Rubens Lopes E Transporte Coletivo Com Mulas

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máquina do tempo

1° de novembro de 1989 Presidente da Acic, Arno Sagmeister, apóia “desobediência civil” ao governo se não for contida a “voracidade tributária”.

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C8 - O Paraná

Domingo, 1º/11/2009

HISTÓRIA

Transporte coletivo feito com mulas Carroças-lotação, bonde elétrico, os primeiros ônibus e um empreendedor exemplar: Rubens Lopes Cascavel - Em 1887 o primeiro bonde, puxado por mulas, animais circulava em Curitiba, ligando o Boulevard 2 de Julho (atual início da avenida João Gualberto) ao bairro do Batel. As passagens custavam 200 réis na primeira classe e 100 réis nos bondes de segunda classe. Em 1895, oito anos após a criação da pioneira Empreza Ferro Carryl Curitybana, os bondes passaram ao controle do italiano Santiago Colle. Em 1912 começaram a circular os primeiros veículos elétricos, que eram abertos. Dois anos antes, Colle havia transferido a Ferro Carryl à South Brazilian Railways Ltd, empresa também concessionária do serviço de iluminação pública de Curitiba. A chegada dos bondes elétricos fechados, com tecnologia francesa, cobrando tarifa de 300 réis, inaugurou um novo ciclo na história

local dos transportes, com a criação de novas linhas. A South Brazilian, em 1928, deu lugar à Companhia Força e Luz do Paraná, que colocou em circulação os primeiros ônibus. Eles concorriam com os bondes, mesmo cobrando tarifas mais elevadas. Em 1951 também saí-

A chegada dos bondes elétricos fechados inaugurou um novo ciclo na história local dos transportes ram de circulação os últimos bondes, dando lugar às auto-lotações. A grande revolução no setor ocorreu em 1955, quando o município estabeleceu contratos de concessão com 13 empresas. Naquela épo-

ca, a cidade era atendida por 50 ônibus e 80 lotações. O Plano Diretor de Transportes de Curitiba foi então considerado um dos mais perfeitos do mundo. EMPREENDEDOR Uma dessas empresas pertencia a Rubens Lopes, que seria pioneiro no transporte coletivo no Oeste do Paraná. Nascido em Piraí do Sul (PR) a 26 de março de 1925, Rubens começou auxiliando o pai no comércio e aos 14 anos abandonou os estudos para trabalhar em uma serraria de sua cidade natal. Participava então da banda de música de Piraí do Sul e ainda jovem, aos 17 anos, passou a trabalhar no Departamento de Estradas de Rodagem, onde não permaneceu por muito tempo: aceitara convite de Pedro Lupion para ingressar em serraria de sua propriedade, localizada em

Histórias do Paraná (76) reforços para sustentar combates contra os índios, mas Botelho Mourão chegou a ameaçá-lo de prisão perpétua se não resolve a situação por seus próprios meios. Em 6 de dezembro de 1771, Afonso Botelho fez levantar uma grande cruz, benzida ao troar da artilharia, levantando a capela religiosa no dia seguinte e mandando rezar a primeira missa dos Campos Gerais em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Parecia uma vitória consagradora, mas em 9 de janeiro de 1772 Botelho ocupou os campos de Pinhão, edificando ali um fortim que não teve o mesmo sucesso: os índios atacaram e obrigaram o bandeirante a se retirar de volta a Paranaguá, de onde partira. (A seguir: Apuros de Botelho com os índios)

Excesso de ambição Em maio de 1950, Aurélio Fressato, que já operava linhas regulares de ônibus desde 1936, ganhou a concorrência pública para exploração do serviço de transpor te coletivo na capital. Sua empresa, a Companhia Curitibana de Transportes Coletivos, faliu em 1952, depois de reajustar as tarifas em 100% no ano anterior. Os curitibanos deram o troco merecido ao aumento abusivo.

Calendário

2 de novembro de 1988 Morre padre Luiz Luíse, personalidade histórica em Cascavel, Cafelândia e Erechim (RS), tendo construído aeroportos e fundado cooperativas. 3 de novembro de 1930 Cassada pelo famoso decreto 300 do governo do Estado a Concessão da Companhia Brasileira de Viação e Comércio (Braviaco) para colonização de terras.

