânico
A pessoa está num engarrafamento e, de repente, começa a sentir um medo incontrolável, o coração bate forte, parece que vai explodir, o peito começa a doer intensamente, o corpo treme, as mãos suam, o ar falta... ”Meu Deus, vou morrer aqui mesmo!!! Preciso fugir!!! Mas para onde? Socorro!!! Alguém me ajuda!!! Ninguém vai me socorrer... vou desmaiar...” Parece filme de terror, pânico total!!!
Esses são os sintomas mais comuns da síndrome do pânico, uma doença que afeta cada vez mais pessoas no mundo todo. A primeira crise pode acontecer em qualquer lugar: num congestionamento, numa balada, numa festa de amigos, numa estrada, no meio de um show de rock, numa padaria, ao ver um cachorro, em casa, assistindo noticiário ou em qualquer outro lugar. De repente, a pessoa sente que vai acontecer alguma coisa horrível, um acidente, um desmaio, uma morte súbita. Ela quer fugir para qualquer lugar que não seja aquele onde ela está, ir para qualquer lugar seguro.
Após a crise, passa a evitar o lugar onde sentiu aquela angústia insuportável, com medo de acontecer de novo. Aí o ataque terrível acontece em outro lugar, de maneira totalmente imprevisível, sem controle nenhum. Passa a evitar mais esta situação. Mas não adianta, pois ela se repete novamente, em outros ambientes. A pessoa passa a evitar muitos lugares, muitas situações, até o ponto em que não consegue mais ir ao trabalho, não é mais capaz de realizar tarefas cotidianas como ir ao mercado porque teme novas crises. Acaba deixando de ir a festas, ao shopping, ao encontro com amigos, com medo de passar vergonha, de desmaiar, de morrer de repente. Ela se isola e se sente sozinha, com medo de morrer sozinha. Nem sua própria casa lhe parece segura. Não existe lugar seguro, nem dentro, nem fora dela. A vida se torna um inferno.
Para sair deste lugar infernal, a pessoa precisa de ajuda, pois dificilmente consegue sair sozinha. Neste momento, o apoio e auxílio dos amigos e familiares é fundamental. Mas não basta. Ela precisa de ajuda profissional. Um psiquiatra é de fundamental importância quando a pessoa chega neste estágio da doença, pois os medicamentos auxiliam muito o tratamento, ajudando a pessoa a se equilibrar. Mas geralmente só os remédios não bastam. Costuma ser necessária uma terapia séria e eficaz. A terapia de vidas passadas tem se mostrado bastante útil em casos de síndrome do pânico, apresentando melhoras significativas neste quadro clínico.
Através de regressões de memória, a pessoa descobre a origem deste problema, do medo de morrer de repente ou de acontecer algo terrível que foge ao seu controle. Geralmente, se lembra de vivências em que morreu inesperadamente e nada pôde fazer, seja por acidente, ataque cardíaco, derrame cerebral, afogamento, explosão, incêndio, pisoteamento, soterramento ou abuso de drogas, entre tantas outras possibilidades. Além dessas vivências traumáticas, é comum encontrarmos situações da vida atual em que presenciou acidentes como atropelamentos, acidentes de trânsito diversos, tiroteios, brigas e violências diversas. Nesses eventos, a pessoa percebe a fragilidade da própria vida e das pessoas que ama e pode começar a ter pensamentos negativos que dizem que algo terrível está para acontecer. Ela fica desesperada porque sente que não tem controle algum sobre os acontecimentos e que, a qualquer momento, algo terrível pode acontecer com ela ou com quem ela ama.
Também é freqüente encontrarmos casos em que um evento desta vida desencadeia um trauma de vida passada. Por exemplo, uma pessoa morreu de parada cardíaca numa vida passada. Na vida atual, está no metrô e vê um homem tendo um ataque cardíaco.
Inconscientemente, ela pode se lembrar de sua vivência de morte súbita em vida passada e, após esse fato, passar a temer sua própria morte repentina. Ela pode passar a evitar andar de metrô, por ter associado aquele tipo de morte a esse transporte.
Em todos os casos, é necessário descobrir as origens do medo para que ele possa ser dissolvido e a pessoa possa voltar a viver, livre desse pânico infernal. Através da regressão, a pessoa revive situações traumáticas associadas ao problema, podendo se libertar das cargas residuais e resignificar os fatos. Trazendo as situações traumáticas à consciência, ela pode desenvolver recursos para lidar com elas de maneira saudável e racional.
Ninguém merece viver em pânico. As pessoas precisam se libertar do passado e viver o presente da forma mais feliz possível. E a terapia de vidas passadas contribui para que isso aconteça, auxiliando o ser humano a evoluir e se transformar num ser melhor para ele mesmo e para o universo. Quando uma pessoa evolui, todo o mundo evolui porque somos todos um. Somos todos úteis e necessários para o progresso e melhoria do universo.
Valéria Centeville - Terapeuta de vidas passadas http://www.terapiadevidaspassadas.com Fones: (11) 3875-4772 e (11) 8444-9975
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