Renascimento
Caravaggio Sete Obras de Misericórdia Teatro Olímpico de Vicenza
Caravaggio Michelangelo
Merisi da Caravaggio nasceu em Caravaggio, pequena aldeia da região da Lombardia, província de Bérgamo em 29 de Setembro de 1571, Caravaggio era o nome da aldeia natal de sua família, que ele adotou como nome artístico. Foi um pintor italiano activo em Roma,
Aos
14 anos foi para Roma, onde mostrou muito cedo a sua veia artística, Caravaggio era considerado enigmático, fascinante e perigoso. Ele lidou com seu sucesso de maneira atroz. Após uma quinzena de trabalho, de um salão de baile para outro, sempre pronto para se envolver em alguma luta ou discussão. Considerado um farrista inconsequente, ele vivia com problemas com a polícia, sem dinheiro e buscava brigas na cidade. Em 1606, mata um jovem durante uma briga e foge de Roma, com a cabeça a prémio. Em Malta (1608) envolve-se em outra briga, e mais outra em Nápoles (1609), possivelmente um atentado premeditado
Caravaggio
usava a imagem de pessoas comuns das ruas de Roma para retratar personagens bíblicas. A sua inspiração era entre todo o tipo de pessoas que não eram da nobreza e que tivessem grande expressão, como suas obras retratam. O artista levou este princípio estético às últimas consequências, a ponto de ter sido acusado de usar o corpo de uma prostituta fisgada
A
outra característica marcante foi a dimensão e impacto realista que ele deu aos seus quadros, ao usar um fundo sempre raso, obscuro, muitas vezes totalmente negro, e agrupar a cena em primeiro plano com focos intensos de luz sobre os detalhes, geralmente os rostos. Este uso de sombra e luz é marcante em seus quadros e atrai o observador para dentro da cena - como fica bem demonstrado em “A Ceia em casa de Emmaus”. Os efeitos de iluminação
Algumas
das principais obras: A Ceia em Emmaus (1596) – National Gallery, Londres Conversão de São Paulo (16001601) - Capela Cerasi, Igreja de Santa Maria del Popolo, Roma Crucificação de São Pedro (16001601) - Capela Cerasi, Igreja de Santa Maria del Popolo, Roma A Morte da virgem (1601-1605) Museu du Louvre, Paris Sete Obras de Misericórdia (1607) -
Caravaggio
A Ceia em Emmaus (1596) - National Gallery, Londres
A Morte da virgem (1601-1605) - Museu du Louvre, Paris
Crucificação de São Pedro (1600-1601) - Capela Cerasi, Igreja de Santa Maria del Popolo, Roma
Sete Obras de Misericórdia (1607) - Pio Monte della Misericordia, Nápoles
Sete Obras de Misericórdia A
Virgem segurando o Menino Jesus. O menino Jesus está protegido por 2 anjos e olha por cima deles, eles olham para as obras de caridade feitas na terra. Da direita para a esquerda, à extremadireita, um velho homem na prisão, em que uma jovem mulher dá o peito. Aqui podemos ver uma gota de leite na barba do velho homem. Estas duas figuras representam as visitas aos prisioneiros e a obra de dar de comer aos que têm fome. Esta dupla acção é
Um
pouco à esquerda, um religioso segura numa lanterna para iluminar uma pessoa que está a enterrar um morto cujo se vêem os pés. É uma obra de misericórdia que consiste em enterrar os mortos. Esta obra foi considerada como requerendo a maior caridade. Dado que nessa altura a peste era muito generalizada. Mais à esquerda, encontra-se uma pessoa ricamente vestida, tendo uma pena no chapéu, que partilha o seu casaco com um doente, esta pessoa
Ainda mais à esquerda, um peregrino, cujo chapéu tem o símbolo de São Tiago, com um pau de peregrino na mão, e que recebe a hospitalidade de uma pessoa que se encontra na extrema-esquerda. Esta obra representa o acolhimento dos peregrinos. Atrás à esquerda, uma personagem bebe água, num maxilar de um burro, o que representa a obra de dar de beber aqueles que têm sede. Estas obras de misericórdia são aquelas feitas pelo Pio Monte da "Misericórdia". Esta pintura está exposta no centro da Igreja de Pio Monte. 1613 - Os jovens nobres que tem o título de Governador proíbem a venda e a cópia desta pintura. Esta também não pode ser deslocada. A
Teatro Olímpico de Vicenza
O Teatro Olímpico encontra-se em Itália (Vicenza). O Teatro Olímpico é a última realização do arquitecto Andrea Palladio, é considerado como uma das suas maiores obras-primas, assim como a Villa Capra (conhecida como "Villa Rotonda"), a "Basílica Palladiane" e o "Palazzo Chiericati". O famoso arquitecto de Vicenza, vindo de Veneza, em 1579, reuniu neste trabalho o resultado de longos estudos sobre teatro clássico baseado na interpretação da arquitectura de
A concepção do teatro foi dada a Palladio pela Academia Olímpica de Vicenza, fundada em 1555, para instituições culturais e científicas, incluindo a promoção do teatro. Palladio fazia parte dos membros fundadores da Academia, o que, em 1579, obteve do município a concessão para construir num local próprio, uma sala de teatro no interior da antiga prisão do Castello del Territorio. Era uma antiga fortaleza medieval, mais de uma vez modificada e utilizada como uma prisão antes de ser abandonada. A construção começou em 1580, ano em que Palladio morreu, mas as obras prosseguiram com base dos seus escritos, sob a direcção de seu filho Silla. Elas foram concluídas em 1584, incluindo a cavea, a loggia e o proscenium. O problema estava assim colocado, na realização
Scamozzi
desenhou as decorações em madeira, cujo os efeitos de perspectiva e atenção ao detalhe fez uma grande impressão na inauguração, incluindo, também alguns ajustes na conclusão do projecto de Palladio. As salas do "Odeo" e "Antiodèo", acrescentadas ao projecto inicial do portal da
O
teatro foi inaugurado em 3 de Março de 1585 com representações de Édipo Rei e de Sófocles e os coros de Andrea Gabrieli (espectáculo retomado em 1997 pela Academia Olímpica, dirigido por Gianfranco De Bosio). Foi uma das poucas ocasiões em que a decoração, que representa as sete ruas da cidade de Thebes, era iluminada por uma original e complexa iluminação artificial de milhares de luzes a petróleo, também desenhado por Scamozzi. Estas decorações em madeira e de gesso feito para um uso temporário, porém nunca foram desmontadas, apesar dos perigos de incêndio. Elas foram miraculosamente
Teatro Olímpico de Vicenza
Feito por Joana Loureiro Martins