Foz do Iguaçu, extenso município que na época abrangia a atual Cascavel. No transporte da madeira, Lopes chegou à pequena vila de Cascavel em 1943, logo percebendo que ali se edificaria uma próspera comunidade. Então, com 21 anos, dirigiuse à capital, para cumprir seis meses de serviço militar, retornando em seguida ao trabalho. Casa-se aos 23 anos com Elia Zandoná, filha de

pioneiros cascavelenses que atuam no ramo hoteleiro. Dessa união nasceram seis filhas. Convencido de que o trabalho de construção de um novo núcleo de colonização era extremamente importante, Rubens Lopes ingressou em 1952 na Fundação Paranaense de Colonização e Imigração, atuando na agrimensura e regularização de terras. Nesse sentido, foi um dos iniciadores de Iguatu.

Com o cunhado Miotto

Quando chefiava uma expedição de reconhecimento das terras situadas próximas ao rio Iguaçu, em 1770, o sargento Cândido Xavier de Almeida se deparou com sinais índios. Aquele ano estava fixado para ser o primeiro da colonização da área, mas apesar da construção de um fortim, consagrado a Nossa Senhora do Carmo, a hora ainda não havia chegado. Logo no ano seguinte começaram os confrontos armados entre forças governamentais e aborígenes, tanto nos acampamentos fortificados quanto a céu aberto, como quando a expedição de Afonso Botelho, irmão do governador paulista, combateu os nativos no rio Jordão, pequeno afluente do Iguaçu. Em carta ao governador, Cândido Xavier pedia

1º de novembro de 1986 Cascavel, através da Fecivel, passa a sediar a Universidade do Oeste com o apoio dos campi de Toledo, Foz do Iguaçu e Marechal Cândido Rondon.

Mulas e bonde elétrico: as duas primeiras modalidades de transporte coletivo no Paraná

5 de novembro de 1808 Príncipe d. João ordena guerra aos índios do interior do atual Paraná.

Divulgação

Quando Cascavel sentia a explosão do desenvolvimento, Lopes transferiu-se para Curitiba, instalando sua empresa de transportes coletivos urbanos, atendendo a um dos bairros da capital. Era um feito raro: em geral, empresários de Curitiba vinham se instalar no Oeste do Paraná. Hoje, os ousados empreendedores oestinos plantam seus negócios na capital – e Rubens Lopes foi o pioneiro nesse sentido. Com o detalhe significativo que participou de uma concorrência com outros empreendedores da capital e venceu. Alguns anos mais tarde, Lopes retornou a Cascavel criando serviço de táxi e em 1960 iniciou a primeira empresa de transporte coletivo do Município. Duas kombis, a partir de 1960, faziam o transpor te coletivo urbano, através de uma empresa pertencente a Rubens Lopes e seu cunhado Agenor Miotto. A empresa vinha suprir uma ne-

cessidade da população de Cascavel na época, em que as famílias chegavam às dezenas e apresentavam necessidades crescentes de movimentação rápida. Lopes era casado com Élia Zandoná, filha de célebres pioneiros. Miotto, por sua vez, era casado com uma das cinco irmãs de Élia, Laurentina, a Laura. O serviço de kombis fazia a linha da avenida Brasil até a rua Treze de Maio. Deu origem à Empresa Transportes Coletivos Cascavel, que dez anos depois se dividiu em duas novas companhias. Rubens Lopes fundou a Empresa Pioneira de Transportes Coletivos em 19 de novembro de 1971 e Agenor Miotto abriu uma empresa com seu nome, mais tarde vendida a João Zen. Rubens Lopes era também automobilista, sendo parceiro de Algacyr Biazetto nas primeiras provas realizadas no Oeste paranaense. Morreu em 8 de agosto de 1972.

5 de novembro de 1815 Nasce Zacarias de Góes e Vasconcelos, primeiro presidente (governador) da Província do Paraná. 5 de novembro de 1984 Prefeitura de Cascavel desapropria terras para a construção do Núcleo de Produção Industrial, destinado a ser um laboratório de microindústrias. 7 de novembro de 1973 Início da construção do trecho Cascavel–Toledo da BR-467.

Zacarias: o primeiro governador paranaense também governou o Brasil

O lotação em Cascavel começou com duas kombis

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